Estrutura Social e Desiguldades Flashcards
Estrutura Social é um sistema de organização da sociedade que decorre da inter-relação e posição (status social) entre seus membros. É determinada por diversos fatores, dentre os quais econômico, político, social, cultural, histórico e religioso.
Dessa maneira, a Estrutura Social estabelece uma série de direitos e deveres praticados pelos diversos grupos que constituem uma sociedade.
Sociedade e Estratificação Social
A Sociedade é definida por um conjunto de pessoas (chamadas de atores sociais) que compartilham interesses e valores num determinado espaço social.
Em outras palavras, a sociedade é uma totalidade formada por diversos grupos que interagem entre si, sendo que todas as sociedades possuem uma estrutura social.
De tal forma, cada sociedade possui uma estrutura social definida por valores e comportamentos dos indivíduos constituintes, os quais desempenham diversos papéis sociais.
Os grupos sociais, por sua vez, estabelecem relações por meio de padrões sociais e culturais, cuja estrutura foi definida historicamente.
A Estratificação Social está intimamente relacionada com o de Estrutura Social. Isso porque a sociedade se divide em estratos ou camadas sociais de acordo com uma série de fatores, tais como políticos, religiosos, étnicos, dentre outros.
Essa estratificação pode ocorrer por meio do sistema de castas e também por estamentos (sociedade estamental), donde ambas não admitem a mobilidade social.
Ademais, as classes sociais existentes (basicamente dividida entre ricos e pobres) é um termo associado ao sistema capitalista vigente.
A classe alta (ricos) detém o poder e os meios de produção e, por outro lado, a classe baixa (pobres) é formada pelos trabalhadores e/ou operários.
As estruturas sociais abrangem duas vertentes:
Visão macrossociológica, que está pautada na atuação das Instituições Sociais.
Visão microsociológica, que se pauta no estudo do sistema social a partir do comportamento dos indivíduos que fazem parte da sociedade.
Classificação
Conforme o campo de atuação, a estrutura social é classificada em diversas esferas institucionais, a saber:
- Estrutura Familiar
- Estrutura Política
- Estrutura Econômica
- Estrutura Cultural
- Estrutura Religiosa
- Estrutura Educacional
- Estrutura Militar
- Estrutura Social Brasileira
A desigualdade social é um problema gerado principalmente pela diferença entre os estratos sociais. Esse fato é notório no Brasil, uma vez que a diferença entre as classes sociais no país é algo gritante.
No entanto, esse panorama vem adquirindo outro aspecto com o passar dos anos. O Brasil é um dos países do mundo que tem apresentado as mais altas taxas de mudança social nas últimas décadas. Isso decorre da implementação de políticas públicas de inclusão e de transformações econômicas e sociais no país.
A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população brasileira, embora nos últimos anos ela tem diminuído.
Desigualdade Social no Brasil
As regiões mais afetadas pelos problemas sociais são o Norte e o Nordeste do país, os quais apresentam os piores IDH’s (Índice de Desenvolvimenbto Humano) do Brasil.
Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-2011) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam a diminuição da pobreza e, consequentemente, da desigualdade social.
Assim, nos últimos anos 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.
Entretanto, estima-se que 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza extrema.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da redução da desigualdade no país.
Causas e Consequências
Embora o Brasil esteja entre os dez países com o PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo.
Segundo relatório de ONU (2010) as principais causas da desigualdade social são:
- Falta de acesso à educação de qualidade;
- Política fiscal injusta;
- Baixos salários;
- Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico.
Decorrente, essencialmente, da má distribuição de renda, as consequências da desigualdade social no Brasil são observadas pela:
- favelização;
- pobreza;
- miséria;
- desemprego;
- desnutrição;
- marginalização;
- violência.
Estudiosos propõem soluções para o problema, dentre eles: aliar democracia com eficiência econômica e justiça social.
Coeficiente de Gini
O Coeficiente de Gini foi desenvolvido pelo demógrafo, estatístico e sociólogo italiano Corrado Gini (1884-1965) no ano de 1912.
O Coeficiente ou Índice de Gini mede as desigualdades de uma sociedade, por exemplo, de renda, de riqueza e de educação.
No Brasil, em 2011, o índice de Gini na área social foi de 0,527, demonstrando o menor número desde 1960 (0,535). Na lógica do sistema de Gini, quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.
No entanto, segundo o coeficente de Gini, a desigualdade social no Brasil teve um aumento considerável em 2017 decorrente da crise econômica.
Ou seja, em 22 anos ela cresceu pela primeira vez, sendo o desemprego um dos maiores responsáveis. Dados atuais afirmam que a taxa de desemprego está em 12,3%, o que afeta 12,6 milhões de pessoas.
Cadastro Único
Também conhecido por “CadÚnico”, o “Cadastro Único para Programas Sociais” foi criado durante o governo do Fernando Henrique Cardoso, em 2001.
O Cadastro é um instrumento responsável pela coleta de dados e informações a fim de identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Ele objetiva a inclusão por meio de programas de assistência social e redistribuição de renda.
Plano Brasil Sem Miséria (BSM)
O Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, tem como principal objetivo desenhar omapa dapobreza do Brasil.
Para isso, o plano propõe o rompimento de barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam pessoas e regiões.
Ele objetiva, no campo e na cidade, identificar e inscrever as pessoas de baixa renda que, por algum motivo, não recebem auxílios.
No campo, onde está concentrada a maior parcela, ou seja, 47 % do público do plano, as estratégias para o meio rural, focadas na produção do agricultor são:
Assistência Técnica;
Fomento e Sementes;
Programa Água para Todos;
Acesso aos Mercados (Programa de Aquisição de Alimentos - PAA);
Compra da Produção.
Já na cidade, o foco está nas oportunidades de trabalho para os mais pobres. Dentre as estratégias propostas pelo Plano estão:
Mapa de Oportunidades;
Qualificação de Mão de Obra;
Intermediação Pública de Mão de Obra;
Ampliação da Política de Microcrédito;
Incentivo à Economia Popular e Solidária.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é responsável por coordenar a oferta de vagas dos cursos de formação inicial e continuada com ênfase na qualificação profissional. Ele conta com a parceria do Ministério da Educação (MEC) e do Plano Brasil Sem Miséria (BSM).
Para tanto, a meta do Plano Brasil Sem Miséria prevê a capacitação de um milhão de pessoas inscritas no “Cadastro Único” até 2014.
Outros Programas Públicos Sociais do Brasil que podemos destacar são:
- Bolsa Família
- Previdência Rural
- Brasil Alfabetizado
- Saúde da Família
- Brasil Sorridente
- Mais Educação
- Rede Cegonha
Curiosidades
Segundo o Fórum Econômico Mundial (2013), a principal causa das manifestações ocorridas no Brasil em 2013 foi a desigualdade social.
O Data Social é o banco de dados e de indicadores que permite visualizar o panorama social, perfil econômico e estrutura demográfica de municípios e estados brasileiros.
A Identificação de Localidades e Famílias em Situação de Vulnerabilidade (IDV) é uma ferramenta de construção de mapas que apresenta dados, indicadores de pobreza, situações de vulnerabilidade, bem como grupos populacionais específicos ao nível de estados, municípios e setores censitários do Brasil.