Doença cerebrovascular extracraniana Flashcards

1
Q

EPIDEMIOLOGIA da doença cerebrovascular extracraniana:

A
  • 3ª causa de óbito geral
  • 2ª cuasa de óbito cardiovascular
  • 1ª causa de óbtido de origem neurológica

Ou seja, tem grande impacto socioeconômico importante

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2
Q

Quais as possíveis etiologias para as doenças cerebrovasculares extracraniana?

A
    • aterosclerose
    • Arterite de Takayassu (VASCULITE)
    • Displasia fibromuscular
    • Aneurisma de carótida
    • Dissecção de carótida
    • “Kinking’” de carótida
    • Embolia de origem cardíaca
    • Tumores de pescoço
    • Radioterapia
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3
Q

Sabe-se que a aterosclerose é a causa mais frequente de AVC e AIT em pacientes com lesões das artérias extracranianas. Quais são as artérias mais acometidas?

A
    • bifurcação da carótida
    • artéria carótida comum esquerda
    • artéria subclávia esquerda
    • artéria vertebral
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4
Q

Qual é a fisiopatologia da doença cerebrovascular extracraniana de causa aterosclerótica?

A

Isquemia pela placa:

    • Estreitamento de fluxo
    • Crescimento de placa
    • acidente intraplaca aumentando a epessura da placa
    • microembolização da placa [PRINCIPAL]
      • placa sofre ulceração e começa a liberar pequenos embolos) - microembolização de trombos
    • trombose de carótida
      • embolia arterial (vindo do coração)
      • trombose arterial
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5
Q

A doença cerebrovascular extracraniana pode se manifestar por AIT. Qual o qadro clínico esperado nessa condição?

A

ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT):

    • Surgimento subito
    • desaparecimento em 24h
    • não deixa sequelas (nem clínicas e nem tomográficas)
    • exemplo: amaurose fugaz
    • AIT “em crescente” (placa MUITO INSTÁVEL)
      • AITs consecutivos - placa instável
      • Emergência cirúrgica
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6
Q

A doença cerebrovascular extracraniana pode se manifestar por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Qual o quadro clinico esperado nessa condição?

A
    • Surgimento súbito
    • Gravidade variável de acordo com extensão
    • Sequelas variáveis de acordo com a gravidade da obstrução
    • AVC “em progressão”
      • AVCs consecutivos = placa instável
      • Emergência cirúrgica
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7
Q

A doença cerebrovascular extracraniana pode se manifestar por isquemia cerebral generalizada. Qual o quadro clínico esperado nessa condição?

A
    • Perda contínua da função cerebral
    • isquemia crônica
    • multiplas áreas de isquemia à TC
    • estenoses em várias artérias de nutrição cerebral
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8
Q

De acordo com o território acometido, a manifestação da doença cerebrovascular extracraniana pode ter uma manifestaão diferente. Quais as manifestações esperadas com o acometimento do território carotídeo?

A
    • hemianopsia homolateral
    • cefaleia
    • sonolência
    • deterioração mental
    • hemiparesia e hemiplegia
    • déficit sensitivo no hemicorpo
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9
Q

De acordo com o território acometido, a manifestação da doença cerebrovascular extracraniana pode ter uma manifestação diferente. Quais as manifestações esperadas com o acometimento do território vertebrobasilar?

A
  • Diplopia
  • Disartria
  • Disfasia
  • Desequilíbrio
  • Distúrbios visuais
  • Nistagmo
  • Ataxia
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10
Q

O que se deve buscar no exame físico de um paciente com doença cerebrovascular extracraniana?

A
  • Exame neurológico:
    • Investigar se há déficits já estabelecidos
  • Exame de pulsos:
    • Cervicais: se presente, significa que carótida comum está pérvia;
    • Temporal superficial: se presente significa que a cartótida externa está pérvia, uma vez que essa artéria é ramos direto da C. externa.
    • MMSS: avaliando se o óstio da S. subclávia está pérvia.
  • Ausculta de sopros caorítdeos;
    • Presente em estenoses graves (quando estenoses > 90%)
  • Medida de PA em ambos os membros
    • avaliando se o ósteo da subclávia está pérvia.
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11
Q

Qual o principal exame de screening para paciente com suspeita de estenose de artéria em doença cerebrovascular?

A

Doppler Arterial

  • Alta sensibilidade e especificidade
  • barato e seguro
  • melhor exame para screening
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12
Q

Quais sãos as principais limitações do exame de doppler arterial para avaliação de doenças cerebrovasculares extracranianas?

A

Limitações:

  • Tortuosidades
  • Bifurcação alta
    • Acima do angula da mandibula
  • Pescoço curto
  • Examinador dependente
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13
Q

Qual a importância do exame de TC de crânio ou angiotomografia na investigação de doenças cerebrovasculares extracranianas?

A
  • Importante no diagnóstico agudo:
    • Dieferenciando AVCi ou AVCh
  • Identifica lesões antigas na fase crônica
  • Reconstrução 3D da vascularização cervical
    • 95% de concordância com a arteriografia
    • Útil na programação cirúrgica
  • Requer contraste iodado e radiação
  • Se identificado lesão estenótica, está autorizado tratar baseado-se apenas nesse exame.
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14
Q

Qual a importância e aplicação da RNM de crânio e angiorressonância na investigação de doenças cerebrovasculares extracranianas?

A
  • Mesmas indcações da TC
  • Mais sensível para lesões isquêmicas do cerebelo
  • Não utiliza contraste iodado
  • Não utiliza radiação
  • Tende a hiperestimar a estenose das artérias.
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15
Q

Outro exame que pode ser lançado mão é o Doppler Transcraniano. Qual sua importância e aplicação na investigação de doenças cerebrovasculares extracranianas?

A

Doppler transcraniano:

  • Velocidade e fluxo no polígono de Willis
  • Detecta obstruções proximais
  • Utilização intra-operatória
    • Monitorização do embolo
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16
Q

Exame padrão ouro para investigação de artérias intracranianas na investigação de doença cerebrovascular extracranina:

A
  • Padrão ouro para artérias intracranianas
  • Melhor gradação de estenoses
  • Muito invasivo
  • Contraste e radiação ionizante
  • Pré-operatório, apenas, ou intra-operatório!!!
17
Q

Como indicar o tratamento das doenças cerebrovasculares extracranianas?

A

As indicações de tratamento cirúrgico na estenose carotídea diferem em pacientes sintomáticos e assintomáticos. O grau de estenose não é o único fator determinante da conduta a ser tomada.

18
Q

O tratamento clínico da doença cerebrovascular extracraniana está indicado para quais pacientes?

A

PARA TODOS OS PACIENTES!!!

  • Cirurgicos: pré e pós-operatórios
  • Não-cirurgicos
19
Q

Em que consiste o tratamento clínico dos pacientes com doença cerebrovascular extracraniana?

A

Best Medical Therapy

(usado para todos os pacientes com aterosclerose)

  • Controle de fatores de risco
    • não fumar
    • Controle dietético e famrcológico de HAS, DM e DLP
  • Antiagregantes plaquetátios
    • Diminuir o risco de embolização de plascas
  • Estatinas
    • Estabilizante de placa.
20
Q

Quais são as indicações de tratamento cirúrgico das doenças cerebrovasculares extracranianas em pacientes assintomáticos?

A
  • Pacientes assintomáticos
    • Estenose < 50%
      • Clínico
    • Estenose de carótida > 70%
      • Cirurgico (pois tem 25% de risco de AVC em 3 anos)
    • Estenose 50 - 70%
      • Avaliar critérios (tipo de placa, idade, etc…)
      • Maior tendencia a tratamento clínico
21
Q

Quais são as indicações de tratamento cirúrgico das doenças cerebrovasculares extracranianas em pacientes SINTOMÁTICOS?

A
  • AIT / AVC prévio (nos ultimos 6 meses)
  • Estenose < 50%
    • tratamento CLÍNICO
  • Estenose de carótida >70%
    • Cirurgico
  • Estenose 50 - 70%
    • Placas heterogêneas, ulceradas ou flutuantes
      • Maior tendencia cirurgica
    • Avaliar condição clínica.
22
Q

Qual o tratamento cirurgico padrão ouro para a estenose da birfurcação carotídea?

A

ENDACTERECTOMIA DE CARÓTIDA:

  • Acesso cervical
  • Dissecção, clampeamento e retirada de placa
  • Com ou sem a colocação shunt
  • Com ou sem a colocaçã patch
23
Q

Complicações da endacterectomia de carótida:

A
  • PRECOCES:
    • Trombose aguda
    • AVC / AIT por embolia perioperatória
    • Lesão nervosa de nervos cranianos
    • Hematoma cervical
      • Pode evoluir até com insufic. respiratória por compressão da traqueia.
  • TARDIAS:
    • Reestenose
    • AVC
24
Q

Indicações para tratamento cirurgico por meio de angioplastia de carótida nas doenças cerebrovasculares extracranianas:

A
  • Indicações clássicas:
    • Pescoço hostil
      • Pacientes que já fez radioterapia em pescoço, ou com cicatriz de cervicotomia
    • Bifurcação alta
    • Alto risco cirúrgico
  • Uso mais liberal com melhores resultados
25
Q

Complicações da angioplastia de carótida no tratamento da doença cerebrovascular extracraniana:

A
  • AVC / AIT
  • Complicações do acesso
    • Equimose
    • Pseudoaneurisma pós-punção
26
Q

Dispositivo que mudou o prognóstico das angioplastias de artéria carótida:

A

O uso do filtro que impede a ascenção de debris e embolos para circulação cerebral.

27
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Artérias carótidas com oclusão não têm indicação de tratamento cirurgico.

A

VERDADEIRO.

28
Q

A dissecção de carótida também é uma doença extracraniana que pode ter repercussão cerebrovascular. Diante disso, quais suas principais características?

A
  • Causada por Rompimento da camada íntima
  • Com a Separação das camadas pelo fluxo sanguíneo
  • Hematoma intramutal que pode levar a:
    • Estenose
    • Oclusão
  • Pode ser de causa espontânea ou pós trauma
  • Geralmente acontece em pacientes jovens
29
Q

Quadro clínico da dissecção de carótida:

A
  • Evento neurológico agudo (AIT, AVC, amurose)
  • Dor cervical aguda ipsilateral (queixo e faringe)
  • Cefaleia
  • Sindrome de Horner (ptose e miose)
  • Disfunção de nervos cranianos inferiores (IX e XII)
  • 5% assintomáticos
30
Q

Diagnóstico da dissecção de carótida:

A
  • Ultrassom doppler arterial
  • Angiotomografia
  • Angiorressonância
  • Arteriografia:
    • Sinal do Barbante
31
Q

Tratamento da dissecção de carótida:

A
  • Anticoagulação / Antiagregação plaquetária
    • Evitar embolização distal
    • Promover a Trombose da luz falsa
    • Estabilização do quadro neurológico
  • Tratamento cirurgico
    • Casos que não respondem ao tratamento clínico (pois tem taxa de complicações alta)
    • angioplastia, enxerto, plastia, ligadura
32
Q

Diagnóstico de estenose da artéria vertebral:

A
  • Doppler arterial
  • Angiotomografia
  • Angiorressonância
  • Arteriografia
33
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A estenose da artéria vertebral pode ocorrer sem produzir sintomas.

A

VERDADEIRO.

A estenose pode acontecer, mas devido ao fato de que a irrigação da porção posterior do crânio é irrigado pela artéria basilar, que é formada a partir da junção das duas artérias vertebrais e por sempre ter uma artéria vertebral dominante, mesmo quando há estenose de apenas uma, a outra geralmente costumacompensar a irrigação, evitando isquemia.

34
Q

Indicações de tratamento da extenose de artéria vertebral:

A
  • Estenose severa sintomática
  • Estenose sintomática não amenizada após correção carotídea
  • Estenose sintomática e oclusão carotídea
  • Embolização cerebelar
35
Q

Qual a técnica cirurgica de escolha para o tratamento da estenose de artéria vertebral?

A
  • Técnica
    • angioplastia com stent (devido ao fino calibre)
36
Q

O que é a Síndrome do roubo da subclávia?

A

É a inversão do fluxo na artéria vertebral que decorre devido obstrução proximal da artéria subclávia ou tronco braquiencefálico: é um mecanismo compensatório (funciona como uma circulação colateral para o suprimento sanguíneo do MMSS).

3:1 lado esquerdo / direito

Então, ocorre um sequestro do suprimento sanguíneo do sistema vertebrobasilar pelo membro superior.

37
Q

Quadro clínico da síndrome do roubo da subclávia?

A
  • Assintomático (6%)
  • Hipoperfusão vertebrobasilar
  • Isquemia membro superior
38
Q

Diagnóstico da Síndrome do roubo da subclávia:

A
  • Doppler arterial
    • Roubo oculto, parcial ou total
  • Angiotomografia / angiorressonância
  • Arteriorgrafia (PADRÃO OURO)
39
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

As obstruções de artéria carótida externa não tem indicação de tratamento cirúrgico.

A

VERDADEIRO:

Esses pacientes devem ser tratados clinicamente com controle dos fatores de risco, uso de estatinas e antiagregação plaquetária.