Dor visceral e dor oncológica: fisiopatologia e tratamento; fármacos opioides Flashcards

1
Q

O que é dor visceral?

A

É mal localizada devido ao menor número de receptores que participam no
processo de dor visceral e à “escassa representação” dentro do córtex
somatossensorial primário.

A natureza difusa da dor visceral e seu encaminhamento para estruturas
superficiais são causados ​​pela convergência de aferências viscerais e somáticas
nos mesmos neurônios no corno dorsal da medula espinhal. Estas observações
também explicam porque a dor visceral é difícil de localizar e é frequentemente
referida a outras áreas do corpo.

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2
Q

De onde provém?

A
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3
Q

Qual a via?

A
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4
Q

Locais mais comuns?

A
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5
Q

Critérios Fundamentais?

A
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6
Q

Dor oncológica causas?

A
  • Presença de tumor ou aparecimento e/ou crescimento
    de metástase
  • Terapia anticâncer
  • Mecanismos indiretamente relacionados com o câncer
    e o seu tratamento (infecções, desequilíbrio metabólico, dor
    miofascial)
  • Mecanismos não relacionados com o câncer em si ou
    com o seu tratamento (enxaqueca, neuropatia diabética
    dolorosa, dor lombar)
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7
Q

A dor no paciente oncológico pode ser dividida em 3 tipos, quais são elas?

A
  • nociceptiva (somática ou visceral)
  • neuropática
  • mista.
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8
Q

Qual classe é pouco eficiente na dor oncológica do tipo neuropática?

A

Os opioides, no geral, são pouco efetivos
no tratamento de dores neuropáticas

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9
Q

Opioides fracos?

A

codeína e tramadol

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10
Q

Opioides fortes?

A

morfina,
metadona,
oxicodona,
fentanil,
alfentanil,
remifentanil,
sufentanil

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11
Q

Escala analgésica

A
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12
Q

o que são Opiáceos?

A

são as substâncias (alcaloides) derivadas do
ópio como a morfina, e as semi-sintéticas, como a codeína

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13
Q

o que são Opioides?

A
  • Compostos que se ligam aos receptores aos
    quais se ligam os opiáceos (alcaloides naturais,
    semi-sintéticos, sintéticos/agonistas, antagonistas, agonistas
    parciais)
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14
Q

Quais opióides endógenos?

A

Encefalinas: ampla distribuição

Endorfinas: SNC

Dinorfinas: ampla distribuição

Inibem os neurônios encefálicos participantes
da percepção da dor (substância P é inibida)

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15
Q

A maioria dos analgésicos
opioides são agonistas µ; Como agem?

A

Mecanismo intracelular:

Inibição de adenilato ciclase

Facilitam abertura de canais
de potássio

Inibem liberação de neurotransmissor por
inibir abertura de canais de
cálcio;

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16
Q

Quais as 5 classes dos opioides/ opiáceos?

A
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17
Q

O que é receptor agonista??

A

substância que se liga a um receptor celular e ativa a sua função, produzindo um efeito biológico. Em termos simples, um agonista “desperta” o receptor e faz com que ele execute uma ação específica.

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18
Q

O que é receptor antagonista?

A

Um receptor antagonista é uma substância que se liga a um receptor celular, mas não ativa sua função. Em vez disso, o antagonista bloqueia ou inibe a ação do agonista natural ou de outros agonistas que poderiam se ligar ao receptor. Em outras palavras, um antagonista “bloqueia” o receptor e impede que ele execute a ação que normalmente teria se ativado

Antagonistas opioides são medicamentos que também se ligam aos receptores opioides, mas em vez de ativá-los, eles bloqueiam a ativação desses receptores. Eles são usados para reverter os efeitos dos opioides ou para tratar a dependência de opioides.

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19
Q

Indicação Morfina? ( opioide natural)

A

Dor aguda e crônica

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20
Q

Meia vida morfina? ( opioide natural)

A

Meia-vida: 3-4 h

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21
Q

Principais e feitos colaterais morfina?
( opioide natural)

A

Sedação, depressão
respiratória.
Constipação, náusea e
vômito, prurido,
euforia, tolerância e
dependência

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22
Q

Qual tipo de receituário morfina?
( opioide natural)

A

Receituário de controle especial A1 (amarela)

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23
Q

Indicação
Metadona? (opioide sintético)
(V.O. e I.V.)

A

Dor crônica

Adicção

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24
Q

Meia-vida Metadona (opioide sintético)?
(V.O. e I.V.)

A

Meia-vida (> 24 h)

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25
Efeitos colaterias Metadona (opioide sintético)? (V.O. e I.V.)
Semelhantes à morfina ( Sedação, depressão respiratória. Constipação, náusea e vômito, prurido, euforia, tolerância e dependência) com menos euforia
26
Tipo receituário Metadona (opioide sintético)? (V.O. e I.V.)
Opioides fracos: receituário C1 (duas vias)
27
Indicação Petidina (meperidina) DOLANTINA® (opioide sintético) ?
Dor aguda Baixa potência
28
Meia vida (meperidina) DOLANTINA® (opioide sintético)?
Meia-vida 2-4 h metabólito ativo (norpetidina)
29
Efeitos colaterais Petidina (meperidina) DOLANTINA® (opioide sintético)?
Risco de excitação e convulsões midríase
30
Tipo receituário Petidina (meperidina) DOLANTINA® (opioide sintético)?
Opioides fracos: receituário C1 (duas vias)
31
Indicação Fentanil (opioide sintético)
Dor aguda Anestesia
32
Fentanil (opioide sintético)
Meia-vida 1-2 h
33
Fentanil (opioide sintético)
Sedação, depressão respiratória. Constipação, náusea e vômito, prurido, euforia, tolerância e dependência
34
Fentanil (opioide sintético) qual é o tipo de receituário?
Opioides fracos: receituário C1 (duas vias)
35
Indicação Codeína (opioide sintético)?
Dor leve tosse
36
Meia- vida Codeína (opioide sintético)?
A codeína é um pró-fármaco que é convertido em morfina pelo fígado através da enzima CYP2D6. Em indivíduos que são metabolizadores ultra-rápidos, essa conversão ocorre mais rapidamente e em maior quantidade, levando a níveis elevados de morfina no sangue.
37
Efeitos colaterais Codeína (opioide sintético)?
Principalmente constipação
38
Tipo receituário Codeína (opioide sintético)?
Opioides fracos: receituário C1 (duas vias)
39
Indicação Tramadol (opioide sintético)? (também inibe recaptação de monoaminas)
O tramadol é considerado tratamento de segunda linha para dor neuropática na maioria das diretrizes. Primeira linha na dor neuropática aguda, dor neuropática relacionada ao câncer e exacerbações intermitentes da dor neuropática.
40
Meia vida Tramadol (opioide sintético)? (também inibe recaptação de monoaminas)
Bem absorvida Meia-vida 4-6 h
41
Efeitos colaterais Indicação Tramadol (opioide sintético)? (também inibe recaptação de monoaminas)
Confusão, convulsões Sem depressão respiratória Prolonga QT
42
Tipo receituário Indicação Tramadol (opioide sintético)? (também inibe recaptação de monoaminas)
Opioides fracos: receituário C1 (duas vias)
43
Como funciona distribuição dos opioides?
Distribuição Ligam-se a proteínas plasmáticas como a albumina e a α-1 glicoproteína ácida ou aos eritrócitos Distribuem-se inicialmente para os tecidos altamente vascularizados (pulmão, fígado, baço e rim) Podem armazenar-se no músculo e gordura BHE – dificulta a passagem de opioides com alto grau de ionização.
44
Morfina ações sobre o SNC?
ANALGESIA (µ): utilidade menor em dor em membro fantasma e neuralgia do trigêmeo; morfina tambem diminui componente afetivo da dor; EUFORIA (µ): morfina e heroina i.v. NÁUSEAS E VÔMITOS: Em ate 40% dos pacientes (morfina); desaparecem com a administração repetida. CONSTRIÇÃO PUPILAR (µ e κ): “alfinete”, exceto petidina (age em muscarínico) DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA (µ) E SUPRESSÃO DA TOSSE Promove diminuição da sensibilidade do centro respiratório à PCO2 Causa de óbito mais comum;
45
Morfina ações sobre o Trato gastroentestinal ?
A morfina aumenta o tônus e diminui a motilidade: constipação; Diminui a força de contração uterina; Produz retardo do esvaziamento gástrico (altera absorção).
46
Pode utilizar morfina em calculo biliar?
não. DEVEM SER EVITADOS EM DOR POR CÁLCULO BILIAR → OPIOIDES AUMENTAM A PRESSÃO DO TRATO BILIAR DEVIDO A CONTRACAO DA VESÍCULA/ESFINCTER → PODEM AUMENTAR A DOR E AUMENTAR LIPASE/AMILASE SG
47
Outros desdobramentos da morfina?
A morfina libera histamina de mastócitos (receptor não opioide): consequências serias para asmáticos; Reduz Pa e FC (histamina) imunossupressor
48
Tolerância da morfina?
Poucos dias; Necessita aumento da dose; Ocorre para os efeitos de analgesia, emese, euforia, depressão respiratória; menor para constipação e miose
49
Síndrome de abstinência da Morfina?
Durante dias ou semanas; Produz irritação, perda de peso, agressividade, coriza, diarreia, piloereção, tremores
50
Supressão da Tosse com doses menores que as necessárias para analgesia (Dextrometorfano*, Codeína) Cólica Biliar doses muito baixas aumentam a dor devido ao aumento de tônus da musculatura lisa Anestesia - agente pré-anestésico, coadjuvante de outros agentes ou agente anestésico primário
51
Mecanismo da Dependência acompanha o desenvolvimento da tolerância da morfina?
ativação do sistema dopaminérgico mesolímbico liberação dopamina no núcleo acumbens síndrome de abstinência é observada após a interrupção do uso da droga ou no tratamento com antagonistas opióides ou agonistas parciais
52
Uso Clínico dos Opioides?
Analgesia -A dor nociceptiva geralmente melhora com os analgésicos opioides, enquanto a dor neuropática geralmente é considerada menos sensível a esses fármacos. - Anestesia: agente pré-anestésico, coadjuvante de outros agentes ou agente anestésico primário Obstétrico: podem prolongar o trabalho de parto (meperidina produz menos depressão neonatal) Edema Agudo de Pulmão - alívio da dispneia - Supressão da Tosse com doses menores que as necessárias para analgesia (Dextrometorfano*, Codeína) Cólica Biliar- doses muito baixas aumentam a dor devido ao aumento de tônus da musculatura lisa - Diarreia com doses menores que as necessárias para analgesia difenoxilato (+ atropina); difenoxina (+ atropina); loperamida; elixir paregórico (Papaver somniferum)
53
Por que usar um antagonista opioide?
Antagonistas opioides são medicamentos que também se ligam aos receptores opioides, mas em vez de ativá-los, eles bloqueiam a ativação desses receptores. Eles são usados para reverter os efeitos dos opioides ou para tratar a dependência de opioides.
54
Qual receituário antagonista opioide?
Receituário C1 Naloxona IV, IM e SC-meia-vida mais curta (média 64 minutos): reverter intoxicação Naltrexona VO: T1/2:4h - tratamento de dependência e uso off-label (obesidade)
55
Superdosagem com Agonista Opioide Sintomas Clínicos primários?
Primários: “Tríade de sinais” letargia ou coma depressão respiratória - causa da morte pupilas puntiformes; pupilas dilatadas (hipóxico)
56
Superdosagem com Agonista Opioide Sintomas Clínicos secundários?
Secundários hipotensão hipotermia com pele umida ou fria edema pulmonar convulsões (principalmente em crianças) hipóxia com pupilas dilatadas
57
O que fazer em Superdosagem com Agonista Opioide Tratamento?
notificar a droga mais provável assistência respiratória e a outras funções vitais administração de antagonista opioide (naloxona) se determinado que outras drogas foram também usadas, trata-se também a superdosagem dessas drogas
58
Fármaco para evitar a síndrome de abstinência e bloquear os efeitos de euforia do consumo de opioides?
METADONA É usada para evitar a síndrome de abstinência e bloquear os efeitos de euforia do consumo de opioides. Pode causar arritmia ventricular e aumento de morte associada a esse opioide, com controvérsias quanto a seu uso. Pode ocorrer dependência à metadona.
59
Qual agonista parcial mu, bem tolerado, utilizado no tratamento de manutenção, com baixo risco de sobredose e de abuso de opioide?
BUPRENORFINA É um agonista parcial mu, bem tolerado, utilizado no tratamento de manutenção, com baixo risco de sobredose e de abuso. A dissociação a partir dos receptores é lenta com menos sinais e sintomas de abstinência em relação a outros opioides. A metadona e a buprenorfina podem ter risco de interações potencialmente tóxicas.
60
Duração Sintomas da abstinência de opioides?
início: 8-12 h; pico: 36-72h; duração: 5-10 dias
61
Sintomas da abstinência de opioides?
hipertermia midríase vômitos diarreia ansiedade rinorreia lacrimejamento bocejos calafrios piloereção (“cold turkey”) hiperventilação
62
Tratamento dependência de opiodes?
63
Tratamento desintoxicação opióides?