Endocardite Infecciosa Flashcards
Quando em valva tricúspide, pensar em
paciente jovem usuário de drogas IV, infectado por HIV, com HMC de SA e possível pneumonia ou abscessos associados.
Tratamento com vanco + genta
Quando em valva mitral, pensar em
prolapso de valva em paciente idoso com doença reumatológica associada
Se episódio agudo, deve ter
febre alta, piora do estado geral, mais em valva tricúspide.
Tratamento com oxa + peni G + genta
Se episódio subagudo, deve ter
febre baixa, perda de peso e sudorese noturna, mais em valva mitral.
Quanto a etiologia, quais características são associadas às respectivas bactérias?
SA: doença aguda em valva nativa, usuário de droga IV
SV: doença subaguda em valva nativa
SB: neo de cólon
enterococcus, HACEK
Quando paciente com valva protética, como diferenciar precoce de tardio?
Sempre pode ser SA, enterococus e ECN!
Precoce: < 2 meses,
- nunca com estreptococus
- pode ser fungos (cateter de NPT, alta mortalidade) ou difteroides
Tardio: > 1 ano - nunca com fungos ou difteroides - menos comum com ECN - pode ser estreptococus tto com vanco + genta + rifampicina
Indicações de profilaxia
Pacientes submetidos a procedimentos dentários ou de AR (exceto broncoscopia) se: - valva protética; - EI prévia; - DCC; - transplantados com valvulopatia >> amoxi 2g VO 1 hora antes
O diagnóstico é feito de acordo com os critérios de Duke. Quais as possíveis combinações?
Maiores: 2HMC + e lesão em ecocardio transesofágica
menores: febre, manifestações imunológicas (manchas de roth e nódulos de Osler), manifestações vasculares (hemorragia de splinter e lesão de janeway), FR (prótese, EI prévia, doença cardíaca cianótica, coarctação aórtica, derivação sistemico-pulmonar)
Quadro clínico se assemelha a qual patologia?
Paciente com história de febre e sopro novo que parece ter IC.
Pode haver êmbolo séptico (aneurisma micótico quando em vasa vasorum), esplenomegalia, anemia, déficit neurológico, petéquias, hemorragia subungueal (Splinter) ou conjuntival, artralgia/artrite e glomerulonefrite
O que é tríade de Austrian/Osler?
endocardite + pneumonia + meningite
complicações
1) locais: IAo > ICC, BAV, BRx, IAM, pericardite
2) embolias: 35% tem, comum antes da 2ª semana de ATB em vegetações grandes
- abscessos pulmonares, embolia pulmonar, infarto esplênico e renal, AVE, aneurismas micóticos, abscesso intracraniano (Aspergillus)
3) infecções metastáticas
4) fenômenos imunológicos
5) febre prolongada
exames complementares
HMG: anemia de doença crônica e leucocitose (se aguda)
EQU: hematúria micro ou proteinúria
Rx Tx: consolidação, atelectasia, DP, êmbolos sépticos, congestão pulmonar, cardiomegalia
ECG: BAV, BRx, IAM, pericardite
VSH, FR
3xHMC
ETE
***HMC repetidas diariamente até serem estéreis
tratamento
- sempre parenteral e longo!
- sinergismo entre aminoglicosídeo e bactericida que haja na parede celular (peni, ampi, vanco)
- não esquecer da MIC!
EISA: aguardar culturais!
» patógenos e drogas:
- estrepto > peni G, ceftriaxone, vanco, associar genta
- enterococcus > pode ampi
- MSSA em valva nativa > pode oxa
- estafilo sensível a meticilina em valva nativa > oxa + genta + rifa
- HACEK > cefrtiaxone ou ampi
EIA: empírico!
»_space; situações
- valva nativa/infec comunitária = SA, estrepto, entero = oxa + peni + genta
- nosocomial, drogas IV, alérgicos a peni = estafilo meti R, G- = vanco + genta
- valva protética = SE R à oxa e cefalo = vanco + genta + rifa
as vegetações mudam o tratamento?
nem sempre, em 25% da vezes estão inalteradas ou maiores mesmo após a cura.
é indicado anticoagulante?
- não previne embolização em quem não tinha indicação antes;
- se já usava, continua;
- se SA + AVCi, suspende por 2 semanas para evitar transformação hemorrágica