ESPIROMETRIA Flashcards
Quais são os volumes pulmonares?
VC : VOLUME CORRENTE
VRI : VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO
VRE: VOLUE DE RESERVA EXPIRATÓRIO
CV: CAPACIDADE VITAL
VR: VOLUME RESIDUAL
CI: CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
CRF: CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
CPT: CAPACIDADE PULMONAR TOTAL
Quais os parâmetros De Função pulmonar obtidos pela espirometria?
- Volumes estáticos
- Capacidade Pulmonar Total (CPT)
- Capacidade Residual Funcional (CRF)
- Volume Residual (VR)
- Volumes Dinâmicos
- Capacidade Vital (CV)
- Capacidade Vital Forçada (CVF)
Quais são os parâmetros espirométricos de maior importância clínica?
CVF (Capacidade Vital Forçada): volume total de ar exalado de forma forçada, partindo-se de uma inspiração máxima. A média de um adulto masculino é de 5 litros.
VEF1 (Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo): volume de ar exalado no primeiro segundo de expiração forçada, partindo-se da inspiração máxima. A média de um adulto masculino é de 4 litros. É o principal parâmetro no estadiamento da gravidade das doenças pulmonares obstrutivas.
Relação VEF1/CVF (Índice de Tiffeneau): percentual do ar que é exalado no primeiro segundo em relação ao total de ar exalado, durante a expiração forçada. Valor normal: 75-80%. Também reduzido nas doenças obstrutivas.
FEF 25-75% (Fluxo Expiratório Forçado entre 25 e 75% do volume da CVF ou fluxo mesoexpiratório): mede o fluxo do ar exalado entre 25 e 75% da capacidade vital forçada. É o primeiro parâmetro a se alterar nas doenças pulmonares obstrutivas, sendo muito sensível para o diagnóstico de obstrução de vias aéreas.
FEF máx ou Pico de Fluxo Expiratório – PFE (fluxo expiratório máximo ou Peak Flow): mede o fluxo expiratório máximo em uma expiração forçada.
Qual o primeiro parâmetro a se alterar nas doenças pulmonares obstrutivas?
FEF 25-75% (Fluxo Expiratório Forçado entre 25 e 75% do volume da CVF ou fluxo mesoexpiratório)
Qual o principal parâmetro no estadiamento da gravidade das doenças pulmonares obstrutivas?
VEF1 (Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo)
Quais os valores esperados para cada variável contemplada pela espirometria?
Frente a um paciente com suspeita clínica de asma, assintomático no momento, o parâmetro mais sensível para a detecção do distúrbio obstrutivo de pequenas vias aéreas é:
a) Volume expiratório forçado no primeiro segundo.
b) Fluxo mesoexpiratório máximo.
c) Pico de fluxo expiratório.
d) Volume residual.
b) Fluxo mesoexpiratório máximo.
Analisemos cada parâmetro…
- O fluxo mesoexpiratório máximo ou FEF 25%-75% é o fluxo expiratório forçado durante a metade da CVF, e reflete, em princípio, as condições das pequenas vias aéreas, sendo mais sensível (primeiro que se altera e o último a normalizar) que o VEF1 para identificar obstrução precoce das vias aéreas.
- O Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) é o volume de ar expirado de maneira forçada durante o primeiro segundo após uma respiração profunda, ou seja, a parte da CVF exalada em um segundo. Em principio, reflete as condições das grandes vias aéreas e encontra-se reduzido na crise de asma e no período intercrítico.
- O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é o fluxo expiratório máximo, pode ser utilizado para quantificar gravidade da doença.
- O volume residual é o volume de ar que permanece nos pulmões após esforço expiratório máximo.
Quais os padrões patológicos da prova de função pulmonar?
- DISTÚRBIO OBSTRUTIVO: Asma e DPOC.
- Redução dos fluxos expiratórios e dos volumes dinâmicos (especialmente o VEF1)
- Aumento dos volumes estáticos, devido ao represamento de ar no final da expiração (hiperinsuflação).
- Como o VEF1 se reduz muito mais do que a CVF, o índice VEF1/CVF encontra-se tipicamente baixo (< 70%).
- Mas atenção: os volumes estáticos (VR, CRF e CPT) estão elevados, especialmente o VR (hiperinsuflação).
- DISTÚRBIO RESTRITIVO: Doenças pulmonares intersticiais que levam à fibrose parenquimatosa progressiva, restringindo a ventilação.
- Redução de todos os volumes pulmonares – estáticos e dinâmicos, com a manutenção dos fluxos expiratórios.
- O VEF1 se reduz proporcionalmente à CVF ou a CVF reduz mais que o VEF1, mantendo normal ou elevado o índice de VEF1/CVF.
- DISTÚRBIO MISTO: doença única ou a associação de doenças.
- As doenças que podem apresentar este padrão são sarcoidose, paracoccidioidomicose, tuberculose, bronquiectasias, ICC e linfangioleiomiomatose.
- As associações podem ser sequela de tuberculose e DPOC, bronquiectasias e DPOC etc.
- A espirometria revela relação VEF1/CVF < 70% e uma CVF bastante reduzida.
A capacidade residual funcional pode ser definida como a soma dos seguintes volumes e/ou capacidades pulmonares:
a) Volume corrente e volume residual.
b) Volume de reserva expiratória e volume residual.
c) Volume de reserva inspiratória e volume corrente.
d) Capacidade vital e volume residual.
e) Volume de reserva inspiratória e volume de reserva expiratória.
b) Volume de reserva expiratória e volume residual.
Capacidade residual, no exame de espirometria, é um parâmetro que representa a soma do volume residual (aquele que permanece no pulmão após expiração máxima) e o volume de reserva expiratória (diferença entre o volume pulmonar ao final de uma expiração normal e o volume residual).
Quando os músculos respiratórios estão relaxados, o ar que se encontra nos pulmões é chamado de:
a) Volume residual.
b) Volume de reserva expiratório.
c) Capacidade residual funcional.
d) Volume de reserva inspiratório.
e) Capacidade pulmonar total.
c) Capacidade residual funcional.
Lembrem que a inspiração é um processo ativo que envolve contração muscular, enquanto a expiração é um processo passivo, durante a qual relaxamos a musculatura. Assim, quando o enunciado se refere ao momento em que os músculos respiratórios estão relaxados, ele faz referência ao final de uma expiração normal. Nesse momento, encontram-se nos pulmões cerca de 2200 ml de ar (considerando um adulto de estatura média), volume denominado de capacidade residual funcional.
Com relação à espirometria, escolha a alterna- tiva CORRETA: Siglas: VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo/CVF: capacidade vital forçada/VR: volume residual/CPT: capacidade pulmonar total/DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica.
a) A CVF é o volume de ar necessário para realizar o esforço físico máximo.
b) O VR deve estar reduzido nas doenças pul- monares restritivas.
c) Alçaponamento aéreo significa uma redução da CVF por redução do VR.
d) A relação VEF1/CVF reduzida demonstra distúrbio restritivo.
e) O VEF1 costuma estar aumentado nas doenças restritivas, ao contrário das doenças obs- trutivas em que está reduzido.
b) O VR deve estar reduzido nas doenças pulmonares restritivas.
A capacidade vital forçada corresponde ao volume total de ar exalado de forma forçada, partindo-se de uma inspiração máxima, sendo a média de um adulto masculino em torno de 5 litros (Alternativa A incorreta). Nos distúrbios restritivos observamos a redução de todos os volumes pulmonares (estáticos e dinâmicos), com a manutenção dos fluxos expiratórios; logo, o volume residual (volume estático, defi- nido pelo volume de ar que resta nos pulmões após uma expiração forçada) encontra-se reduzido (Alternativa B CORRETA). Em pacientes com estreitamento das vias aéreas pulmo- nares o nível respiratório de repouso pode permanecer elevado por várias respirações. Este fenômeno é devido ao alçaponamento de ar atrás (a jusante) das pequenas vias aéreas, as quais foram abertas durante uma inspiração forçada, e então são fechadas prematuramente durante a expiração subsequente, o que leva ao aumento do volume residual (Alternativa C incorreta). Como nos distúrbios restritivos temos uma redução da CVF proporcional ou maior que a redução do VEF1, observaremos um índice VEF1/CVF normal ou elevado (Alternativa D incorreta). Os distúrbios obstrutivos são caracterizados do ponto de vista espirométrico, justamente pela redução dos fluxos expiratórios e dos volumes dinâmicos, espe- cialmente o VEF1 (Alternativa E incorreta).
Em relação aos distúrbios ventilatórios a Capacidade Vital Forçada (CVF) e o Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) reduzidos são encontrados:
a) Em distúrbio ventilatório obstrutivo, em distúrbio ventilatório restritivo e em distúrbio ventilatório combinado (misto).
b) Apenas em distúrbio ventilatório obstrutivo e em distúrbio ventilatório restritivo.
c) Apenas distúrbio ventilatório restritivo e em distúrbio ventilatório combinado (misto).
d) Apenas em distúrbio ventilatório obstrutivo e em distúrbio ventilatório combinado (misto).
e) Apenas em distúrbio ventilatório combinado (misto).
a) Em distúrbio ventilatório obstrutivo, em distúrbio ventilatório restritivo e em distúrbio ventilatório combinado (misto).
Cuidado com a questão: em todos os distúr- bios citados ocorre redução da VEF1 e da CVF. A hiperinsuflação observada nos distúrbios obstrutivos ocorre por aumento da Capacidade Pulmonar Total (CPT), e não da CVF.
O que é Prova Broncodilatadora? E Teste de Broncoprovocação?
Testes para avaliar a reversibilidade da obstrução das vias aéreas através da espirometria, em especial no diagnóstico da asma brônquica.
A prova broncodilatadora pode ser realizada em pacientes com DPOC, buscando a existência de algum grau de reversibilidade da obstrução.
Como é realizada a prova broncodilatadora?
é realizada com 400 mcg de salbutamol ou fenoterol via inalatória, realizando-se a espirometria 15 a 20 minutos após o uso da droga.
Compara-se o resultado com a espirometria sem broncodilatador.
Como se define uma prova broncodilatadora positiva?
- Aumento do VEF1 ≥ 200 ml e ≥ 12% ou
- Aumento do VEF1 ≥ 200 ml e ≥ 7% do valor previsto.