EXAME PRIMÁRIO ATLS Flashcards
Qual a primeira etapa do ATLS?
Primeira coisa mais importante do ATLS = ABCDE
- A: Via aérea com proteção da coluna cervical
- B: Ventilação e respiração
- C: Circulação com controle da hemorragia
- D: Disfunção, avaliação do estado neurológico
- E: Exposição/controle do ambiente: despir completamente o doente, mas prevenindo a hipotermia
O que fazer antes do paciente chegar? PREPARAÇÃO (11)
- preparar a equipe
- equipe de parada
- assegurar sala com temperatura adequada
Separar equipamentos necessários: - material de intubação
- carrinho de parada disponível
- medicações
- soro fisiologico 0,9% aquecido a 37 a 39ºC
- material de imobilização
- colar cervical
- sangue total O negativo
- aspirador ligado a vacuo
Os médicos podem avaliar rapidamente o A, B, C e D em um doente traumatizado (avaliação em __ segundos) ao ____________.
Avaliação rápida do ABCD em 10 segundos ➔ se apresentar ao doente ou perguntando o seu nome e o que aconteceu.
- Resposta apropriada ➔ sugere que não existe um grande comprometimento da via aérea (ou seja, a habilidade de falar claramente), a respiração não está comprometida (ou seja, a capacidade de gerar movimento do ar para permitir a fala) e o nível de consciência não está certamente diminuído (ou seja, alerta o suficiente para descrever o que aconteceu).
- Resposta negativa a estas perguntas ➔ sugere anormalidades em A, B, C ou D e exige uma avaliação e condutas urgentes.
A do ABCDE
A = via área + movimento da coluna cervical (8)
- Estabilizar a coluna enquanto avalia a via aérea
- 1º: avaliar a permeabilidade da via aérea:
○ buscar sinais de obstrução da via aérea como: - corpos estranhos/ próteses dentárias
- fraturas de face, mandíbula e/ou fraturas traqueal/ laríngea
- queda da língua
- outras lesões que podem resultar em obstrução
◦ aspiração para limpar o sangue acumulado ou secreções que podem causar ou estar causando obstrução da via aérea.
◦ Inicie as medidas para estabelecer uma via aérea pérvia enquanto restringe o movimento da coluna cervical. - Observar se sinal de fratura de base de crânio (guaxinim e batalha)
- Proteger coluna com colar cervical (antes palpar rapidinho a coluna)
Se paciente tiver acordado, pode investigar via aérea perguntando a ele seu nome e idade.
A coluna cervical é protegida com colar cervical. Durante a abordagem e tratamento das vias aéreas, se for necessário, o colar cervical pode ser aberto, enquanto um membro da equipe restringe manualmente o movimento da coluna cervical
Quando fazer sangue no paciente politraumatizado? e quais exames devem ser solicitados antes (3)
Quando não responde adequadamente ao volume
Exames:
- tipo sanguíneo
- fator RH
- prova cruzada
B: respiração e ventilação
- inspeção (6)
- palpação (3)
- (3)
Lesões que prejudicam significativamente a ventilação em curto prazo (4)
- Expor o pescoço e o tórax
INSPEÇÃO:
- expansibilidade torácica
- turgência jugular
- desvio de traqueia (?)
- abaulamento
- sinal de tórax instável
- assimetria
PALPAÇÃO DO TÓRAX:
- arcos costais
- crepitação
- enfisema subcutâneo (sinal indireto de visceralidades oca)
AUSCULTA PULMONAR:
- assegurar o fluxo de gás nos pulmões
Percussão do tórax ➜ difícil pois o ambiente é ruidoso
- FR
- Oximetria de pulso: complementar com o dispositivo adequado
➜ Lúcido ➜ fornecer O2 sob máscara não reinalante 15 L/min
➜ Inconsciente ➜ cânula de Guedell (sem reflexo) ou nasofaríngea (se tiver com reflexo de vomito)
➜ Obnubilados ➜ IOT (Etomidato e Fentanil) fazer “D” antes
TODO DOENTE FERIDO DEVE RECEBER OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
Lesões que prejudicam significativamente a ventilação em curto prazo incluem:
- pneumotórax hipertensivo ➜ descompressão imediata do tórax (5º EI) e posterior drenagem
- hemotórax massivo ➜ ressucitação volêmica e drenagem torácica
- pneumotórax aberto ➜ curativo de 3 pontas (e depois drenagem)
- lesões de arvore traqueobrônquica ➜ IOT com fibroscópio e drenagem torácica
Pneumotórax simples, hemotórax, fratura de costelas, afundamento de tórax e a contusão pulmonar podem comprometer a ventilação em menor grau e geralmente são identificados durante a avaliação secundária. Um pneumotórax simples pode evoluir para pneumotórax hipertensivo quando um doente é intubado e ventilado com pressão positiva antes de ter o hemitórax descomprimido com um dreno de tórax.
elementos de observação clínica que produzem informações importantes em segundos sobre o estado hemodinâmico são (3)
- nível de consciência
- perfusão da pele
- pulso
C = circulação + controle de hemorragia
Itens (7)
SISTEMAS (3)
Exames (8)
- Pulsos
- TEC
- FC
- PA
- cardioscopia
- extremidades (frias?)
- ausculta cardíaca
ABDOME:
- inspeção
- ausculta
- palpação
- sinal de descompressão súbita? irritação peritoneal por causa de sangramento
GENITAL:
- trauma de uretra
- sangramento perineal
- pode fazer sondagem vesical para avaliar o debito urinário
PELVE:
- avaliar presença de fratura em livro aberto
2 mãos nas cristas ilíacas e pressiona para baixo para ver se tem abertura da sínfise púbica (isso significa que tem 4 L de sangue no retroperitônio) = fazer imobilização/ estabilização nos trocanter maiores do fêmur
2 acessos venosos calibrosos antecubitais: cristalóide aquecido a 39º C - 1L aberto (500 de cada lado), EV (se paciente não responder, fazer transfusão sanguínea)
EXAMES:
- sangue: hematocrito, Hb, tipagem sanguínea com prova cruzada
- Gasometria arterial e lactato
- Beta-HCG e toxicológico para todos
EXAMES DE IMAGEM (para estáveis):
D = disfunção e estado neurológico
Itens do Glasgow e pontuação
- Glasgow (abertura ocular, resposta verbal, resposta motora)
- Tamanho e reação pupilar (fotomotor e consensual)
Glasgow:
- abertura ocular - 4
- resposta verbal - 5
- resposta motora - 6
E = exposição + controle do ambiente (3)
- Temperatura
- Despido completamente (e depois cobri-lo) e procurar por abrasões, escoriações, queimaduras, equimoses, hematomas → descrever a ferida/lesão
- Tomar medidas para evitar hipotermia
- Usar cobertores térmicos
Exames complementares
− FAST ou lavado peritoneal (se tiver sangue em qualquer um desses, deve ter avaliação de um cirurgião) → avaliar hemorragia interna, ver se tem sangue na cavidade
Exames de imagem (4)
- RX de tórax AP
- AP da bacia (todos)
- perfil da cervical (maioria)
- RX de acordo com a lesão, ex. fêmur
Quando fazer ácido tranexâmico? (2)
Em até 3 horas depois do trauma e depois repetido em até 8 horas
Ácido tranexâmico 1 g, IV, em 10 minutos, nas primeiras 3 horas após o trauma seguido de 1 g, IV, em 8 horas =
todos os pacientes traumatizados com
- PAS < 90 mmHg e
- FC > 120 bpm
Conduta na fratura exposta (6)
- Remover sujidade grosseira com SF 0,9%, curativo compressivo e imobilizar sem mover o membro;
- ANALGESIA: dipirona ou morfina se for uma dor incontrolável.
- ANTIBIÓTICO: grau I para feridas < 1 cm Cefazolina 2g; grau II e III Gentamicina + Clindamicina
- Pedir a transferência para avaliar o ortopedista.
medidas auxiliares utilizadas durante as fases da avaliação primária e da reanimação incluem (5)
Adicionalmente (2)
Outros exames uteis (5)
- monitoramento eletrocardiográfico contínuo
- oximetria de pulso
- monitoramento de dióxido de carbono
- avaliação da FR
- gasometria arterial
Adicionalmente, pode-se passar uma sonda vesical para verificar o débito urinário e a presença de hematúria. A sondagem gástrica pode descomprimir a distensão do estômago e avaliar a presença de sangue.
Outros exames úteis incluem:
- lactato sanguíneo
- radiografias (por exemplo, tórax e quadril)
- FAST
- avaliação focada estendida com ultrassonografia para trauma (eFAST) e LPD.