DPOC Flashcards

1
Q

Conceitue a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC

A

É definida como doença respiratória previsível e tratável, caracterizada por limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível devido às alterações elas vias aéreas e dos alvéolos, causada por exposições significativas a partículas e gases nocivos. Ou seja, existe um fator ambiental associado a essa doença.

É uma obstrução progressiva, ou seja, não tem cura, mas é tratável.

A obstrução relaciona-se à resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas e/ou gases tóxicos. Se relaciona como fumo

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2
Q

Doenças caracterizadas como DPOC

A

Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar. As duas são doenças estruturas, ou seja, alteram a anatomia do pulmão, e caracterizam-se por uma limitação ao fluxo aéreo não totalmente reversível

Bronquite Crônica - produção de muco aumentada na região de condução do pulmão

Enfisema Pulmonar - alteração na arquitetura anatômica da via aérea periférica, da região mais distal do pulmão.

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3
Q

Fisiopatologia da DPOC

A

A exposição a fatores ambientais, como gases prejudiciais ao tecido pulmonar, pode ser considerado um agressor inicial para desencadear uma resposta inflamatória pulmonar.

O pulmão passa a sofrer um quadro de inflamação difusa que incide na alteração de antioxidantes e antiproteinases. Isso gera um stress oxidativo, e mebe na constituição das proteinas pulmonares, desencadeando, a longo prazo, o chamado mecanismo de reparo, o que ocasiona uma reestruturação da arquitetura do pulmão, tornando-o, tornando-o, às vezes, disfuncionante.

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4
Q

Descreva o Enfisema Pulmonar

A

É caracterizado pela destruição de tecido elástico com dilatação dos bronquíolos respiratórios, há a destruição da parede alveolar, por deficiência na alfa-1 antitripsina, fazendo com que as proteases atuem sobre a proteina pulmonar, destruindo as fibras que oferecem sustentação e elasticidade ao pulmão, ocasionando perda da elasticidade pulmonar.

Além disso, há destruição do leito capilar, o que interfere diretamente na troca gasosa, pois a unidade funcional fica comprometida. Isso desencadeia a ativação de processo inflamatório que irão produzir uma reestruturação do tecido pulmonar.

Quando as estruturas que fornecem a consistência elástica ao pulmão, de seja, promove o recuo durante a exalação, são rompidas, o pulmão fica dilatado. Por tanto, a tendência é que, como não há sustentação para os bronquíolos na região periférica para que eles se mantenham abertos durante o recuo elástico na exalação, haja colapso nessa região, passa a ser estreitada, dificultando a exalação do ar.

Resumo: O enfisema é uma doença das pequenas vias aéreas, com inflamação e remodelamento dessas vias. Há destruição elo parênquima, ruptura das ligações alveolares e redução do recolhimento elástico. O principal característica é a destruição do tecido elástico do pulmão com alteração de complacência, que é aumentada.

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5
Q

Descreva a Bronquite Crônica

A

Da Bronquite Crônica, há uma obstrução no fluxo aéreo por um espessamento de parede brônquica e produção de muco.

Normamente, não há alteração da complacência, uma vez que não há destruição do tecido elástico, mas há aumento da resistência porque o raio de condução da região está reduzido.

Esse paciente produz muita secreção continuamente. O parênquima pulmonar é pouco afetado, o componente mais afetado éo resistivo.

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6
Q

Diagnóstico da DPOC

A

Sintomas crônicos respiratórios
- tosse
- secreção
- dispnéia
- sibilos

Exposição a fatores de risco
- tabagismo
- poeira ocupacional
- fumaça de lenha

Fatores individuais conhecidos
- deficiência de alfa-1 antitripsina

Espirometria
- Pré e pós broncodilatador: Indice de Tiffeneau - correlação do VEF1/ CVF (volume expirado forçado no primeiro segundo e a capacidade vital forçada), no DPOC é inferior a 70% (0,7), ou seja, não consegue expelir mais de 70% do ar no primeiro segundo. Isso ocorre devido ao estreitamento das vias aéreas e ao aumento da resistência, exigindo tempo superio a um segundo para que esse paciente consiga expelir maior quantidade de ar.

Outros exames
- radiograma de tórax
- oximetria/gasometria

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7
Q

Espirometria na DPOC

A

Espirometria: equipamento capaz de medir volumes e capacidades pulmonares.

Capacidade Vital Forçada (CVF) é a maior quantidade de ar que se pode calar com força depois ele respirar o mais profundamente possível. Uma leitura de CVF inferior a normal indica restrição pulmonar - 4 a 5 litros. O objetivo é que a CVF seja colocado para fora no primeiro segundo.

Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1 ou FEV1) quantidade ele ar que se consegue expirar no primeiro segundo. Avalia a gravidade dos problemas respiratórios, quanto menor o VEF1, pior o prognóstico do paciente.

Pico Expiratório Máximo (PEF) é a identificação de capacidade de tosse do paciente, ou seja, quanto consegue gerar de pico máximo durante a exalação.

Relação VEF1/CVF (índice de Tiffineau) o valor normal é entre 75% e 85%, inferior a 70% após a prova broncodilatadora pode ser considerado um paciente obstrutivo.

Prova broncodilatadora Essa prova é realizada da seguinte forma: primeiro, faz-se o pré-teste e os valores são
registrados. Após a aplicação do broncodilatador, é realizado o pós-teste. Se existir variação
de VEF1 > 12% ou ganho de 200 ml de volume de ar exalado, significa que o paciente foi
respondedor, ou seja, a obstrução é reversível. No caso do paciente DPOC não existe variação,
ou seja, não há diferença entre o pré e o pós-teste, caracterizando uma doença com
obstrução crônica irreversível

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8
Q

Escala GOLD - classificação da gravidade da DPOC

A

GOLD 1 - leve - VEF1 > 80%
GOLD 2 - moderada - VEF1 > 50% e < 80%
GOLD 3 grave - VEF1 - < 50% e >30%
GOLD 4 - muito grave - VEF1 < 30%

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9
Q

Características das doenças

A
  • Produção de secreção
  • Disfunção ciliar
  • Limitação do fluxo aéreo (característica mais importante)
  • Hiperinsuflação pulmonar (essencialmente no paciente enfisematoco)
  • Alteração das trocas gasosas
  • Hipertensão pulmonar e cor pulmonale: quando o paciente chega a este estágio, significa que a doença pulmonar causou uma alteração cardiológica
  • Distúrbio de oxigenação e de ventilatação, ou seja, nem o gás carbônico será eliminado, nem o oxigênio será entregue de forma adequada
    -fragma, o paciente enfisematoso precisa utilizar a musculatura acessória para respirar.
    Ele precisa ancorar os braços para respirar, por isso, não consegue respirar deitado.
    Ele senta para tentar reduzir a dispneia;
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10
Q

Conceitue cor pulmonale

A

Acontece quando o paciente apresenta alteração no ventrículo direito associado a uma pneumopatia

A unidade funcional de um pulmão com estrutura comprometida apresenta aumento da resistência vascular, caracterizando hipertensão pulmonar. Se o coração envia Sangue aopulmão, e este estiver hiperdistendido, com cor aprisionado e inflamado, o coração terá dificuldades para bombear o sangue. Nessa situação, ele terá que fazer mais esforço, caracterizado aumento da pós-carga.

Com isso, há dilatação da câmara e alteração na parede, que fica hipertrofiada.

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11
Q

Como é a avaliação radiológica?

A

O paciente bronquítico crônico apresenta poucas alterações estruturais nos pulmões, ele
apresenta alteração na zona de condução, não no tecido pulmonar. Como o raio-x não consegue
mostrar brônquios e bronquíolos, ele não apresentará alterações no paciente bronquítico
crônico. A bronquiolite obstrutiva é detectada pelo exame de tomografia.
O raio-x identifica apenas alterações no paciente enfisematoso. São detectadas as
seguintes condições nesse paciente:

• Aumento da densidade aérea: como esse paciente tem dificuldade para expelir o
ar, este acumula-se no pulmão que fica com aspecto distendido e, por isso, aparece
preto no exame;

• Aumento do volume pulmonar: um paciente normal apresenta até oito espaços intercostais,
já o enfisematoso apresenta de oito a dez espaços intercostais. Isso ocorre
por causa do aprisionamento aéreo, não por causa da inspiração;

• Aplanamento do diafragma: este deveria ter uma forma côncava, com o lado direito
mais elevado do que o esquerdo por causa do fígado, mas, como o pulmão está com
ar aprisionado, ele estica e o que deveria ser curvo fica retificado;

• Horizontalização das costelas: à medida que o ar vai sendo aprisionado no pulmão,
este vai se distendendo. Com isso, as costelas vão se elevando e horizontalizando
para acomodar o ar retido, deixando de ter o formato diagonal. O diâmetro anteroposterior
do tórax aumenta;

• Estreitamento mediastino: devido à falta de espaço.

característica
dessa doença, uma vez que, devido à destruição do tecido de sustentação, o ar
fica aprisionado onde tem espaço. Por isso, há bolhas na região periférica, na região central,
a depender do local no qual o tecido foi mais destruído.

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12
Q

Inspeção Estática - perfil do tórax

A

À medida que o ar vai sendo aprisionado, as costelas deixam de ter a disposição normal
em diagonal, e passam a ter uma postura horizontalizada, fazendo com que o diâmetro anteroposterior
do tórax aumente. Isso caracteriza o chamado perfil de tórax em barril.

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13
Q

O que é a escala mMRC?

A

Avalia a percepção de esforço, dispneia
0. Dispneia só com grandes esforços
1. Dispneia se andar rápido ou subir colina
2. Anda mais devagar do que as pessoas da mesma idade devido à falta de ar, ou quando caminha no plano, no próprio passo, para respirar
3. Após andar menos de 100 metros ou alguns minutos no plano para respirar
4. Não sai de casa devido à dispneia

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14
Q

Ausculta pulmonar do paciente com DPOC

A
  • Ausculta pulmonar : Enfisema - murmúrio vesicular diminuído, pois, como há ar retido, faz pouco ruído quando entra e saí dos pulmões. Bronquite - exesculta ruidosa, ronco e sibilo, por produzir muita secreção

Podem aparecer crepitações, que é o som da destruição pulmonar;

Expansibilidade torácica reduzida devido à alteração anatômica do posicionamento
das costelas.

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15
Q

Por que ocorre cianose central no paciente com DPOC?

A

A cianose central ocorre quando o paciente tem dificuldade de troca gasosa, trata-se de um paciente que apresenta uma quantidade aumentada de desoxihemoglobina (hemoglobina ligada ao oxigênio) , o que confere a cor nos lábios e na língua, hemoglobina saturada de oxigênio com déficit de oxigenação

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16
Q

Gasometria na DPOC

A
  • Presença de hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg)
  • Presença de hipercapnia (PaCO2>45 mmHg) com ou sem aumento compensatório do
    bicarbonato.

e o pulmão trabalhem em conjunto para permitir que um mecanismo tampone o outro e que
exista apenas uma pequena quantidade de hidrogênio livre sendo liberada no organismo. Toda
vez que o hidrogênio livre é liberado, deve ser neutralizado para que não acidifique o pH do
organismo, o que poderia ser prejudicial para o metabolismo nas enzimas. No caso do paciente
com doença pulmonar obstrutiva crônica, o organismo se regula para que pH não fique ácido.
Logo, todo paciente que tem um quadro mais avançado apresenta níveis de PCO2 maior do que
45 e o nível de HCO3 maior do que 26 para que o pH se mantenha maior do que 7,35.

17
Q

Estereótipos das doenças

A

A literatura chama o paciente bronquítico de tossidor azul porque se trata do paciente
que possui como característica principal tosse crônica por mais de 3 meses, em pelo menos
2 anos consecutivos, sendo excluídas as outras causas da tosse. Trata-se de um paciente
inflado que apresenta a cor mais azulada devido à grande resistência ao fluxo, o que leva à
dificuldade de oxigenação.

O paciente enfisematoso, por sua vez, que tem como característica a perda de peso e
perda de força muscular, é conhecido como soprador rosado. Esse paciente também apresenta
déficit de troca gasosa, mas tem uma coloração menos arroxeada porque possui
aumento de eritrócitos devido à hipoxemia.

18
Q

Indicação, objetivos e parâmetros específicos para DPOC na VM

A

Indicações
- falha ou contraindicação para VNI
- exacerbação com Hiperinsuflação alveolar e acidose grava

Objetivos
- Repouso da musculatura respiratória
- Corrigir a causa da exacerbação
- Diminuição Hiperinsuflação pulmonar
- Corrigir a acidose respiratória
- higiene brônquica

Parâmetros Recomendados
- VC: 6mL/Kg
- FR: 8-12 irpm (volume-minuto ajustado para corrigir o pH (7,2-7,4) e diminuir a hiperinsuflação)
- FiO2: menor para manter SpO2 entre 88-92% e Pa02 entre 65-80 cm H2O
- Fluxo inspiratório: 40-8p L/min
- I:E: 1:3 ou 1:4 (TE prolongado - VCV) (menor auto-PEEP - PCV)
- Pdist (Pplatô - PEEP): menor para TI, zerar o fluxo inspiratório (PCV)
- PEEP (ventilação controlaca): Pplatô: se aumenta, a PEEP externa está causando Hiperinsuflação e deve ser reduzida (VCV)

Observação:
Qualquer modalidade ventilatória (VCV ou PCV),
desde que monitorada: