Direito Penal meta 2 - teoria do crime Flashcards

1
Q
  • Delitos de tendência interna transcendente ou de intenção:
A

requerem um agir com ânimo, finalidade ou intenção adicional de obter um resultado ulterior, distinto da realização do tipo penal.
Ex.: art. 288, o dolo é associar-se. O que vai além do dolo? Cometer crimes – o que é indiferente para a consumação ou não do delito”.

São crimes formais

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2
Q

Crime de Resultado Cortado:

A

em que o resultado naturalístico (dispensável por se tratar de delito formal) depende, para sua configuração, de COMPORTAMENTO ADVINDO DE TERCEIROS estranhos à execução do crime. Ex.: art. 159 do CP - extorsão mediante sequestro

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3
Q

Crime Atrofiado ou Mutilado de 02 atos:

A

o resultado naturalístico (também dispensável) depende de um NOVO COMPORTAMENTO DO PRÓPRIO AGENTE. Ex.: falsificar moeda para colocar em circulação

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4
Q

Delitos de tendência intensificada ou de atitude pessoal:

A

É uma tendência interna que intensifica, REFORÇA o dolo (Welzel).
Welzel já dizia: “Elementos especiais, pessoais, subjetivos que colorem o conteúdo ético-social da conduta”.
Essa tendência intensificada colore, dá novas cores ao enfoque subjetivo, ao conteúdo ético-social. Ex: animus injuriandi – configuração crime de injúria.

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5
Q

– Crimes a prazo:

A

a consumação exige a fluência de determinado período de tempo. Ex.: apropriação de coisa achada

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6
Q

Crimes plurissubjetivos/plurilateriais/de __________: são os que….

A

concurso necessário: somente podem ser praticados por uma pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou partícipes, imputáveis ou não, conhecidos ou desconhecidos.

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7
Q

O QUE SÃO CRIMES DE PERIGO ABSTRATO DE PERIGOSIDADE REAL

A

também são denominados de “crimes de perigo abstrato-concreto”, de caráter híbrido, de perigo hipotético, de aptidão abstrata. São crimes em que não basta a mera realização da conduta, sendo necessária a criação de um perigo em potencial.
No crime de perigo abstrato de perigosidade real, o risco ao bem jurídico tutelado deve ser comprovado,** dispensando vítima certa e determinada**. É indispensável a superação de um determinado risco-base ao bem jurídico protegido

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8
Q

Quanto à Violação de Valores Universais
São considerados Crimes naturais os que:

A

violam valores éticos absolutos e universais.

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9
Q

Quanto à Violação de Valores Universais
II – Crimes plásticos:

A

não ofendem valores universais, apesar de previstos em leis penais

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10
Q

Crimes de médio potencial ofensivo:

A

a pena mínima não ultrapassa um ano, independentemente do máximo da pena privativa de liberdade cominada. São os que cabem a suspensão condicional do processo.

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11
Q

Crime falho:

A

é sinônimo de tentativa perfeita, tentativa acabada. O sujeito praticou todos os atos da execução, mas não conseguiu consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade.

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12
Q

Quase-crime:

A

não há crime, o que há é um crime impossível, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto.

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13
Q

Crimes de Impressão?
Subdividem-se em:
a) crimes de inteligência:
b) crimes de vontade:
c) crimes de sentimento:

A

São aqueles que provocam determinado estado de ânimo, de impressão na vítima.
A) praticados mediante o engano;
B) recaem na vontade da vítima quanto à sua autodeterminação;
C) incidem nas faculdades emocionais da vítima.

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14
Q

Crime de catálogo

A

(LEMBRAR DE LISTA TELEFÔNICA) diz respeito aos delitos compatíveis com a interceptação telefônica, disciplinada pela Lei 9.296/1996, como meio de investigação ou de produção de provas durante a instrução em juízo

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15
Q

TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS - Também é chamada de

A

DA CAUSALIDADE SIMPLES / DA CONDITIO SINE QUA NON:

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16
Q

TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS

A

Segundo essa teoria, causa é toda e qualquer ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido;
Para identificar se algo foi causa, utiliza-se o método de eliminação hipotética de Thyrém.

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17
Q

TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA:

A

veio limitar esse regresso ao infinito promovido pela Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais;
são consideradas apenas as circunstâncias indispensáveis/ idôneas/ eficazes à produção do resultado, capazes de causá-lo quando e como ele ocorreu;
juízo de probabilidade/estatístico, avaliando aquilo que normalmente acontece como desdobramento natural .

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18
Q

juízo de prognose póstuma objetiva - o que é e está atrelado a qual teoria?

A

para se verificar a relação de causalidade entre conduta e resultado, deve-se analisar se, no momento da conduta, o resultado se afigurava como provável ou possível, segundo um prognóstico capaz de ser realizado por uma pessoa MEDIANA

Teoria da causalidade adequada - concausa posterior relativamente independente

19
Q

Teoria da imputação objetiva - ROXIN

A
  • Ideia de proteção aos bens jurídicos relevantes; - vida em sociedade há riscos que são tolerados;
  • analisa a conduta - pela conditio sine qua non + eliminação hipotética
  • analisa se houve: criação de risco ou aumento do risco não permitido/ tolerado;
  • analisa se o risco se realizou no resultado;
  • nexo normativo - se estava dentro da esfera de probabilidade - homem médio - estava o resultado na esfera de proteção da norma?
20
Q

IMPUTAÇÃO OBJETIVA DE JAKOBS

A
  • o risco permitido está dentro do feixe de expectativas esperadas pela sociedade e diz respeito aos papéis sociais;
  • PRINCÍPIO DA CONFIANÇA - as pessoas numa mesma sociedade devem confiar umas nas outras no sentido de que cada pessoa irá cumprir o seu respectivo papel social.
  • PROIBIÇÃO DE REGRESSO (autoexplicativo – e traz a mesma ideia, só tem relevância regressar até onde há violação do papel social)
  • CAPACIDADE DA VÍTIMA Nesse último requisito entram hipóteses residuais que atribuiriam à vítima a violação do seu papel (ao se colocar em uma situação de risco),
21
Q

tipo congruente/ simétrico

A

haverá perfeita sintonia entre o tipo subjetivo (dolo homicida) e o tipo objetivo (matar alguém)

22
Q

tipo incongruente/ assimétrico

A

(a) o elemento objetivo vai além do elemento subjetivo (crime qualificado pelo resultado – aqui, há excesso objetivo); ao reverso, quando
(b) o tipo subjetivo vai além do objetivo (excesso subjetivo), tem-se o chamado crime formal (consumação antecipada) e a que outros que exigem especial fim de agir. Por fim, fala-se em congruência defeituosa (assimetria); nestes casos, pode haver erro de tipo ou tentativa.

23
Q
  • Diferença entre tipo aberto e norma penal em branco:
A

esta última é complementada por lei ou ato administrativo, enquanto o primeiro é complementado por um juízo de valor

24
Q

Teoria do assentimento/ consentimento / aprovação: Teoria volitiva - o que é? é adotada pelo CP?

A

mesmo prevendo determinado resultado, decide prosseguir com a sua conduta, assumindo o risco de produzi-lo. Nesse caso, o indivíduo consente com a produção do resultado.
∘ Adotada pelo CP para o dolo eventual.

25
Q

Teoria da vontade: Teoria volitiva. - o que é ? é adotada pelo CP?

A

∘ O fundamento central dessa teoria é a VONTADE. Ou seja: há dolo quando há vontade consciente de produzir o resultado.

26
Q

qual a diferença entre dolo geral x o erro sobre o nexo causal (aberratio causae) x com a figura da consumação antecipada

A

a) dolo geral - há duas condutas - 1 bate na cabeça da vítima, pensando estar morta ateia fogo - e ela morre queimada (morre efetivamente pela segunda conduta);

b) erro sobre o nexo causal - há uma única conduta, mas o resultado se dá por causa diversa da proposta - ex.: joga do rio esperando que morra afogado, mas morre de traumatismo ao bater numa pedra;

c) consumação antecipada -o oposto do dolus generalis, porquanto se refere a situações em que o agente produz antecipadamente o resultado esperado, sem se dar conta disso. Exemplo: uma enfermeira ministra sonífero em elevada dose para sedar um paciente e, após, envenená-lo; apura-se, posteriormente, que o óbito foi decorrência da dose excessiva de sedativo e não da peçonha
ministrada a posteriori (morre efetivamente pela primeira conduta)

27
Q

Culpa imprópria (culpa equiparada ou por assimilação):

A

O agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato que não existe, supondo estar acobertado por excludente de ilicitude (descriminante putativa) e, em razão disso, provoca intencionalmente o resultado ilícito.

28
Q

Culpa mediata ou indireta:

A

é aquela em que o resultado naturalístico é produzido indiretamente a título de culpa.
É imprescindível que o resultado esteja na linha de desdobramento causal da conduta, a culpa indireta pressupõe: nexo causal (que o agente tenha dado
causa ao segundo evento) e nexo normativo (que tenha contribuído culposamente para ele).

Exemplo difundido na doutrina é o da pessoa que, socorrendo ente querido que se encontra atropelado, acaba por ser também atingida por outro veículo, sendo ferida ou morta. O interesse nessa modalidade de culpa está justamente na reponsabilidade do primeiro agente com relação ao segundo atropelamento.

29
Q

Em qual momento um ato deixa de ser preparatório e passa a ser considerado como executório? qual foi a teoria adotada pelo CP como regra?

A

Teoria objetivo-formal ou lógico-formal: é a teoria majoritária no Brasil. Caracteriza ato de execução como aquele em que o agente começa a praticar o verbo (o núcleo do tipo) da conduta criminosa, enquanto que os atos anteriores são preparatórios. (Franz Von Liszt)

30
Q

Teoria objetivo-individual ou objetivo-subjetiva: Adotada excepcionalmente. Atos executórios são aqueles em que….

A

o agente inicia a realização do núcleo do tipo e também os atos que lhe são imediatamente anteriores, DE ACORDO COM O PLANO CONCRETO DO AGENTE. (Welzel, Zaffaroni).

31
Q

Teoria objetivo-material: Os atos de execução são aqueles em que ..

A

o agente inicia a realização do núcleo do tipo e também os atos que lhe são imediatamente anteriores, NA VISÃO DO TERCEIRO
OBSERVADOR.

32
Q

Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída ..

A

de um a dois terços.

33
Q

Natureza Jurídica da tentativa é:

A

● Trata-se de norma de extensão temporal da figura típica causadora de adequação típica mediata ou indireta.

34
Q

Teorias sobre a punibilidade da tentativa: a adotada pelo CP é…

A

Teoria objetiva/realística/dualista: a tentativa é punida por causa do perigo proporcionado ao bem jurídico tutelado pela lei penal. Por isso, a pena de tentativa deve ser menor que a pena da consumação e proporcional ao risco de lesão causado. Analisa o que o agente efetivamente fez , com base na fase do iter criminis à qual ele chegou

35
Q

Qual é a exceção a teoria objetiva para o crime tentado?

A

O crime de empreendimento - pune-se com a mesma pena da consumação - o tipo compreende a tentativa - resquício da teoria subjetiva

36
Q

Quais crime não admitem tentativa?

A

Crimes culposos
Crimes de atentado ou empreendimento:
Crimes preterdolosos: a tentativa é inadmissível na parte culposa;
Crimes unissubsistentes
Crimes omissivos próprios e de perigo abstrato
Contravenções penais
Crime obstáculo: vez que a preparação já está sendo punida de forma autônoma;
Crime habitual

37
Q

Quais são as denominadas pontes de ouro?

A

Arrependimento eficaz e Desistência voluntária

38
Q

O que é resipiscência?

A

Arrependimento eficaz

39
Q

Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até ………… da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de ……….

A

o recebimento
um a dois terços.

40
Q

A função ético-social do Direito Penal (também denominada como função criadora ou configuradora dos costumes) diz queo DP possui como objetivo ….

A

um efeito moralizador, pois visa assegurar um “mínimo ético” que deve balizar a vivência em toda sociedade.

41
Q

crime unissubjetivo diz respeito a ….

A

concurso eventual.

42
Q

crime de potencial perigo diz que ….

A

em uma perspectiva teleológica deve-se interpretar o dispositivo sempre verificando a existência de um potencial perigo ao bem jurídico.

exige apenas que o bem seja exposto a perigo.

43
Q

Dentre as escolas penais , aquela na qual se pretendeu inicialmente aplicar ao direito penal os mesmos métodos de observação e investigação que se utilizavam em outras ciências naturais é a

A

Positivista - inicia com a escola positivista italiana (Lombroso, Garofalo e Ferri), que se destaca pelo uso da experimentação racional (métodos empíricos), com enfoque no criminoso.

44
Q

Em qual sistema penal a culpabilidade é concebida como o vínculo psicológico que une o autor ao fato?

A

Clássico - A CULPABILIDADE seria o VÍNCULO PSICOLÓGICO entre o sujeito e o fato típico e ilícito. Esse vínculo pode ser representado tanto pelo dolo como pela culpa (que eram ESPÉCIES DA CULPABILIDADE).