Excelência nos Serviços Públicos Flashcards

1
Q

A QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS é um pilar fundamental para a eficácia e a legitimidade das instituições governamentais. Ela abrange uma gama de elementos, desde a eficiência na alocação de recursos até a acessibilidade universal dos serviços.

A
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2
Q

Legalidade:
Assegura que todas as ações da Administração Pública estejam em conformidade com a lei, incluindo a definição de metas e objetivos.
Ex: Definição de metas e objetivos de um programa governamental de acordo com as leis e normas vigentes.

Impessoalidade:
Busca evitar qualquer tipo de favorecimento ou discriminação, garantindo que as decisões sejam baseadas em critérios objetivos e que os resultados sejam alcançados de forma imparcial.
Ex: Seleção de fornecedores para um contrato público com base em critérios objetivos e sem favorecimento a nenhuma empresa.

Moralidade:
Relacionado à conduta ética dos gestores e servidores públicos na busca pelos resultados, evitando práticas que possam comprometer a qualidade e a integridade dos serviços.
Ex: Recusa de um gestor público em receber benefícios indevidos em troca de favorecimentos a determinada empresa durante a execução de um projeto público.

A

Publicidade:
Ligado à transparência e à divulgação dos resultados alcançados, possibilitando a prestação de contas à sociedade e a disseminação das boas práticas.
Ex: Divulgação dos resultados de um programa governamental por meio de relatórios públicos e disponibilização das informações para consulta da população.

Eficiência
Diretamente relacionado à gestão por resultados, visa a otimização dos processos, a busca pela produtividade e a entrega de serviços públicos de qualidade.
Ex: Implementação de medidas para reduzir os prazos de atendimento em um serviço público, melhorando a eficiência e a satisfação do usuário.

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3
Q

Perceba que o princípio da eficiência está diretamente relacionado à gestão por resultados, pois a eficiência busca a otimização dos processos e a busca pela produtividade, visando entregar serviços públicos de qualidade de forma mais ágil e econômica.

A
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4
Q

O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, conhecido como GESPÚBLICA, foi uma iniciativa do Governo Federal do Brasil que visava promover a melhoria da gestão pública, a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelo setor público.

A

O GESPÚBLICA tinha diversos objetivos. Listamos alguns que consideramos centrais no programa:

  • Melhoria da qualidade no serviço público: o programa buscava promover a qualidade dos serviços públicos por meio da adoção de práticas de gestão de qualidade, como a avaliação de desempenho, a definição de indicadores de qualidade e a busca pela satisfação dos cidadãos.
  • Desburocratização: uma das metas centrais do GESPÚBLICA era a redução da burocracia e da complexidade nos processos governamentais, tornando os serviços públicos mais acessíveis e eficientes.
  • Transparência e prestação de contas: o programa enfatizava a importância da transparência na administração pública, incentivando a divulgação de informações sobre a gestão e as ações do governo, bem como o estabelecimento de mecanismos de prestação de contas.
  • Inovação e modernização: o GESPÚBLICA promovia a inovação na gestão pública, incentivando a adoção de novas tecnologias e práticas de gestão que pudessem tornar o governo mais eficiente e ágil.
  • Capacitação e desenvolvimento de servidores: o programa investia na capacitação e desenvolvimento dos servidores públicos, buscando melhorar suas competências e promover uma cultura de excelência no serviço público.

O GESPÚBLICA se baseava em ferramentas de gestão como o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), que servia como referência para avaliação e melhoria da gestão nas organizações públicas.

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5
Q

No programa Gespública, a desregulamentação de normas que interferem excessivamente nas relações de direitos e obrigações entre os cidadãos e o Estado, bem como a simplificação de processos e rotinas que geram fluxos desconexos na tramitação de documentos são vertentes da desburocratização.

A
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6
Q

O Modelo de Excelência em Gestão Pública – MEGP, preconizado pelo GESPÚBLICA, tinha como fundamentos:

  • Pensamento sistêmico:
    Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo, com foco na sociedade.
  • Aprendizado organizacional:
    Busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento, individuais e coletivos, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e experiências.
  • Cultura da inovação:
    Promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial para a atuação da organização.
  • Liderança e constância de propósitos:
    A liderança é o elemento promotor da gestão, responsável pela orientação, estímulo e comprometimento para o alcance e melhoria dos resultados organizacionais e deve atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e a proteção do interesse público. É exercida pela alta administração, entendida como o mais alto nível gerencial e assessoria da organização.
  • Orientação por processos e informações:
    Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações devem ter como base a medição e análise do desempenho, levando em consideração as informações disponíveis.
A
  • Visão de futuro:
    Indica o rumo de uma organização e a constância de propósitos que a mantém nesse rumo. Está diretamente relacionada à capacidade de estabelecer um estado futuro desejado que garanta coerência ao processo decisório e que permita à organização antecipar- se às necessidades e expectativas dos cidadãos e da sociedade. Inclui, também, a compreensão dos fatores externos que afetam a organização com o objetivo de gerenciar seu impacto na sociedade.
  • Geração de valor:
    Alcance de resultados consistentes, assegurando o aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas.
  • Comprometimento com as pessoas:
    Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições de melhoria da qualidade nas relações de trabalho, para que elas se realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, de oportunidade para desenvolver competências e de empreender, com incentivo e reconhecimento.
  • Foco no cidadão e na sociedade:
    Direcionamento das ações públicas para atender, regular e continuamente, as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos de direitos, beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de Estado exercido pelos órgãos e entidades públicos.
  • Desenvolvimento de parcerias:
    Desenvolvimento de atividades conjuntamente com outras organizações com objetivos específicos comuns, buscando o pleno uso das suas competências complementares para desenvolver sinergias.
  • Gestão participativa:
    Estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta administração que busque o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais e coletivos, a fim de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.
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7
Q

Sendo assim, é possível relacionarmos alguns PONTOS DE CONVERGÊNCIAS entre as administrações públicas e privadas:

  • Planejam, organizam, dirigem e controlam (processo administrativo)
  • Aplicam eficiência, eficácia, efetividade e economicidade.
  • Dividem o trabalho, motivam e avaliam
  • Empregam tecnologias
  • Prestam contas à sociedade (responsabilidade jurídica e social)
A
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8
Q

Enquanto na gestão privada, o conceito de qualidade tem foco na satisfação dos clientes, na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessidades e expectativas do usuário-cidadão.

Logo, a aplicação dos princípios da qualidade na área pública tem como objetivo final a melhoria da qualidade de vida da população.

A

O planejamento da qualidade desejada dos serviços públicos inicia-se com a identificação dos requisitos dos clientes-alvo desses serviços.

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9
Q

Assim, podemos conceituar a gestão por resultados como a tradução dos objetivos em resultados, tomada de decisão descentralizada, com a predominância dessa visão em substituição a outros mecanismos de coordenação, como a padronização, hierarquização e controles formais de processos.

A gestão de resultados é o tipo de gestão que foca, simultaneamente, na efetividade ou no que de fato interessa ao cidadão e a sociedade e na flexibilidade de condução dos processos (descentralização para todos os níveis) e disfunção relacionada ao apego exacerbado às normas e procedimentos, propiciando mais accountability.

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10
Q

Formalmente, a gestão por resultados no Brasil tem início com o Plano Plurianual (PPA 2000 - 2003), denominado Avança Brasil. Em suma, o que se quis foi o fortalecimento do planejamento orientando a atuação administrativa e sua maior integração com o orçamento.
O autor Matias-Pereira (2012)1 nos apresenta os principais itens da agenda de gestão por resultados:

  • Foco nos resultados;
  • Políticas públicas formuladas a partir de processo de planejamento governamental;
  • Caráter descentralizado da tomada de decisões;
  • Flexibilização de recursos com cobrança de responsabilidade dos gestores;
  • Utilização de planejamento estratégico nas organizações públicas e otimização dos
    processos administrativos;
  • Mudanças metodológicas no processo de formulação do orçamento público;
  • Sistemas de informação que forneçam subsídios para a tomada de decisão e mensurem
    os recursos na obtenção dos resultados (sistemas de apuração de custos);
  • Sistemas de monitoramento da gestão, prestação de contas e avaliação;
  • Desenvolvimento de indicadores que permitam medir o impacto da ação governamental
    e indicar os desvios para introdução de medidas corretivas.
A
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11
Q

Se a questão de sua prova mencionar gestão de resultados, e uma das opções constar o termo “contratualização”, é quase certo que esse seja o gabarito!
A contratualização se fortalece como um importante mecanismo de efetivação da gestão por resultados no setor público. A reforma gerencial de 1995 propôs uma gestão por resultados por meio de contratos de gestão firmados entre ministérios e entidades prestadoras de serviços públicos, visando a assegurar autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados.

A

contratualização é o procedimento de ajuste de condições específicas no relacionamento entre o Poder Público e seus órgãos e entidades de direito público e privado ou entre o Poder Público e entidades da sociedade civil, em que há a negociação e o estabelecimento de metas de desempenho.

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12
Q

A gestão por resultados preconiza na provisão de serviços públicos a importância das parcerias.

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13
Q

Não existe gestão por resultados sem avaliação de desempenho. A gestão do desempenho constitui um conjunto sistemático de ações que buscam definir o conjunto de resultados a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para seu alcance, incluindo‐se a definição de mecanismos de alinhamento de estruturas implementadoras e de sistemática de monitoramento e avaliação.

A

Vimos que a avaliação dos resultados dos serviços públicos é uma prática essencial na gestão por resultados. Por meio dessa avaliação, é possível identificar falhas e pontos de melhoria nas iniciativas e programas desenvolvidos pelo setor público. Ao analisar os resultados alcançados, é possível verificar se as metas foram atingidas, se os recursos foram utilizados de forma eficiente, e se os objetivos e impactos esperados foram alcançados.

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14
Q

Os tipos de indicadores são diversos, específicos para o que se pretende medir. Assim, não há como enumerar uma lista taxativa, mas os mais comuns são os seguintes:

  • Indicadores estratégicos: informam o quanto a organização se encontra na direção da consecução de sua missão, visão e objetivos. Refletem o desempenho em relação aos fatores críticos de sucesso.
  • Indicadores de eficiência: relação com os resultados obtidos e os recursos empregados: fazer da melhor maneira utilizando a menor quantidade possível de recursos.
  • Indicadores de eficácia: relação entre os resultados obtidos e os resultados pretendidos: fazer da melhor maneira, isto é: atingir os resultados esperados.
  • Indicadores de efetividade (impacto): conjuga a eficácia com a eficiência. Focam as consequências dos produtos, serviços ou processos. A efetividade está vinculada ao valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral.
  • Indicadores de tendência: permitem fazer inferências mais seguras sobre o futuro. Eles representam uma codificação do conhecimento e demonstram tendências de comportamento.
  • Indicadores de capacidade: relação entre a quantidade que se pode produzir e o tempo para que isso ocorra. Por exemplo: a empresa Y tem capacidade de produzir 200 celulares por mês.
A
  • Indicadores de produtividade: relação entre as saídas geradas por um trabalho e os recursos utilizados para isso. Exemplo: uma pessoa consegue instalar 30 m2 de gesso em uma hora. A outro, consegue instalar apenas 22 m2 de gesso em uma hora;
    portanto, a segunda é menos produtiva que a primeira.
  • Indicadores de qualidade: relação entre as saídas totais, (tudo que foi produzido) e
    as saídas adequadas ao uso, isto é, sem defeitos ou inconformidades. Exemplo: 950
    peças adequadas a cada 1.000 produzidas (95% de conformidade).
  • Indicadores de lucratividade: relação percentual entre o lucro e as vendas totais. Exemplo: numa empresa, foram vendidos R$ 300.000,00 em mercadorias e apurado
    um lucro de R$ 30.000,00. Portanto a lucratividade é de 10%.
  • Indicadores de rentabilidade: relação percentual entre o lucro e o investimento feito
    na empresa. Exemplo: Na mesma empresa do exemplo anterior foram investidos R$
    1.000.000,00, com um lucro de R$ 40.000,00. A rentabilidade foi de 4%.
  • Indicadores de competitividade: relação da empresa com a concorrência. O market
    share pode ser usado para isso.
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15
Q

Agora, quase sempre, o que aparece em provas são os indicadores referenciados no Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores – GESPÚBLICA.
Os componentes básicos de um indicador são (GESPÚBLICA):

  • Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características,
    resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas;
  • Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo;
  • Índice (número): valor de um indicador em determinado momento;
  • Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa
    de padrão de cumprimento; e
  • Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de
    comparação a ser alcançado durante certo período.
A

O padrão de comparação, índice aceitável para avaliar comparativamente padrões de cumprimento, é um componente básico de indicador de desempenho.

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16
Q

O GESPÚBLICA utilizou como modelo uma concepção de cadeia de valor que identifica seis categorias básicas de indicadores de desempenho (chamados E’s), divididas em duas dimensões (Resultado e Esforço):
* 1. Efetividade (dimensão do Resultado);
* 2. Eficácia (dimensão do Resultado);
* 3. Eficiência (dimensão do Resultado);
* 4. Execução (dimensão do Esforço);
* 5. Excelência (dimensão do Esforço); e
* 6. Economicidade (dimensão do Esforço).
Essas seis categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor, que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a geração dos impactos provenientes dos produtos/serviços.
Os elementos da cadeia de valor são:
* Insumos (inputs);
* Processos/Projetos (ações);
* Produtos/serviços (outputs); e
* Impactos (outcomes).

A
17
Q

Dimensões do resultado:

  • A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os
    resultados alcançados e as transformações ocorridas. Possui foco externo e refere- se aos IMPACTOS.
  • A eficácia é a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas, independentemente dos custos implicados. Possui foco externo e refere-se aos RESULTADOS.
  • A eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu meio. Assim, possui foco interno e refere-se aos CUSTOS envolvidos.
A

Dimensões do esforço:

Execução refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos.

Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade, sendo um elemento transversal.

Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos.

18
Q

A SUSTENTABILIDADE PÚBLICA e a ACESSIBILIDADE são elementos que buscam promover a equidade, a transparência e a responsabilidade na gestão pública, ao mesmo tempo em que garantem que todos os cidadãos tenham igualdade de oportunidades e acesso aos serviços governamentais.

A

Nesse contexto, temos as práticas de responsabilidade social, transparência e políticas de gestão e ética compõem o que chamamos de ESG - Environmental, Social and Governance (do português, ASG - Ambiental, Social e Governança).

Assim, a ESG consiste em um conjunto de padrões e boas práticas que têm como intuito definir se as atividades de uma determinada organização são conscientes, sustentáveis e devidamente gerenciadas.