Dissertativas Pneumo Flashcards
Descreva o quadro clínico e radiológico da pneumonia alveolar?
O quadro clínico envolve febre, tosse produtiva ou improdutiva, com expectoração purulenta ou não, Dispneia, dor ventilatório dependente, queda do estado geral, hiperestesia e inapetência. Em casos graves, pode ocorrer Delirium e alteração do nível de consciência.
O quadro radiológico apresenta opacidade com padrão alveolar, podendo haver padrão retículo-nodular ou reticular (padrão interstício nodular) em caso de pneumonia atípica, e padrão nodular ou massa em caso de pneumonia redonda, e em ambos os casos estará presente broncograma aéreo
Citar os sintomas decorrentes da localização do câncer de pulmão
Se o câncer de pulmão for de localização central, os sintomas serão Hemoptise, disfagia, Dispneia, tosse e pneumonia de repetição.
Se o câncer de pulmão for de localização periférica, geralmente não terá sintomas, mas se tiver, será de dor
Como investigar a origem sistêmica ou pleuropulmonar dos derrames pleurais?
Deve-se fazer toracocentese, que consiste em fazer uma punção para analisar o líquido pleural do derrame. Após a punção do líquido pleural, é necessário dosar a quantidade de proteína presente nele e fazer dosagem de DHL também, e também fazer essa dosagem no sangue, de modo de fazer a relação entre os dois meios para ver se o líquido pleural se trata de um exsudato (origem pleuropulmonar) ou transudato (origem sistêmica)
Quadro clínico da tuberculose pós-primária (sintomas e RX)
Os sintomas são tosse, que inicialização pode ser seca, mas ao decorrer da doença, se torna produtiva e com secreção purulenta, podendo ser ou não acompanhada de escarros hemoptóicos, febre vespertina baixa, sudorese noturna e emagrecimento. Pode haver Dispneia e dor torácica dependendo da extensão da doença, além de adinamia, anorexia e fraqueza.
No raio x da tuberculose pós-primária estão presentes opacidades heterogêneas, consolidações, cavidades, padrão retículo-nodular, nódulos e bandas parenquimatosas
Quando suspeitar de TEP? Quais exames devem ser realizados?
Devemos suspeitar de TEP se o paciente apresentar Dispneia súbita e dor pleurítica e se tiver sofrido recentemente fratura de ossos da pelve, quadril e ossos longos, cirurgias de grande porte, imobilizações ou outros fatores de risco.
Quando há suspeita de TEP, deve ser feito o ecocardiograma, eletrocardiograma, raio x de tórax, D-Dímero, USG Doppler de membros inferiores e dosagem dos biomarcadores (troponina e BNP). Os exames a serem realizados para confirmar o diagnóstico são angiotomografia de tórax, cintilografia por indução ou perfusão (caso o paciente não possa receber contraste) e arteriografia
Quando suspeitar de bronquiectasias? Quais são os exames para o diagnóstico?
Devemos suspeitar de bronquiectasias quando o paciente tiver tido infecção recente ou esteja imunocomprometido e apresente algum dos seguintes sintomas: tosse ao se deitar e ao se levantar, Hemoptise, dor torácica, hipocratismo digital, expectoração, Dispneia, roncos e sibilos, Estertores úmidos e pneumonias de repetição.
Os exames diagnósticos são raio x de tórax, TC de tórax, TC de tórax de alta resolução e broncografia
Quadro clínico da DPOC. Quais exames para diagnóstico?
O quadro clínico da DPOC envolve tosse crônica, produtiva, sibilos ou Estertores, Dispneia, cianose, tórax em tonel, entre outros.
Os exames para diagnóstico são hemograma, raio x e tomografia computadorizada (obs: na resposta não foi falado sobre espirometria, que é importante para o diagnóstico de DPOC)
Quadro clínico e funcional da asma brônquica
O quadro clínico da asma brônquica é de tosse, Dispneia, sibilo, além de poder haver aperto no peito.
O quadro funcional é de distúrbio ventilatório obstrutivo com resposta ao broncodilatador
Quais são as principais causas de tosse crônica em pacientes com RX de tórax normal? Cite pelo menos 3 causas
Doença do Refluxo gastroesofágico, gotejamento nasal posterior e asma
Como definir espirometricamente distúrbio ventilatório restritivo e distúrbio ventilatório obstrutivo?
O distúrbio ventilatório restritivo se apresenta na espirometria com capacidade vital e VEF1 reduzidos, havendo normalidade da relação VEF1/CVF.
O distúrbio ventilatório obstrutivo se apresenta na espirometria com capacidade vital normal e VEF1 reduzido, havendo redução na relação VEF1/CVF
Dona Maria, de 64 anos, dona de casa. Tem 3 filhos crescidos, passou a vida cuidando deles e da casa. Há dois anos iniciou um quadro de tosse persistente, que dizia ser por causa do cigarro. Dizia que quando ela diminuía a quantidade de cigarros por dia, a tosse desaparecia. Fuma desde os 14 anos, uma média de 1 maço por dia. Atualmente, nos últimos 3 anos, com os filhos fora de casa, tem fumado mais, chegando até a dois maços por dia. Permanece com suas atividades domiciliares diárias, como limpar a casa. Refere, eventualmente, o peito chiar, principalmente quando está gripada.
Antecedentes pessoais: HAS, em uso de Losartana 50 mg 12/12h. Pré-diabetes em uso de metformina 500 mg/dia. Nega outras comorbidades.
EF: BEG, corada, hidratada, AAA, FC=90 BPM, Pá=140X90 mmHg, FR=22 ipm, Sat O2=93% em ar ambiente
AR: MV presente com roncos e sibilos difusos
Abdôme: ndn
Membros: edema +/4 MMII, presença de varizes
Com base neste caso, responda sucintamente:
Quais são os principais diagnósticos para esta paciente? Esta paciente tem carga tabágica suficiente para desenvolver alguma doença pulmonar? Existem fatores de piora do caso? Explique
1) Principais diagnósticos: DPOC, asma, câncer de pulmão
2) Carga tabágica da paciente: (47x1)+(3x2)=53 AM - a carga tabágica para desenvolver câncer de pulmão é 20 AM. Logo, esta paciente tem carga tabágica suficiente para desenvolver câncer de pulmão. Também, essa carga tabágica é suficiente para desenvolver DPOC (10 AM)
3) Fatores de piora: exposição ocupacional (é dona de casa que usa produtos de limpeza, piorando o quadro pulmonar)
B) Explique a fisiopatologia da doença conforme sua hipótese principal
Hipótese principal: DPOC. A fumaça entra pelas vias aéreas superiores, passa pelas inferiores, chega nos alvéolos. Afetando as vias de condução constantemente, ocorre um estímulo inflamatório contínuo, o que causa hipertrofia de células glandulares produtoras de muco, além de poderem causar Hiperplasia e hipertrofia da camada muscular lisa das vias aéreas. As células ciliadas podem sofrer metaplasia, passando de ciliadas para escamosas
C) Quais são os exames necessários para a sua confirmação diagnóstica? Explique, inclusive, quais seriam os achados
1) Exame físico: tórax em tonel, uso de mm acessória e sibilância (ausculta)
2) Exame laboratorial: hemograma
Poliglubulia (queda dos níveis de O2 - produz mais hemácias para compensar): Hb maior que o normal e Ht>50%
Gasometria arterial: hipóxia=pO2<60mmHg/hipercapnia=pCO2>45mmHg
Bicarbonato alto
PH normal quando compensado (descompensação clínica alteração no pH - acidose)
3) Exames de imagem:
a) RX (PA e perfil)
Hipertransparência pulmonar - hiperinsuflação
Diafragma retificado
Aumento dos espaços intercostais e do hilo pulmonar
Artéria pulmonar aumentada - sinal de hiperestensão pulmonar
b) TC
Ventilação: perfusão em mosaico
Mais preto - enfisema
c) Espirometria: capacidade vital reduzida (obs:pode estar normal, distúrbio obstrutivo)
VEF1<80%
VEF1/CVF<80%
CVF>80%
D) Qual seria o melhor tratamento para o caso acima?
Broncodilatadores beta 2 adrenérgicos: longa duração e curta duração
Corticóides: inalatórios e sistêmicos
Oxigenoterapia: exacerba menos e interna menos
Vacinação: anti-influenza e antipneumocócica
Reabilitação pulmonar: maior sobrevida e melhora qualidade de vida
Como fazer o diagnóstico clínico e o diagnóstico funcional (exames e resultados) da asma brônquica?
Clínico: Dispneia, tosse e sibilância, com melhora espontânea ou com broncodilatador (podem ser isolados - se isolados e prolongados= asma em 1/3 dos casos). Alguns pacientes podem referir aperto no peito
Funcional
Espirometria completa: asmático tem obstrução ao fluxo aéreo com melhora significativa após o uso de broncodilatadores ou corticóides - exame importante no controle de tratamento (paciente assintomático com VEF1>50%)
Teste de provocação brônquica: para pessoas com espirometria normal (maior sensibilidade,maior VPN) - Carbacol, metacolina, histamina ou exercício físico
Pico de fluxo expiratório seriado: Paciente fica com aparelho portátil e faz expirações ao longo do dia. Em asmáticos, a variação diurna é exagerada (>20% manhã/noite)