Doença Renal Crônica Flashcards
Quais as principais funções renais?
Os rins tem funções múltiplas:
•excreção que depende da filtração glomerular e formação de urina final
•conservação de solutos e líquidos, manutenção da volemia e reabsorção
•seleção de substâncias, cátions, ânions endógenos, toxinas e drogas
•seletivo no sentido de evitar perda, como proteínas, aminoácidos, peptídeos, hormônios, glicose etc
•controle da PA e da volemia
•controle do pH, controle iônico geral, fosfato etc, cloreto de sódio
•feedback túbulo-glomerular
•controle da osmolalidade sanguínea, alvo maior da vasopressina
•produção de hormônios: renina, vitamina D ativa, eritropoetina (controle da produção de eritrócitos)
•controle e manutenção da biologia óssea, pelo controle indireto do PRH
•metabolismo de moléculas e carabolismo de AA.
•homeostasia: controle da constância do meio interno
Conceito de DRC:
Perda parcial ou total da função renal de natureza irreversível, progressiva e mais lenta.
Alterações estruturais ou funcionais da DRC:
- anormalidade histopatológica (ex. nefropatia diabética)
- alteração de imagem (ex. doença policística)
- anormalidades na composição do sangue ou urina (ex. proteinúria, albuminúria)
- FG reduzida (abaixo de 60mL/min) com ou sem lesão renal sustentado por mais de 3 meses
O que são pacientes pré-dialíticos:
Estão em falência funcional renal, porém não em DCR terminal.
Quais os estágios da DRC?
Em razão da taxa de filtração glomerular:
I - >90 (lesão renal com TFG normal ou aumentada)
II - 60-89 (lesão renal com leve redução da TFG)
III - 30-59 (lesão renal com moderada redução da FG)
IV - 15-19 (lesão renal com acentuada redução da FG(
V - <15 (falência renal funcional ou em TRS)
Até o estágio 3 a doença costuma ser assintomática. A evolução termina em DRC avançada, diálise ou óbito (maior risco de eventos cardiovasculares)
Causas de DRC:
Diabetes, HAS, Glomerulonefrite Crônica, Rins policísticos, nefrite intersticial, LES…
Fatores de risco cardiovascular em diálise:
Tradicionais. HAS, DM, obesidade, tabagismo, dislipidemias, história familiar, hiperhemociateinemia
Não-tradicionais: inflamação, anemia hipervolemia e hipóxia coronariana, hipertrofia ventricular), stress oxidativo, hiperatividade simpática, disautonomia (queda noturna da PA), doença mineral crônica (aumento de cálcio, fósforo), acúmulo de ADMA (inibidor da síntese do óxido nítrico, que é vasodilatador)
Adaptações renais a DRC:
Teoria dos néfrons remanescentes (hiperfunção dos néfrons restantes): hipertrofia e hiperplasia glomerulares, o que gera hipertensão glomerular
Às custas de (Teoria do Trade-iff):
Isso gera um desbalanço de sal e água (hipertensão arterial, isostenúria e noctúria (altera capacidade de concentração urinária)), desbalanço de creatinina (aumento da creatinina sérica), excreção de fósforo (aumento de PTH e FGF-23)
elevação crônica da PA e noctúria - trade off (custos para manter algum equilíbrio renal na DRC)
Achados clínicos da DRC:
São tardios e incluem:
•alterações hidroeletrolíticas
•alteração sono-vigília
•neuropatia periférica
•miocárdio e pericárdio afetados (pericardite urêmica, valvulopatias)
•xerose e prurido, cabelo fino
•osteoporose, calcificação vascular, ruptura de tendão, fraturas
Diagnóstico precoce DRC:
Ficar atento em DM, HAS, idosos, parentes de DRCt (espacialmente no rim policístico) etc - pedir Creatinina Sérica, Pesquisa de proteinúria/albuminúria
FG<60mL/min
Relação albumina/creatinina: >30mg/g (microalbuminúria), >300mg/g (macroalbuminúria).
Se qualquer um desses for positivo por 3 meses - DRC
V ou F:
Proteinúria: acima de 130mg/dia
Albuminúria: acima de 20m/dia
Proteinúria: acima de 150mg/dia
Albuminúria: acima de 30m/dia
Tratamento da DRC:
Cessar tabagismo, sedentarismo, reduzir ingesta de sal, glicemia, dislipidemia, anemia, atenção a nefrotoxicidade de remédios e contrastes, cuidado com a glicemia, nkkkk PA e a proteinúria, reduzir ingesta protéica, controle da acidose metabólica e da uricemia
V ou F: Perda da capacidade da concentração urinária durante a noite, representando melhora da DRC.
F. Perda da capacidade da concentração urinária durante a noite, representando progressão da DRC.
V ou F: A taxa de sobrevida do transplante renal é menor do que a da diálise.
F. A taxa de sobrevida do transplante renal é maior do que a da diálise.
Principais indicações de diálise:
Urgências: hipervolemia, hiperpotassemia, pericardite urêmica, sinais de sintomas urêmicos
Eletivas: TFG baixa (5-10mL/min)
Desnutrição
Conceito de terapia renal substitutiva:
Terapias destinadas a substituir a função dos rins em situação de falência funcional.
•Depuração extrarrenal (diálise peritoneal e hemodiálise/hemodiafiltração)
•Transplante renal
Sobrevida de diálise peritoneal e hemodiálise é
semelhante
Princípios de depuração em diálise:
Difusão: remoção de solutos e toxinas por meio da membrana semipermeável. Depende de um gradiente de concentração.
Convecção: movimento da água e solutos sem alteração da sua concentração. O principal determinante é o gradiente hidráulico (pressão). Por esse mecanismo é feita a remoção de de Sódio e Ureia se necessário, pois vão junto com a água.
Como chega o paciente para a diálise?
O paciente chega para a diálise geralmente acidótico. Ex. durante a diálise se corrige a acidose por reabsorção de bicarbonato e excreta toxinas como a ureia. Também remove potássio .
O sódio também acumula no paciente que depende da diálise, então no início da diálise o sódio está normal. Isso pois o paciente também ingere água, normalisando as osmolalidade pela expansão do volume extracelular.
O paciente no período interdialitico ganha peso pela ingesta de sal associada a ingestão de água pelo mecanismo da sede. Deve-se reduzir o consumo de sal, pois se for necessário retirar muito sódio na diálise perde-se muita água e a contratação abrupta e grande de volume extracelular aumenta a chance de comorbidades
Como são os fluxos dos acessos vasculares da HD?
Quando se dialisa por fístula (maior fluxo) temos um sangue arterial, se for cateter é venoso, possível diferenciar também pela cor do sangue que circula. 500mL/min é o fluxo mais comumente utilizado. Solução de diálise é produzida em tempo real. Bomba de heparina faz anticoagulação durante o tratamento.
Funções básicas das máquinas de hemodiálise:
Remove toxinas (difusão e convecção ), corrige acidose (reabsorção de HCO3), remove água corporal conforme a prescrição.
Recursos básicos das máquinas de hemodiálise:
Mantém o sangue circulante aquecido
Permite individualizar a prescrição (Na, HCO3)
Permite monitorização dos parâmetros da diálise
Sensores e trava de segurança contra falhas
Que fatores envolve a prescrição de HD?
Dialisador
Duração e frequência semanal (ex. 3 sessões semanais de 4h)
Antiguagulação (ex. Heparina)
Agulhas (quanto maior o calibre, maior o fluxo)
Fluxo de sangue e da solução de diálise (ex. 500mL/ min normalmente ou 300mL/min em crianças e adultos pequenos)
Composição da solução de diálise (K 2mEq/min, Ca, glicose 100mg/dL, HCO3) - varia pelo paciente
Temperatura da solução de diálise (ex. 36 graus)
Peso seco (peso de saída com PA controladss, normovolêmico, evitando fadiga e demais complicações) e volume de ultrafiltração (no max. 5% do peso em uma sessão de 4h)
Esse paciente não deve ganhar muito peso no período interdialítico.
Membrana de alto ou baixo fluxo/permeabilidade:
Baixo fluxo: não tão permeáveis a b2 microglobulina
Alto fluxo: permeáveis a ::, mas não perdem macromoléculas importantes como a albumina.
Um dialisador é reutilizado pelo próprio paciente até 20 x, proibido em pacientes com HIV, Hep C e Hep B
Heparina na HD:
Somente durante a hemodiálise- 80-100 UI por 4h Não Fracionada