Farmacologia Flashcards
Aminoglicosideos: quais são os dois principais, sua via de adm e sua posologia.
Gentamicina= 8/8hrs, uso parenteral.
Amicacina= 12/12hrs, uso parenteral.
Aminoglicosideos: mecanismo de ação
se liga a membrana plasmática das bactérias para denotar dentro da célula, esse processo gera um gasto energético(o2) que explica a resistência natural das bactérias anaeróbicas. Depois de penetrar ativa na celula bacteriana essas drogas vão se ligar na subunidade 30s do ribossomo de forma irreversível. Leva a produção de proteínas anômalas pela célula bacteriana e então a mesma não consegue se reproduzir e irá morrer.
Sinergismo com antibióticos que destroem a parede bacteriana e deixa mais propício a ação dos Aminoglicosideos.
Aminoglicosideos: concentração
Concentra-se no baço, rins, líquido ascético, atravessam a barreira placentária.
São insolúveis no liquor e na próstata e concentram-se mal na secreção brônquica.
Concentram-se bem na lesão caseosa da tb(não são os antibióticos de primeira escolha)
Aminoglicosideos: farmacocinetica
Não sofrem metabolização(por isso a falta de uso oral)
Eliminados na forma ativa por via renal- ataxia grande pelos rins
Aminoglicosideos: espectro de ação
Drogas boas contra G(-) aeróbios
Não são tão boas contra gram(+) e não agem contra aeróbias.
Não são ativos contra hemofilos.
Aminoglicosideos: indicação terapêutica
Os Aminoglicosideos são ótimos para infecções do diagrama para baixo(biliar, infecção urinária, peritonite{associar com anaerobicida})
Tratamento empírico da endocardite + ampicilina
Aminoglicosideos: efeitos adversos e contraindicações
Amicacina gera menos efeitos adversos
Nefrotoxicidade> reduzem a filtração glomerular em 5 a 25% dos indivíduos, aumenta a creatinina em 10%.
Ototoxicidade> ação no 8 par craniano, dose dependente, em idosos, + vestíbulotoxicidade, irreversível a lesão.
Neurotoxicidade> bloqueio neuromuscular= paciente que já apresenta uma doença neuromuscular como a miastenia gravis, vai causar mais problemas. Contraindicado em indivíduos que estão usando substâncias que bloqueiam a transmissão neuromuscular como bloqueadores musculares usados em cirurgia.
Polimixinas: indicações clínicas
serve para tratar infecção gram(-) potentes, último antibiótico de escolha.
Polimixinas: mecanismo de ação
Mecanismo de ação: interferir na permeabilidade da membrana citoplasmática de bactérias sensíveis.
• Por sua pequena diferenciação sobre as células humanas, atuam também interferindo na permeabilidade celular humana
• Daí, toxicidade renal e neural
Polimixinas: via de adm
Via parenteral
8/8 ou 12/12
Polimixinas: concentração
Não penetra liquor
Não pega bem infecção pulmonar
Polimixinas: efeitos colaterais
Nefrotoxicidade
Neurotoxicidade= neuropatia periferica, parestesia, fraqueza muscular e ataxia
Polimixinas: indicações terapêuticas
Sepse, pseudomonas aeruginosas, acinetobacter baumanii.
Lincosamidas: espectro de ação
Atividade contra anaeróbios (bacteroides fragilis, clostridium)
Ação contra gram (+)
Não concentra no liquor
Concentra no encéfalo
Concentra na placenta-feto
Lincosamidas(clindamicina): efeitos adversos
Intolerância digestiva
Colite pseudomembrana= causado por antibiótico que mexe na microbiota anaerobio.
NUNCA FAÇA CLINDAMICINA NA VEIA= GERA PARADA CARDÍACA.
Lincosamidas: mecanismo de ação
Ação bacteriostática por inibirem a síntese protéica
Clindamicina pode exercer ação bactericida contra estafilococos intracelulares
Griseofulvina: mecanismo de ação
Inibição de tubulina que é uma proteína associada aos microtubulos que confere a organização do fuso mitótico= célula não divide e forma vários núcleos.
Griseofulvina: indicações
Acumula-se nas células precursoras de queratina e liga-se a queratina das células diferenciadas(tropismo)
Trincophyton, epidermophyton e microsporium.
Tinha cutis
Tinha pedis
Onicomicose
Griseofulvina: características do medicamento
Uso oral limitado
Melhor absorção com alimentos gordurosos por ser lipossolúvel
6/6 horas
Griseofulvina: efeitos adversos e contraindicações
Interações medicamentosa
Aumentam com o consumo de álcool- Insonia, síndrome alérgica, distúrbios tgi, hepatotoxicidade, menos espermatogênese.
Letargia, visão embaçada e vertigem, cefaleia
Contraindicação= gravidez, amamentação, criança abaixo de 2 anos, hepatopatas.
Aumenta o metabolismo dos anti-coagulantes
Diminui a ação dos anticoncepcionais
Fenobarbital diminui a concentração de Griseofulvina
Azóis: mecanismo de ação
Inibidores do ergosterol(tipo de colesterol que garante que a membrana plasmática seja rígida,
Uma vez inibido produz um distúrbio que prova a destruição do fungo.
Cetoconazol: indicação clínica
Doenças endêmicas em hospedeiro não comprometidos clinicamente
Paracoccidioidomicose e histoplasmose nas formas pulmonares aguda e crônica candidíase mucocutânea crônica
Cetoconazol: efeitos adversos
Afeta metabolismo de outros fármacos (rifampicina, fenintoina e da isoniazida)
Hepatotoxicidade(raro)
Distúrbios do tgi
Efeitos endócrinos(depressão da síntese de esteroides pela adrenal)
Hipogonadismo com oligo, impotência e perda da libido
Não deve ser usado na gravidez
Cetoconazol: caracteristicas do fármaco
Faixa terapêutica estreita
Absorção melhorada em meio ácido
Inibe hormônios sexuais
Não atinge snc
Maior inibição do p450
Itraconazol: característica do fármaco
Extenso metabolismo hepático(não utilizar em hepatopatas)
Doses de 100 a 400
Altamente lipossolúvel meia vida de 36h
Não penetra no liquor
Interage com enzimas microssomais
Mais potente dos azois
Itraconazol: efeitos colaterais
Hepatotoxicidade
Distúrbio Gi
Tontura
Cefaleia
Dor abdominal
Efeito teratogenico
Itraconazol: uso terapêutico
Histoplasmose
Paracoccidioidomicose
Crossoblastomicose
Esporotricose
Candidíase
Aspergilose
Não se usa em dermatofitose e onicomicose.
Fluconazol: característica do fármaco
Vo ou IV, hidrossolúvel
excelente biodisponibilidade por vo
Atinge concentração elevada no lcr
Meia vida de 25 horas, níveis sanguíneos atingidos entre 2 a 4 horas
Eliminação na forma ativa 90 são excretados inalterados na urina-> usado para infecções fúngicas no trato urinário
Azol que menos possui efeito sobre as enzimas microssomais hepáticas(diminui a interação medicamentosa)
Fluconazol: indicações clínicas
Cândida spp:
Forma superficial: oral, vacinal e esofágica
Forma invasiva: consolidação do tratamento nos casos mais graves, principalmente com a C. Não albicans
Criptococcus neoformans, paracoccidioidomicose e histoplasmose.
Consolidação de tratamento da meningite= por conta da boa penetração no lcr
Profilaxia no tmo= 75 a 100 dias após.
Fluconazol: efeitos adversos e reações medicamentosas
Trombocitopenia é leucopenia
Rash cutâneo e eosinofilia
Alopecia nos casos de doses elevadas, por tempo prolongado
Rifampicina diminui o nível sérico de Fluconazol
Interfere com níveis séricos de talbatamida, fenintoina, ciclosporina, carbazepina, porém em menor quantidade que no Cetoconazol e Itraconazol.
Fluconazol: resistência
Cândida não albicans: C. Glabata e C. Krusei
Cândida albicans: no ambulatório= aids em estágio avançado
No ambiente hospitalar nos casos de uso prolongado de profilaxia empírica ou tratamento
Variconazol: características
Biodisponibilidade oral e parenteral excelente
Alimentos gordurosos podem diminuir a absorção
Meia vida de 6 horas
Boa penetração nos diferentes órgãos e tecidos, incluindo snc
Metabolismo hepático
Não sofre eliminação renal
Variconazol: indicações clínicas e espectro de ação
Esofagite por Cândida em pacientes com aids, em formas resistentes a outros azólicos.
Terapêutica primária da aspergilose invasiva
Infecções por fusarium spp, em pacientes intolerantes ou com infecções refratárias a outros antifúngicos
Terapêutica empírica de pacientes com neutropenia febril não respondias a antibióticos
Leveduras: Cândida spp
Filamentosos: aspergillus, fudarium spp, scedosporidium spp
Endêmicos: Paracoccidioidomicose brasilienses e h capsulatum
Variconazol: efeitos adversos e resistência
Transtorno temporário de visão
Rash cutâneo, sendo que, excepcionalmente é grave
Anormalidade da função hepática: aumento das enzimas hepáticas
Algumas cepas da C. Glabrara e C. Krusei
Algumas cepas de fusarium e zigomicetos
Anfotericina B: mecanismo de ação
Antifúngico poliênico
Se liga a membrana citoplasmática fúngica de maneira reversível, anulando a permeabilidade celular, causando perdas de elementos importantes para a hemostasia do fungo.
Anfotericina B: características
Insolúveis em água= via IV
Distribuição ampla pelo organismo(fígado, pulmões, rins e baço)
Metabolização lenta, com baixa eliminação renal
Anfotericina B: indicações terapêuticas
Opção terapêutica da maioria das micoses profundas ou sistêmicas
Histoplasmose, zigomicose
Terapêutica empírica de pacientes neutropenicos febris
Anfotericina B: efeitos colaterais
Efeito transitório: 7 dias, consiste em
Febre durante a infusão- indução da síntese de fator de necrose tumoral, interleucinas e prostaglandina E2
Nauseas e vômitos
Hipotensão e hipertensão
Efeitos persistentes: Nefrotoxicidade e hipopotassemia
Hipomagnesemia
Anemia
Outros: cardiotoxicidade= miocardite e arritmias
Reação alérgica,flebite, cefaleia, mialgia, convulsões, alterações auditivas.
Anfotericina B: como usar?
Diluição: soro glicosado 5%
Corticoide: hidrocortisona
Antitérmicos: dipirona
Anti-histamínico: difenidramina
Concentração da dose no soro não deve ultrapassar 10mg/ 100ml
Aplicação em 3 horas no mínimo
Controle: hemograma completo, ureia, creatinina, eletrólitos(sódio, potássio, cálcio e magnésio), eletrocardiograma.