Exame físico da Hanseníase Flashcards
Qual o agente etiológico da hanseníase?
Mycobacterium leprae
Qual o local de infecção do M. leprae?
Nervos periféricos, mais especificamente as células de Schwann
Como se da a transmissão do M. leprae?
A bactéria é transmitida pelas vias respiratórias (pelo ar)
Principais sinais e sintomas da Hanseníase?
Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato;
Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência;
Pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas;
Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose);
Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nos membros superiores e inferiores e, por vezes, pálpebras;
Como se da a ordem do exame de sensibilidade da Hanseníase?
Térmico -> Tátil -> Doloroso
Qual a técnica padrão dos testes de sensibilidade?
- Explicar ao paciente o exame a ser realizado, certificando-se de sua compreensão para obter maior
colaboração e concentração; - Demonstrar a técnica, primeiramente, em pele sã com os olhos do paciente abertos;
- Ocluir, então, o campo de visão do paciente;
- Selecionar aleatoriamente a sequência de pontos a serem testados;
- Tocar a pele deixando tempo suficiente para o paciente responder;
- Repetir o teste para confirmar os resultados em cada ponto;
- Realizar o teste em área próxima dentro do mesmo território específico, quando na presença de
calosidades, cicatrizes ou úlceras
Em relação a área com a lesão dermatológica, como proceder os testes de sensibilidade?
Sempre iniciar na pele sã, alternando com a área com a lesão.
Quais etapas envolvem a avaliação neurológica do exame físico da Hanseníase?
Inspeção de olhos, nariz e membros
Palpação de nervos periféricos
Força muscular
Quais os principais nervos que são palpados durante o exame neurológico?
Ulnar, Mediano, Radial, Fibular comum e posterior
Ao palpar os nervos periféricos o que avalia-se?
- Se há queixa de dor espontânea no trajeto do nervo;
- Se há queixa de choque ou de dor nos nervos durante a palpação;
- Se há espessamento do nervo palpado com o nervo correspondente, no lado oposto;
- Se há alteração na consistência do nervo: se há endurecimento, amolecimento;
- Se há alteração na forma do nervo: se existem abcessos e nódulos;
- Se o nervo apresenta aderências.
Como testar a força do nervo ulnar?
Com a palma da mão para baixo, segurar do 2º ao 4º
dedo.
Paciente abre o 5º dedo enquanto o examinador aplica força contrária, de fora para dentro, na altura da falange proximal
Como testar a força do nervo ulnar e mediano?
Com o dorso da mão e o antebraço apoiados, paciente levanta os dedos, flexionando as metacarpofalangianas e estendendo as falanges, enquanto examinador aplica força contrária na face palmar da falange proximal de cada dedo
Como testar o nervo mediano?
Com o dorso da mão e o antebraço apoiados, paciente eleva o polegar perpendicularmente à mão, enquanto examinador aplica força contrária para baixo na borda lateral da falange proximal
Como testar o nervo radial?
Com o antebraço apoiado e o punho relaxado, paciente
estende o punho, deixando os dedos relaxados, enquanto a força contrária, para baixo, é aplicada no dorso da mão
Como testar o nervo fibular comum?
Dorsiflexionar o pé com força máxima. Exm aplica força contrária no dorso do pé e verifica se há contração muscular.
Extensão máxima do hálux. Exm aplica força contrária ao dorso da falange proximal deste dedo e verifica se há contração muscular
Extensão máxima dos dedos. Exm aplica força contrária no dorso das falanges proximais do 2º ao 5º dedo e verifica se há contração muscular
Everter o pé. Exm aplica força contrária na borda lateral do 5º metatarsiano, no sentido de empurrá-lo para dentro e verifica se há contração muscular