Exame da cabeça e do pescoço Flashcards

1
Q

No inspeção da cabeça, deve-se atentar para (cite):

A
  • Forma, volume e conformação, superficie do crânio e do couro cabeludo
  • Cabelos
  • Inspeção da face
  • Exame dos olhos
  • Exame do aparelho auditivo
  • Boca
  • Faringe
  • Linfonodos
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Q

Na inspeção do crânio, devemos observar:

A
  • Forma
  • Volume
  • Conformação

Avaliam-se as principais anomalias de configuração do crânio associadas a doenças congênitas, doenças genéticas, deficiências nutricionais ou ao próprio fenótipo.

As principais dismorfias cranianas são:

  • Aumento do crânio: macrocefalia (principalmente na hidrocefalia e também na acromegalia, doença de Paget óssea, raquitismo e cretinismo).
  • Diminuição do crânio: microcefalia (infecções congênitas ou apenas constitucional).
  • Crânio em forma de torre: turricefalia (presente na betalassemia major).
  • Crânio oval em que o diâmetro longitudinal ou anteroposterior se apresenta exagerado: dolicocefalia.
  • Crânio grande, alongado, com fronte proeminente, achatado na parte superior: crânio raquítico.
  • Crânio curto: braquicefalia.
  • Crânio assimétrico: plagiocefalia.
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3
Q

Cite como ocorre e o que deve ser observado/verificado durante a inspeção da superfície** e do **couro cabeludo:

A

Deve-se repartir o cabelo e verificar a presença de:

  • Reentrâncias (e.g. craniectomia)
  • Protuberâncias
  • Cicatrizes de traumatismos e cirurgias
  • Hematomas (e.g. hematoma subgaleal pós-trauma)
  • Cistos sebáceos
  • Nódulo (reumatoides ou metastáticos)
  • Lesões dermatológicas (destacando localização, tamanho, cor, formato e contornos)
  • Dermatoses (dermatite seborreica, psoríase)
  • Pediculose
  • Abcessos
  • Lesões de varicela (vesículas e crostas)
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4
Q

Cite o que deve ser verificado/observado na inspeção do cabelo:

A

Verificam-se:

  • Cor, quantidade, distribuição, implantação, textura e padrão de perda, se houver.

Quanto ao padrão de perda, pode ser:

  • Alopecia areata (pelada)
  • Alopecia androgenética (sem perda em regiões posteriores e laterais do couro cabeludo)
  • Alopecia difusa (quimioterapia, lúpus)

Deve-se observar também a qualidade do cabelo, que pode estar alterada no hipotireoidismo, insuficiência renal ou desnutrição, por exemplo.

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5
Q

Cite o que deve ser verificado/observado na inspeção da pele:

A

São aspectos fundamentais a serem observados:

  • Textura
  • Expessura
  • Distribuição de pelos
  • Cor
  • Pigmentação (e.g., a hiperpigmentação na hemocromatose e na cirrose biliar).

Quando houver excesso de pelos, é importante a diferenciação entre hirsutismo e hipertricose.

  • No hirsutismo, ocorre crescimento excessivo de pelos terminais em área tipicamente masculinas como face, queixo tórax, coxas e triangulo pélvico superior (Fig. 3.14).
  • A hipertricose se caracteriza pelo aumento generalizado dos pelos, e geralmente associada a determinadas etnias, a doença sistêmica ou ao uso de medicamentos. Nestes casos, não há um padrão definido de distribuição dos pelos, estando presentes difusamente em todo o corpo, sendo também mais finos e macios.

Deve-se, também, discernir entre as lesões elementares de pele encontradas em face como:

  • Pápulas
  • Pústulas
  • Máculas
  • Crostas
  • Lesões vesiculares
  • Bolhas
  • Lesões eritematodescamativas, como determinar localização, tamanho, cor e forma da lesão.
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6
Q

Cite o que deve ser verificado/observado na inspeção da região orbitária:

A

Compete-nos, na avaliação ocular, identificar as alterações oculopalpebrais acessíveis à inspeção simples.

REGIÃO ORBITÁRIA

Inicia-se o exame observando os supercílios/ sombrancelhas. Quando houver fusão entre ambas, esta pode ser fisiológica ou patológica, a última representada pelo Sinofris (figura abaixo), comum na Síndrome de Cornélia Lange, em que há uma hiperplasia da porção medial dos supercílios.

Também podemos observar a presença de madarose, que é a rarefação do terço distal dos supercílios, manifestação comum no hipotiroidismo, hanseníase, esclerodermia e sífilis.

A seguir, avaliam-se as pálpebras. Basicamente, devemos avaliar a presença de edema palpebral (uni ou bilateral), coloração das pálpebras, lesões e presença de equimoses, adequação do fechamento palpebral e a forma das fendas palpebrais.

Como processo inflamatório local mais frequente, deve-se avaliar a presença de hordéolo, que é uma infecção estafilocócica dolorosa, sensível e avermelhada em uma glândula da margem palpebral que se assemelha a uma pústula ou ‘’espinha’’ na borda palpebral. Analisar também o Sinal de Ramaña (edema bipalpebral) característico da Doença de Chagas.

É necessário também reconhecer os xantelasmas (Fig. 3.18), que são formações cutâneas amareladas, bem circunscritas, discretamente elevadas, nas porções nasais de uma ou ambas as pálpebras, que sugerem dislipidemias.

A posição correta das pálpebras é muito importante. Podem estar invertidas**, **causando agressão corneana pelos cílios (entrópio palpebral) ou estar evertidas (ectrópio palpebral).

A queda da pálpebra superior, chamada ptose, pode ter como causas miastenia grave, lesão do nervo oculomotor (teceiro nervo craniano), lesão da inervação simpática cervical (Síndrome de Horner), ptose senil e ptose congênita.

Já a incapacidade de fechar as pálpebras completamente (lagoftalmia), reforçada pelo sinal de Bell (o globo ocular se levanta na tentativa de fechar a pálpebra), indica lesão de nervo facial (sétimo nervo craniano).

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