Esquistossomose Flashcards
Qual a epidemiologia da esquistossomose no Brasil?
No Brasil é mais frequente principalmente nas regiões Nordeste (em especial a BA) e sudeste (principalmente norte de MG).
Qual o agente etiológico da doença? E qual o hospedeiro intermediário?
Schistossoma mansoni, parasita que apresenta dimorfismo sexual e tem como hospedeiro intermediário o caramujo Biomphalaria sp.
Como ocorre o contágio?
cercaria irá penetrar ativamente na pele do homem
Quais ciclos o parasita realiza dentro do organismo Humano?
Ciclo pulmonar
Acometimento do sistema porta hepático
Como se dá a transmissão?
contato com água contaminada, em que há penetração do parasita é ativa do parasita em pele íntegra, sendo a transmissão relacionada com atividades domésticas, profissionais, e de laser no peridomicílio.
A infecção confere imunidade?
Não, podendo, inclusive, ter casos graves agudos decorrentes de reinfecções maciças.
A evolução da doença é aguda ou crônica?
Majoritariamente crônica
Período de transmissibilidade do homem
a partir de 5 semanas, podendo durar vários anos (geralmente 5 anos)
Período de transmissibilidade do caramujo
transmite o parasita durante toda a vida.
Quais as formas de manifestações da esquistossomose? Explique-as
- Forma intestinal: sintomas intestinais sem acometimento hepático
- Forma hepatointestinal: já existem evidências de acometimento do sistema porta hepático
- Forma hepatoesplênica: forma avançada e mais grave.
Como é a forma aguda da doença?
quadro agudo com febre, cefaleia, calafrios, sudorese, mialgia, astenia, anorexia, diarreia, emagrecimento, adenopatias e hepatoesplenomegalia. Em geral os pacientes evoluem para a forma crônica.
Como é a forma crônica intestinal da doença?
diarreia periódica, dor abdominal, náuseas, tonteiras, e hemograma com eosinofilia e anemia.
Como é a forma crônica hepatointestinal da doença?
sintomas são mais acentuados e começam a aparecer lesões hepáticas discretas, ocorrendo também hepatomegalia endurecida
Como é a forma crônica hepatoesplênica da doença?
envolvimento do fígado e do baço, ocorrendo fibrose periportal (fibrose de Symmers) e sinais de hipertensão porta (o aumento do baço ocorre devido à hipertensão portal).
Qual a fisiopatologia da hipertensão porta na esquistossomose?
A migração de ovos para o fígado desencadeia uma reação inflamatória, que forma granuloma e depois fibrose, que obstrui o fluxo sanguíneo. O acometimento hepático maciço que gera dificuldade de drenagem do sangue pelo sistema porta, causa a hipertensão portal.
Qual o quadro dos pacientes que apresentam hipertensão portal?
irão apresentar ascite (acúmulo de líquido abdominal em decorrência da drenagem ineficiente), varizes esofágicas (aumenta muito o risco de hemorragias digestias), circulação portossistêmica colateral, esplenomegalia e hiperesplenismo (aumento da função do baço, que leva ao sequestro grande de plaquetas e hemácias, causando plaquetopenia e anemia).
Como se faz o diagnóstico da esquistossomose?
- O hemograma direciona bem o diagnóstico;
- EPF, que é um exame de fezes (kato-Katz, que faz a contagem de ovos do parasita ou Hoffman);
- Biópsia retal (menos usado).
OBS: Não há valor diagnóstico para intradermorreação e sorologia para esquistossomose!!
Profilaxia e medidas de controle na esquistossomose
- Vigilância sanitária
- tratar os casos
- controle do caramujo
- saneamento básico
- notificação compulsória
Definição de caso suspeito de esquistossomose:
É EPIDEMIOLÓGICO !!! Indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica com quadro clínico sugestivo das formas aguda, crônica ou assintomática, com história de contato com as coleções de água onde existam caramujos eliminando cercarias. Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de fezes.