Anamnese Em Pneumologia Flashcards

1
Q

Qual é a diferença entre sinais e sintomas?

A

Sintoma: alteração da percepção normal que a própria pessoa tem de seu corpo
Sinal: alteração medida ou sentida por outra por outra pessoa, no caso, o médico

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2
Q

Quais os itens da anamnese em pneumologia?

A

Nome, idade, sexo, raça, naturalidade, profissão, hábitos, uso de medicamentos, doenças pulmonares passadas, sistêmicas, cirurgias

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3
Q

Influência da idade na anamnese

A

Asma, tuberculose pleural: mais comuns em crianças
Pneumoconiose, câncer de pulmão, DPOC: mais comuns em idades mais avançadas

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4
Q

Influência do sexo do paciente na anamnese

A

Sexo feminino: colagenoses (lúpus, artrite reumatóide), adenoma brônquico (igual), lifangioleiomiomatose
Sexo masculino: pneumoconiose, DPOC, câncer brônquico

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5
Q

Influência da etnia na anamnese

A

Raça negra: tuberculose, sarcoidose
Raça branca: colagenoses

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6
Q

Influência da profissão na anamnese

A

1) Asbestose: amianto (caixa d’água, freios)
2) Beriliose: lâmpadas, tubos eletrônicos, ligas metálicas
3) Antracose: poluição
4) Bissinose: poeira de algodão
5) Silicose: mármore, jateadores de areia
6) Bagaçose: bolor do bagaço
7) Pulmão do fazendeiro: bolor do fazendeiro

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7
Q

Influência da naturalidade na anamnese

A

Paracoccidiodes brasiliensis
Blastomyces dermatides - EU
Esquistossomose em estados endêmicos (hipertensão pulmonar)

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8
Q

Influência dos hábitos na anamnese

A

1) Fumo (DPOC, asma- agrava a asma de quem já tem-, câncer de pulmão)
2) Álcool (Abscesso pulmonar)
3) Uso de drogas injetáveis (AIDS)
4) Animais domésticos
5) Espeleólogos (histoplasmose)
6) Ambiente doméstico - mofo (PH)

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9
Q

Influência da história familiar na anamnese

A

1) Asma
2) Alergias
3) Fibrose cística ou mucoviscidose
4) Deficiência de alfa 1 anti tripsina
5) Tuberculose

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10
Q

Doenças pulmonares e sistêmicas

A

Rinite, pneumonias frequentes, tuberculose no passado, glomerulonefrites (vasculites), pancreatites, azia e/ou regurgitação (DRGE), hipertensão arterial (captopril - IECA, propranolol - Beta bloqueador), diabetes (se for preciso usar corticóides, tratamento de tbc), ICC, arritmias, estenose mitral, artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, glaucoma (uso de pilocarpina em asmático), AVC, neoplasias malignas pulmonares ou sistêmicas, tratamento quimioterápico, tratamento radioterápico

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11
Q

Medicações com efeito pulmonar

A

1) Inibidores da enzima conversora de angiotensina (tosse, piora da asma e DPOC)
2) Pilocarpina
3) AAS, tricíclicos - edema pulmonar
4) Bleomicina, busulfan, metotrexato - SARA
5) Amiodarona - fibrose pulmonar
6) Nitrofurantoína, penicilina, fenitoína, hidralazina (pneumonia em organização)

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12
Q

Drogas ilícitas com efeito pulmonar

A

Cocaína, heroína, metadona (analgésico da classe dos narcóticos)
(Provocam edema pulmonar)

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13
Q

Sintomas locais e funcionais na anamnese em pneumologia

A

Tosse e expectoração
Hemoptise
Dispnéia
Dor torácica
Rouquidão
Soluço

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14
Q

Qual é a classificação temporal da tosse?

A

Aguda (duração de menos de 3 semanas), subaguda (duração entre 3 e 8 semanas) e crônica (mais de 8 semanas)

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15
Q

Quais são as causas de tosse aguda?

A

1) Geralmente Infecções
a) Vias aéreas superiores: sinusites, gripe, resfriado, COVID 19
b) Vias aéreas inferiores: pneumonias, bronquites
2) Piora de doença pré-existente: asma, bronquiectasias, DPOC

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16
Q

Quais são as causas de tosse subaguda?

A

Infecções (sinusites pós-resfriado), bronquite pós-resfriado, refluxo gastroesofágico, piora de doenças pré-existentes

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17
Q

Quais são as causas de tosse crônica?

A

1) Raio X de tórax normal: asma, rinites, sinusites, refluxo gastroesofágico, Inibidores de ECA (captopril, enalapril)
2) Raio X alterado: tuberculose, abscesso pulmonar, tumores de pulmão, laringe, traquéia. Bronquiectasias, doenças instersticiais, pneumoconioses

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18
Q

Classificação clínica da tosse

A

1) Tosse improdutiva: início de doenças, intersticiais, colagenoses, etc
2) Tosse produtiva: focos supurativos de vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores
3) Tosse paroxística: coqueluche, refluxo gastroesofágico
4) Tosse laríngea: timbre metálico/espasmo laríngeo

19
Q

Diagnósticos diferenciais de hemoptise

A

1) Sangramento na boca (ferida, tumor, dente, etc)
2) Sangramento de rinofaringe e seios da face
3) Sangramento de esôfago
4) Sangramento de estômago

20
Q

Quais são as causas de hemoptise?

A

1) Com secreção purulenta: tuberculose, pneumonia, traqueobronquite
2) Com perda ponderal e tosse crônica: tuberculose, bronquiectasias , neoplasias
3) Com dispnéia aguda e dor torácica: embolia pulmonar
4) Com dispnéia progressiva, ortopneia e tosse: edema pulmonar agudo
5) Com sopro cardíaco associado: estenose mitral severa
6) Aguda, maciça, catastrófica: tuberculose, bronquiectasias
7) Coincidindo com períodos menstruais: endometriose brônquica
8) Associada à nefrite ou sintomas renais: Síndrome de Goodpasture, Wegener, Churg-Strauss, poliangeite microscópica
9) Associada a outros focos de sangramento, gengival, conjuntival: púrpura, leucose, hemofilia
10) Em pacientes em uso de aspirina ou anticoagulantes: efeito colateral de droga

21
Q

Manifestação subjetiva da dispnéia

A

1) Dificuldade respiratória
2) Falta de ar
3) Respiração pesada
4) Cansaço aos esforços
5) Conscientização do ato respiratório
6) Modificação da amplitude e do ritmo respiratório

22
Q

Qual a frequência respiratória normal de uma pessoa?

A

Adulto: 18 mr/minuto
Crianças 0 - 1 ano: 35 Mr/minuto
Crianças 2 - 8 anos: 20 - 25 Mr/minuto

23
Q

Morbidades relacionadas a dispnéia

A

Cardíaca, pulmonar, renal, neurológica, muscular, hematológica- anemia, metabólica- acidose, manifestação neurótica

24
Q

Diagnóstico diferencial da dispnéia aguda

A

1) Relacionada com agentes inalados: asma, alergia respiratória
2) Com chiado no peito: asma, insuficiência cardíaca esquerda, tromboembolismo pulmonar
3) Relacionada com decúbito ou após esforços: doença cardíaca ou pulmonar e sedentarismo
4) Com dor torácica súbita associada: Pneumotórax, embolia pulmonar
5) Após trauma de tórax: Pneumotórax, hemotórax, fratura de costela
6) Paroxística noturna: doença cardíaca
7) Derrame pleural

25
Q

Diagnóstico diferencial de dispnéia crônica (>30 dias)

A

1) Relacionada com os esforços: doença cardíaca, obesidade
2) Progressiva mesmo em repouso: DPOC
3) Com sibilância: asma brônquica descontrolada
4) Relacionada com agentes inaláveis: doença ocupacional
5) Com sensação de fôlego curto: fibrose pulmonar, DPOC
6) Aos esforços de fôlego curto: fibrose pulmonar, DPOC
7) Aos esforços com Astenia e sonolência: anemia

26
Q

Escala MRC para dispnéia

A

0: sem dispnéia, a não ser em exercício extenuante
1: falta de ar quando caminha depressa no plano ou sobe ladeira suave
2: ainda mais devagar que pessoa da mesma idade no plano ou tem de parar para respirar, mesmo no plano
3: interrompe marcha para respirar após caminhar entre 90 e 120 m ou após poucos minutos no plano
4: muito dispneico para sair de casa ou vestir-se

27
Q

Quais estruturas do tórax têm inervação sensitiva?

A

Pleura parietal, parede torácica e órgãos do mediastino (coração, pericárdio, esôfago)

28
Q

Diagnóstico diferencial de dor torácica unilateral

A

1) Em pontada, ventilatório dependente: pleurite aguda, Pneumotórax, pneumonia periférica
2) Opressiva, irradiada para pescoço, mandíbula, membro superior esquerdo: angina ou infarto do miocárdio
3) Com lesões cutâneas associadas, no trajeto costal: herpes zoster
4) Opressiva referida na região retroesternal, com dispneia: pericardite aguda
5) Relacionada com a ingesta alimentar: esofagite, gastrite

29
Q

Diagnóstico diferencial de dor torácica bilateral

A

1) Relacionada com esforço de tosse intensa: I.V.A.S, DPOC, asma, bronquiectasias
2) Dorsal, exacerbada por movimentos do tronco: doença da coluna vertebral e musculatura adjacente
3) Dorso-lombar com punho percussão percussão positiva: Doença renal (Giordano)
4) Após trauma de tórax: fraturas costais múltiplas
5) Referida no esterno após ingestão de álcool: doença de Hodgkin

30
Q

Importância clínica da dor torácica

A

Assim como em um processo inflamatório pulmonar pode causar dor abdominal (pneumonia basal), certas doenças abdominais podem causar dor torácica (colecistite, pancreatite, hérnia de hiato) como única manifestação

31
Q

Importância clínica da rouquidão

A

1) Em algumas ocasiões, temos rouquidão como manifestação de doença intratorácica
2) Paralisia de cordas vocais decorrentes de aneurisma aórtico, lesão cirúrgica do nervo laríngeo recorrente, tumores broncopulmonares e de mediastino

32
Q

Importância clínica do soluço

A

É a contração clônica do diafragma, irregular - pode surgir em decorrência de lesões frênicas, doenças intestinais, gástricas, tumores ou distúrbios metabólicos ou até mudanças bruscas de temperatura em pessoas sensíveis, especialmente crianças

33
Q

Quais são os sinais e sintomas gerais?

A

Cianose, emagrecimento, Astenia, febre

34
Q

Caracterização de Cianose

A

1) É a coloração azulada da pele e mucosas quando a hemoglobina reduzida ultrapassa 5 g% (metahemoglobina)
2) A luz natural é a que melhor se presta ao exame
3) Em casos de pequena intensidade, é vista somente nas mucosas, ponta do nariz, unhas e orelhas
4) Em pessoas com anemia grave, a Cianose não se manifesta

35
Q

Cianose central

A

Quando o sangue já sai do coração com aumento de hemoglobina reduzida (mal formações cardíacas, shunt, pneumopatias)

36
Q

Cianose pulmonar

A

1) Má ventilação (obstrução, traumatismo de tórax, depressão do centro respiratório, pneumonia, atelectasia)
2) Má difusão (edema, membrana hialina, patologias intersticiais)
3) Má perfusão (embolia pulmonar, fístula artério-venosa)

37
Q

Cianose periférica

A

Sugere má perfusão dos tecidos e está presente em situações de disfunção cardíaca ou estados de má perfusão, como no choque hemodinâmico

38
Q

Emagrecimento

A

1) Embora acompanhe quase todos os casos de Infecção crônica, devemos ter em mente doenças neoplásicas e tuberculose
2) Neoplasia pulmonar, quando há emagrecimento, é sinal de quadro avançado sem muitas alternativas
3) DPOC em fase final emagrece muito e, por si só, provoca piora do quadro

39
Q

Astenia

A

1) É constante na fase final de doenças neoplásicas e infecciosas
2) Muito observado na tuberculose
3) Em idosos, pode ser o único sinal de doença infecciosa aguda

40
Q

Febre

A

1) Manifestação quase obrigatória nos processos infecciosos, agudos ou crônicos, algumas neoplasias e doenças inflamatórias
2) Nos quadros agudos, costuma ser de instalação brusca e geralmente elevada, com calafrios, podendo chegar a 39 ou 40ºC
3) Nos quadros crônicos, como na tuberculose, é pequena e costuma aparecer no final do dia, acompanhada de sudorese noturna quando a febre se dissipa
4) Nas neoplasias, a febre costuma ser diária e pouco elevada

41
Q

Sintomas e sinais à distância

A

Síndrome de Pancoast: tumor de ápice pulmonar quando acomete o simpático cervical produz: ptose palpebral, enoftalmia e miose no mesmo lado configura a Síndrome de Claude Bernard-Horner.
Metástases de tumores pulmonares em ossos, suprarrenal, cérebro,etc, muitas vezes antecedem os sintomas pulmonares do tumor

42
Q

Efeito, nas unhas, de doenças que cursam com insuficiência respiratória crônica

A

Hipocratismo digital (unhas em forma de vidro de relógio)

43
Q

Eritema nodoso

A

Presença de nódulos inflamatórios distribuídos simetricamente nos membros inferiores (estreptocócicas, tuberculose, sarcoidose)

44
Q

O que são síndromes paraneoplásicas?

A

Manifestações extra torácicas que aparecem com neoplasias pulmonares. De etiologia imunológica ou humoral
Ex: manifestações do sistema nervoso, síndromes musculares, síndromes hematológicas e vasculares, síndromes endócrinas e metabólicas, síndromes osteoarticulares, síndromes dermatológicas, síndrome carcinoide