Doença Ulcerosa Péptica Flashcards

1
Q

Como é a epidemiologia da DUP?

A

Mais encontrada no sexo masculino
FR: H. pylory, AINE, tabagismo
Úlceras duodenais (mais frequentes que gástricas) - pctes jovens 20-50 anos
Gástricas - sexta década de vida

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2
Q

Quais são as 3 substâncias que estimulam a secreção ácida no estômago e por quem são produzidas?

A

Acetilcolina - liberada pela estimulação vagal do estômago
Histamina - ECL
Gastrina - células G bo antro gástrico

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3
Q

Qual o efeito da gastrina? O que estimula sua liberação?

A

Efeito trófico sobre as células parietais (estimula diretamente a liberação de HCL) e sobre as células ECL (efeito indireto)

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4
Q

Qual a ação da somatostatina e por quem é produzida?

A

Produzida pelas células D, liberada em resposta ao HCL

Inibe a secreção ácida por: ação direta no receptor da célula parietal, redução da secreção de gastrina e de histamina

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5
Q

Quais os mecanismos de defesa da mucosa?

A

Muco
Bicarbonato
renovação celular
fluxo sanguíneo da mucosa
prostaglandinas (formação mediada por COX 1)
Óxido nítrico

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6
Q

Por qual célula a H pylori tem mais afinidade?

A

células produtoras de muco no antro gástrico :. gastrite crônica ativa

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7
Q

Como a H pylori se protege da acidez estomacal?

A

por meio da enzima urease - produz meio alcalino em volta
Urease converte ureia em bic e amônia (tóxica p células epiteliais)

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8
Q

Como a H pylori é transmitida?

A

Via oral-oral, gastro-oral, fecal-oral

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9
Q

A quais patologias a H Pylori está relacionada?

A

Gastrite superficial aguda, gastrite crônica ativa de antro, gastrite ou pangastrite atrófica ou não atrófica, adenocarcinoma gástrico, linfoma gástrico MALT, úlceras pépticas gástricas e duodenais

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10
Q

Qual é a patogênese da úlcera duodenal?

A

H. pyloru na mucosa antral -> inibe prod de somatostatina pela cel D -> hipergastrinemia -> hipercloridria -> maior carga ácida no duodeno -> metaplasia gástrica no bulbo duodenal -> infecção do bulbo duodenal pelo H pylori -> duodenite, inibição da prod de bic pela mucosa duodenal -> úlcera

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11
Q

Quais os tipos de úlceras gástricas?

A

I - úlcera da pequena curvatura
II - úlcera do corpo gástrico associada à úlcera duodenal
III - úlcera pré-pilórica
IV - úlcera de pequena curvatura, parte alta
V - aparece em qualquer porção do estômago, associada à normocloridria e ao uso de AINE

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12
Q

Qual a relação de cada tipo de úlcera com a cloridria?

A

Tipo I - normo ou hipocloridria (gastrite atrófica do corpo gástrico - tona muito sensível)
Tipp IV - normocloridria
Tipo II e III - hipercloridria (patogênese semelhante à úlcera duodenal)

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13
Q

Quais medicações podem ocasionar DUP?

A

bifosfonatos, micofenolato mofetil, clopidogrel, cloreto de potássio, quimioterapia intra-arterial no leito mesentérico, anfetaminas, crack e cocaína
* radioterapia

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14
Q

Qual o quadro clínico da DUP?

A

Síndrome dispéptica (dispepsia):
Dor ou desconforto epigástrico (típico das duodenais)
Azia
Náuseas (mais típico das gástricas)
Plenitude pós-prandial

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15
Q

Qual a localização da maioria das úlceras que perfuram? E da maioria das úlceras que sangram?

A

parede anterior do bulbo duodenal
Parede posterior do bulbo duodenal

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16
Q

Qual a localização mais comum das úlceras gástricas?

A

Pequena curvatura do estômago

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17
Q

O que é úlcera penetrante/tenebrante?

A

úlcera que perfura e é contida ou tamponada por órgãos adjacentes

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18
Q

Qual o padrão-ouro para diagnóstico de úlcera péptica? Quais as outras opções?

A

EDA
Outro: Exame Baritado ou Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno (SEED)

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19
Q

Qual a conduta para pacientes abaixo de 45 anos sem sinais de alarme com sintomas dispepticos recentes?

A

Pesquisa do H pylori por exames não invasivos: teste respiratório de urease, sorologia

Se positivo -> tto empírico (antibióticos + IBP)
Se negativo -> curso empírico c 4 semanas de IBP ou BH2

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20
Q

Para quais pacientes devo solicitar EDA?

A
  • Pctes refratários ao tto empírico
  • pctes > 45 anos
  • pctes com sinais de alarme para neoplasia gástrica!
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21
Q

Quais são os sinais de alarme para neoplasia gástrica?

A

perda ponderal, anemia, sangramento, vômitos recorrentes, disfagia, massa abdominal, adenopatia, história familiar de CA gástrico, gastrectomia parcial prévia

22
Q

Qual a alerta que devemos ter ao encontrar uma úlcera gástrica na EDA?

A

Investigar câncer!!!
Pelo menos 7 amostras colhidas por biópsia
Controle endoscópico da cura em aprox 8-12 semanas após a primeira EDA (novas biópsias)

23
Q

Quais os testes invasivos disponíveis para pesquisar H. pylori?

A

Teste rápido da urease do fragmento biopsiado: avaliação inicial em pctes que foram submetidos à EDA

Histopatologia

Cultura: mais difícil e custoso, porém inclui antibiograma

24
Q

O que pode diminuir a sensibilidade do teste rápido da urease do fragmento biopsiado?

A

antibióticos, IBPa, bismuto
fazer após 1 sem de suspensão

25
Q

Quais os testes não invasivos para H. pylori?

A

Sorologia: baixa sensibilidade e especificidade, pouco usado. Não pode ser usado pra acompanhar cura

Teste respiratório da Ureia: bom para avaliar cura - deve ser feito após 4 semanas do término dos atb e 2 após término dos IBP

Pesquisa do antígeno fecal: menor acurácia que o teste respiratório. Pode ser usado pra acompanhar cura

26
Q

Quais as medidas gerais importantes no tto da DUP?

A

Evitar alimentos que piores os sintomas
Cessar tabagismo: cicatrização
Evitar álcool: aumenta o risco de sangrar

27
Q

Quem são os antissecretores de primeira linha para o tto de DUP?

A

IBP - 4 a 8 semanas. administrar em jejum (maior eficácia quando a bomba de prótons está ativada)
BH2 - 4 a 8 semanas. ajustar dose na insf renal

28
Q

Quais são os principais IBPs e suas doses para o tto de DUP?

A

omeprazol 20 mg/dia
lansoprazol 30 mg/dia
dexlansoprazol 30 mg/dia
pantoprazol 40 mg/dia
rabeprazok 20 mg/dia
esomeprazol 40 mg/dia

29
Q

Quais os principais BH2 e suas doses?

A

Cimetidina 800 mg/dia
Famotidina 40 mg/dia
Nizatidina 300 mg/dia

30
Q

Quais são as drogas de segunda linha no tto da dup e suas especificações?

A

Antiácidos: alívio sintomático!! muito usado hidróxido de aluminio + magnésio.
- devem ser tomados 1 ha após refeições e antes de dormir
Sucralfato: droga citoprotetora - forma película, estimula ação de prostaglandinas, bic e muco. 1g 4x ao dia
- Evitar se insf. renal

31
Q

Quando erradicar H. Pylori?

A

DUP
Linfoma MALT
Dispepsia não ulcerosa
síndrome dispéptica sem indicação de EDA
História de CA gástrico em parentes de 1o grau
Lesões pré-neoplásicas de CA gástrico (gastrite atrófica e metaplasia intestinal)
Após tto de adenocarcinoma gástrico
Usuários crônicos de. AINE e AAS
PTI

32
Q

Qual o tto de primeira linha do H. Pylori?

A

Combinação de 3 drogas por 14 dias

Omeprazol 20 mg 12/12h
+
Claritromicina 500 mg 12/12h
+
Amoxicilina 1g 12/12h

33
Q

Qual o tto de primeira linha para H. pylori em pctes alérgicos a amoxicilina?

A

Omeprazol 20 mg 12/12h
+
Claritromicina 500 mg 12/12h
+
Furazolidona 200 mg 12/12h

34
Q

Como é feito o controle da erradicação do H. pylori?

A

Testes não invasivos. Preferencialmente TRU
Alternativas: antígeno fecal, EDA com teste da urease e/ou biópsia tecidual

35
Q

Qual o tto para pacientes que não responderam à primeira linha? (tto de resgate)

A

IBP (omeprazol 20 mg 12/12h) +
levofloxacino 500 mg 1x ao dia +
amoxicilina 1g 12/12h por 10 dias

ou

IBP (omeprazol 20 mg 12/12h) +
levofloxacino 500 mg 1x ao dia +
furazolidona 200 mg 12/12h por 7-10 dias

36
Q

Qual o tto para pacientes que não responderam ao tto de resgate? (resgate adicional)

A

Terapia quádrupla:
IBP (omeprazol 20mg 12/12h) +
Sal de bismuto 240 mg 12/12h +
Amoxicilina 1g 12/12h ou doxicilina 100 mg 12/12h +
Furazolidona 200 mg 12/12h por 10-14 dias

37
Q

Quais as complicações agudas da DUP?

A

HDA
Perfuração
Obstrução

38
Q

Qual a localização da úlcera duodenal mais comumente responsável pela hemorragia? Qual a artéria comumente culpada?

A

Parede posterior do bulbo duodenal
Artéria gastroduodenal

39
Q

Como é o tratamento para HDA por DUP?

A

Estabilizar hemodinâmica do pcte (avaliar sinais de perda volêmica, fazer hidratação com cristaloides)
Passagem de Sonda Nasogástrica - lavagem nasogástrica (facilita EDA)
IBP via parenteral: omeprazol 80 mg em bolus -> infusão contínua de 8 mg/h
Depois da estabilidade:
EDA (dentro de 24-48h) - avaliação do risco de sangramento e terapia definitiva

40
Q

Qual a classificação utilizada para estimar o risco de ressangramento da DUP?

A

Classificação de Forrest

41
Q

Como é o tto endoscópico da úlcera?

A

Se sangramento arterial ativo: epinefrina na base da úlcera + coagulação térmica ou clipes metálicos no vaso sangrante

Se ausência de sangramento ativo: coagulação térmica OU clipes metálicos

Teste para H. pylori
Se úlcera gástrica -> nova EDA de controle

42
Q

Quem deve ser submetido a tto endoscópico da úlcera?

A

Pctes com achados Ia, Ib, IIa, IIb de forrest

43
Q

O que fazer em caso de ressangramento?

A

Abordagem endoscópica -> se refratário -> cirurgia

44
Q

Quais as principais indicações de cirurgia na HDA por DUP?

A

Persistência da instabilidade hemodinâmica a despeito da ressuscitação volêmica
Falência inicial da terapia endoscópica em parar o sangramento
Falência da terapia endoscópica em interromper ó ressangramento
Choque associado à ressangramento
Sangramento contínuo com necessidade de > 3U de concentrado de hemácias/dia

45
Q

Quais os sítios mais comuns de úlceras perfuradas?

A

Duodenal: Parede anterior do bulbo
Gástrica: pequena curvatura

46
Q

Quais os 2 tipos de úlcera perfurada?

A

Livre - conteúdo cai na cavidade abdominal -> peritonite
Tamponada (penetrante/tenebrante) - tamponada por órgãos adjacentes (baço, pâncreas, fígado, cólon transverso)

47
Q

Qual a apresentação mais comum de uma úlcera gástrica penetrante? E duodenal?

A

Gástrica: pequena curvatura do estômago, diâmetro >=2cm, grande risco de malignidade e de sangramento

Duodenal: penetração para o pâncreas - pancreatite aguda

48
Q

Como é o quadro clínico do pcte com perfuração?

A

Pródromo: dor abdominal suportável por algumas hrs
Agudização do quadro: dor abdominal difusa, hipotensão, taquicardia, taquipneia. Pcte imóvel, joelhos fletidos, sinais de irritação peritoneal

49
Q

Como é feito o diagnóstico da perfuração,

A

Quadro clínico + exame de imagem mostrando ar fora da cavidade
Escolha: tomografia

50
Q

Qual a patogênese da obstrução na DUP?

A

cicatrização crônica do duodeno e piloro + nova diátese ulcerosa no local (edema)

51
Q

Qual a apresentação clínica da obstrução?

A

Aguda: plenitude gástrica, saciedade precoce, náuseas, vômitos repetidos
Processo arrastado: perda ponderal, desidratação, alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica

52
Q

Qual o tratamento da obstrução?

A

Internar
Hidratação venosa com soro fisiológico, correção de desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico
IBP
Lavagem gástrica com sonda de Fouchet ou Levine 2x ao dia
Se H pylori +: erradicação de H. pylori + dilatação endoscópica
Se hiperclodidria idiopática: dilatação endoscópica + IBP por toda a vida