Espondiloartrites Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia mais comum das Espondiloartrites ?

A

Mais prevalente em adultos jovens (idade de início inferior a 40 anos - raro após 45 anos)
Sexo masculino
Caucasianos

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2
Q

Qual a fisiopatologia das espondiloartrites ?

A

A entesite desencadeava por estresse mecânico e/ou infeccioso em pacientes HLA-B27+ com polimorfismo do receptor de IL-23 ativa a resposta imune inata mediada pela via Th17 (citocinas: TNF, IL-2, IL-17, IL-22 e IL-23)
‣ A formação de entesófitos se dê nas áreas da êntese sujeitas a forças de tensão (como a porção distal da êntese calcâneo), enquanto as erosões ocorram nas áreas sujeitas a compressão (como a porção proximal e tuberosidade do calcâneo), dissociando­-se um processo do outro.

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3
Q

Qual a principal manifestação clinica típica axial ?

A

Acometimento da articulação sacroíliaca, unilateral ou intermitente, mas pode se tornar persistente e bilateral com a evolução → Dor lombar inflamatória, de forte intensidade, geralmente de forma ascendente, acompanhada de dor alternante na região glútea
◦ NÃO irradia para membros inferiores (não faz lombociatalgia)
◦ Não da parestesia/paresia

• Piora durante à noite → Despertar noturno (inicio mais doloroso que ao se movimentar mais melhora)
• Rigidez matinal, podendo durar até 3 horas
• Melhora após banhos quentes
• Não melhora com repouso
• Fadiga
• Na coluna torácica: Dor e redução da expansibilidade e aumento da cifose
• Coluna Cervical: Dor, limitação de movimentos, retificação e até perda da lordose fisiológica, projeção da cabeça para frente (“sinal da flecha”), perda das curvaturas fisiológicas da coluna e do desvio do eixo gravitacional, semiflexão dos quadris e adquire a chamada “postura do esquiador”.

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4
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da dor lombar inflamatória?

A

• Doença discal degenerativa → mais em idosos, melhora com repouso, rigidez matinal curta, sem inflamação
• Osteíte condensante → Não tem entesite, nem HLA-B27 positivo, sem erosões e inflamação (VHS e PCR normais), mais em mulheres (após a gestação), não tem rigidez matinal, não é progressivo (não faz anquilose)
- na radiografia: esclerose óssea do lado ilíaco (o lado sacral é poupado ou pouco acometido) da articulação sacroilíaca geralmente de aspecto triangular, sem perda de nitidez dos contornos articulares {que é comum na sacroileíte das EpA}
Obs: o lado mais acometido é o terço antero-SUPERIOR

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5
Q

Quais as principais complicações das manifestações axiais?

A

• Deformidade vertebral
• Síndrome da cauda esquina → dor lombar intensa que pode irradiar para MMII (Ciática bilateral), fraqueza/paralisa das pernas (pé caído) com dificuldade de andar e de equilíbrio, anestesia em sela, incontinência urinaria ou fecal, disfunção sexual → Pedir RNM: compressão dos nervos
• Fraturas

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6
Q

Como é o acometimento periférico das Espondiloartrites axiais ?

A

• Oligoartrite assimétrica mais comum em grandes articulações (coxofemorais, joelhos, ombros, tornozelos)
• Entesite
– Locais: inserção da fáscia plantar, tendão do calcâneo, 1º e 7º espaço costocostal, crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior e posterossuperior, processo espinhoso de L5)

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7
Q

Quais são as manifestações sistêmicas extra-articulares mais comuns?

A

• Uveíte anterior aguda (iridociclite) → Autolimitada, unilateral, não granulomatosa → Hiperemia ocular intensa, visa borrada, dor, fotofobia e lacrimejamento
– Complicações: Hipópio, Precipitado de queratinócitos, catarata (se excesso de corticoide), glaucoma, formação de sinéquias anteriores (aderência da íris com a córnea) e posteriores (aderência da íris com o cristalino), edema cistoide da mácula, redução da visão ou cegueira
Obs: se posterior pensar em → infecção (TB, toxoplasmose, sífilis) e neoplasia
Obs: se granulomatosa pensar em → TB, sarcoidose, amiloidose e sífilis
• Psoríase
• Doença inflamatória intestinal

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8
Q

Quais são as manifestações sistêmicas extra-articulares incomuns?

A

• Cardíaca
◦ Distúrbios de condução do ritmo cardíaco (bloqueios de ramo e atrioventricular), aortite (com ou sem insuficiência aórtica → Sopro protodiastolico aspirativo e pulso de martelo d’água, sopro de Austin Flint), pericardite (dor que piora ao deitar e melhora ao inclinar o corpo para frente; AC: atrito pericárdico; Eletro com supra difuso de ST; troponinas normais) e miocardite (insuficiência cardíaca)

• Pulmonar
◦ Apneia obstrutiva do sono (AOS) → sonolência diurna, cefaleia matina, fadiga, impotência, noctúria, pirose, alteração de memória e concentração → Solicitar polissonografia e tratamento com CPAP
◦ Doença parênquimatosa: fibrose pulmonar apical (DD: neoplasia, TB e aspergiloma), pneumonia, enfisema, doença pulmonar intersticial
◦ Restrição ventilatória (pela anquilose da caixa torácica e da coluna vertebral)

• Real
◦ Nefrolitíase → dor intermitente unilateral em flanco, sinal de Giordano +, disúria, hematúria não dismórfica e polaciúria → USG de vias urinárias (Sinal de hidronefrose unilateral) e EAS
◦ Nefropatia mesangial por depósitos de IgA → glomerulonefrite → 15-40% Insuficiência renal crônica (SÍNDROME NEFRÍTICA)
‣ Biópsia renal e Imunofluorescência
◦ Prostatite → piúria recorrente com cultura negativa (piúria estéril) → dificuldade de urinar, jato reduzido e fragmentado e historia de uso de ATB com falhas repetidas
‣ Melhora com uso de Anti-TNF
◦ Amiloidose renal
‣ Proteinúria nefrótica, edema (anasarca), envolvimento cardíaco, gastrointestinal, neuropatia e macroglicossia → Dosar amiloide sérica A (SAA) e Biópsia renal

• SNC
◦ Compressões causadas por luxação atlantoaxial (pedir Rx de coluna cervical em perfil com flexão máxima → espaço do processo odontóide até o arco do atlas é >3mm
◦ Compressões por fraturas
◦ Síndrome da mononeurite múltipla (neuropatia periférica persistente — geralmente associado a vasculite reumatoide)

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9
Q

Quais os critérios de dor lombar inflamatória ?

A

◦ Aplicação para pacientes com dor > 3 meses — Positivo se presentes 4/5
‣ Idade menor que 40 anos
‣ Início insidioso
‣ Melhora com exercício físico
‣ Sem melhora com repouso
‣ Dor a noite com melhora ao levantar

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10
Q

Quais são os testes do acometimento cervical do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

• Rotação cervical
◦ Paciente sentado em uma cadeira com o examinador atrás, Usa-se o goniômetro colocando-o em 0º graus na ponta do nariz. Pede pro paciente fazer a rotação da cervical
◦ Normal: 90º graus (Leve: 70º; Moderado: 30-70º; Grave: 0-30º)

• Tragos-parede
◦ Pede-se para o paciente encostar os calcanhares na parede, encostando o dorso na parede em sua posição normal e Mede-se a distância entre a ponta do tragos da orelha até a parede → Leve: <15 cm; Moderado: 15-30cm; Grave: >30cm

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11
Q

Quais são os testes do acometimento lombar do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

‣ Schober (Avalia o grau de restrição da flexão lombar anterior)
• Palpa-se a crista ilíaca do paciente até o final (base de L5), marca-se com a caneta e marca novamente 10cm acima
• Pede-se para o paciente fazer uma flexão anterior (mãos para baixo)
• Normal: ganho de pelo menos 15cm

‣ Flexão toraco lombar (Distância dedo-chão) (Flexão lateral da coluna)
• Pede-se para o paciente encostar na parede com as mãos rentes ao corpo
• Mede-se a distancia do dedo medio ao chão
• Em seguida pede-se para o paciente fazer uma flexão lateral
• Mede-se novamente
• Normal: Consideram­-se normais inclinações iguais ou maiores que 18 cm.

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12
Q

Quais são os testes do acometimento sacroilíaca do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

‣ Patrick (FABERE → Flexão, Abdução e Rotação externa do joelho)
Contralateral (avalia joelho esquerdo e sacroiliaca direita e vice-versa)
◦ Se ipslateral: Coxoartrose femoral, Osteíte condensante do ilíaco, Tendinite do glúteo, Bursite trocantérica

‣ Gaeslen
Ipslateral
• Pede pro paciente chegar mais próximo da beira da maca
• A perna não avaliada fica suspensa
• Hiperextensão da sacroilíaca
• Faz dos dois lados

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13
Q

Quais são os achados dos exames de imagem da espondiloartrite axial?

A

• RX de SI (incidências Ferguson modificada e Oblíqua): Presença simultânea de dano osteolítico (reabsorção óssea), evidenciado por erosões e dano osteoproliferativo (neoformação óssea), o qual é, por sua vez, identificado por sindesmófitos e anquilose articular.
º De forma SIMÉTRICA
º Perda de nitidez dos contornos da articulação
º Esclerose óssea subcondral
º Erosões nas bordas articulares
º Redução do espaço articular e fusão parcial (pontes ósseas) ou completas (anquilose) das articulações
º As alterações da porção sinovial da articulação (2/3 inferiores a radiografia) são geralmente mais precoces e resultam de condrite e osteíte subcondral adjacente

• RM de sacroilíaca (em plano semicoronal, paralelo à linha que liga a porção superior dorsal de S1 e S3): Edema de Medula Óssea (Edema de ósseo subcondral) (Osteíte) define sacroileíte quando se tem EMO em um mesmo quadrante em pelo menos dois cortes consecutivos ou quando há mais de uma lesão no mesmo corte (em quadrantes diferentes) → localização típica: acometendo as duas bordas (sacral e ilíaca) e as porções cartilaginosas (sinoviais) (inferior)
• TC (detecta alterações estruturais, como a esclerose óssea subcondral e as erosões iniciais, não detectar as alterações inflamatórias (edema de medula óssea e osteíte subcondral)

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14
Q

Quais são as alterações laboratoriais da Espondiloartrite axial?

A

‣ Anemia normocítica e norma/hipocrômica, leve leucocitose
‣ Elevação de fosfatase alcalina (devido ao remodelamento ósseo pelos osteoblastos) e IgA (nefropatia)
‣ Reagentes de fase aguda (PCR e VHS)
‣ HLA-B27 +

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15
Q

Qual é o critério de Nova York para alterações radiológicas sacroileíte da Espondiloartrite?

A

‣ Grau 1
• Suspeita: sem alteração definida (borramento da imagem)
‣ Grau 2
• Alteração mínima: perda da definição da articulação, esclerose justarticular, irregularidades
‣ Grau 3* → tem que ser bilateral
• Alteração moderada: esclerose bilateral, borramento das margens articulares, erosões, alteração do espaço articular (estreitamento ou pseusoalargamento/pontes ósseas — pode ter na mesma sacroiliaca os dois)
‣ Grau 4* → pode ser uni ou bilateral
• Alteração avançada: anquilose

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16
Q

Como fazer do diagnóstico de Espondiloartrite axial pelos critérios do ASAS 2019?

A

• obrigatório: paciente com lombalgia com mais de 3 meses de duração e idade menor que 45 anos
+
• Sacroilite em exames de imagem (RX: Grau 3 bilateral ou grau 4 unilateral ou bilateral ou RNM: na janela ter 2 lesões ou 1 lesão em janelas consecutivas) + pelo menos 1 achado relacionado a EpA
OU
• HLA-B27 positivo + pelo menos 2 achados relacionados a EpA

• Achados relacionados a EpA:
– Artrite
– Boa resposta a AINEs (acima de 80% após 24-48h)
– Dactilite
– DII (passado ou atual)
– Dor lombar inflamatória
– Entesite (calcâneo)
– História familiar de EpA (1º ou 2º grau com EA, psoríase, uveíte, artrite reativa ou DII)
– HLA-B27 positivo
– PCR elevada
– Psoríase (passado ou atual)
– Uveíte anterior

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17
Q

Quais são os critérios para espondilite periférica ?

A

Para pacientes com manifestações exclusivamente periféricas
• Artrite ou entesite ou dactilite
+
• Pelo menos 1 dos seguintes:
– Uveíte
– Psoríase
– DIl (atual)
– Infecção (urogenital ou intestinal)
– HLA-B27
– Imagem de sacroiliite*
OU
• Pelo menos 2 dos seguintes:
– Artrite
– Entesite
– Dactilite
– Passado de DII
– História familiar de EpA

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18
Q

Como diferenciar de Espondiloartrite Axial de uma Atrite Psoriásica de Acometimento Axial na Coluna e na região sacroilíaca?

A

‣ Coluna
• Na Espondilite Axial: Sindesmófitos delgado subindo de forma homogêneo → Coluna de Bambu
• Na Artrite psoriásica: forma um parasindesmófitos de forma grosseira que não sobe homogêneo, indo para o lado e não seguindo a ordem das vértebras
◦ Muita neoformação
‣ Região Sacroilica
• Artrite psoriásica
◦Assimétrica
◦ Unilateral
◦ Lesão grosseira
• Espondilite Axial
◦ Simétrica
◦ Bilateral
◦ Lesão delicada

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19
Q

Como é feito o tratamento da Espondiloartrite axial?

A

• Tratamento não medicamentoso: educação do paciente, atividade física, fisioterapia, orientar cessar tabagismo
• Tratamento Medicamentoso
– 1ª linha: AINH → Naproxeno de 12/12h de 30-90 dias (contraindicado em cardiopatas, nefropatas e pcts com colite em atividade) (se contraindicação pode usar corticoide prednisona dose baixa 15mg/dia pelo menor tempo possível)
– Após 30 dias e não remissão: Sulfassalazina 2-3g/dia VO e AINE sob demanda
Obs: Não está indicada a manutenção de uso contínuo do AINE
– Manifestações periféricas refratárias → MTX (15-25mg/semana + ácido fólico 5mg/sem) ou SSZ* (2-3g/dia)
Obs: se náuseas ou vômitos suspender o MTX
– Entesite refratária → Infiltrado local de glicocorticoide guiado por ultrassonografia (ruptura tendínea)
– Se mista refratária a MTX e SSZ: associar imunobiológicos (anti-TNF ou anti-IL-17)
– Anti-TNF (infliximabe {apenas para forma radiográfica}, etanercepte {ruim para tratar uveíte ou colite}, adalimumabe) → lembrar de atualizar carteira vacinal, rastreamento para tuberculose latente e realização de sorologias para hepatite B e C, HIV
– Inibidores da IL-17: Secuquinumabe* e ixizequizumabe
• Refratário aos biológicos
• Maior incidência de infecções fúngicas → candidíase
• Paciente com risco de contrair Tuberculose
• Primeira escolha para psoríase extensa
– Falha ao primeiro imunobiológico → Reavaliação e confirmação da hipótese diagnóstica (excluir: fibromialgia e osteoartrite) → troca para outro imunobiológico OU associação com AINE (se paciente tiver tido resposta)

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20
Q

Quais são os preditores de mau prognostico da Espondiloartrite? (11)

A

• Presença previa de sindesmófitos
• Tabagismo
• Sexo masculino
• VHS e PCR persistentemente elevados
• Falta de adesão ao tratamento
• Artrite de articulação coxofemoral (dificuldade de deambular)
• Dactilite
• Resposta ruim aos AINES
• Limitação da mobilidade lombar
• Oligoartrite periférica
• Início antes dos 16 anos de idade

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21
Q

Quais são as doenças mais relacionadas a artrite enteropática? Qual a diferença de localização de acometimento entre essas doenças ?

A

Doença de Crohn — Pode envolver todo o tubo digestivo mas predomina o íleo terminal e cólon proximal
Retocolite Ulcerativa — a partir do cólon e reto

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22
Q

Quais os principais sintomas que estão relacionados a artrite enteropática ? (15)

A

PRINCIPAIS:
Diarreia
Dor abdominal em cólica que não melhora com flatos/fezes
Sangramento digestivo baixo (Hematoquezia)

OUTRAS:
Febre
Perda de peso
Fadiga
Fistulização da pele*
Episclerite* e Uveíte anterior bilateral aguda
Lesões cutâneas (pioderma gangrenoso, eritema nodoso)
Doenças hepatobiliares (colangite e litíase biliar)
Tireoidite de Hashimoto
Insuficiência aortica
Distúrbios cardíacos de condução
Lesão óssea granulomatosa
Osteoporose e osteomalácia

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23
Q

Quais as principais diferenças entre DC e RCU?

A

• Localização
• Tabagismo
• Fistulização da pele
• Pseudopólipos
• Defesa peritoneal
• Acometimento axial

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24
Q

Como é a classificação de artrite periférica (critérios de Oxford) da Artrite Enteropática?

A

TIPO I (forma mais comum)
• Artrite oligoarticular (< 5 articulações), assimétrica e predomina em grandes articulações de MMII
• Correlaciona com doença inflamatória intestinal ativa
• Tem caráter agudo e remitente, com resolução em até 6 meses e raramente cronifica.
• Usualmente é não deformante e não erosiva.

TIPO II (menos frequente)
• Artrite poliarticular (>5 articulações), simétrica e predomina em MMSS, acometendo pequena e grandes articulações.
• Independe da atividade inflamatória intestinal
• Geralmente é intermitente com flares mais graves e tende a cronificar.
• Usualmente é não deformante e não erosiva.

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25
Q

Quais as red flags que um paciente com DII para Artrite enteropática ?

A

Dor lombar > 3 meses
Edema ou dor em articulação periférica
Dor em tendões, cápsulas e ligamentos (entesite)
Dactilite

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26
Q

Quais as red flags que um paciente com Espondiloartrite para DII ?

A

Dor abdominal > 3 meses
Diarreia crônica
Sangramento retal
História familiar em DII
Febre persistente
Anemia
Perda de peso
História ou evidencia de abscesso
Fístula perianal

27
Q

Como fazer o diagnóstico de uma Artrite Enteropática ?

A

• Laboratório → PCR, VHS, leucocitose e plaquetose
– Fator reumatoide negativo
– anemia ferropriva
– HLA-B27 + em 35-75%
– calprotectina fecal (fCAL) → identifica inflamação intestinal
Obs: suspender AINEs 2-3 sem antes
• Imagem
– rx de articulações periféricas → edema de partes moles, osteopenia justarticular, periostite, derrame articular, erosões
– rx de coluna e pelve → sacroíleite típica
– ileocoloscopia → referência para diagnóstico

28
Q

Comente sobre os principais diagnósticos diferenciais da Artrite Enteropática

A

Artrite Reativa (infecção por Salmonela, Shigella, Yersinia, Campylobacter)
Doença de Whipple (infecção pelo Troferyma whipplei, artrite migratória não erosiva de joelhos, tornozelos e punhos e raro acometimento axial, distúrbios cognitivos, oftalmoplegia, ataxia, mioclonias, esteatorreia, endocardite sem febre)
Doença de Behçet (úlcera da mucosa intestinal que causa náuseas, diarreia, dor e distensão abdominal, artrite aguda oligoarticular de grandes articulações. Úlceras orais e genitais, pode ter ulcera perianal {diferenciar das fistulas}, eritema nodoso, pioderma grangrenoso, uveíte bilateral {anterior, posterior ou panuveíte}, mialgia, dor em partes moles, manifestações neurológicas e vasculares. Fator reumatoide e FAN negativo, pode ter anticardiolipina e anticoagulante lúpico positivo)
Doença celíaca/Enterpatia sensível ao glúten (Anticorpos: antitransglutaminase tecidual, antiendomisio) (desnutrição, diarreia crônica, deficiências nutricionais e artrite periférica ou axial ou mista não erosiva que pode preceder a manifestação intestinal)
Artrite por Bypass intestinal (artralgia ou artrite semanas a anos após a cirurgia)
Colite psedomembranosa (infecção por Clostridium difficile, dor abdominal, febre, iciterícia, náuseas, vômitos, diarreia, prurido, fadiga e mal estar; artrite de grandes articulações)

29
Q

Como fazer o tratamento da artrite Enteropática ?

A

• Reabilitação física, suporte nutricional e psicológico
• Junto com o gastroenterologista
• AINE por curto período (3 dias)
• SSZ (1ª opção) ou outro DMARDs sintético
• DII grave (fistulas ou áreas extensas de inflamação da mucosa intestinal) → contraindicado AINE, corticosteroides (intra-articular ou sistêmico-VO) doses médias a altas + DMARD sintético (Sulfassalazina 2-3g/dia ou MTX 15-25mg) → biológicos se falha: anti-TNF monoclonais → falha/toxicidade/contraindicaçao: Ustequinumabe (anti-IL12/IL-23) e Tofacotinibe
Obs: Ustequinumabe tem melhor aprovação para doença de Crohn e RCU
Obs: Etarcecepte (Anti-TNF) e Anti-IL-17 (Secuquinumabe) não tem ação na inflamação intestinal apenas para sintomas articulares

30
Q

O que é a artrite reativa? Qual o padrão de acometimento articular?

A

É uma artrite decorrente de uma infecção urinária ou gastrointestinal, em geral doenças sexualmente transmissível, que pode ou não ser estéril lo líquido sinovial
Artrite transitória não purulenta
Oligoartrite periférica assimétrica com acometimento preferencialmente de articulações de MMII 1-6 semanas após a infecção
Pode ter acometimento axial em coluna vertebral em QUALQUER segmento e articulação sacroilíaca geralmente assimétrica (pode estar acompanhada de entesite, dactilite, dor alternante em nádegas e lombalgia)

31
Q

Qual é a tríade da síndrome reativa ?

A

• Artrite
• Conjuntivite
• Uretrite

— Síndrome de Reiter

32
Q

Quais as principais bactérias envolvidas na artrite reativa ?

A

• Chlamydia trachomatis (50% das atrites reativas)
• Chlamydia pneumoniae
• Campylobacter jejuni
• Campylobacter fetus
• Campylobacter lari
• Clostridium difficile
•Salmonella typhimurium
• Salmonella enteriditis
• Shigella flexneri
• Shigella sonnei
• Yersinia enterocolitica

33
Q

Qual a porcentagem de prevalência de HLA-B27 nos pacientes com artrite reativa ?

A

60% são HLA-B27 positivos

34
Q

Quais são as manifestações mucocutâneas da artrite reativa?

A

• Ceratodermia blenorrágica ou pustulose palmoplantar → lesões hiperceratóticas autolimitadas que não deixam cicatriz. Inicialmente são vesículas de base eritematosa que progridem para macropápulas e nódulos que podem ou não confluir
• Balanite circinada → lesões superficiais serpiginosas na glande, indolores e Autolimitada
• Úlceras orais indolores e autolimitadas (DD: lúpus, vasculite por ANCA, doença de Behçet)
• Alterações ungueais similares a lesões psoriásicas

35
Q

Quais são as manifestações geniturinárias da artrite reativa?

A

‣ Uretrite (queimação ou ardor ao urinar e secreção mucoide e discreta)
‣ Prostatite
‣ Salpingite Reativa, vulvovaginites

36
Q

Quais são as manifestações oculares da artrite reativa?

A

‣ Conjuntivite bulbar asséptica(hiperemia da conjuntiva bulbar, dor em queimação, lacrimejamento, secreção muco purulenta estéril, Autolimitada (1-2 sem).
‣ Úveite anterior
‣ Complicações como episclerite, ceratite e úlcera de córnea
‣ Hipópio

37
Q

Quais são as manifestações cardíacas e nefrológicas da artrite reativa?

A

• Cardíacas: distúrbios da condução e insuficiência aórtica
• Nefrológicas: Glomerulonefrite e nefropatia IgA relacionadas

38
Q

Quais são os tipos de evolução, e suas respectivas porcentagens, da artrite reativa?

A

‣ Artrite Autolimitada - duração de 6-12 meses → 35%
‣ Remissão com recorrência intermitente → 35%
‣ Períodos de melhora e piora mas sem remissão completa → 25%
‣ Doença inflamatória ativa e persistente — artrite destrutiva grave de múltiplas articulações periféricas e/ou alterações difusas da coluna vértebral → 5%

39
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da artrite reativa?

A

Artrite gonocócica → principal diferença: lesão pustulosa em volta da articulação
– Fase bacteriológica (dura 48-72h): tríade: tenossinovite (mais no dorso das mãos, dedos e pés), dermatite (pápulas ou vesículas indolores não pruriginosas em troncos e extremidades, poupa face) e poliartrite (artrite migratória ou aditiva)
– Artrite supurativa: monoartrite de grandes articulações periféricas
– Conduta: fazer hemocultura, artrocentese com estudo do liquido sinovial (celularidade, cultura e GRAM), pesquisa de mucosas

Artrite microcristalinas
Pós-traumática
Relacionada a DII

40
Q

Como fazer o tratamento da artrite reativa?

A

• Tratamento da infecção urinária: Doxiciclina 100mg 2x/dia por 7 dias OU Azitromicina 500mg 2x dose única
• Tratamento da infecção intestinal: Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 7-10dias OU Sulfametoxazol/trimetoprim 800/160mg 2x/dia

• Tratamento articular → AINES, corticosteróides sistêmicos ou intra-articulares
– se entesite muito sintomática (esporão de calcâneo) → 1-3 infiltrações com esteroides com intervalo de no mínimo 3 meses
Obs: tratar o parceiro se clamídia
• Casos refratários: MTX, SSZ por 3 a 6 meses
• Cronificação e refratariedade ou manifestações extra-articulares: biológicos

Obs: a balante circinada deve ter cuidado com higiene e cremes de corticoide
Obs: ceratodermia blenorrágica: agentes ceratolíticos + pomada de corticoide

41
Q

O que é Espondiloartrite indiferenciada? O que elas podem representar?

A

São pacientes com manifestações clínicas próprias das espondiloartrites sem, no entanto, não preencher critérios ASAS.

◦ As espondiloartrites indiferenciadas poderiam representar:
‣ Estágio precoce (tornando-se posteriormente diferenciada)
‣ A forma frustra de uma espondiloartrite definida, que não irá desenvolver o quadro clássico da enfermidade.
‣ Uma subcategoria de espondiloartrite, ainda indefinida dos pontos de vista clínico e etiológico.
‣ Uma síndrome de superposição, que não pode ser diferenciada em apenas uma espondiloartrite definida.

42
Q

Quais os principais fatores associados à progressão para EA ?

A

◦ Sacroiliíte radiográfica de baixo grau (< grau 2 bilateral ou < grau 3 unilateral)
◦ Presença de dor na nádega
◦ Positividade do HLA­B27

43
Q

Como é o quadro clínico da Espondiloartrite indiferenciada?

A

• Artrite periférica (mono, oligo ou poliarticular) de forma assimétrica envolvendo mais MMII
• Entesite (tendão calcâneo e fascite plantar)
• Dor difusa
Obs: diferença de fibromialgia: na EI tem melhor resposta aos AINEs
• Uveíte anterior unilateral aguda

44
Q

Qual a principal complicação das Espondiloartrites indiferenciadas?

A

Distúrbios de condução atrioventriculares e regurgitação aórtica isolada (sem estenose da valva aórtica).
– Geralmente associadas ao HLA-B27.

45
Q

Como é feito o tratamento das Espondiloartrite indiferenciadas?

A

O tratamento vai se basear na predominância (axial ou periférica)

46
Q

Quais as 3 principais hipóteses que explicam o papel do HLA-B27 no desenvolvimento das Espondiloartrites ?

A

1- Teoria do peptídeo artritogênico
2- Dimerização não canônica do HLA
3- Resposta ao HLA-B27 mal dobrado

47
Q

Quais são os testes do acometimento torácico do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

• Expansibilidade torácica
◦ Na linha mamilar coloca-se a fita métrica ao redor, pede-se para o paciente inspirar o máximo que conseguir e segurar para medir, logo depois pede-se para expirar o máximo que conseguir
◦ Subtrair a inspiração da expiração
◦ Medir duas vezes (tirar a média das duas medidas → dividir por 2) → Normal pelo menos 3cm (alterada: ≤ 2,5cm)

48
Q

Quais os principais achadas na radiografia de coluna nas EpA?

A

Quadratura vertebral (perda da concavidade normal da borda inferior do corpo vertebral), especialmente no seguimento lombar.
Lesão de Romanus: erosões nos ângulos superiores e inferiores dos corpos vertebrais, sítio de inserção do anel fibroso dos discos intervertebrais.
Shining corner (ângulos brilhantes): reparação adjacente dos ângulos vertebrais leva um aspecto denominado ângulo brilhante. → neoformação dos ângulos superiores e inferiores dos corpos vertebrais
Fibras de Sharpey: fibrose e ossificação das camadas externas do anel fibroso do disco intervertebral.
Espondilite anquilosante: os sindesmófitos geralmente apresentam distribuição simétrica, formato delicado, levando, em estágios mais avançados, a um aspecto de “COLUNA EM BAMBU”. Com a redução da mobilidade da coluna, podem ocorrer calcificações dos discos intervertebrais, osteoporose e fraturas vertebrais.
Sinal do trilho do bonde: Ossificação do ligamento interespinhoso leva a anquilose dos processos espinhosos na radiografia em visão anteroposterior
Subluxação atlantoaxial (coluna cervical)

49
Q

Quais são as lesões que indicam atividade de doença na RM? (Aguda) (7)

A

• Edema medular ósseo
• Osteíte
• Capsulite
• Entesite
• Realce articular
• Erosão com inflamação
• Líquido intra-articular

50
Q

Quais são as lesões que indicam dano estrutural na RM (crônico)

A

• Lesão gordurosa
• Anquilose
• Pontes ósseas
• Metaplasia gordurosa preenchendo erosão (backfill)
• Erosão
• Esclerose

51
Q

Cite diagnósticos diferenciais que também podem ter Edema de medula óssea na RM

A

• Osteoartrite
• Traumatismo local
• Tumores
• Infecções (artrite séptica/osteomielite)
• Indivíduos saudáveis
• Atletas
• Osteíte condensante
• Multíparas

52
Q

Quais são os instrumentos de avaliação de atividade de doença das EpA?

A

• ASDAS (domínios: dor (cervical, lombar e quadril), dor/edema das articulações, rigidez matinal, doença ativa - subjetivo do paciente, PCR e VHS)
• BASDAI (totalmente subjetivo)
• BASFI (avaliação da capacidade funcional)
• BASMI (avaliação da mobilidade)

53
Q

Quais são os métodos de detecção do agente desencadeante da artrite reativa?

A

• Gram nas fezes (Campylobacter)
• Coprocultura
• Cultura para Chlamydia trachomatis por raspado endocervical e uretral
• PCR para Chlamydia trachomatis
• Pesquisa de Chlamydia trachomatis por Imunofluorescência direta
• Cultura para Yersinia enterocolitica

Obs: pode ser negativo

54
Q

Quais são as possíveis histórias naturais da Artrite Psoriásica ?

A

• 70% pele antes da artrite
• 15% artrite antes da pele
• 15% artrite junto com a pele

55
Q

Quais são os preditores para surgimento de manifestações articulares da Artrite Psoriásica?

A

• Comprometimento ungueal (As enteses da interfalangiana distal, incluindo os tendões extensores dos dedos, fazem ancoragem na unha) → é preditor de artrite em 7-10 anos
• Duração da doença cutânea
• Envolvimento cutâneo extenso
• Comprometimento do couro cabeludo
• Comprometimento do sulco intergluteo e das regiões perianais
• História familiar de artrite psoriásica
• Uso de corticoide
• Fatores ambientais: obesidade, traumas físicos, infecções (HIV, Hepatite C)

56
Q

Quais são os tipos de apresentações de acometimento articular da Artrite Psoriásica descritos por Moll e Wright?

A

• ARTRITE OLIGOARTICULAR ASSIMÉTRICA (25-75%): envolve sobretudo joelhos e pequenas articulações de mãos e pés, frequentemente associa-se à entesite e a dactilite (“dedos em salsicha”).
• ARTRITE POLIARTICULAR (25%): pode ser simétrica ou assimétrica e frequentemente envolve as interfalangianas distais.
• ARTRITE DISTAL (5-10%): acomete exclusivamente as articulações interfalangianas distais, em geral associada ao envolvimento adjacente das unhas pela psoríase.
• ARTRITE MUTILANTE (<5%): é a forma mais grave e menos comum. Manifesta-se por destruição óssea (osteólise) que levam a reabsorção das falanges (Acosteólise → Teloscopagem digital), além de anquilose óssea, cuja consequência é o aparecimento de deformidades graves.
• ESPONDILITE PSORIÁSICA/ DOENÇA AXIAL (5-10%): as manifestações clínicas articulares assemelham-se as observadas na espondilite anquilosante primária. O acometimento da sacroileíte é UNILATERAL ou, se bilateral, esse acometimento é ASSIMÉTRICO.

57
Q

Como são as manifestações cutâneas e oculares da Artrite Psoriásica?

A

• Psoríase Vulgar (mais comum): Placas eritematosas descamativas bem delimitadas pruriginosas geralmente bilaterais e simétricas localizadas na face extensora dos membros, tronos, nadegas e couro cabeludo
Obs: outras formas clínicas: Invertida (em áreas de flexura e sem muita descamação), Pustulosa (tem febre), Eritrodérmico (90% do corpo), Gutata.

• Ungueal:
– Doenças do leito ungueal: onicólise (desprendimento do leito ungueal), hemorragia em estilhaço, manchas em óleo e hiperceratose ungueal
– Doenças da matriz ungueal: pitting (depressões puntiformes), leuconíquia, manchas vermelhas na lánula e esfarelamento

• Dactilite (edema difuso em toda a extensão do dedo)

• Ocular: conjuntivite (crônica com muita secreção mucoide), uveíte anterior aguda, episclerite, esclerite e ceratoconjutivite seca

58
Q

Como fazer o diagnostico de psoríase?

A

Pela curetagem metódica de Broaq → sinal da vela e sinal de auspitz

59
Q

Quais são as alterações radiográficas de articulações periféricas sugestivas de Artrite psoriásica?

A

• Predileção pelas articulações interfalangianas distais, afinamento de falanges terminais (Acrosteólise)
• Ausência de osteopenia periarticular ou presença leve;
• Artrite periférica mutilante, mostrando osteolise e anquilose;
• Assimetria;
• Destruição grosseira de pequenas articulações e proliferação periosteal;
• Lesões típicas com pencil in cup → adelgaçamento distal associado a erosão da base da falange proximal

60
Q

Quais são os critérios diagnósticos (de CASPAR) de Artrite psoriásica?

A

Se doença inflamatória em articulação ou entese ou coluna e pelo menos 3 pontos

• Psoríase cutânea atual → 2
OU
• História de psoríase → 1
OU
• História familiar de psoríase → 1
+
• Dactilite → 1
• Neoformação óssea justaarticular na radiografia de mãos ou pés → 1
• Fator reumatoide negativo → 1
• Distrofia ungueal → 1

61
Q

Quando pensar em Artrite psoriásica sem acometimento cutâneo?

A

• Presença de artrite inflamatória oliarticular assimétrica
• Envolvimento das articulações interfalangianas distal (sobretudo com envolvimento unguel adjacente)
• Presença de dactilite, sacroileíte assimétrica ou presença de sindesmófitos assimétricos na coluna lombar
• Neoformação óssea justarticular
• História familiar positiva de psoríase

62
Q

Como fazer o tratamento da Artrite psoriásica?

A

• AINEs (não trata os acometimentos cutâneos apenas a artrite)
Obs: não usar corticoide risco de rebote das lesões cutâneas
• lesões cutâneas leves: agentes ceratolíticos, corticoide tópico, fototerapia
• Lesões cutâneas graves: MTX (15-25mg/sem) + ácido fólico 5mg/sem → trata lesão cutânea e articular
• Falha: biológico
Obs: se psoríase intensa (PASI alto) → Anti-IL-17 Secuquinumabe
Obs: o anti-IL-12/23 Usterquinumabe é ótimo para acometimento cutâneo

63
Q

Quais são as indicações de fototerapia com radiação UVA/UVB nas artrites psoriásica?

A

UVB:
• Pacientes que não toleram medicamento por via oral;
• Pacientes que relatam rápida melhora com exposição solar;
• Pacientes com lesões de espessura fina;
• Pacientes em gestação ou lactação;
• Pacientes pediátricos.

UVA:
• Pacientes com placas espessas;
• Pacientes com acometimento palmoplantar, por penetrar melhor nessas regiões;
• Pacientes com lesões ungueais;
• Pacientes que apresentaram falha terapêutica à fototerapia com radiação UVB

64
Q

Como fazer o monitoramento e objetivo terapêutico da Artrite psoriásica?

A

Pelo PASI (Psoriasis Area Severity Index) → avalia a extensão do envolvimento cutâneo
– 4 variáveis: área comprometida, eritema, infiltração e descamação
– varia de 0-72