Estudos epidemiológicos Flashcards

1
Q

O que são estudos descritivos e analíticos?

A
  • Descritivos – apenas descrevo, relatos, descrição de fatos
  • Analíticos – provar uma relação de causa-efeito (importância muito maior)
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2
Q

Como classifico os estudos em relação aos investigados?

A

INVESTIGADOS
• População: você olhou para todos como um bloco só; uma visão agregada (agregado)
• Indivíduos: individualizado; quando eu olho cada um

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3
Q

Como classifico os estudos em relação ao investigador?

A

INVESTIGADOR
• Observação
• Intervenção = ENSAIO
 TODA intervenção sempre será longitudinal

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4
Q

Como classifico os estudos em relação ao tempo?

A

TEMPO
• Transversal - você olha só uma vez, como se fosse uma foto – SECCIONAL/PREVALÊNCIA (não tenho como saber quem é doente novo e quem não é porque eu só olho uma vez, então tenho que usar prevalência).
Se olhar uma única vez = transversal
Ex: mortalidade por doenças infecciosas no século 17; mortalidade por doença cardiovascular em salvador em 2017
• Longitudinal - é mais de uma vez; é como se fosse um filme, olha para pessoa em momentos.
Se olhar mais de uma vez = longitudinal

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5
Q

O que consiste o estudo ecológico?

A

ESTUDO ECOLÓGICO –> AGREGADO – OBSERVAÇÃO – TRANSVERSAL
• Fácil/Barato/Rápido
• Gera suspeitas
• Não confirma nada, porque não vê acontecer
• CASUALIDADE REVERSA
• Ele é um estudo agregado, populacional, e obtém uma media para todos. Dessa forma, se eu individualizar o que eu encontrei para todos eu posso errar - ERRO ECOLÓGICO
• Pode induzir a erro - FALÁCIA ECOLÓGICA
• Como só olha uma vez gera suspeitas, mas não confirma
• Ex: pacientes com câncer de pulmão andam sempre com cigarro, mas o que veio antes? O câncer de pulmão ou o cigarro? Não tem como saber quem veio antes e quem veio depois, você só gera a suspeita, mas você não pode ter certeza

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6
Q

Qual principal erro que o estudo ecológico está sujeito?

A

FALÁCIA ECOLÓGICA
• Ele é um estudo agregado, populacional, e obtém uma media para todos. Dessa forma, se eu individualizar o que eu encontrei para todos eu posso errar

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7
Q

O que consiste o estudo de coorte?

A
ESTUDO DE COORTE --> INDIVIDUO – OBSERVAÇÃO – LONGITUDINAL 
•	Divido em dois grupos 
Grupo com fator de risco 
	Doentes
	Não doentes 
Grupo sem fator de risco
	Doentes 
	Não doentes 
•	DEFINE riscos 
•	Confirma suspeitas 
•	Caro, longo, vulnerável a perdas 
•	RUIM para doença rara
•	RUIM para doença longa 
•	Pode analisar varias doenças 
•	Fator de risco pode ser raro (porque eu já começo com ele, agora a consequência que eu quero ver lá na frente não pode ser rara)
•	Ex: estudo de Frieghman 

FATOR DE RISCO –> DOENÇA
(patagnomônico de coorte)

  • Observando daqui para frente (“goooogle”)
  • Levanta a suspeita e começa a observar, porque se só olhar uma vez não pode confirmar nada porque seria transversal
  • Ex: pego pessoas com HAS e vejo se é fator de risco delas terem AVE; pego pessoas com AVE e vejo o fator de risco delas morrerem
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8
Q

O que consiste o estudo de caso controle?

A

CASO CONTROLE –> INDIVIDUO – OBSERVAÇÃO – LONGITUDINAL
• RETROSPECTIVO
• É obrigatório ter dois grupos (coorte e ensaio clinico não é obrigatório, mas é recomendado)
• Vou ter dois grupos e ver se as pessoas foram expostas a algum fator de risco
Doentes (casos)
 Fator de risco
 Sem fator de risco
Não doentes (controles)
 Fator de risco
 Sem fator de risco
• Quando comparado com coorte é mais barato, mais rápido, bom para doença rara e bom para doença longa
• Rápido/ barato
• BOM para doença rara
• BOM para doença longa
• Define risco? ESTIMA RISCO - Ele confia no passado, não viu acontecer, então não pode afirmar nada
• Vulnerável a erros - mais vulnerável que coorte, porque na coorte você vê acontecer, aqui não, você confia no passado
• RUIM para fator de risco raro

FATOR DE RISCO

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9
Q

Qual estudo define risco?

A

Coorte

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10
Q

Qual estudo estima risco?

A

Caso controle

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11
Q

Qual estudo é bom para doença rara e doença longa?

A

Caso controle

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12
Q

Qual estudo é ruim para fator de risco raro?

A

Caso controle

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13
Q

Qual estudo tem que ter dois grupos para comparar obrigatoriamente?

A

Caso controle

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14
Q

Como é o nivel de evidência dos estudos?

A

•Ensaio clinico é nível 1 de evidencia (coorte nível 2, caso controle nível 3, transversal nível 4, opinião de especialista nível 5)

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15
Q

O que consiste o ensaio clinico?

A

ENSAIO CLÍNICO –> INDIVIDUO – INTERVENÇÃO – LONGITUDINAL
• Vai dividir em dois grupos:
Grupo experimento
 Presente
 Ausente
Grupo controle
 Presente
 Ausente
• Consegue controlar os fatores
• Melhor para testar medicamentos
• É como se fosse a coorte, só que aqui eu intervenho, na coorte eu só observo
• Social, ético
• Complexo, caro, longo … perdas
• EFEITO HAWTHORNE - Tem que levar em consideração o efeito comportamental
• EFEITO PLACEBO - O individuo por acreditar tanto naquilo que se tomar já se sente melhor mesmo sem ter explicação cientifica. Ex: a pessoa nervosa toma agua com açúcar e diz que ficou bem
• CONTROLADO (grupo controle) - evita erro de intervenção
• RANDOMIZADO (sorteio) - evita erro de seleção/confusão (se existirem fatores de confusão ele vão aparecer dos dois lado ai se anulam). Tem intuito de fazer com que os dois grupos sejam mais homogêneos possível, só que um tem um medicamento e o outro não
• MASCARADO (cegamento) - evitar erro de aferição (para que você não induza um lado)
 Aberto: todo mundo sabe quem é de cada grupo
 Simples -cego: o paciente não sabe qual seu grupo
 Duplo cego: nem o medico e nem o paciente sabe qual é seu grupo
• 2 interpretações:
 Final (só o que foi positivo, o resultado dos que se beneficiaram com a droga)  situação ideal (EFICÁCIA) – se tomar no tempo certo correto o quanto ele é capaz de prevenir, potencia máxima - VALIDADE INTERNA
 Intenção de tratar - situação real (EFETIVIDADE)  VALIDADE INTERNA/EXTERNA -levo em consideração todos que eu tratei, inclusive os que não tiveram bom resultado (realidade – efetividade)

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16
Q

Em relação a frequência como se divide os estudos?

A

FREQUENCIA (prevalência x incidência) – MEDIR DOENÇA

a) Prevalência – transversal
b) Incidência – coorte/ensaio
• Não usa medida de frequência para caso controle
• Medir a doença

17
Q

Em relação a associação (FATOR X DOENÇA): como se comporta o caso controle?

A

CASO CONTROLE
• Odds Ratio (OD)  razão dos produtos cruzados. Multiplica o AxD/BXC  feito no caso controle
 Se ele for OR=8, significa que o individuo exposto ao jateamento de areia teve 8x mais chance de ter pneumoconiose

18
Q

Em relação a associação (FATOR X DOENÇA): como se comporta a coorte?

A

COORTE
• Risco relativo (RR)  IE/INE – incidência dos exposto sobre os não expostos. Ex: RR=18, logo as pessoas que fumaram tiverem 18x mais chance de ter câncer de pulmão  feito na coorte e ensaio clinico

19
Q

Em relação a associação (FATOR X DOENÇA): como se comporta o ensaio clinico?

A

• Risco relativo (RR) - IE/INE – incidência dos exposto sobre os não expostos. Ex: RR=18, logo as pessoas que fumaram tiverem 18x mais chance de ter câncer de pulmão
 No ensaio clinico é IE/IC (incidência do experimento/incidência do controle). Ex: RR=0,75 significa que a nova medicação reduziu 25% o risco (1-RR)
• Redução do RR (RRR): 1-RR (não precisa usar a formula, faz de cabeça)
 RRR = EFICACIA e EFETIVIDADE
• Redução absoluta do risco (RAR): RAR = maior incidência – menor incidência
R A r
 Vai variar a depender qual maior incidência
• Numero necessário para tratar (NNT): 1/RAR . Ex: NNT = 20, logo tenho que tratar 20 pessoas para uma se beneficiar.
 Quanto menor mais eficaz é a droga, quanto menor melhor
 Numero contrario ao tratamento – 1/RAR
• Eficiência da droga – custo beneficio - relação custo beneficio
 O NNT te ajuda a calcular isso

20
Q

No ensaio clinico como calcular o Risco relativo (RR)?

A

 No ensaio clinico é IE/IC (incidência do experimento/incidência do controle). Ex: RR=0,75 significa que a nova medicação reduziu 25% o risco (1-RR)

21
Q

No ensaio clinico como calcular a redução do Risco relativo (RRR)?

A

• Redução do RR (RRR): 1-RR (não precisa usar a formula, faz de cabeça)
 RRR = EFICACIA e EFETIVIDADE

22
Q

No ensaio clinico como calcular a redução absoluta do Risco relativo (RRR)?

A

• Redução absoluta do risco (RAR):
RAR = maior incidência – menor incidência
R A r
 Vai variar a depender qual maior incidência

23
Q

No ensaio clinico como calcular o numero necessário para tratar (NNT)?

A

• Numero necessário para tratar (NNT):
1/RAR
Ex: NNT = 20, logo tenho que tratar 20 pessoas para uma se beneficiar.
 Quanto menor mais eficaz é a droga, quanto menor melhor
 Numero contrario ao tratamento – 1/RAR

24
Q

Em relação a associação (FATOR X DOENÇA): como se comporta o estudo transversal?

A

• Razão de prevalência (RP) - igual a razão de incidência da coorte

25
Q

Como interpretar os dados do RR?

A

INTERPRETANDO
• Se o RR, OR ou RP = 1  sem associação
• Se RR, OR ou RP > 1  fator de risco
• Se RR, OR ou RP < 1  fator protetor

26
Q

Resumindo como analisa o caso controle, coorte e ensaio clinico?

A

Para analisar o caso controle: 1)não tem frequência 2) Associação: odds ratio

Para analisar coorte: 1) Frequência: analisa a incidência 2) Associação: Risco relativo

Para analisar ensaio clinico (é um tipo de coorte): 1) Frequência: analisa a incidência 2) Associação: Risco relativo, RRR, RAR; NNT

27
Q

Quais os erros sistemáticos principais?

A

A) ERRO SISTEMÁTICO (VIÉS) - se não tiver viés eu vou considerar VÁLIDO/ACURADO
• Seleção - eu escolhi na hora de selecionar os pacientes, então na verdade não tinha associação; teve erro na seleção dos pacientes
• Aferição (informação) - eu aplico o método errado. Ex: afiro pressão arterial de maneira incorreta
• Confusão - indivíduos que bebem muito café morriam mais, mas na verdade esses indivíduos fumava mais, então o cigarro que gerou essa confusão

28
Q

Como é o erro aleatório (ACASO)?

A

B) ERRO ALEATÓRIO (ACASO) - se o P<0,05% considero o estudo PRECISO/CONFIÁVEL
• Repita seu estudo 100x e ache o mesmo resultado pelo menos 95x
• Acaso = P
• P<0,05 (5%)
• O P é o quanto você erra
• Se o acaso contribuir com menos de 5% do seu estudo você confia
• Se o acaso contribuir com mais de 5% você errou muito, então seu estudo não é significativo
• IC 95%  É uma forma para rotular o quanto você acertou, já que o P mostra apenas o erro
• EX: se eu encontrei um RR=1 se eu repetir o estudo 100x em pelo menos 95x o RR tem que dar 1, se o valor varia muito eu não posso confiar.
• Tenho que enxergar o RR atrelado com meu intervalo de confiança

RR X IC - EX: RR=20/IC=95% (10,6-37,6):
Embora o RR tenha sido de 20 – NO MEU ESTUDO!!!!! Ao repetir 100x, em 95 x o RR esteve entre 10,6 e 37,6 – RR verdadeiro!!!!!
• Para calcular o IC e fingir que eu repetir o estudo 95x eu faço testes estatísticos, como o teste do qui-quadrado

29
Q

Qual estudo que olha a doença e o fator de risco ao mesmo tempo?

A

Transversal

30
Q

Qual estudo que olha o fator de risco ANTES da doença?

A

Coorte

31
Q

Qual estudo que olha a doença antes do fator de risco?

A

Caso controle

32
Q

Qual estudo interfere no fator, prevenindo a doença?

A

Ensaio clinico

33
Q

O ensaio clinico ideal avalia a…?

A

Eficácia

34
Q

O ensaio clinico real avalia a…?

A

Efetividade