ENDOCRINO Flashcards

1
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são as funções do cálcio?

A
  • Função estrutural (na composição da matriz orgânica do osso) / formação do tecido ósseo
  • Contração muscular
  • Sinalização intracelular
  • Liberação de neurotransmissores e hormônios
  • Coagulação sanguínea
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2
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Qual é o íon que está relacionado com o cálcio? Para quê o cálcio se associa a esse íon?

A

Um íon que está relacionado com o cálcio é o fosfato, que se encontra, muitas vezes, associado ao cálcio para formação de cristais de hidroxiapatita no osso e nos dentes.

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3
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Qual concentração de cálcio é considerada normal? Qual é considerada hipercalcemia e hipocalcemia?

A
  • Normal: ~ 10 mg/dL
  • Hipercalcemia: > 10,5 mg/dL
  • Hipocalcemia: < 8,5 mg/dL
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4
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são as frações/formas de cálcio encontradas no sangue?

A

Se encontra no sangue em três frações:
- Ionizado (cálcio iônico ou livre) – 50%
- Ligado a proteínas – 40%
- Ligado a fosfato e citrato – 10%

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5
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são os quelantes de cálcio? Para que servem?

A

Proteínas, fosfato e citrato.
Eles se ligam ao cálcio, reduzindo a sua concentração no organismo e facilitando sua excreção.

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6
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são as fontes de cálcio e fosfato? E quais são as formas de remoção desses íons do corpo?

A

Os alimentos e o esqueleto (esse por meio da
reabsorção óssea) são as principais fontes de
cálcio e de fosfato. Já as principais formas de
remoção desses íons do corpo consistem na
excreção renal, na formação óssea e pelas fezes.

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7
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são as funções do fosfato?

A
  • Mineralização óssea: O fosfato é um componente essencial dos ossos e dentes (ele combina-se com íons de cálcio para formar hidroxiapatita, que confere resistência e rigidez à estrutura óssea)
  • Armazenamento de energia: são as ligações fosfato de alta energia do ATP que mantêm a vida.
  • Regulação de vias metabólicas e de sinalização celular
  • Componente essencial dos ácidos nucleicos (DNA e RNA)
  • Regulação do pH: Os fosfatos podem atuar como tampões
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8
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Onde estão localizadas as paratireoides? Diga quais células estão presentes nessas glândulas com suas respectivas funções.

A

Superfície posterior dos lobos laterais da tireoide.
Células principais: produção de paratormônio (PTH) - hormônio polipeptídico
> podem estar presentes na forma ativa ou inativa.
Células oxifílicas: não possuem função definida.

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9
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
O que ocorre no caso de uma pessoa que fez cirurgia em que foi retirado parte das glândulas paratireoides?

A

A retirada de metade das paratireoides não provoca grandes anormalidades. A remoção das três das quatro glândulas normais causa hipertrofia compensatória a fim de cumprir a função das glândulas removidas.

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10
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Explique como ocorre a biossíntese de paratormônio (PTH) e quando é liberado.

A

Inicialmente é sintetizado como pré-pró-PTH, o
qual é clivado no RER, formando o pró-PTH. Este, por sua vez, é transportado para o Complexo de Golgi e transformado em PTH antes de ser excretado. (Pré-pró-PTH -> Pró-PTH -> PTH)
Após isso, esse hormônio sofre empacotamento e só é liberado quando há hipocalcemia.

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11
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
O que é CaSR? Qual é sua função e importância?

A

O receptor sensor do cálcio (CASR) desempenha um importante papel na manutenção da concentração plasmática do cálcio.
É um receptor acoplado a proteína G responsável por perceber a variação da calcemia, ajudando a controlar o nível de cálcio no sangue.
Está presente nas células da paratireoide, nas células renais, ósseas, etc.

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12
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são os reguladores da síntese/secreção de PTH? Quem produz?

A

Principal: PRESENÇA DE CA++ NO SANGUE (CALCEMIA).

A alta concentração sérica de cálcio (percebida pelo CaSR) inibe a secreção de PTH. Já a baixa concentração sérica, estimula a secreção de PTH pelas células principais das paratireoides.
A síntese de PTH também é regulada pela expressão gênica, devido ao aumento ou redução da expressão de seu gene (gene codificador de PTH).

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13
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como ocorre a inibição para síntese de PTH?

A

A inibição da síntese é dada tanto pela alta concentração de cálcio no sangue quanto pela alta concentração de vitamina D ativa ou calcitriol (por feedback negativo).

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14
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Qual é a meia vida do PTH? Em quais locais ele atua?

A

Sua meia vida é de 4 a 8 minutos, sendo rapidamente metabolizado nos rins e no fígado. Age a nível ósseo, renal e, indiretamente, no intestino por meio da vitamina D ativa (calcitriol).

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15
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
O que é hipercalcemia hipocalciúrica familial?

A

É um distúrbio hereditário raro do metabolismo do cálcio, no qual ocorre uma mutação inativadora do gene do sensor de cálcio (Cálcio alto no sangue com PTH inapropriadamente alto). Os pacientes geralmente são assintomáticos.

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16
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Onde atua o PTH? Onde estão localizados seus receptores?

A

Atua em células que expressam os receptores do PTH (PTHR):
- Osteoblastos localizados no interior do osso;
- Células dos túbulos proximais e distais dos rins.

Por ser um hormônio polipeptídico, seu receptor está na membrana. Age em receptores acoplados à proteína Gs (principalmente) e Gq.

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17
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como o PTH age no osso?

A

Inicialmente, o PTH leva a um aumento da reabsorção da matriz óssea (osteólise). Esse efeito está relacionado com a diminuição da atividade osteoblástica. A ação do PTH nos osteoclastos é indireta, e depende da ação direta do PTH sobre os osteoblastos.
O osteoblasto é estimulado pelo PTH a produzir RANKL. O RANKL produzido se liga ao RANK presente na superfície dos osteoclastos e das células hematopoiéticas que são ativadas a se diferenciarem em osteoclastos e manterem sua atividade fagocitária, realizando reabsorção óssea que estimula o osteoclasto a fazer a reabsorção óssea (osteólise) e assim liberar cálcio para o sangue.

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18
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Qual é a função da osteoprotegerina (OPG)? Qual é o estímulo para sua produção? Quem produz?

A

Inibe reabsorção óssea.
O alto nível de cálcio no sangue e RANKL faz com que os osteoblastos comecem a produzir OPG e quando a OPG é produzida e secretada, ela captura o RANKL e, assim, reduz a atividade do RANKL no RANK, diminuindo a atividade osteoclástica e inibindo a reabsorção óssea (pois já tem cálcio suficiente no sangue).

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19
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
“O PTH estimula a expressão de RANKL e diminui a síntese de OPG.”
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.
O osteoblasto é estimulado pelo PTH a produzir RANKL que se liga ao osteoclasto e estimula a fazer a reabsorção óssea e assim liberar cálcio para o sangue. Com isso, há a inibição da ação da osteoprotegerina (OPG), que normalmente inibe a reabsorção óssea.

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20
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Por que a mulher fica mais suscetível a osteoporose quando entra na menopausa?

A

O estrogênio estimula a OPG (osteoprotegerina) que captura o RANKL, reduzindo a atividade osteoclástica e a reabsorção óssea. Por isso, quando a mulher entra na menopausa e ocorre uma queda de estrogênio, a mulher fica mais suscetível a osteoporose.

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21
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Onde normalmente ocorre a reabsorção de cálcio nos rins, sem ação do PTH?
E com a ação do PTH?

A

A reabsorção de cálcio ocorre principalmente no túbulo proximal, e é independente de PTH.

A ação do PTH na reabsorção de cálcio ocorre
predominantemente na alça de Henle e no túbulo contorcido distal dos néfrons.

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22
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como o PTH age no rim?

A

Os receptores de PTH se encontram na porção espessa da alça de Henle e túbulo distal, onde o PTH vai estimular e aumentar a reabsorção de cálcio nos rins, aumentando então a nível de cálcio no sangue.
Os receptores também se encontram nas células
dos túbulos proximais. Lá, o PTH vai atuar reduzindo a reabsorção de fosfato, levando a fosfatúria (eliminação de fosfato na urina). Ele faz isso ao inibir o cotransportador de sódio e fosfato (NPT2) no túbulo proximal.

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23
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Por que o PTH inibe reabsorção de fosfato nos túbulos proximais, aumenta a sua excreção pela urina?

A

O PTH atua nos receptores presentes no túbulo contorcido proximal reduzindo a reabsorção de fosfato e levando a fosfatúria (eliminação de fosfato na urina). Essa fosfatúria é necessária para que o cálcio livre no sangue não se ligue
ao fosfato e forme um complexo (fosfato de cálcio). Dessa forma, vai aumentar a quantidade de cálcio livre no sangue e reduzir a hipocalcemia.

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24
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como a vitamina D atua nas células intestinais?

A

A vitamina D ativa (calcitriol ou 1,25-dihidroxivitamina D), depois de sintetizada, atua sobre as células intestinais para aumentar a absorção de cálcio e fosfato no intestino.
Aumenta a expressão dos canais de sódio e de
calbindina (proteína que se liga ao cálcio) nas
células intestinais a fim de aumentar a absorção de cálcio.
Com isso, há aumento da calcemia e,
consequentemente, inibição da secreção de PTH.

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25
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais são as fontes de vitamina D?

A

A vitamina D pode ser obtida de duas fontes:
- Dieta de origem vegetal (vitamina D2/Ergocalciferol) ou de origem animal (vitamina D3/Colecalciferol)
- Produção endógena (ocorre na pele).
Os compostos suplementares de vitamina D ingeridos nos alimentos são idênticos aos sintetizados na pele, sendo ambos lipossolúveis (logo, seu receptor está dentro da célula).

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26
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como se inicia a produção endógena de vitamina D?

A

A produção endógena de vitamina D se inicia na pele. Radiações UV penetram na pele, levando a
transformação de 7-desidrocolesterol (localizado na membrana dos queratinócitos) em pré vitamina D3. Essa pré vitamina por ser termoinstável é transformada em vitamina D3 (ou colecalciferol).
O 7-desidrocolesterol é derivado do colesterol.

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27
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como ocorre a síntese de vitamina D? Qual é o nome das enzimas que participam desse processo? Qual é o nome da proteína transportadora de vitamina D?

A

O colecalciferol, obtido pela dieta ou produção endógena, é transportado no sangue por uma glicoproteína, a DBP.
Durante a sua síntese ocorre duas hidroxilações.
A primeira vai ocorrer no fígado. Ao chegar no fígado o colecalciferol sofre hidroxilação pela enzima 25-hidroxilase, tranformando-se em 25-hidroxivitamina D (ou calcidiol).
A segunda hidroxilação vai ocorrer no rim (pela enzima 1-alfa-hidroxilase ou CYP1α) formando a 1,25-dihidroxivitamina D ou calcitriol (vitamina D3 ativa).

Obs: Para circular pelo organismo e pelo sangue, a vitamina D e seus metabólitos circulam ligados à proteína DBP (proteína ligadora de vitamina D), também chamada de transcalciferina.

28
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como ocorre a regulação da vitamina D no rim?

A

No rim, também tem a regulação da síntese de
vitamina D.
- A alta concentração de cálcio inibe a enzima 1-alfa-hidroxilase (CYP1α) presente no rim, reduzindo a vitamina D ativa.
- Logo, a baixa concentração de cálcio estimula a CYP1α, aumentando a vitamina D ativa (que vai aumentar a absorção de cálcio no intestino delgado).
- A alta concentração de PTH estimula CYP1α, aumenta a vitamina D ativa.
- A alta concentração de vitamina D inibe a CYP1α para reduzir a vitamina D ativa.

29
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como a vitamina D atua no osso?

A

No osso, assim como o PTH, a vitamina D atua nos osteoblastos, os quais estimulam os osteoclastos a fazer a reabsorção óssea.

30
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Como a vitamina D atua no rim?

A

Aumenta reabsorção de cálcio e fosfato

31
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quem produz calcitonina? Qual é seu principal regulador? Qual é sua função?

A

A calcitonina tem ação contrária ao do PTH e ela é produzida pelas células C (ou parafoliculares) da tireoide e seu principal regulador é a hipercalcemia. Logo, a secreção da calcitonina ocorre em resposta a alta concentração de cálcio no sangue.

Sua atuação é sobre os osteoclastos, reduzindo a reabsorção óssea e reduzindo a concentração de cálcio e de fosfato. Também atua nos rins, reduzindo a reabsorção de cálcio e, consequentemente, reduzindo a calcemia.

32
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Qual é a importância da calcitonina?

A

Ajuda na prevenção do desenvolvimento da
hipercalcemia pós-prandial (ação contrária ao PTH) e a proteção contra perda excessiva de cálcio do esqueleto frente ao aumento da demanda em situações como gravidez, lactação, desenvolvimento e crescimento do esqueleto.

33
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
O que é o Hiperparatireoidismo?

A

Tumor secretor de PTH
Nesse caso, tem uma alta concentração de PTH e, consequentemente, de vitamina D, caracterizando a hipercalcemia.

34
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Quais os problemas de uma pessoa vir a apresentar deficiência de vitamina D?

A

Consequências:
- Redução da absorção no TGI de cálcio e fosfato: aumenta-se a secreção de PTH, levando a fosfatúria mais tardiamente.
- Alteração na mineralização: causa redução da concentração de cálcio e de fosfato no osso, levando os ossos a ficarem frágeis. Nas crianças, causa o raquitismo, provocando o prejuízo no crescimento. Nos adultos, causa a osteomalácia. O tratamento é a administração de vitamina D.

35
Q

(FISIOLOGIA DAS PARATIREOIDES)
Explique o aumento de PTH em paciente idoso.

A

Pacientes idosos diminuem sua função renal com o tempo. Com isso, diminui a reabsorção renal de cálcio e diminui atividade da 1-alfa-hidroxilase, levando a diminuição da produção de vitamina D, que causa diminuição da absorção de cálcio. Todo esse processo leva a uma hipocalcemia, aumentando então o PTH.

36
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Por que o pâncreas é considerado uma glândula mista?

A

Apresenta dois tipos de glândulas:
Exócrinas - secretam enzimas digestivas
Endócrinas – denominadas ilhotas de Langehans ou pancreáticas
Em vista disso, o pâncreas é uma glândula mista.

37
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais células fazem parte das ilhotas pancreáticas? Quais as funções dessas células?

A

As ilhotas de Langehans são formadas, basicamente, por 4 células: α, β, δ e as células F (ou PP).
- Células α: produção e secreção de glucagon.
- Células β: produção e secreção de insulina, amilina e peptídeo C.
- Células δ: produz e secreta a somatostatina, que inibe a liberação de insulina, glucagon e polipeptídeo pancreático.
- Células F: produz e secreta o polipeptídeo pancreático, que atua na inibição da porção exócrina do pâncreas.

38
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a função da amilina?

A

A amilina, hormônio peptídico produzido pelas células β, atua diminuindo a ingestão e retardando o esvaziamento gástrico (o esvaziamento acelerado estimularia a ingestão), contribuindo para o emagrecimento. Ainda, atua na inibição da secreção de glucagon, causando o impedimento do aumento da glicemia (visto que esse é hiperglicemiante).

39
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a forma que o glucagon é sintetizado?

A

O glucagon é sintetizado na forma de pró-
glucagon nas células alfa e, em seguida, é processado, liberando o glucagon maduro.

Obs: (O pró-glucagon é expresso não apenas no pâncreas, mas também em outros tecidos, como as células enteroendócrinas no trato intestinal.)

40
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os dois principais produtos do processamento do pró-glucagon?

A

Os dois principais produtos do processamento do pró-glucagon são o glucagon nas células alfa do pâncreas e o GLP-1 (peptídeo semelhante a
glucagon do tipo 1) nas células intestinais.

41
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
O que é o GLP-1? Qual é o estímulo para sua produção?

A

O GLP-1 (peptídeo semelhante a
glucagon do tipo 1) é produzido nas células intestinais em resposta a uma concentração elevada de glicose no lúmen intestinal, amplificando a liberação de insulina pelas células β.

42
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a função principal do glucagon?

A

É um hormônio hiperglicemiante com objetivo de aumentar a glicose no sangue.
Oposto da insulina.

43
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
O que ocorre quando o organismo está em jejum?

A

Quando em jejum, o organismo encontra-se em
hipoglicemia. Nessa condição, não há a liberação
de insulina pelas células beta e isso estimula as
células alfa a secretar o glugacon.

44
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é o principal inibidor das células alfa?

A

A liberação de insulina é o principal inibidor das células alfa (consequentemente do glucagon também). Isso ocorre porque a vascularização das ilhotas se dá do centro para a periferia e as células beta (produtoras de insulina) se localizam no centro, o que permite que a insulina atue sobre as células alfa, inibindo a liberação de glucagon (por ação parácrina).
Dessa forma, a não presença de insulina, permite a secreção do glucagon – o que ocorre no período em jejum.

45
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a característica das células alfa?

A

Por produzir um hormônio proteico (glucagon), são ricas em retículos endoplasmático rugoso e complexos de Golgi, organelas especializadas em substâncias proteicas para a exportação.

46
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a característica em comum do glucagon e insulina?

A

Por serem um hormônio proteico (polipeptídeos), não são dependentes de transportadores no sangue (são hidrossolúveis), mas precisam de um receptor para entrar na célula-alvo.

47
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
A glicose entra na célula por qual receptor?

A

A glicose entra na célula beta via GLUT 2
(transportador de glicose independente de
insulina).

48
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
O que acontece quando o glucagon entra em contato com o seu receptor? Quais enzimas são ativadas e inibidas? Por que?

A

Ao entrar em contato com seu receptor, o glucagon gera uma cascata de ativação que leva à ativação de uma proteína PkA. Essa proteína, então, fosforila algumas enzimas como a lipase (do tipo hormônio sensível; a fim de estimular a lipólise), acetil-CoA carboxilase (presente na biossíntese de ácidos graxos, inibindo-a) e glicogênio fosforilase (presente na glicogenólise, ativando-a).

A ativação de algumas enzimas se justifica pela
necessidade energética, já que em um momento
de jejum (hipoglicemia), não temos a fonte preferencial de energia (que é a glicose). Logo, é preciso buscar fontes alternativas de energia (lipólise e glicogenólise, por exemplo) e inibir vias que estocam energia.

49
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais vias metabólicas são ativadas no período de jejum?

A

Momento de ação do glucagon.
No período de jejum, vai ocorrer mais produção de glucagon pelas células alfa das ilhotas (devido a hipoglicemia). Com isso, as vias ativadas são:

  • Glicogenólise hepática: só há receptor do
    glucagon nos hepatócitos, não no tecido
    muscular (quebra de glicogênio em glicose).
  • Lipólise: no tecido adiposo, gerando ácido
    graxo e glicerol. Enquanto o ácido graxo é
    convertido em acetil-CoA e esse é desviado para o ciclo de Krebs (a fim de gerar ATP), o glicerol vai
    para a gliconeogênese (formar nova glicose).
  • Cetogênese hepática: formação de corpos cetônicos
  • Gliconeogênese hepática.
50
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais vias metabólicas são ativadas no período pós-prandial?

A

Momento de ação da insulina.
No período pós-prandial, vai ocorrer mais produção e liberação de insulina pelas células beta das ilhotas (devido a hiperglicemia). Com isso, as vias ativadas são:

-Glicólise: nos tecidos adiposo e muscular esquelético, a fim de produzir ATP.

  • Glicogênese: nos tecidos adiposo e muscular esquelético, para estocar a glicose (formação de reserva energética).
  • Lipogênese: glicose -> piruvato -> acetil-CoA -> ácido graxo (no fígado).
  • Síntese proteica.
51
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
A liberação de glucagon é estimulada por:

A
  • Hipoglicemia
  • Adrenalina
  • Estimulação vagal
52
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
A liberação de glucagon é inibida por:

A
  • Hiperglicemia
  • Somatostatina
53
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Como ocorre a síntese de insulina?

A

A insulina é sintetizada no RER na forma de pró-insulina, que é uma molécula grande que contém a insulina, com suas cadeias α e β ligadas por uma ponte dissulfeto e um peptídeo C. No grânulo ocorre uma clivagem da pró-insulina que libera, dentro do grânulo, a insulina ativa e o peptídeo C, que não tem atividade biológica. Então, toda molécula de insulina que é secretada, é secretado junto a ela o peptídeo C na corrente sanguínea.

Obs: Isso é importante porque os níveis plasmáticos de peptídeo C demonstram a reserva de insulina ou o potencial de síntese que as ilhotas do indivíduo têm.

54
Q

A glicose entra na célula por qual receptor?

A

A glicose entra na célula beta via GLUT 2
(transportador de glicose independente de
insulina).

55
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Como ocorre a secreção de insulina?

A

Em duas fases. Em uma infusão de glicose (período pós prandial), a glicemia aumenta e a insulina precisa ser liberada. Ela terá dois perfis secretórios (secreção bifásica):

  • Inicialmente, há um pico de insulina que já tinha sido produzida previamente e estava armazenada no grânulos secretores no interior
    das células beta. (fase rápida: insulina pré formada; efeito rápido, meia vida curta 5-8 min)
  • Após esse momento, em uma fase mais tardia, há uma produção crescente de insulina que será secretada continuamente se a glicemia for mantida alta. (fase lenta: insulina recém formada; efeito prolongado)
56
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a importância do peptídeo C? Quem secreta?

A

Pode ser usado como um marcador da capacidade secretória de insulina
pelo pâncreas.

Toda molécula de insulina que é secretada pelas células beta, é secretado junto a ela o peptídeo C na corrente sanguínea. Logo, eles são produzidos em quantidades iguais e o peptídeo C ainda tem meia vida maior que a insulina. Portanto, sua importância é demonstrar o quanto ainda tem de insulina no organismo (reserva de insulina) ou o potencial que as ilhotas do indivíduo têm de produzir mais insulina.

Por exemplo, no caso de um paciente diabético que ingere insulina exógena, não é possível dosar a insulina endógena porque esta fica misturada à exógena e, nesses casos, para saber se o indivíduo ainda tem alguma reserva de insulina, é dosado o peptídeo C plasmático, porque se houver o peptídeo, é porque esse paciente ainda tem reserva de insulina, ou seja, suas células ainda são capazes de sintetizar insulina.

57
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Como ocorre o estímulo para secreção da insulina? Qual transportador está envolvido?

A

Em uma infusão de glicose (período pós prandial), a glicemia aumenta e a insulina precisa ser liberada. Ela terá dois perfis secretórios (secreção bifásica):

  • Fase rápida: insulina pré formada; efeito rápido, meia vida curta 5-8 min
  • Fase lenta: insulina recém formada; efeito prolongado
  • Para essa secreção acontecer (de forma rítmica e pulsátil), a glicose entra na célula beta via GLUT 2 (transportador de glicose independente de insulina).
  • Glicose sofre a via oxidativa, produzindo o ATP.
  • ATP inibe os canais de K+, impedindo o efluxo desse íon e, consequentemente, despolarizando a célula beta.
  • Desequilíbrio eletrolítico promove a abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem, permitindo o influxo desse íon e aumentando sua concentração intracelular.
  • Esse cálcio, então, causa a exocitose dos grânulos secretórios de insulina.
58
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quem degrada/metaboliza insulina e glucagon?

A

Fígado
(Rim também pode fazer)

59
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os estímulos metabólicos, hormonais, neuronais para secreção de insulina?

A

Estímulos metabólicos:
- Glicose, aminoácidos e ácidos graxos

Estímulos hormonais:
- Acetilcolina (também via estimulação
vagal na fase cefálica da alimentação)
- hormônios do trato gastrointestinal (GIP, gastrina, CCK, secretina, GLP-1, VIP - polipeptídeo vasoativo intestinal)

Estímulos neuronais:
- Parassimpático – fase cefálica da alimentação
- Receptores β adrenérgicos (simpático)

Atenção: Receptores ALFA adrenérgico inibem secreção de insulina (exercício e reação de luta e fuga ação contra hipoglicemia)

60
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
O que acontece após a liberação da insulina? A qual receptor se liga?

A

A insulina, agora liberada, se liga ao seu receptor
do tipo tirosina quinase (presente nos tecidos
adiposo e muscular esquelético, principalmente) e promove a autofosforilação dele. Isso desenvolve uma cascata de fosforilação que resulta nos efeitos desse hormônio.

61
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os efeitos da insulina?

A
  • ↑ armazenamento e oxidação da glicose (glicogênese)
  • estimular a expressão do transportador de glicose GLUT4, que é dependente de insulina, na membrana plasmática do músculo e tecido adiposo
  • ↑ crescimento
  • ↑ síntese proteica
  • ↓ diminui proteólise
  • ↑ síntese de triglicerídeos (lipogênese)
  • ↓ lipólise e oxidação lipídica
62
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é o receptor dependente de insulina? Onde está presente?

A

O GLUT4 está presente apenas nos adipócitos e no músculo em repouso. Então, em repouso, o músculo só capta glicose se houver insulina, bem como o tecido adiposo. Desse modo, se não houver insulina, não entra glicose nem no tecido adiposo e nem no tecido muscular em repouso.

63
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Como o exercício físico é capaz de reduzir a glicemia? Qual é a relação do exercício com os transportadores de glicose?

A

Quando o indivíduo realiza o exercício
físico, outros transportadores se expressam na membrana das células musculares, principalmente o GLUT2 porque há uma demanda energética muito grande nesse músculo, o que permite que a glicose entre no músculo sem a presença da insulina. Desse modo, o exercício físico é capaz de reduzir a glicemia.

64
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os efeitos da insulina e glucagon no fígado?

A

INSULINA:
- Síntese de glicogênio
- Síntese de ácidos graxos
- Inibe a glicogenólise e a gliconeogênese

GLUCAGON:
- Glicogenólise (quebra glicogênio)
- Gliconeogênese (formação de nova glicose)
- Formação cetogênica

65
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os efeitos da insulina e glucagon no tecido adiposo?

A

INSULINA:
- Promove captação de glicose (expressa GLUT4 dependente de insulina)
- Síntese de triglicerídeo
- Inibe lipólise
- Geração de ATP (glicose)

GLUCAGON:
- Aumento da HSL – Lipase Hormônio Sensível
- Aumenta a lipólise

66
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Quais são os efeitos da insulina no músculo?

A
  • Promove captação de glicose - GLUT4 (dependente de insulina)
  • Síntese de glicogênio
  • Aumenta captação de aminoácidos
  • Síntese de proteína
  • Inibe proteólise
67
Q

(PÂNCREAS ENDÓCRINO)
Qual é a diferença da Diabetes Mellitus tipo 1 para Diabetes Melliutus tipo 2?

A

TIPO 1:
Doença autoimune caracterizada pela destruição das células β, fazendo com que ocorra uma falha na produção de insulina.
É uma diabetes dependente de insulina.

TIPO 2:
Indivíduo produz insulina, porem ocorre uma resistência à ação da insulina. Na maioria dos casos, há aumento da secreção de insulina,
porém ela não atua corretamente.
* Geralmente, associada com obesidade.