Escolas Flashcards
a doutrina afirma que o pensamento criminológico é influenciado por suas principais visões microssociológicas: a teoria do consenso e a teoria do conflito
errado, macrossciologica.
Microssociológica: Integração entre o indivíduo e a sociedade
Macrossociológica: Estrutura da sociedade, sociedade criminógena – o pensamento criminológico moderno se divide em
teorias do consenso e do conflito
✔ A sociedade seria um conjunto estrutural relativamente persistente e estável;
✔ A sociedade é uma estrutura de elementos bem integrada;
✔ Todo elemento de uma sociedade tem uma função, isto é, contribui para sua manutenção como sistema;
✔ Toda estrutura social em funcionamento é baseada em um consenso entre seus membros sobre valores.
✔ Cunho funcionalista e mais conservador
São premissas basilares das teorias do;
Consenso.
“A sociedade se mantém, graças ao consenso de todos os membros acerca de determinados valores comuns [ … ] um é paraíso na terra’’
“A ideia de uma Criminologia do consenso parte da “existência de uma constelação de valores fundamentais, comuns a todos os membros da sociedade, em que a ordem social se baseia e por cuja promoção se orienta. São tais valores que definem a identidade do ‘sistema’ e asseguram, em última instância, a coesão social. A sociedade concebida em termos de se excluir a hipótese de conflito estruturalmente gerado (eduardo Viana)
Quais sao as teorias do consenso?
Escola de Chicago e Ecologia Criminal (Criminologia Ambiental);
Teoria da associação diferencial, Teoria do Reforço Diferencial, da Identificação Diferencial, da Neutralização ou do Aprendizado;
Teoria da anomia, Teoria Estrutural Funcionalista do
Desvio;
e a Teoria da subcultura delinquente, Teoria da Subcultura Criminal.
✔ Cunho argumentativo e mais progressista
✔ Sociedade está sujeita a mudanças contínuas
✔ Controle social a partir da força e coerção
São premissas basilares das teorias do;
Conflito
“toda sociedade se mantém graças à coação que alguns de seus membros exercem sobre os outros” (Eduardo Vana)
As teorias do conflito, por sua vez, afirmam que a ordem social se estabelece pela força e pela coerção, numa relação de dominação, onde muitas vezes os reclamos pelas mudanças são encarados de
forma negativa, quando, na verdade, são as formas pelas quais uma sociedade evolui, avança. Daí surge o contraponto à relativa persistência e estabilidade da sociedade, uma vez que esta deveria ser tida como algo flexível, mutável, na medida em que o conflito é inexorável. Interessa ainda notar que até mesmo o crime
tem um papel nesse devir por trazer conflito dentro da sociedade, o que, em alguma medida, pode ser encarado a semente de uma mudança
Pode-se afirmar que as teorias do consenso são associadas o conservadorismo, enquanto as teorias do conflito nos remetem a uma ideia de mudança social?
Não
“Muitas vezes as teorias do consenso são associadas o conservadorismo, enquanto as teorias do conflito nos remetem a uma ideia de mudança social. Isso não é absoluto. O movimento nazista, assim como outras perspectivas totalitárias – ao
contrário de ditaduras autoritárias e não menos obscurantistas – baseava-se em uma postura conflitiva de luta de raças e, nesse contexto, defensores do positivismo acabaram por exercer uma postura defensista dos valores humanos consagrados. ”
Quais sao as teorias do conflito?
Labelling approach, Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação Social;
e a Teoria Crítica, Teoria Radical ou Nova Criminologia.
Dierenças entre as teorias do consenso e do conflito:
Contexto
Ideia
Cunho
Teoria
caráter
- Teoria do consenso (funcionalista / conservadoras)
Contexto: início da década de 60, no pós Guerra, com a ascensão dos EUA como potência mundial econômica (“Sonho Americano”) e a expansão do fluxo migratório para os EUA em busca de melhores
condições de vida, com destaque para Chicago, cidade em constante crescimento na qual o Estado não consegue acompanhar o ritmo expansionista. Parte da ideia de um conjunto de valores e ideais
comuns a todos os membros da sociedade, que baseia e fundamenta a ordem social.
Cunho funcionalista
Teoria conservadorista
Caráter ontológico da criminalidade, a partir da ideia de que o crime existe por si só, em razão de valores homogêneos que necessitam de tutela.
Teoria do conflito (argumentativas ou explicativas / progressistas)
Contexto: fim da década de 60, com os movimentos de ruptura (raciais, feministas, políticos, sociais e greves). A coesão se funda na coação que alguns membros exercem sobre os outros. Com isto se determina por meio de normas penais, a criação de dispositivos que assegurem tal ordem e, por conseguinte, o triunfo da classe
dominante.
Cunho argumentativo
Teoria progressista
Caráter definitorial da criminalidade, visto que os crimes são um status social atribuído por meio de processos de definição e mecanismos de reação, daqueles que tem competência para estabelece-los.
Robert Park e Ernest Burguess
Escola de Chicago
Introduction to the Science of Sociology, 1921, e
The City, 1925
Robert Park e Ernest Burguess na Escola de Chicago
Edwin Sutherland
Teoria da associação diferencial
Gabriel Tarde
Inspirou Edwin Sutherland nas ideias da teoria da associação diferencial
Émile Durkheim
Teoria da anomia
Robert King Merton
Teoria da anomia
Niklas Luhmann
elaborou uma teoria dos sistemas sociais própria, a qual culmina numa aproximação com a teoria da anomia nas explicações sobre o direito, com ideias proximas de Durkheim sobre a funlao da pena na troria da anomia
Albert K. Cohen
Teoria da Subcultura Delinquente
Deliquent Boys, em 1955.
Albert K. Cohen na Teoria da Subcultura Delinquente
Erving Goffman e Howard Becker
Labelling Approach
Georg Rusche e Otto Kichheimer
Influenciaram a teoria crítica com a obra o Punição e estrutura social, publicado em 1930, e republicado em 1967
James Wilson e George Kelling
Teoria das Janelas Quebradas, 1982
Louk Hulsman, René Ariel Dotti
Abolicionismo Penal
A influência do meio ambiente na conduta delituosa, delineando entre o crescimento populacional e o aumento da criminalidade das cidades. Segundo seus adeptos, a teoria “a cidade produz a delinquência”, com as ideias centrais: a desorganização social e as áreas de delinquência. A teoria em estudo prioriza as ações preventivas em detrimento das ações repressivas.
Escola de chicago
Os métodos escolhidos foram, em grande medida, inspirados pela Escola Cartográfica e Positiva, com a utilização do inquérito social, onde se destaca a estatística, e o estudo biográfico de casos individuais,“não há política criminal séria (seja ela preventiva ou repressiva) sem que se tenha um verdadeiro domínio da realidade sobre a qual se vai intervir”.
Escola de chicago
a cidade; as divisões desta em zonas; os efeitos da integração à cidade (urbanidade) no indivíduo; a multidão, na escola de chicago
A Cidade é muito mais que o mero agrupamento de indivíduos que compartilham estruturas e serviços, é é um estado de espírito, É a cidade que produz a delinquência.
Divisão da cidade em zonas: a cidade de Chicago era entendida como formada por cinco grandes zonas divididas em círculos concêntricos, sendo que No mais central desses anéis estava o loop, zona comercial, segunda zona, chamada de zona de transição, situa-se exatamente entre zonas residenciais (3ª zona) e a anterior (1ª zona), que concentra o comércio e a indústria.
Urbanidade nem todas pessoas que decidem morar em uma cidade conseguem se adequar perfeitamente. espírito de vizinhança
A multidão: desfrutar (ou sofrer) os efeitos do anonimato.
Essa escola se assenta em dois conceitos básicos que precisam ser tratados: desorganização social e áreas de delinquência.
Escola de chicago.
A desorganização social é a situação que as pessoas enfrentam quando recém instalam-se em uma cidade. Normalmente isso ocorre em áreas periféricas, e são dotadas de duas características: ausência de vínculos com as pessoas, quer dizer, ausência de espírito de vizinhança e da noção de pertencimento; ausência do Estado (inexistência de escolas, hospitais, delegacias de polícia, transporte coletivo, atividades culturais etc). Considerando que essa pessoa não tem vínculos morais e culturais com as pessoas ao seu redor, temse o enfraquecimento do sistema informal de controle social. Por outro lado, ausência de Estado gera uma sensação de anomia e desordem.
Áreas de delinquência é a constatação, decorrente de estudos estatísticos feitos pela Escola de Chicago, de que algumas áreas da cidade tem uma criminalidade superior à de outras, sendo que a incidência da criminalidade crescia em conformidade com a desorganização social: degradação física, segregação econômica, étnica, racial, às doenças etc.
A escola de chicago preve que a forma correta de tratar, de prevenir (reduzir) a criminalidade não é pela abordagem XXXXX (a pena sobre o condenado), mas sim através uma XXXX sobre a comunidade e através dela
a forma correta de tratar, de prevenir (reduzir) a criminalidade não é pela abordagem individual (a pena sobre o condenado), mas sim através uma macrointervenção sobre a comunidade e através dela
Duas críticas sobrea escola de chicago
Primeiro, do ponto de vista metodológico, tornou-se referência a ser seguida, lançando olhos sobre a criminologia de um ponto de vista sociológico, e não individual (típico da Escola Positivista) ou abstrato
(típico dos Clássicos).
Segundo, temos que a Escola de Chicago é dotada de certo determinismo ecológico: desorganização social é vetor criminológico. Porém isso não explica o que porquê haver crimes onde há organização social (criminoso pode cometer crime no local onde mora, ou fora dele), ou em sociedades mais estáveis ou estratificadas.
Qual escola ignorava o conceito ed cifra negra?
A escola de Chicago ignorava o conceito de cifra negra da criminalidade, uma vez que só trabalhava com índices oficiais.
“Finalmente, a última objeção é metodológica. De fato, efetiva mente, ao considerar apenas as cifras oficiais, as conclusões tornam-se altamente questionáveis, eis que a atuação das agências de controle social formal é discriminatória e com alvos bem definidos; a vigilância é muito mais ostensiva em determinados bairros. ”
Considerada também uma das teorias da aprendizagem social (social learning).
Seu sociólogo criou o termo White Collar Crimes
Teoria da Associação Diferencial
o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade destas. Em certo sentido, ainda que influenciado pelo pensamento da desorganização social de William Thomas, Sutherland supera o conceito acima para falar de uma organização diferencial e da aprendizagem dos valores criminais.
O processo de aprender alguns tipos de comportamento desviante, que requer conhecimento especializado e habilidade, bem como a inclinação de tirar proveito de oportunidades para usá-las de maneira desviante. Tudo isso é aprendido e promovido principalmente em grupos
Teoria do Reforço Diferencial,
A teoria da associação diferenicial, ao contrário do positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social. O homem aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela
certo
Nove proposições da teroria f]diferencial
1) A conduta criminal se aprende, do mesmo modo que o comportamento virtuoso ou qualquer outra
atividade.
2) A conduta criminal se aprende na interação com outras pessoas, mediante um processo de
comunicação, que requer uma manifestação ativa por parte do indivíduo.
3) A parte decisiva do citado processo de aprendizagem ocorre no seio das relações mais íntimas do
indivíduo com seus familiares ou com pessoas do seu meio, de modo que a influência criminógena
depende do grau de intimidade do contato interpessoal.
4) A aprendizagem do comportamento criminal inclui também a das técnicas de cometimento do delito,
assim como a da orientação específica das correspondentes motivações, impulsos, atitudes e da
própria racionalização (justificação) da conduta delitiva.
5) A direção específica dos motivos e dos impulsos se aprende com as definições mais variadas dos
preceitos legais, favoráveis ou desfavoráveis a eles, visto que a resposta aos mandamentos legais
não é uniforme dentro do corpo social (sociedade pluralista), razão pela qual o indivíduo está em
permanente contato com outras pessoas que têm diversos pontos de vista.
6) Uma pessoa se converte em delinquente quando as definições favoráveis à violação da lei superam
as desfavoráveis, isto é, quando por seus contatos diferenciais aprendeu mais modelos criminais que
modelos respeitosos ao Direito.
7) As associações e contatos diferenciais do indivíduo podem ser distintas conforme a frequência,
duração, prioridade e intensidade dos mesmos, de modo que contatos duradouros e frequentes
devem ter maior influência pedagógica, em detrimento daqueles fugazes ou ocasionais; do mesmo
modo o impacto nos primeiros anos de vida do homem costuma ser mais significativo que o que tem
lugar em etapas posteriores; o modelo mais convincente para o indivíduo quanto maior seja o
prestígio que este atribui à pessoa ou grupos cujas definições e exemplos aprende.
8) Precisamente porque o crime se aprende, isto é, não se imita, o processo de aprendizagem do
comportamento criminal mediante contato diferencial do indivíduo com modelos delitivos e não
delitivos implica a aprendizagem de todos os mecanismos inerentes a qualquer processo deste tipo.
9) Embora a conduta delitiva seja uma expressão de necessidades e de valores gerais, não pode ser
explicada como concretização deles, já que também a conduta adequada ao Direito corresponde a
idênticas