AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA - ATLS Flashcards

1
Q

Quando começar a avaliação secundaria do ATLS?

A

somente após a avaliação primária (ABCDEs) ter sido completada e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o doente demonstrar melhora de suas funções vitais

Quando mais pessoas estiverem disponíveis, parte da avaliação secundária pode ser conduzida enquanto a outra parte da equipe realiza a avaliação primária. Esse método não deve interferir de maneira alguma no desempenho da avaliação primária, que é a maior prioridade.

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2
Q

O que é a avaliação secundaria?

A

é um exame do doente traumatizado da cabeça aos pés, isto é, uma história clínica e um exame físico completos, incluindo a reavaliação de todos os sinais vitais

Cada região do corpo deve ser examinada por completo.

Atendimento:
Checar sempre: sinais vitais, monitorização, responsividade (se tiver deterioração do quadro, voltar para avaliação primária)

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3
Q

Avaliação secundaria - história

A

Incluir uma história dos MECANISMOS DO TRAUMA ➜ com familiares e os socorristas (se nao for possível com o paciente)

  • Alergia
  • Medicamentos de uso habitual
  • Passado médico/ prenhez
  • Líquidos e alimentos ingeridos recentemente
  • Ambiente e eventos relacionados ao trauma
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4
Q

Dentro dessa história, tem que identificar o mecanismo de trauma (para imaginar a magnitude desse paciente e das possíveis complicações que ele pode ter)

quais os mecanismos de trauma? (4)

A

Mecanismo de trauma:
− Trauma fechado: acidentes automobilísticos, agressões, quedas
− Trauma penetrante: projetar a entrada e saída
− Lesões térmicas: incêndio do automóvel, explosões, tentativa de fuga do fogo
− Ambiente de risco: elementos químicos, tóxicos, radiação

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5
Q

HISTÓRIA - TRAUMA FECHADO

Informações importantes sobre colisões de automóveis incluem (6)

A
  • uso de cinto de segurança
  • deformação do volante
  • presença e ativação de air-bags
  • direção do impacto
  • danos no veículo em termos de grande deformação ou intrusão no compartimento de passageiros e posição da vítima no veículo.
  • A ejecção do veículo aumenta sobremaneira a possibilidade de lesões graves.
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6
Q

HISTÓRIA - TRAUMA PENETRANTE

os fatores que determinam o TIPO e a EXTENSÃO da lesão e o tratamento subsequente dependerão da (3)

A
  • região do corpo que foi afetada
  • dos órgãos próximos ao trajeto do objeto penetrante
  • velocidade do projétil

Portanto, a velocidade, o calibre, a trajetória presumida do projétil e a distância entre a arma e o doente podem fornecer pistas importantes na compreensão da extensão das lesões.

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7
Q

HISTÓRIA - Lesões Térmicas

A

QUEIMADURAS: representam outro tipo significativo de trauma que pode apresentar-se ISOLADO ou ACOMPANHADO de trauma fechado e/ou penetrante, resultante de um incêndio em automóvel, explosões, queda de fragmentos incandescentes, tentativa de fuga do fogo.

As lesões por inalação ou a intoxicação por monóxido de carbono frequentemente complicam as queimaduras.
As informações sobre as circunstâncias da queimadura podem aumentar o índice de suspeita de lesão por inalação ou exposição tóxica por combustão de plásticos e produtos químicos.

A hipotermia aguda ou crônica sem proteção adequada contra a perda de calor produz lesões localizadas ou generalizadas provocadas pelo frio. Quando a capacidade do doente em manter a temperatura está comprometida pelo uso de roupas molhadas, por redução da atividade física e/ou por vasodilatação causada por uso de álcool ou drogas, mesmo temperaturas moderadas (15 a 20º C ou 59 a 68º F) podem resultar em perdas significativas de calor. Estas informações devem ser obtidas com os socorristas do pré-hospitalar

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8
Q

HISTÓRIA - Ambiente de Risco

A

história de exposição a elementos químicos, tóxicos e radiação é importante por 2 razões.
(1) estes agentes podem produzir uma grande variedade de disfunções pulmonares, cardíacas ou de outros órgãos internos.
(2) estes mesmos agentes também representam um perigo ao pessoal médico-hospitalar.

Frequentemente os únicos meios que o médico possui para realizar o atendimento e garantir sua proteção são a compreensão dos princípios gerais de abordagem de tais situações e o estabelecimento de contato imediato com o Centro (Regional de Controle) de Intoxicações.

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9
Q

EXAME FÍSICO na avaliação secundária - sequencia (9)

A
  • cabeça
  • estruturas maxilo faciais
  • pescoço e coluna cervical
  • tórax
  • abdome
  • pelve
  • períneo/ reto/vagina
  • sistema musculoesquelético
  • sistema neurológico
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10
Q

EXAME FÍSICO - CABEÇA E ESTRUTURAS MAXILOFACIAIS

(7)

A
  1. Inspecionar e palpar a cabeça e o rosto inteiramente em busca de lacerações, contusões, fraturas e lesões térmicas.
  2. Reavaliar as pupilas.
  3. Reavaliar o nível de consciência e Glasgow (GCS).
  4. Avaliar os olhos em busca de hemorragia, lesão penetrante, acuidade visual, luxação do cristalino e presença de lentes de contato.
  5. Avaliar a função do nervo craniano.
  6. Inspecionar os condutos auditivos e as narinas em busca de débito de líquido cefalorraquidiano.
  7. Inspecionar a boca em busca de evidências de sangramento e líquido cefalorraquidiano, lacerações de partes moles e dentes soltos.
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11
Q

Estruturas maxilo-faciais (6)

A

edema facial? Fratura óssea?

  • Inspecionar cavidade oral
  • Integridade da mucosa
  • Palpar todas as estruturas ósseas
  • Avaliar partes moles
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12
Q

Coluna cervical e pescoço: dividir em anterior e posterior

  • Posterior (1)
  • I (3)
  • P (6)
  • A (1)
  • (1)
A

POSTERIOR: palpação da coluna cervical, o paciente que está de colar cervical, tem que aprender a retirar. Procurar por crepitação e dor, a suspeição de lesão aumenta.

INSPEÇÃO: turgência jugular, uso de musculatura acessória, fratura de laringe

PALPAR: sensibilidade, deformidade, inchaço, enfisema subcutâneo (inferir em lesões de vias aéreas), desvio traqueal, simetria dos pulsos

AUSCULTAR: artérias carótidas (frêmitos ou sopros)

  • Fazer RX ou TC cervical
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13
Q

Tórax (7)

A

Expor o tórax.

Se tiver achado um pneumotórax hipertensivo na avaliação primaria, esse é o momento para fazer uma drenagem.

INSPEÇÃO: parede torácica anterior, lateral e posterior em busca de:

  • sinais de lesão contusa e penetrante
  • uso de músculos respiratórios acessórios
  • excursões respiratórias bilaterais.

AUSCULTA: parede torácica anterior e as bases posteriores

  • ausculta pulmonar
  • ausculta cardíaca (bulhas, atrito pericárdico)

PALPAÇÃO: toda caixa torácica (clavículas, costelas e esterno)
- fraturas de costela (crepitações)
- enfisema subcutâneo
- sensibilidade

PERCUSSÃO: pesquisar hipertimpanismo ou macicez

  • Percussão do tórax
  • RX/TC de tórax

Obs.: atente para lesões potencialmente ameaçadoras à vida:

  • pneumotórax simples
  • hemotórax
  • tórax flácido
  • contusão miocárdica
  • rotura traumática de aorta
  • rotura diafragmática
  • rotura esofágica.

Refinar o que já encontrou no exame primário (lembrar que qualquer modificação tem que ligar o alerta). Paciente hipovolêmicos podem cursar com arritmia cardíaca. Hipotermia grave também pode levar a arritmia.

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14
Q

Abdome

  • inspeção
  • ausculta
  • palpação
A

Procurar por estigmas de trauma abdominal: marcas de cinto de segurança, abrasoes, escoriações

INSPEÇÃO: anterior e posterior em busca de:

  • sinais de lesão contusa e penetrante
  • sangramento interno

AUSCULTA: presença de ruídos hidroaéreos (se abolidos)

PERCUSSÃO: pesquisar descompressão brusca

PALPAÇÃO:

  • sensibilidade (irritação peritoneal)
  • proteção muscular involuntária
  • dor à descompressão
  • útero gravídico
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15
Q

pelve

A
  • Testar pelve (instabilidade anteroposterior e anterolateral ou disjunção da sínfise púbica) = lesões de bacia; se encontrar fratura de livro aberto fazer a estabilização pélvica
  • Equimoses sobre as asas do ilíaco, púbis, grandes lábios ou escroto (fratura pélvica) = colocar uma cinta pélvica ou lençol para limitar a perda sanguínea
  • Palpar anel pélvico (dor)
  • Pulsos periféricos
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16
Q

Períneo, reto e vagina

VOLTAR AQUI

A

PERÍNEO:

  • Contusões e hematomas
  • Lacerações
  • Sangramento uretral

RETO: avaliação retal em doentes selecionados para identificar a presença de sangue retal. Isso inclui a verificação de:

  • Tônus do esfíncter anal
  • Integridade da parede intestinal
  • Fragmentos ósseos
  • presenca de sangue

obs.: o toque retal deve ser realizado antes da introdução da sonda urinária

OBS.: Presença de sangramento em borboleta, equimoses, sangramento em meato (principalmente em homem, é containdicado a sondagem), lacerações

VAGINA ➜ avaliação vaginal em doentes selecionados (com risco de lesão vaginal). Olhar para:

  • Presença de sangue na cúpula vaginal
  • Lacerações vaginais
  • Teste de gravidez
  • Se tiver sangramento vaginal em mulher tem que fazer toque
17
Q

Sistema musculoesquelético (4)

A

Sempre avaliar o dorso

INSPEÇÃO: extremidades superior e inferior
- contusões
- lacerações
- deformidades

PALPAÇÃO: extremidades superior e inferior:
- Palpar ossos (dor, movimentos anormais)
- crepitação
- Perda da sensibilidade
- Palpar todos os pulsos periféricos quanto a presença, ausência e igualdade

18
Q

Pelve

A

Avaliar a pelve em busca de evidências de fratura e hemorragia associada.

Inspecionar e palpar as espinhas torácicas e lombares em busca de evidências de lesões contusas e penetrantes, incluindo contusões, lacerações, sensibilidade, deformidade e sensação (enquanto restringe o movimento da coluna vertebral em doentes com possível lesão medular).

19
Q

Sistema nervoso - 3

Se tiver um TCE - 1

suspeita de lesão raquimedular - 2

A
  • Glasgow
  • Avaliar sensibilidade e motora
  • Resposta e tamanho pupilar

Se tiver um TCE, procurar todos os reflexos dos pares cranianos;

suspeita de lesão raquimedular, procurar dermátomos e miotomos.