Empreendedorismo e Gestão da Inovação Flashcards

1
Q

Para Dornelas (2003)1, o empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor. O autor diz que as definições para empreendedorismo são várias, mas que é possível resumir sua essência nos conceitos de:
* fazer diferente;
* empregar recursos disponíveis de forma criativa;
* assumir riscos calculados;
* buscar oportunidades e inovar, sendo sempre um processo de criação de valor.

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2
Q

Salim, Nasajon e Mariano (2004)2 destacam que o empreendedorismo pode ser dividido
em 7 passos:
1. Assumir riscos: arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos.

  1. Identificar oportunidades: ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio.
  2. Conhecimento, organização e independência: esse conhecimento pode vir da experiên- cia prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de dicas de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.
  3. Tomar decisões: tomar decisões acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise “fria” da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada.
  4. Liderança, dinamismo e otimismo: liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, com- binar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento.
  5. Planejamento e plano de negócios: dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente.
  6. Tino empresarial: o que muita gente acredita ser um sexto sentido, intuição, faro em- presarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte des- sas características, terá grandes chances de êxito.
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3
Q

Inicialmente, a Orientação Empreendedora (OE) possuía três dimensões, que foram apre- sentadas por Miller (1983)3:
1) Inovação (inovatividade): caracterizada pela introdução de novos produtos, serviços ou processos tecnológicos;
2) Assunção de riscos: caracterizada pela aceitação da incerteza e do risco das ativida- des incertas;
3) Proatividade: relacionada a uma perspectiva de futuro, na qual as empresas procuram ativamente antecipar oportunidades para desenvolver e introduzir novos produtos ou serviços no mercado, procurando obter vantagem competitiva.
Posteriormente Lumpkin e Dess (1996)4 ampliaram o estudo para mais duas dimensões:
4) Agressividade competitiva: que se refere à tendência a agir de forma agressiva para superar os rivais da indústria no mercado;
5) Autonomia: associada à proatividade para as oportunidades de mercado e/ou ação in- dependente de um indivíduo ou de uma equipe em levar adiante uma ideia ou uma visão até a sua conclusão.

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4
Q

Dimensões da OE
Definição
Inovatividade:
É caracterizado como a voluntariedade da organização em introduzir novidades e inovação através da experimentação e criatividade, visando ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, bem como novos processos.

Assunção de riscos:
O conceito remete esta dimensão a organizações que tendem
a tomar decisões e agir sem certo conhecimento de resultados prováveis, algumas empresas também podem assumir compromissos de recursos substanciais. Agir de forma a aventurar- se em novos e desconhecidos mercados.

Proatividade:
Esta dimensão se caracteriza como a perspectiva de um líder em aproveitar, buscar oportunidades de mercado, antecipando demandas futuras.

Autonomia:
Ação independente realizada por um indivíduo ou equipe que visa um conceito de negócio ou visão e levá-lo até a sua conclusão.

Agressividade competitiva:
Esta dimensão se caracteriza por um intenso esforço da organização em superar os rivais da indústria. Caracteriza-se por uma postura combativa ou uma resposta agressiva visando melhorar a posição ou superar uma ameaça em um mercado competitivo.

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5
Q

Segundo o Manual de Oslo, a inovação é definida pela implementação de produtos (bens ou serviços) ou processos novos ou substancialmente aprimorados. A implementação da ino- vação ocorre quando o produto é introduzido no mercado ou quando o processo passa a ser operado pela empresa.

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6
Q

As atividades de inovação incluem todas as etapas científicas, tecnológicas, organizacio- nais, financeiras e comerciais que realmente conduzem, ou que pretendem conduzir, à imple- mentação de inovações. Algumas dessas atividades podem ser inovadoras em si, enquanto outras não são novas, mas são necessárias para a implementação.
Durante um dado período, as atividades de inovação de uma organização podem ser de três tipos:
* bem-sucedida, por ter resultado na implementação de uma inovação (embora a de ino- vação não tenha necessariamente sido comercialmente bem-sucedida);
* em processo, para as atividades em curso que ainda não resultaram na implementação de uma inovação;
* abandonadas antes de serem implementadas.

A

Assim, uma organização ativamente inovadora é aquela que realizou atividades de inova- ção durante o período de análise, incluindo as atividades em processo e abandonadas. Em outras palavras, empresas que tiveram atividades de inovação no período analisado, indepen- dentemente de sua atividade ter resultado na implementação de uma inovação, são empresas ativamente inovadoras.
Os autores Tidd, Bessant e Pavitt (2005)6 apresentam o processo de inovação composto por quatro etapas distintas, que alimentam e são retroalimentadas pelo aprendizado dinâmico:
* A busca ou procura – captação de alguns sinais emitidos interna ou externamente à empresa que sirvam de indicativos das probabilidades de mudanças das tendências do
futuro;
* A seleção – busca definir quais das informações, sinais e gatilhos poderão lograr futuro
desenvolvimento na organização;
* A implementação – depois de identificar os possíveis gatilhos causadores de mudan- ças (na fase de busca) e de tomar a decisão estratégica de quais desses gatilhos serão diligenciados (na fase de seleção), é chegado o momento da implementação, da trans- formação de ideias em realidade: produtos, serviços ou mudanças de processo ou de modelo de negócios; e
* O aprendizado – processo relacionado à construção e integração de comportamentos centrais em rotinas efetivas.

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7
Q
  • INVENÇÃO: novidade TECNICAMENTE viável.
  • INOVAÇÃO: novidade ECONOMICAMENTE viável.
A

Inovação é quando uma ideia atende às necessidades e expectativas do mercado, é viável do ponto de vista econômico e sustentável e oferece retorno financeiro às empresas. Ou seja, toda inovação precisa gerar resultados.
Inovação não é invenção, nem descoberta. Ela pode requerer estes conceitos, e frequentemente isso acontece. Mas o seu foco não é o conhecimento, e sim o desempenho econômico. A primeira aplicação de uma inovação deve ser a estratégia, aproximando-se ao máximo do seu ideal. Mas, para que uma invenção seja considerada uma inovação, seus clientes precisam reconhecer o valor de todo o seu investimento.

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8
Q

Adoção é a decisão de alguém de se tornar usuário regular de um produto (KOTLER e KEL-
LER, 2006)7. Para esses autores, a adoção é dividida em cinco fases:
* Conscientização: o consumidor toma consciência da existência do produto.
* Interesse: o consumidor potencial se interessa e busca informações do produto.
* Avaliação: o consumidor avalia o risco e o custo da experimentação.
* Experimentação: o consumidor experimenta o produto e avalia se vai comprá-lo.
* Adoção: o produto é adotado se aprovado pelo consumidor.

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9
Q

Assim, temos três conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo.
O requisito mínimo para se considerar uma inovação é que a mudança introduzida tenha sido nova para a empresa. Um método de produção, processamento e marketing ou um méto- do organizacional pode já ter sido implementado por outras empresas, mas se ele é novo para a empresa (ou se é o caso de produtos e processos significativamente melhorados), então trata-se de uma inovação para essa empresa.
As inovações são novas para o mercado quando a empresa é a primeira a introduzir a ino- vação em seu mercado. O mercado é definido como a empresa e seus concorrentes e ele pode incluir uma região geográfica ou uma linha de produto.
Uma inovação é nova para o mundo quando a empresa é a primeira a introduzir a inovação em todos os mercados e indústrias, domésticos ou internacionais. Assim, uma inovação nova para o mundo implica em um grau de novidade qualitativamente maior do que uma inovação nova somente para o mercado.

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10
Q
  • Vantagem relativa: trata do grau em que a inovação é percebida como melhor em rela- ção ao produto que ela substitui.
  • Compatibilidade: é o grau em que a inovação se relaciona com as necessidades dos adotantes, seus valores e experiências.
  • Grau de complexidade: é o fator que destaca se a inovação é difícil de entender ou usar. Esse fator pode impactar no rumo da inovação.
  • Capacidade de experimentação: trata da possibilidade de teste da inovação pelos pos- síveis usuários
  • Visibilidade: grau em que os resultados da inovação são percebidos.
A

Em suma, inicialmente, a adoção da inovação é considerada baixa e limita-se aos usuários chamados de “inovadores”, em seguida entram os “adotantes iniciais” e depois vem a “maioria atrasada”, até a curva estacionar sobram os “retardatários”.

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11
Q
  • A inovação incremental é aquela inovação realizada gradual ou periodicamente, apresentando pequenas modificações à uma determinada situação já consolidada. Um exemplo clássico é a evolução de interface do Windows.
  • A inovação radical é aquela inovação que cria, atinge e altera a base das coisas. Como exemplo, temos a reconstrução de uma nova casa no lugar de outra que fora demolida.
A

O autor Richard Hall (2004)10 leciona que as inovações não acontecem de maneira ocasio- nal, surgindo de acordo com o estado e necessidade da organização, podendo acontecer de três formas:
(a) a primeira é a programada, planejada por meio de pesquisa e desenvolvimento do pro- duto ou serviço;
(b) a segunda é a não programada, ocorrendo quando existe ociosidade na organização, isto é, mais recursos encontram-se disponíveis do que são presentemente necessários; e
(c) a terceira é a problemática, quando é imposta à força à organização, como quando uma crise é percebida e novas ações são implementadas.

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12
Q
  • Inovação em produto: introdução de um novo produto no mercado ou de uma versão melhorada de algum produto já existente. A inovação precisa ser relevante e gerar valor para o consumidor.
  • Inovação em serviço: similar à inovação em produto, mas focada em novos serviços ou na melhoria de um serviço já disponibilizado.
  • Inovação em processo: criação de métodos, fluxos e soluções destinadas a desenvolver novos meios de fabricação, novas formas de prestação de serviços, e de processos ope- racionais mais otimizados para a organização.
  • Inovação em marketing: novas abordagens que transformam a maneira como a organização desenvolve suas ações, segmenta públicos, estabelece preços, posiciona-se no mercado, e como ela estabelece sua comunicação com os consumidores.
  • Inovação organizacional: tem por finalidade alterar as estruturas organizacionais, per- mitindo o aumento da capacidade competitiva. São novos métodos implementados em setores, como gestão de pessoas, logística, dentre outros.
  • Inovação de modelo de negócio: desenvolvimento de novos negócios ou da maneira como a organização realiza os seus negócios, a fim de conquistar vantagem competiti- va e sustentável no mercado. Esse tipo de inovação é mais abrangente que a inovação organizacional, já que atua tanto no que é oferecido ao consumidor, quanto ao seu pró- prio modelo de operação interna.
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13
Q

Não podemos deixar de mencionar, também, a tipologia apresentada no Manual de Oslo, que diferencia quatro tipos de inovação: de produto, de processo, de marketing e organizacional.
* Uma inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativa- mente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais,
softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais.
* Uma inovação de processo é a implementação de um método de produção ou distri- buição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em
técnicas, equipamentos e/ou softwares.
* Uma inovação de marketing é a implementação de um novo método de marketing com
mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posiciona-
mento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços.
* Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional
nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas.

A
  • Na inovação de posição, as mudanças no contexto e reposicionamentos em que produ- tos ou serviços são introduzidos nos respectivos mercados.
  • Por fim, na inovação de paradigma, as mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz.
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14
Q

A responsabilidade social nada mais é que gerenciar de forma a assegurar a condição de cidadania com garantia de acesso aos bens e serviços essenciais, tendo ao mesmo tempo a atenção voltada para a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas naturais. A respon- sabilidade social não é uma exigência feita apenas às organizações, mas também às pessoas que nelas trabalham.

A

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), cuja missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável.

De acordo com o Instituto Ethos, a responsabilidade social empresarial (RSE) implica prá- ticas de diálogo e engajamento da empresa com todos os públicos ligados a ela, a partir de um relacionamento ético e transparente. Logo, a maneira como as empresas realizam seus negócios define sua maior ou menor responsabilidade social.

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15
Q

A visão econômica clássica diz que a organização socialmente responsável busca responder às expectativas de seus próprios acionistas, maximizando o lucro. Destaca-se, ainda, que essa visão postula que numa sociedade democrática, o único responsável para tratar de assuntos sociais é o Governo. Logo, se há obrigatoriedade por parte das empresas, em muitos casos estaríamos diante de um confronto de objetivos.
* Já a visão socioeconômica defende a organização no papel de responsável solidária, promovendo o bem-estar social, sem contudo ignorar seus objetivos de obtenção de lucros, por óbvio. Essa é a concepção moderna e mais aceita, inclusive, a que deve ser considerada por você nas provas de concursos!

A

As práticas de responsabilidade social, transparência e políticas de gestão e ética com- põem o que chamamos de ESG – Environmental, Social and Governance (do português, ASG – Ambiental, Social e Governança).

Assim, a ESG consiste em um conjunto de padrões e boas práticas que têm como intuito definir se as atividades de uma determinada empresa são conscientes, sustentáveis e devi- damente gerenciadas. Diante disso, as empresas precisam comprovar essas adequações na prática, não apenas teoricamente.

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16
Q

A Internet das Coisas se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo co- nectar itens do dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais surgem eletrodo- mésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectas à Internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones.

A