Febre no pós operatório Flashcards
Febre no peri-operatório - causas
Infecção pré-existente
Reação a droga
Hipertermia maligna
Febre 24-72 horas pós op - principais causas
Atelectasia por conta de dor
paciente com dor diminui a respiração, isso causa febre (focos pulmonares colabam, aumenta citocinas inflamatórias e causa febre)
Infecção rápida de ferida operatória e grave - strepto pyogenes ou clostridium perfringens
Febre > 72 horas
Infecção de ferida - s aureus; ITU (com unidade formadora de colonia 10 a 5 ou 10 a 3 se svd), pneumonia
Parotidite supurativa - s aureus, se eritema local, leucocitose e febre, principalmente em homens com DM e desidratados
TVP
reação à droga
Liquidos no pós op - tipos
Seroma - coleção de linfa - abaulamento sem dor e sem sinais flogísticos - normalmente não vaza espontâneamente, compressão (curativo compressivo) e dreno evitam
Hematoma - coleção de sangue entre pele e subcutâneo - ocorre por hemostasia inadequada ou coagulopatia, maior risco de infecção; se necessário limpeza e ressutura
Deiscência aponeurótica - subcutâneo - camada profunda - músculo e aponeurose
Características deiscência
Deiscência aponeurótica: defeito músculo-aponeurótico → aumenta risco de evisceração
Evisceração alças vão pra fora
eventração é quando a pele ta segurando, mas aponeurose abriu
Fatores de risco: má técnica, desnutrição, idade avançada, obesidade, infecção da ferida
Líquido do 4o ao 14o dia
Liquido serohemático vazando, suspeita de deiscência ou exsudação de infecção de ferida → tratamento reoperar
Profilaxia para paciente que já teve é pontos subtotais - pontos capinotados
Tratamento infecção ferida operatória superficial
Superficial (pele/subcutâneo) se está dando pra ver o processo inflamatório (calor, rubor, dor, pus) - tratamento é abrir ponto e drenar (drenagem local é suficiente, não precisa de ATB)
infecção de ferida operatória é até 30 dias a 1 ano da cirurgia se no local da operação
Tratamento infecção ferida operatória profunda
Visualiza pus saindo mais profundo
Abrir ponto, lavar e rfazer antibiótico
Abaixo do subcutâneo e acima do músculo
Limpeza se infecção de órgãos e cavidades
Quando tem febre + distensão + toxemia
ATB + drenagem por punção, se necessário reoperação
Fatores de risco pra complicações pulmonares no pós op
ICC, apneia obstrutiva do sono, tabagismo, DPOC, idade > 60, sitio da operação (mais perto do diafragma maior o risco), tempo de cirurgia > 3 h, ASA > II, tabagismo ativo, Cr > 1,5
Parâmetros da espirometria
Capacidade pulmonar total: volume de ar contido nos pulmões após uma inspiração máxima. Volume residual: volume que permanece nos pulmões após expiração forçada. Capacidade vital forçada: volume de ar expirado forçadamente após inspiraço máxima. Volume expiratório forçado no 1° segundo (VEF1): volume de ar expirado no 1° minuto da CVF. ìndice de Tiffenaud: relação entre o VEF1 e o CVF.
Definição de febre
> 37,2 de manhã
37,7 de tarde
O que é a hiperexia e suas causas
T>41,5
AVCh e infecção grave
Diferença entre hipertermia e febre
Hipertermia não é pelo reajuste hipotalâmico - mas geração de calor intensa não dissipada - como hipertermia maligna, heat stroke, drogas (cocaína, iMAO…)
Temperatura corporal central
Não é oral, axilar nem retal, mas sim dispositivos na artéria pulmonar, membrana timpânica, esôfago…
Como o corpo tenta combater a hipotermia
Hormônios - cortisol, catecolaminas, T4
Vasoconstrição periférica
Hipotermia grave no ECG
< 28 graus
ondas J de osbourne
Quando há risco de hipotermia na cirurgia
Cx prolongada, área exposta grande, reposição de flúidos não aquecidos
Tratamento hipotermia
Leve - assegurar via aérea e cristaloide aquecido
Moderada - cobertor térmico e aparelhos de aquecimento
Grave - irrigação pleural ou peritoneal com solução aquecida, hemodiálise…
planos ferida operatória
Pele, tecido subcutâneo, aponeurose, músculo, órgão ou cavidade alvo
Fatores de risco infecção de sítio operatório
DM, idade avançada, desnutrição, obesidade, infecção remota coexistente, tempo prolongado de cirurgia
Principais complicações gastrointestinais
Deiscência de anastomose, fístulas e obstrução intestinal
Consequências de deiscências de anastomose
Peritonite, fístulas (enterocutânea, enterovaginal, enterovesical), abscesso intra-abdominal e deiscência ferida operatória
Manifestações deiscência da anastomose
Taquicardia, leucocitose, aumento de PCR
Pode ter febre e sinais de peritonite
fatores de risco: obesidade, tabagismo, cirurgia de emergência, colorretais, esofágicas, crohn…
Tratamento deiscência
TC confirmatória
Dieta zero
Não faz outra sutura no local
explorar cirurgicamente se peritonite
Colostomia protetora pode ser feita
O que é uma fístula
Comunicação entre 2 estruturas, sendo 1 delas sempre 1 víscera oca
Pode ser interna ou externa
Causas de fístulas
Iatrogenia - deiscência de anastomose, lesão inadvertida do intestino
Relação com sepse e taquicardia
Crohn e enterite por radioterapia
Tipos de fístulas
Alto débito > 200 - 500 - principal local é o íleo
Baixo débito < 200 - 500
Manifestação fístula enterocutânea
Secreção entérica pelo dreno ou incisão cirúrgica
Comum causar hipocalemia, alcalose, hiponatremia e desidratação
Tratamento fístula
Reposição hídrica, correção dos eletrólitos, ATB pra sepse, dieta zero, suporte nutricional, somatostatina (reduz secreção GI);
Abrir ferida e drenar
Características fístulas favoráveis
Trajeto > 2 cm; trajeto único, sem outras fístulas, fístula lateral, não epitelizado, sem grandes abscessos adjacentes, origem jejuno, cólon; sem doença intestinal associada, íntegra (sem rompimento)
Geralmente fecha sozinha com suporte
Características fístula desfavorável
Trajeto < 2 cm, múltiplos trajetos, fístulas internas associadas, fístula terminal, origem duodeno, estômago, íleo, grandes abscessos adjacentes, doença de crohn, rompida, associada a malignidade
Normalmente exige cirurgia pra fechar
Necessidade tratamento cirurgico fístula
As que não fecham sozinhas
Alteração intestinal comum após manipulação de alças ou abordagem cirurgica
Atonia intestinal pós op no segmento distal a ressecção/anastomose
Tipos de obstrução intestinal precoce do PO e até quando ocorrem
Funcionais ou mecânicas, ocorrem em até 30 dias do PO
Funcional - íleo pós operatório (adinamia que vai até 2-4 dias pós op) e íleo adinâmico (ileo paralítico - causas infecciosas e outros distúrbios causam)
Mecânica - bridas (aderências) - principal causa fora do período pós-op
Tratamento obstruções intestinais
Funcional - hidratação venosa, corrigir distúrbios
Mecânica - abordagem cirúrgica
Quando a hipertensão PO é mais frequente
Pós-anestésico imediato
Complicações hipertensão no periop
Rotura de anastomoses e emergência hipertensiva
Causas de hipertensão durante o procedimento
Sobrecarga de volume
Tração visceral
Hipotermia
Dor
Conduta HAS secundária
Tratar doença de base antes de cirurgia eletiva
Principal causa de óbito em idosos após cirurgia não cardíaca
IAM, principalmente em até 48 h do PO
Mortalidade de 30%
PO é mais grave e silencioso
Nem sempre tem supra e troponina +
taquicardia, hipotensão, alteração da consciência, glicemia de dificil controle
Por que complicações respiratórias ocorrem
Redução da capacidade residual funcional
obesidade, DPOC, posição supina
Menos contratilidade diafragmática
Redução da capacidade vital
Relação espirometria e complicações respiratórias
Volume expiratório forçado no 1o segundo > 2 litros - baixa chance de problema
Se < 1 Litro - maior chance de problemas
Indicação espirometria pré op
Alta carga tabágica, DPOC, ressecção pulmonar, < 4 METS, idosos desnutridos, asmáticos
Por que atelectasia é perigoso
Piora drenagem de secreções do parênquima acometido - aumenta risco de crescimento bacteriano e pneumonia (comum no 5o dia pós op)
O que é a broncoaspiração
Aspiração de conteúdo gástrico - queimadura química na via aérea e inflamação aguda - sd de Mendelson
Risco em rebaixamento de nível de consciência, relaxamento inadequado do EEI, ausência do jejum pré-op, obstrução intestinal, trauma, cx de urgência
Quadro clínico broncoaspiração
Vômitos seguidos de dispneia, sibilância torácica e tosse; pode ter estertores crepitantes e infiltrado bilateral
Trata com IOT e aspiração
Principais causas de edema pulmonar no PO
excesso de volume e disfunção VE por IAM de parede anterior
Tratamento edema de pulmão
diuréticos, suporte ventilatório e vasodilatadores
Se necessário IOT
Hemodinâmica invasiva com cateter de Swan-Ganz - PAOP - pressão de oclusão da artéria pulmonar > 18
O que é a SRDA
Insuficiência respiratória hipoxêmica com infiltrados radiológicos bilaterais causada por broncoaspiração, pneumonia, contusão pulmonar, politrauma, transfusões múltiplas e quase afogamento
Patogenia SDRA
Dano dos pneumócitos I - aumenta permeabilidade capilar e prejuízo na produção de surfactante (necrose de pneumócito II) –> edema alveolar e intersticial, colapso alveolar e hipoxemia
Quadro clínico SDRA
Dispneia de rápida instalação, taquipneia, respiração ruidosa e estertores, infiltrado bilateral difuso
Tratamento é tratar condição de base + IOT
Quais cirurgias o paciente deve ser mantido com heparina PO de forma prolongada (4-6 semanas)
Cirs ortopédicas (artroplasia de quadril) e grandes cirurgias oncológicas abdominais