Espondiloartrites Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia mais comum das Espondiloartrites ?

A

Mais prevalente em adultos jovens (idade de início inferior a 40 anos - raro após 45 anos)
Sexo masculino
Caucasianos

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2
Q

Qual a fisiopatologia das espondiloartrites ?

A

A entesite desencadeava por estresse mecânico e/ou infeccioso em pacientes HLA-B27+ com polimorfismo do receptor de IL-17 ativa a resposta imune inata mediada pela via Th17 (citocinas: TNF, IL-2, IL-17, IL-22 e IL-23)
‣ A formação de entesófitos se dê nas áreas da êntese sujeitas a forças de tensão (como a porção distal da êntese calcâneo), enquanto as erosões ocorram nas áreas sujeitas a compressão (como a porção proximal e tuberosidade do calcâneo), dissociando­-se um processo do outro.

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3
Q

Qual a principal manifestação clinica típica axial ?

A

Acometimento da articulação sacroíliaca, unilateral ou intermitente, mas pode se tornar persistente e bilateral com a evolução → Dor lombar inflamatória, de forte intensidade, geralmente de forma ascendente, acompanhada de dor alternante na região glútea
◦ NÃO irradia para membros inferiores (não faz lombociatalgia)
◦ Não da parestesia/paresia

• Piora durante à noite → Despertar noturno (inicio mais doloroso que ao se movimentar mais melhora)
• Rigidez matinal, podendo durar até 3 horas
• Melhora após banhos quentes
• Não melhora com repouso
• Fadiga
• Na coluna torácica: Dor e redução da expansibilidade e aumento da cifose
• Coluna Cervical: Dor, limitação de movimentos, retificação e até perda da lordose fisiológica, projeção da cabeça para frente (“sinal da flecha”), perda das curvaturas fisiológicas da coluna e do desvio do eixo gravitacional, semiflexão dos quadris e adquire a chamada “postura do esquiador”.

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4
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da dor lombar inflamatória?

A

• Doença discal degenerativa → mais em idosos, melhora com repouso, rigidez matinal curta, sem irradiação, sem inflamação)
• Osteíte condensante → Não tem entesite, nem HLA-B27 positivo, sem erosões e inflamação (VHS e PCR normais), mais em mulheres (após a gestação), não tem rigidez matinal, não é progressivo (não faz anquilose)
- na radiografia: esclerose óssea do lado ilíaco da articulação sacroilíaca geralmente de aspecto triangular

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5
Q

Quais as principais complicações mas manifestações axiais?

A

• Deformidade vertebral
• Síndrome da cauda esquina → dor lombar intensa que pode irradiar para MMII (Ciática bilateral), fraqueza/paralisa das pernas (pé caído) com dificuldade de andar e de equilíbrio, anestesia em sela, incontinência urinaria ou fecal, disfunção sexual → Pedir RNM: compressão dos nervos
• Fraturas

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6
Q

Como é o acometimento periférico das Espondiloartrites axiais ?

A

• Oligoartrite assimétrica mais comum em grandes articulações (coxofemorais, joelhos, ombros, tornozelos)
• Entesite
– Locais: inserção da fáscia plantar, tendão do calcâneo, 1º e 7º espaço contocostal, crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior e posterossuperior, processo espinhoso de L5)

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7
Q

Quais são as manifestações sistêmicas extra-articulares mais comuns?

A

• Uveíte anterior aguda (iridociclite) → Autolimitada, unilateral, não granulomatosa → Hiperemia ocular intensa, visa borrada, dor, fotofobia e lacrimejamento
– Complicações: Hipópio, Precipitado de queratinócitos, catarata (se excesso de corticoide), glaucoma, formação de sinéquias anteriores (aderência da íris com a córnea) e posteriores (aderência da íris com o cristalino), edema cistoide da mácula, redução da visão ou cegueira
• Psoríase
• Doença inflamatória intestinal

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8
Q

Quais são as manifestações sistêmicas extra-articulares incomuns?

A

• Cardíaca
◦ Distúrbios de condução do ritmo cardíaco (bloqueios de ramo e atrioventricular), aortite (com ou sem insuficiência aórtica), pericardite e miocardite.

• Pulmonar
◦ Apneia obstrutiva do sono (AOS) → sonolência diurna, cefaleia matina, fadiga, impotência, noctúria, pirose, alteração de memória e concentração → Solicitar polissonografia e tratamento com CPAP
◦ Doença parênquimatosa: fibrose pulmonar, pneumonia, enfisema, doença pulmonar intersticial
◦ Restrição ventilatória

• Real
◦ Nefrolitíase → dor intermitente unilateral em flanco, sinal de Giordano +, disúria, hematúria e polaciúria → USG
◦ Nefropatia mesangial por depósitos de IgA → glomerulonefrite → 15-40% Insuficiência renal crônica
‣ Biópsia renal e Imunofluorescência
◦ Prostatite → piúria recorrente com cultura negativa (piúria estéril)
‣ Melhora com uso de Anti-TNF
◦ Amiloidose renal
‣ Proteinúria nefrótica, edema (anasarca), envolvimento cardíaco, gastrointestinal, neuropatia e macroglicossia → Dosar amiloide sérica A (SAA) e Biópsia renal

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9
Q

Quais os critérios de dor lombar inflamatória ?

A

◦ Aplicação para pacientes com dor > 3 meses — Positivo se presentes 4/5
‣ Idade menor que 40 anos
‣ Início insidioso
‣ Melhora com exercício físico
‣ Sem melhora com repouso
‣ Dor a noite com melhora ao levantar

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10
Q

Quais são os testes do acometimento cervical do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

• Rotação cervical
◦ Paciente sentado em uma cadeira com o examinador atrás, Usa-se o goniômetro colocando-o em 0º graus na ponta do nariz. Pede pro paciente fazer a rotação da cervical
◦ Normal: 90º graus

• Tragos-parede
◦ Pede-se para o paciente encostar os calcanhares na parede, encostando o dorso na parede em sua posição normal e Mede-se a distância entre a ponta do tragos da orelha até a parede

• Expansibilidade torácica
◦ Na linha mamilar coloca-se a fita métrica ao redor, pede-se para o paciente inspirar o máximo que conseguir e segurar para medir, logo depois pede-se para expirar o máximo que conseguir
◦ Medir duas vezes
◦ Subtrair a inspiração da expiração → Normal pelo menos 3cm (alterada: ≤ 2,5cm)

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11
Q

Quais são os testes do acometimento lombar do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

‣ Schober (Avalia o grau de restrição da flexão lombar anterior)
• Palpa-se a crista ilíaca do paciente até o final (base de L5), marca-se com a caneta e marca novamente 10cm acima
• Pede-se para o paciente fazer uma flexão anterior (mãos para baixo)
• Normal: ganho de pelo menos 15cm

‣ Flexão toraco lombar
• Pede-se para o paciente encostar na parede com as mãos rentes ao corpo
• Mede-se a distancia do dedo medio ao chão
• Em seguida pede-se para o paciente fazer uma flexão lateral
• Mede-se novamente
• Normal: Consideram­-se normais inclinações iguais ou maiores que 18 cm.

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12
Q

Quais são os testes do acometimento sacroilíaca do exame físico das espondiloartrites axiais ?

A

‣ Patrick (FABERE → Flexão, Abdoção e Rotação externa do joelho)
• Contralateral ** (avalia joelho esquerdo e sacroiliaca direita e vice-versa)
◦ Se ipslateral: Artrose da coxo femoral, Osteíte condensante do ilíaco, Tendinite do glúteo, Bursite trocantérica

‣ Gaeslen
• Ipslateral **
• Pede pro paciente chegar mais próximo da beira da maca
• A perna não avaliada fica suspensa
• Hiperextensão da sacroilíaca
• Faz dos dois lados

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13
Q

Quais são os achados dos exames de imagem da espondiloartrite axial?

A

• RX de SI (incidências Ferguson modificada e Oblíqua): Presença simultânea de dano osteolítico (reabsorção óssea), evidenciado por erosões e dano osteoproliferativo (neoformação óssea), o qual é, por sua vez, identificado por sindesmófitos e anquilose articular.
• RM de sacroilíaca (em plano semicoronal, paralelo à linha que liga a porção superior dorsal de S1 e S3): Edema de ósseo subcondral localizado em região subcondral e que se estende por pelo menos dois cortes consecutivos ou quando há mais de uma lesão no mesmo corte
• TC (detecta alterações estruturais, como a esclerose óssea subcondral e as erosões iniciais, não detectar as alterações inflamatórias (edema de medula óssea e osteíte subcondral)

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14
Q

Quais são as alterações laboratoriais da Espondiloartrite axial?

A

‣ Anemia normocítica e norma/hipocrômica, leve leucocitose
‣ Elevação de fosfatase alcalina e IgA
‣ Reagentes de fase aguda (PCR e VHS)
‣ HLA-B27 +

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15
Q

Qual é o critério de Nova York para alterações radiológicas da Espondiloartrite axial?

A

‣ Grau 1
• Suspeita: sem alteração definida (borramento da imagem)
‣ Grau 2
• Alteração mínima: perda da definição da articulação, esclerose justarticular, irregularidades
‣ Grau 3*
• Alteração moderada: esclerose bilateral, borramento das margens articulares, erosões, alteração do espaço articular (estreitamento ou pseusoalargamento/pontes ósseas — pode ter na mesma sacroiliaca os dois)
‣ Grau 4*
• Alteração avançada: anquilose

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16
Q

Como fazer do diagnóstico de Espondiloartrite axial pelos critérios do ASAS 2019?

A

• obrigatório: paciente com lombalgia com mais de 3 meses de duração e idade menor que 45 anos
+
• Sacroilite em exames de imagem (RX: Grau 3 bilateral ou grau 4 unilateral ou bilateral ou RNM: na janela ter 2 lesões ou 1 lesão em janelas consecutivas) + pelo menos 1 achado relacionado a EpA
OU
• HLA-B27 positivo + pelo menos 2 achados relacionados a EpA

• Achados relacionados a EpA:
– Dor lombar inflamatória
– Artrite
– Entesite (calcâneo)
– Uveíte anterior
– Dactilite
– Psoríase (passado ou atual)
– DII (passado ou atual)
– Boa resposta a AINEs (acima de 80% após 24-48h)
– História familiar de EpA (1º ou 2º grau com EA, psoríase, uveíte, artrite reativa ou DII)
– HLA-B27 positivo
– PCR elevada

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17
Q

Quais são os critérios para espondilite periférica ?

A

Para pacientes com manifestações exclusivamente periféricas
• Artrite ou entesite ou dactilite
+
• Pelo menos 1 dos seguintes:
– Uveíte
– Psoríase
– DIl (atual)
– Infecção (urogenital ou intestinal)
– HLA-B27
– Imagem de sacroiliite*
OU
• Pelo menos 2 dos seguintes:
– Artrite
– Entesite
– Dactilite
– Passado de DII
– História familiar de EpA

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18
Q

Como diferenciar de Espondiloartrite Axial de uma Atrite Psoriásica de Acometimento Axial na Coluna e na região sacroilíaca?

A

‣ Coluna
• Na Espondilite Axial: Sindesmófitos delgado subindo de forma homogêneo → Coluna de Bambu
• Na Artrite psoriásica: forma um parasindesmófitos de forma grosseira que não sobre homogêneo, indo para o lado e não seguindo a ordem das vértebras
◦ Muita neoformação
‣ Região Sacroilica
• Artrite psoriásica
◦Assimétrica
◦ Unilateral
◦ Lesão grosseira
• Espondilite Axial
◦ Simétrica
◦ Bilateral
◦ Lesão delicada

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19
Q

Como é feito o tratamento da Espondiloartrite axial?

A

• Tratamento não medicamentoso: educação do paciente, atividade física, fisioterapia, orientar cessar tabagismo
• Tratamento Medicamentoso
– 1ª linha: AINH → Naproxeno de 12/12h de 30-90 dias (contraindicado em cardiopatas, nefropatas e pcts com colite em atividade)
– Após 30 dias e não remissão: imunossupressor e AINE sob demanda
Obs: Não está indicada a manutenção de uso contínuo do AINE
– Manifestações periféricas refratárias → MTX (15-25mg/semana + ácido fólico 5mg/sem) ou SSZ* (2-3g/dia)
Obs: se náuseas ou vômitos suspender o MTX
– Entesite refratária → Infiltrado local de glicocorticoide guiado por ultrassonografia (ruptura tendínea)
– Se mista refratária a MTX e SSZ: associar imunobiológicos (anti-TNF ou anti-IL-17)
– Anti-TNF (infliximabe {apenas para forma radiográfica}, etanercepte {ruim para tratar uveíte ou colite}, adalimumabe) → lembrar de atualizar carteira vacinal, rastreamento para tuberculose latente e realização de sorologias para hepatite B e C, HIV
– Inibidores da IL-17: Secuquinumabe* e ixizequizumabe
• Refratário aos biológicos
• Maior incidência de infecções fúngicas → candidíase
• Paciente com risco de contrair Tuberculose
• Primeira escolha para psoríase extensa
– Falha ao primeiro imunobiológico → Reavaliação e confirmação da hipótese diagnóstica (excluir: fibromialgia e osteoartrite) → troca para outro imunobiológico OU associação com AINE (se paciente tiver tido resposta)

20
Q

Quais são os preditores de mau prognostico da Espondiloartrite axial?

A

‣ Presença previa de sindesmófitos
‣ Tabagismo
‣ Sexo masculino
‣ VHS e PCR persistentemente elevados
‣ Falta de adesão ao tratamento

21
Q

Quais são as doenças mais relacionadas a artrite enteropática? Qual a diferença de localização de acometimento entre essas doenças ?

A

Doença de Crohn — Pode envolver todo o tubo digestivo mas predomina o íleo terminal e cólon proximal
Retocolite Ulcerativa — a partir do cólon e reto

22
Q

Quais os principais sintomas que estão relacionados a artrite enteropática ? (15)

A

Diarreia
Dor abdominal em cólica que não melhora com flatos/fezes
Sangramento digestivo baixo (Hematoquezia)
Febre
Perda de peso
Fadiga
Fistulização da pele*
Episclerite e Uveíte anterior bilateral aguda
Lesões cutâneas (pioderma gangrenoso, eritema nodoso)
Doenças hepatobiliares (colangite e litíase biliar)
Tireoidite de Hashimoto
Insuficiência aortica
Distúrbios cardíacos de condução
Lesão óssea granulomatosa
Osteoporose e osteomalácia

23
Q

Quais as principais diferenças entre DC e RCU?

A

• Localização
• Tabagismo
• Fistulização da pele
• Pseudopólipos
• Defesa abdominal
• Acometimento axial

24
Q

Como é o quadro clínico articular da artrite enteropática?

A

Artrite oligoarticular assimétrica e predomina nas grandes articulações dos membros inferiores
Aguda e intermitente com resolução em até 6 meses e raramente cronifica

25
Q

Quais as red flags que um paciente com DII para Artrite enteropática ?

A

Dor lombar > 3 meses
Edema ou dor em articulação periférica
Dor em tendões, cápsulas e ligamentos (entesite)
Dactilite

26
Q

Quais as red flags que um paciente com Espondiloartrite para DII ?

A

Dor abdominal > 3 meses
Diarreia crônica
Sangramento retal
História familiar em DII
Febre persistente
Anemia
Perda de peso
História ou evidencia de abscesso
Fístula perianal

27
Q

Como fazer o diagnóstico de uma Artrite Enteropática ?

A

• Laboratório → PCR, VHS, leucocitose e plaquetose
– Fator reumatoide negativo
– anemia ferropriva
– HLA-B27 + em 35-75%
– calprotectina fecal (fCAL) → identifica inflamação intestinal → ≥96µg/g = ileocoloscopia ou sintomas + fCAL ≥ 100-200µg/g = endoscopia
• Imagem
– rx de articulações periféricas → edema de partes moles, osteopenia justarticular, periostite, derrame articular, erosões
– rx de coluna e pelve → sacroíleite típica
– ileocoloscopia → referência para diagnóstico

28
Q

Comente sobre os principais diagnósticos diferenciais da Artrite Enteropática

A

• Artrite Reativa (infecção por Salmonela, Shigella, Yersinia, Campylobacter)
• Doença de Whipple (infecção pelo Troferyma whipplei, artrite migratória não erosiva de joelhos, tornozelos e punhos e raro acometimento axial, distúrbios cognitivos, oftalmoplegia, ataxia, mioclonias, esteatorreia, endocardite sem febre)
• Doença de Behçet (úlcera da mucosa intestinal que causa náuseas, diarreia, dor e distensão abdominal, artrite aguda oligoarticular de grandes articulações. Úlceras orais e genitais, pode ter ulcera perianal {diferenciar das fistulas}, eritema nodoso, pioderma grangrenoso, uveíte bilateral {anterior, posterior ou panuveíte}, mialgia, dor em partes moles, manifestações neurológicas e vasculares. Fator reumatoide e FAN negativo, pode ter anticardiolipina e anticoagulante lúpico positivo)
• Doença celíaca/Enterpatia sensível ao glúten (Anticorpos: antitransglutaminase tecidual, antiendomisio) (desnutrição, diarreia crônica, deficiências nutricionais e artrite periférica ou axial ou mista não erosiva que pode preceder a manifestação intestinal)
• Artrite por Bypass intestinal (artralgia ou artrite semanas a anos após a cirurgia)
• Colite psedomembranosa (infecção por Clostridium difficile, dor abdominal, febre, iciterícia, náuseas, vômitos, diarreia, prurido, fadiga e mal estar; artrite de grandes articulações)

29
Q

Como fazer o tratamento da artrite Enteropática ?

A

• reabilitação física, suporte nutricional e psicológico
• junto com o gastroenterologista
• AINE por curto período (3 dias)
• SSZ (1ª opção) ou outro DMARDs sintético
• DII grave (fistulas ou áreas extensas de inflamação da mucosa intestinal) → contraindicado AINE, corticosteroides (intra-articular ou sistêmico-VO) doses médias a altas + DMARD sintético (Sulfassalazina 2-3g/dia ou MTX 15-25mg) → biológicos se falha: anti-TNF monoclonais → falha/toxicidade/contraindicaçao: Ustequinumabe (anti-IL12/IL-23) e Tofacotinibe

30
Q

O que é a artrite reativa? Qual o padrão de acometimento articular?

A

É uma artrite decorrente de uma infecção urinária ou gastrointestinal, em geral doenças sexualmente transmissível, que pode ou não ser estéril lo líquido sinovial
Artrite transitória não purulenta
Oligoartrite periférica assimétrica com acometimento preferencialmente de articulações de MMII 1-6 semanas após a infecção
Pode ter acometimento axial em coluna vertebral em QUALQUER segmento e articulação sacroilíaca geralmente unilateral (pode estar acompanhada de entesite, dactilite, dor alternante em nádegas e lombalgia)

31
Q

Qual é a tríade da síndrome reativa ?

A

• Artrite
• Conjuntivite
• Uretrite

— Síndrome de Reiter

32
Q

Quais as principais bactérias envolvidas na artrite reativa ?

A

• Chlamydia trachomatis (50% das atrites reativas)
• Chlamydia pneumoniae
• Campylobacter jejuni
• Campylobacter fetus
• Campylobacter lari
• Clostridium difficile
•Salmonella typhimurium
• Salmonella enteriditis
• Shigella flexneri
• Shigella sonnei
• Yersinia enterocolitica

33
Q

Qual a porcentagem de prevalência de HLA-B27 nos pacientes com artrite reativa ?

A

60% são HLA-B27 positivos

34
Q

Quais são as manifestações mucocutâneas da artrite reativa?

A

• Ceratodermia blenorrágica ou pustulose palmoplantar e a balanite circinada. (Indolor)
• Úlceras orais indolores e autolimitadas
• Alterações ungueais similares a lesões psoriásicas

35
Q

Quais são as manifestações geniturinárias da artrite reativa?

A

‣ Uretrite (queimação ou ardor ao urinar e secreção mucoide e discreta)
‣ Prostatite
‣ Salpingite Reativa, vulvovaginites

36
Q

Quais são as manifestações oculares da artrite reativa?

A

‣ Conjuntivite asséptica
‣ Úveite anterior
‣ Complicações como episclerite, ceratite e úlcera de córnea
‣ Hipópio

37
Q

Quais são as manifestações cardíacas e nefrológicas da artrite reativa?

A

• Cardíacas: distúrbios da condução e insuficiência aórtica
• Nefrológicas: Glomerulonefrite e nefropatia IgA relacionadas

38
Q

Quais são os tipos de evolução, e suas respectivas porcentagens, da artrite reativa?

A

‣ Artrite Autolimitada - duração de 6-12 meses → 35%
‣ Remissão com recorrência intermitente → 35%
‣ Períodos de melhora e piora mas sem remissão completa → 25%
‣ Doença inflamatória ativa e persistente — artrite destrutiva grave de múltiplas articulações periféricas e/ou alterações difusas da coluna vértebral → 5%

39
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da artrite reativa?

A

• Artrite gonocócica → principal diferença: lesao pustulosa em volta da articulação
– Fase bacteriológica (dura 48-72h): tríade: tenossinovite (mais no dorso das mãos, dedos e pés), dermatite (pápulas ou vesículas indolores não pruriginosas em troncos e extremidades, poupa face) e poliartrite (artrite migratória ou aditiva)
– Artrite supurativa: monoartrite de grandes articulações periféricas
– Conduta: fazer hemocultura, artrocentese com estudo do liquido sinovial (celularidade, cultura e GRAM), pesquisa de mucosas

• Artrite microcristalinas
• Pós-traumática
• Relacionada a DII

40
Q

Como fazer o tratamento da artrite reativa?

A

• Tratamento da infecção gatilho: Doxiciclina 100mg 2x/dia por 7 dias
OU
Azitromicina 500mg 2x dose única
OU
Fluorquinolonas (Ciprofloxacino) por 6 meses

• Tratamento articular → AINES, corticosteróides sistêmicos ou intra-articulares
– se entesite muito sintomática (esporão de calcâneo) → 1-3 infiltrações com esteroides com intervalo de no mínimo 3 meses

• Casos refratários: MTX, SSZ por 3 a 6 meses
• Cronificação e refratariedade ou manifestações extra-articulares: biológicos

Obs: a balante circinada deve ter cuidado com higiene e cremes de corticoide

41
Q

O que é Espondiloartrite indiferenciada? O que elas podem representar?

A

São pacientes com manifestações clínicas próprias das espondiloartrites sem, no entanto, não preencher critérios ASAS.

◦ As espondiloartrites indiferenciadas poderiam representar:
‣ Estágio precoce (tornando-se posteriormente diferenciada)
‣ A forma frustra de uma espondiloartrite definida, que não irá desenvolver o quadro clássico da enfermidade.
‣ Uma subcategoria de espondiloartrite, ainda indefinida dos pontos de vista clínico e etiológico.
‣ Uma síndrome de superposição, que não pode ser diferenciada em apenas uma espondiloartrite definida.

42
Q

Quais os principais fatores associados à progressão para EA ?

A

◦ Sacroiliíte radiográfica de baixo grau (< grau 2 bilateral ou < grau 3 unilateral)
◦ Presença de dor na nádega
◦ Positividade do HLA­B27

43
Q

Como é o quadro clínico da Espondiloartrite indiferenciada?

A

• Artrite periférica (mono, oligo ou poliarticular) de forma assimétrica envolvendo mais MMII
• Entesite (tendão calcâneo e fascite plantar)
• Dor difusa
Obs: diferença de fibromialgia: na EI tem melhor resposta aos AINEs
• Uveíte anterior unilateral aguda

44
Q

Qual a principal complicação das Espondiloartrites indiferenciadas?

A

Distúrbios de condução atrioventriculares e regurgitação aórtica isolada (sem estenose da valva aórtica).
– Geralmente associadas ao HLA-B27.

45
Q

Como são os exames de imagem da Espondiloartrite indiferenciada?

A

◦ Radiografia convencional de sacroilíacas
‣ Sinais claros ou suspeitos de sacroiliíte e/ou sindesmófitos, quadratura vertebral ou anquilose.
‣ Pode vir normal estágios mais iniciais da doença.
• O tempo entre os primeiros sinais e sintomas de sacroiliíte para as alterações radiográficas pode variar de 1 até 9 anos.
◦ Ressonância magnética
‣ Mais sensível
‣ Vê alterações ósseas e inflamatórias (osteíte, sinovite e entesite
‣ Detectar também depósitos de gordura característicos, que indicam inflamação prévia
‣ Alterações estruturais como erosão e/ou anquilose óssea.

46
Q

Como são os exames de imagem da Espondiloartrite indiferenciada?

A

◦ Radiografia convencional de sacroilíacas
‣ Sinais claros ou suspeitos de sacroiliíte e/ou sindesmófitos, quadratura vertebral ou anquilose.
‣ Pode vir normal estágios mais iniciais da doença.
• O tempo entre os primeiros sinais e sintomas de sacroiliíte para as alterações radiográficas pode variar de 1 até 9 anos.
◦ Ressonância magnética
‣ Mais sensível
‣ Vê alterações ósseas e inflamatórias (osteíte, sinovite e entesite
‣ Detectar também depósitos de gordura característicos, que indicam inflamação prévia
‣ Alterações estruturais como erosão e/ou anquilose óssea.

47
Q

Como é feito o tratamento das Espondiloartrite indiferenciadas?

A

O tratamento vai se basear na predominância (axial ou periférica)