EXAMES LABORATORIAS NA ATENÇÃO BÁSICA Flashcards

1
Q

Qual a diferença entre NEUTROFILIA e NEUTROPENIA?

A

Neutrofilia é a condição na qual uma pessoa possui no sangue um número aumentado de granulócitos neutrófilos (um tipo de glóbulos brancos).

Neutropenia é uma diminuição do número de neutrófilos sanguíneos, células de defesa (glóbulos brancos) que protegem o organismo contra partículas estranhas e micro-organismos invasores. Por isso uma pessoa com neutropenia tem mais chances de ter infecções causadas por bactérias ou fungos.

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2
Q

O que significa um desvio para esquerda no hemograma?

A

Como os bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para a esquerda no hemograma. Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de neutrófilos jovens. Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros.

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3
Q

Qual a diferença entre LINFOCITOSE e LINFOPENIA?

A
  • Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.
  • Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.

Causas da linfocitose absoluta incluem: infecção viral aguda, infecções intracelulares por bactérias como na tuberculose ou brucelose.

Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.

São as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.

Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.

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4
Q

Hemograma apresenta EOSINOFILIA, o que pensar?

A

INFLAMAÇÃO (ALERGIA) E(OU) PARASITOSE

processos inflamatórios, tais como reação a medicamentos, inflamação inespecífica, infecção por vírus, fungos ou bactérias, infestações parasitárias, doenças autoimunes, afecções endocrinológicas, tumores e reações alérgicas.

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5
Q

Qual a diferença entre REAÇÃO LEUCEMOIDE e LEUCEMIA?

A

Reação Leucemoide: Patologia que é reacional a alguma doença. Faz diagnóstico diferencial com a Leucemia Mieloide Crônica.
Na reação leucemoide, as anormalidades desaparecem quando é corrigida a condição subjacente, ou seja, a infecção.
Geralmente cursa com uma leucometria elevada, variando entre 25.000 a 50.000

REAÇÃO LEUCEMOIDE 
 WBC ≤ 50.000 
 Desvio a esquerda até mielocito
 Ausência de eosinófilos e basófilos. 
 Plaquetas normais 
 Fosfatase alcalina elevada 
 Granulações tóxicas e vacúolos citoplasmáticos.
 Ausência do cromossomo Philadelfia. 
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA  
 WBC > 50.000 
 Desvio a esquerda até mieloblasto. 
 Eosinofilia e basofilia. 
 Plaquetose ou plaquetopenia. 
 Fosfatase alcalina diminuida. 
 Ausência de granulações tóxicas e vacúolos citoplasmáticos.  
 Presença do cromossomo Philadelfia.

O diagnóstico indicado para diferenciar leucemia mieloide de reação leucemoide aguda inclui teste da fosfatase alcalina leucocitária e de estudos cromossômicos para o diagnóstico preciso.

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6
Q

Quais são as principais patologias capazes de causar REAÇÃO LEUCEMOIDE?

A
PRINCIPAIS PATOLOGIAS CAPAZES DE CAUSAR A REAÇÃO LEUCEMOIDE: 
 Infecções piogênicas graves ; 
 Necrose tecidual; 
 Tuberculose, toxoplasmose, brucelose; 
 Glomerulonefrites; 
 Artrite reumatóide; 
 Insuficiência hepática 
 Cetoacidose diabética.
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7
Q

Quais são os principais métodos de avaliação renal?

A

(1) ureia sérica;
(2) creatinina sérica;
(3) clearance de creatinina

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8
Q

Qual o valor normal da uréia?

A

O valor normal da ureia é 20-40 mg/dl.

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9
Q

Quais as principais causas de aumento da ureia sérica?

A
Insuficiência renal
Hipovolemia
Sangramento digestivo
Estados hipercatabólicos
Corticosteroide / Tetraciclinas
Dieta hiperproteica
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10
Q

O que é a Creatinina Sérica?

A

É uma substância atóxica produzida pelo tecido muscular, derivada da creatina.

a creatinina sérica é inversamente proporcional à TFG

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11
Q

Quais os valores normal de CREATININA?

A

Homens < 1,5 mg/dl

Mulheres < 1,3 mg/dl

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12
Q

Qual a grande desvantagem da creatinina sérica como

marcador de função renal?

A

A grande desvantagem da creatinina sérica como
marcador de função renal é que, para que seus níveis ultrapassem o limite superior da normalidade, pode ser necessária uma queda relativamente acentuada da TFG.

Portanto, os estágios iniciais da disfunção renal podem não ser detectados pela dosagem de
creatinina sérica.

a creatinina sérica é inversamente proporcional à TFG

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13
Q

O que é o Clearance de Creatinina?

A

é o volume de plasma que fica “livre”
da substância a ser eliminada a cada minuto

O clearance de creatinina é o exame mais
utilizado para diagnosticar o estágio inicial
da injúria renal

Podemos dizer que o clearance de
creatinina (ClCr) é uma razoável estimativa da
TFG, apesar de superestimá-la um pouco
Na injúria renal avançada, isto é, quando a
TFG se encontra muito reduzida, o clearance de creatinina progressivamente perde sua
precisão, pois passa a superestimar a TFG de
uma forma exagerada

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14
Q

Como medir o ClCr na prática médica?

A

O paciente deve coletar toda a urina durante 24h e levá-la ao laboratório

ClCr = Cr urinária x V/
Cr sérica x 1.440

Obs.: 1.440 é o número de minutos em 24h.

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15
Q

Quais são as fórmulas matemáticas para estimar o
clearance de creatinina sem necessitar da urina
de 24h ?

A
(1) fórmula
de Cockcroft-Gault; 
(2) fórmula do estudo
MDRD; 
(3) fórmula do CKD-EPI
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16
Q

Como é a Fórmula de Cockcroft-Gault ?

A

ClCr = (140 - idade) x peso/ 72 x Cr
Na mulher, multiplica-se o resultado por 0,85.

A fórmula mais utilizada nas provas de residência

suas limitações: (1) ela
superestima a TFG em pessoas extremamente obesas, já que parte considerável do peso
desses indivíduos não é de massa muscular,
e sim tecido adiposo (que não secreta creatinina); (2) desnutridos, amputados, paraplégicos e tetraplégicos, além de pacientes
muito idosos, crianças e gestantes também
apresentam maior chance de resultados irreais com o uso desta fórmula,

17
Q

Qual a fórmula mais acurada para calcular clearance de creatinina?

A

De acordo com a

literatura, a de escolha na atualidade é a fórmula CKD-EPI, que se mostrou mais acurada que as demais

18
Q

Quais os valores de referência da dosagem Sérica de T3 e T4?

A

A função tireoidiana é medida, na verdade, pela fração livre dos hormônios no soro – o T4 livre e o T3 livre

T4 livre = 0,9-2 ng/dl;
T3 livre = 0,2-0,52 ng/dl

19
Q

Devemos dosar T3 em casos de hipotireodismo?

A

No hipotireoidismo, o aumento do TSH aumenta mais a produção de T3 do que de T4 – portanto o T3 não é um bom hormônio para ser
dosado nesta situação:

pode estar normal em
alguns pacientes hipotireóideos que apresentam
um T4 livre nitidamente reduzido.

20
Q

Discorra sobre TSH Sérico :p

A

Ao investigar a função tireoidiana, não basta
sabermos como se encontram os níveis de T4 e T3 no plasma. a
dosagem do TSH sérico é fundamental,

TSH sérico é o exame
mais sensível para o diagnóstico tanto do hipertireoidismo primário como do hipotireoidismo primário!! No hipertireoidismo primário
(ex.: doença de Graves, doença de Plummer,
bócio multinodular), um aumento dos hormônios tireoidianos provoca uma redução da produção de TSH pela hipófise

21
Q

Quais os valores de referência de TSH sérico?

A

TSH sérico = 0,5-5 µU/ml.

Hipertireoidismo primário: TSH baixo:
< 0,5 mU/L.

Hipotireoidismo primário: TSH elevado:
> 5,0 mU/L.

22
Q

Como se apresentam geralmente pctes portadores de cirrose hepática durante anamnese e exame físico?

A

Os portadores de cirrose hepática podem se apresentar de variadas maneiras:

− Hemorragia digestiva alta ou baixa;
− Ascite;
− Hepatomegalia e/ou esplenomegalia;
− Detecção de estigmas periféricos de insuficiência hepatocelular crônica (figura 5);
− Assintomático, sendo o diagnóstico aventado a partir do achado acidental de anormalidades laboratoriais ou radiológicas sugestivas da doença;

23
Q

O que sugere um exame com aminotransferases aumentado?

A

sugerem atividade inflamatória no parênquima hepático

24
Q

Como estão os níveis de TGP/TGO numa HEPATOPATIA SEM CIRROSE?

A

Numa hepatopatia sem cirrose, os níveis de ALT (TGP)
costumam ser maiores que os de AST (TGO)

Relação ALT/AST > 1

25
Q

Como estão os níveis de TGP/TGO numa HEPATOPATIA COM CIRROSE?

A

Numa hepatopatia COM cirrose, os níveis de ALT (TGP)
costumam ser MENORES que os de AST (TGO)

ALT/AST < 1

Exceção deve ser
feita aos casos de doença hepática alcoólica –
neste contexto, a relação ALT/AST costuma ser
< 1 mesmo nas fases pré-cirróticas

26
Q

O que uma elevação significativa de (gama-GT) nos deve fazer pensar?

A

peptidase (gama-GT)
Elevam-se de maneira mais significativa nas hepatopatias colestáticas, apresentando elevações
menos pronunciadas nas lesões predominantemente hepatocelulares

Logo, diante da suspeita
de cirrose hepática, o encontro de elevados níveis
de FAL e GGT sugere etiologias como cirrose
biliar primária e colangite esclerosante

27
Q

Em resumo, como fica TPG e TGO numa hepatite crônica?

A

Numa hepatite crônica ativa sem cirrose,
geralmente temos

ALT (TGP) > AST (TGO),

enquanto que na cirrose, temos o oposto:

AST (TGO) > ALT (TGP).

Exceção à regra
é a doença hepática alcoólica, onde AST
(TGO) > ALT (TGP) desde o início do quadro, isto é, ainda na fase de esteato-hepatite…

28
Q

O que indica uma hiberbilirrubinemia?

A

A hiperbilirrubinemia é um fator de mau prognóstico na cirrose hepática

29
Q

O que denota uma HIPOALBIMINEMIA?

A

Denota insuficiência crônica de síntese hepatocelular.

O deficit de síntese costuma se associar à desnutrição proteicocalórica, comum no
paciente cirrótico

frequente nos etilistas crônicos portadores de cirrose alcoólica..

30
Q

Quais as principais causas da CIRROSE HEPÁTICA?

A

Podemos agrupar as principais causas de cirrose hepática em OITO grandes grupos:

– Vírus Hepatotrópicos;
– Álcool;
– Drogas;
– Hepatopatias Autoimunes;
– Doenças Metabólicas;
– Hepatopatias Colestáticas;
– Doenças da Infância;
– Cirrose Criptogênica (Idiopática).
31
Q

Quais são os estágios sucessivos da DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA (DHA)?

A

A DHA evolui através de três estágios sucessivos: esteatose, esteato-hepatite e cirrose.

32
Q

Quais são as alterações laboratoriais sugestivas de hepatite alcoólica?

A

ENZIMAS HEPÁTICAS

  • Relação AST/ALT > 2
  • AST geralmente ≤ 300 U/l
  • FAL e GGT aumentadas até 3x o LSN

PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA

  • Hiperbilirrubinemia direta
  • Hipoalbuminemia
  • TAP/INR alargados

ALTERAÇÕES METABÓLICAS

*Hiperglicemia
*Hipertrigliceridemia
*Hiperuricemia
*Hipocalemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia
(desnutrição)
*Ácido fólico reduzido

ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS

*Anemia macrocítica
*Leucocitose com desvio à esquerda (às vezes
reação leucemoide)
Plaquetopenia (10%)
*Hipergamaglobulinemia policlonal (até 75%)

33
Q

Qual o achado laboratorial mais clássico das formas graves de DHA?

A

O achado laboratorial mais clássico das formas graves de DHA é relação AST/ALT > 2, com níveis de AST geralmente abaixo de 300 U/l.

34
Q

Como está a relação AST/ALT numa ESTEATO-HEPATITE ALCOÓLICA?

A

Relação AST/ALT > 2 (sempre)!

*No hemograma, é comum leucocitose com desvio à esquerda

35
Q

Quais achados laboratoriais que denunciam consumo excessivo de álcool?

A
1- Relação AST/ALT > 2;
2- GGT persistentemente elevada;
3- Macrocitose (VCM > 100 fl);
4- Pancitopenia;
5- Aumento sérico da “Transferrina Deficiente em Carboidratos” (TDC)
36
Q

O que significa Fosfatase alcalina e Gama gt altas ?

A

Fosfatase alcalina e Gama gt altas significa colestase

37
Q

Qual a diferença entre bilirrubina indireta e direta?

A

Bilirrubina indireta vem da hemólise e n passou pelo fígado ainda. A direta já passou pelo fígado

Aí você associa se tem problema dentro do fígado ou fora dele

38
Q

Quais são os marcadores Reumatológicos de FASE AGUDA?

A

VHS (Velocidade de Hemossedimentação)

e proteína C reativa

39
Q

O que é e quais as causas de colestase?

A

colestase consiste em uma diminuição ou interrupção do fluxo biliar.

Os distúrbios do fígado, duto biliar ou pâncreas podem provocar colestase.

A pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas, a pele coça, a urina fica escura e as fezes podem se tornar claras e com odor desagradável.

Os testes laboratoriais e os exames de diagnóstico por imagem são necessários para identificar a causa.

O tratamento depende da causa, mas os medicamentos podem aliviar a coceira.

As causas de colestase estão divididas em dois grupos: com origem intra-hepática e extra-hepática.

Intra-hepática

As causas incluemhepatite aguda,doença hepática alcoólica,cirrose biliar primáriacom inflamação e cicatrização dos dutos biliares, cirrose devido à hepatite viral B ou C (também com inflamação e cicatrização dos dutos biliares), medicamentos, efeitos hormonais sobre o fluxo da bile durante a gestação (um quadro clínico denominadocolestase da gestação) e câncer metastático no fígado.

Extra-hepática

As causas incluemcálculo no duto biliar, estreitamento (estenose) de um duto biliar, câncer do duto biliar, câncer de pâncreas e inflamação do pâncreas (pancreatite).