Epilepsia Flashcards
Epilepsia:
Definição.
Doença caracterizada pela tendência patológica e duradoura de apresentar crises epilépticas, sem fatores provocadores transitórios.
Crise epiléptica/convulsiva:
Definição.
Ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devidos à atividade neuronal anormal excessiva ou síncrona no córtex cerebral.
Epilepsia:
Quando podemos dar o diagnóstico? (3)
- Uma crise epiléptica não provocada + alto risco de recorrência;
- 2 ou mais crises epilépticas;
- Presença de síndrome epiléptica.
Epilepsia:
Classificações.
- Quanto ao local:
a. Parcial/focal: Ativação neuronal inicial em apenas um hemisférios; pode generalizar secundariamente;
b. Generalizadas: Inicia em ambos os hemisférios, sempre tendo comprometimento do nível de consciência. - Quanto ao nível de consciência:
a. Complexa: com perda de consciência;
b. Simples: sem perda de consciência.
Epilepsia:
Quais são as possíveis crises focais? (4)
TOPF:
- Lobo Temporal;
- Lobo Occipital;
- Lobo Parietal;
- Lobo Frontal.
Crises focais:
Caracterize as crises do lobo temporal. (4)
- Focal mais frequente;
- Pródromo de mal-estar, medo, déjà vu, alucinações olfatórias e gustativas;
- Perda de consciência com olhos abertos e sem interação com o meio (única focal complexa);
- Automotismos motores (mastigação, lábios e mãos).
Crises focais:
Principal causa de crises do lobo temporal?
Esclerose Mesial Temporal (hipocampo).
Crises focais:
Caracterize as crises do Lobo Occipital. (3)
Manifestações visuais:
- Imagens distorcidas;
- Flashes de luz;
- Alucinações visuais complexas.
Crises focais:
Caracterize as crises do Lobo Parietal.
Sintomas sensitivos contralaterais ao foco lesional.
Crises focais:
Caracterize as crises do Lobo Frontal. (4)
- 2° tipo mais comum;
- Durante o sono;
- Clonicidade involuntária contralateral;
- Posturas tônicas assimétricas (posição do esgrimista).
Crises generalizadas:
Quais são? (4)
MATA:
- Mioclônica;
- Ausência;
- Tônico-clônica;
- Atônica.
Crises generalizadas:
Caracterize as crises tônico-clônicas. (5)
- Mais comum;
- Perda súbita do nível de consciência (pode ser precedida por um grito);
- Seguido de rigidez e abalos clônicos dos membros.
- Cianose, mordedura de língua e liberação esfincteriana;
- Estado Pós-Ictal: Sonolência excessiva, agitação psicomotora ou confusão mental.
Crises generalizadas:
Caracterize as crises de ausência. (4)
- Típica da infância;
- Duração breve (5-10 segundos);
- Perda de consciência com olhar fixo aberto;
- Indivíduo imóvel.
Crises generalizadas:
Caracterize as crises mioclônicas.
- Abalos amplos e breves dos membros;
2. Perda da consciência;
V ou F
As crises epilépticas podem ser desencadeadas por fatores transitórios, mas que, quando presentes, não podem ser classificadas como doença epilepsia.
Verdadeiro.
Quais são os fatores precipitantes transitórios que não podem estar presentes para diagnosticar como epilepsia? (3)
- HipoNa+;
- Drogas;
- MeningoEncefalite.
V ou F
Convulsão é a manifestação motora (abalos pu contrações musculares) de uma crise epiléptica, sendo todas as convulsões uma manifestação de crise epiléptica.
Falso
Convulsão é a manifestação motora (abalos pu contrações musculares) de uma crise epiléptica, porém nem todas as convulsões representam crises epilépticas (ex.: crise não epiléptica psicogênica).
Crises epilépticas:
Diagnósticos diferenciais. (5)
- Síncope;
- Crises não epilepticas psicogênicas;
- Distúrbios do movimento;
- Enxaqueca com aura.
- Distúrbios metabólicos.
Principais causas de crises epilépticas no período neonatal? (4)
- Doenças congênitas;
- Anóxia;
- Trauma;
- Desordens metabólicas.
Principal causa de crises epilépticas entre 6 meses a 5 anos de idade?
Convulsão febril.
Principal causa de crises epilépticas entre 5 a 12 anos de idade?
Genética (síndromes epilépticas primárias).
Principais causas de crises epilépticas no adulto jovem? (3)
- TCE;
- Neurocisticercose;
- Drogas.
Principal causa de crises epilépticas no idoso?
Doença cerebrovascular (AVE isquêmico).
Epilepsia - exames complementares:
- Avaliação laboratorial;
- Eletroencefalograma (EEG);
- Neuroimagem.
- Glicemia, eletrólitos, hemograma, função renal, função hepática, urina 1 e toxicológico (as vezes);
- Descargas o paroxismos epileptiformes;
- RM > TC.
Epilepsia:
Indicação e descontinuação de tratamento farmacológico.
- 1° crise: Se anormalidades no EEG, lesão estrutural em neuroimagem, sinal neurológico focal, crise convulsiva durante o sono;
- A partir da 2° crise: Sempre
- Descontinuação: 2-4 anos livres de crises.
Síndromes epilépticas:
Principais. (7)
- Convulsão febril;
- Síndrome de West;
- Ausência da infância;
- Epilepsia benigna da infância (rolândica);
- Síndrome de Lennox-Gastaut;
- Epilepsia mioclônica juvenil;
- Epilepsia de ausência jvenil.
Síndromes epilépticas: Caracterize as convulsões febris: 1. Epidemiologia; 2. Idade de início; 3. Risco para epilepsia futura; 4. Duração; 5. Padrão clínico.
- Síndrome epiléptica mais comum;
- 3 meses - 5 anos de idade;
- Não aumenta o risco de epilepsia no futuro;
- Curta duração;
- Perda da consciência, abalos em MMSS e MMII, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração e pós-ictal e sem sinais neurológicos;
Síndromes epilépticas: Caracterize a Síndrome de West: 1. Idade de início; 2. Clínica; 3. EEG; 4. Tratamento.
- 3 - 7 meses de idade;
- Espasmos infantis e retardo mental;
- EEG com hipsarritmia.
- Tratamento: vigabatrina (1° opção) e topiramato ou valproato.
Síndromes epilépticas: Caracterize a Epilepsia de Ausência da Infância: 1. Idade de início; 2. Clínica. 3. Desencadeante. 4. EEG; 5. Tratamento.
- 3 - 12 anos de idade;
- Olhar fixo por poucos segundos, que se repete várias vezes durante o dia; Sem pós-ictal;
- Desencadeado por hiperventilação.
- EEG: complexo espícula-onda 3Hz;
- Tratamento: Valproato de sódio ou etosuximida.
Síndromes epilépticas: Caracterize a Epilepsia Benigna da Infância: 1. Idade de início; 2. Clínica; 3. EEG; 4. Tratamento.
- 3 - 13 anos;
- Crises focais simples: motora e/ou sensitiva em face, língua, lábios; sialorreia e afasia.
- EEG: Anormalidade na região centro-temporal ativada pelo sono;
- Benigna, sem tratamento.
Síndromes epilépticas: Caracterize a Síndrome de Lennox-Gastaut: 1. Idade de início; 2. Clínica; 3. EEG; 4. Tratamento.
- 3 - 8 anos de idade;
- Retardo mental associada a crises de ausência, tônicas e atônicas;
- EEG: Complexos espícula-onda lentos (< 3Hz) em vigília e 10Hz no sono.
- Politerapia (difícil controle).
Síndromes epilépticas: Caracterize a Epilepsia mioclônica Juvenil: 1. Idade de início; 2. Clínica; 3. Precipitante; 4. EEG; 5. Tratamento.
- 13-18 anos;
- Crises mioclônicas ao acordar; Pode associar a crises tônico-clônicas;
- Precipitada por privação do sono, estresse e foto estimulação;
- EEG: Complexo espícula-onda 3-4 HZ;
- Tratamento: Valproato (1°), lamotrigina, levetiracetam, topiramato.
Síndromes epilépticas: Caracterize a Epilepsia de Ausência Juvenil: 1. Idade de início; 2. Clínica; 3. EEG; 4. Tratamento.
- 7 - 17 anos;
- Crises de ausência típica, pode ser precedida por tônico-clônicas;
- EEG: Complexo espícula-onda 3-4Hz com atividade basal normal;
- Tratamento: Valproato ou lamotrigina ou levotiracetam.
Epilepsia tônico-clônica generalizada:
Tratamento? (3)
- Valproato;
- Lamotrigina;
- Levetiracetam.
Epilepsia focal:
Tratamento? (4)
- Valproato;
- Lamotrigina;
- Levetiracetam;
- Carbamazepina.
Epilepsia mioclônica ou atônica:
Tratamento? (2)
Valproato ou lamotrigina.
Epilepsia ausência:
Tratamento? (3)
- Etossuximida;
- Valproato;
- Lamotrigina.
Tratamento da epilepsia: Medicamentos a evitar em: 1. Gestantes (teratogênicos); 2. Nefropatas; 3. Hepatopatas;
- Ácido valpróico/valproato
- Gabapentina, topiramato e levetiracetam;
- Valproato, fenitoína e carbamazepina.
Estado de Mal Epiléptico (status epilepticus):
Definição. (3)
- > 5 min de crise;
- > 2 crises sem recuperação da consciência no período intercrise.
- Chega ao hospital em crise.
V ou F?
O status epilepticus será sempre motor (tônico-clônico).
Falso
O status epilepticus pode ser motor (tônico-clônico) ou não-motor (ex.: ausência, focal, confusão mental).
Estado de Mal Epiléptico (status epilepticus):
Etiologias.
- Baixa adesão à terapia medicamentosa;
- Lesão estrutural aguda;
- Infecção;
- Tumor;
- Sepse.
Estado de Mal Epiléptico (Status epilepticus):
Sequência farmacológica do tratamento? (3)
BFF:
- Benzodiazepínico;
- Fenitoína;
- Fenobarbital.
Estado de Mal Epiléptico (Status epilepticus):
1º passo no tratamento?
Diazepam 10 mg IV ou retal em 2 min:
- Não fazer IM – absorção errática.
- Se não melhorar: repetir a dose 3-5 min;
- Se ainda assim não melhorar: Passo 2.
Estado de Mal Epiléptico (Status epilepticus):
2º Passo no tratamento?
Fenitoína 20 mg/kg IV a 50 mg/min:
- Se não melhorar: repetir com metade da dose;
- Se ainda assim não melhorar: Passo 3.
Estado de Mal Epiléptico (Status epilepticus):
3º Passo no tratamento?
Fenobarbital 20 mg/kg IV a 50-70 mg/min:
- Se não melhorar: repetir com metade da dose;
- Se ainda assim não melhorar: Passo 4.
Estado de Mal Epiléptico (Status epilepticus):
4º Passo no tratamento?
Anestesia com midazolam, propofol ou pentobarbital.