Digestório Flashcards

1
Q

Pontos de referencia do exame do abdome

A

Rebordos costais
Ângulo de Charpy
Cicatriz umbilical
Ligamento inguinal
Cristas e espinhas ilíacas anteriores
Sínfise púbica

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2
Q

Localizar limite superior do fígado: técnica

A

PERCUSSÃO de cima pra baixo no hemitórax na linha hemiclavicular direita até encontrar um som SUBMACIÇO. + ou - no 5o ou 6o espaço intercostal direito.

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3
Q

Localizar limite inferior do fígado: técnica

A

PALPAÇÃO
É normal não ultrapassar 1cm do rebordo costal, e distar 3 a 5 cm do ângulo de charpy.
Normal palpar, mas mais que esses parâmetros que é hepatomegalia.

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4
Q

Inspeção do abdome: semiotécnica e o que avalia

A

Iluminação adequada
Desnudamento da área
Lesão elementar de pele, circulação venosa colateral
Coloração da pele
Estrias, manchas hemorrágicas, distribuição de pelo
Presença de solução de continuidade na pele (diástase ou hérnia)

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5
Q

Soluções de continuidade: tipos e definições

A

Diástase: afastamento do músculo reto-abdominal
Hérnia: exposição de um saco herniário, nome depende da localização

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6
Q

Manobra de Valsalva

A

Utilizada para evidenciar hérnias, que ficam mais evidentes quando o paciente sopra com força sua própria mão, posicionada na boca para impedir a eliminação do ar

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7
Q

Inspeção abdominal: o que avalia (parâmetros)

A

Forma e volume
Cicatriz umbilical
Abaulamentos ou retrações localizadas
Veias superficiais
Cicatrizes da parede abdominal
Movimentos

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8
Q

Obstrução intestinal secundária no local em que foi previamente realizada uma cirurgia.

A

Brida: traves fibróticas que são uma resposta inflamatória crônica criada dentro do organismo após abordagem cirúrgica.

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9
Q

Forma e volume do abdome: tipos

A

Abdome atípico ou normal
Abdome globoso ou protuberante
Abdome em ventre de batráquio
Abdome pendular ou ptótico
Abdome em avental
Abdome escavado

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10
Q

Principal característica morfológica de abdome atípico

A

Simetria

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11
Q

Abdome globoso: o que caracteriza, causas

A

Diâmetro AP maior que o diâmetro transversal
Gravidez, ascite, distensão gagosa, obesidade, pneumoperitonio, grandes tumores policísticos do ovário

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12
Q

Abdome em ventre de batráquio: o que caracteriza e causas

A

Diâmetro transversal maior que o anteroposterior quando o paciente está em decúbito dorsal.
Causa: ascite em fase de regressão - pressão exercida pelo líquido sobre as paredes laterais do abdome.
Ascite tensa mesmo em decúbito não há mobilidade de líquido, continuando o abdome globoso

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13
Q

Abdome pendular: o que caracteriza

A

Queda do abdome, vísceras pressionam a parte inferior na parede abdominal, produzindo uma protusão.
Causas: flacidez do abdome no período puerperal
Pessoas edemaciadas em que a parede abdominal perdeu a dureza
DEVE SER AVALIADO COM O PACIENTE EM PÉ

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14
Q

Abdome em avental: o que caracteriza e causas

A

Abdome pendendo sobre as coxas do paciente
Causa: obesidade de grau elevado, muito tecido gorduroso na parede abdominal.

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15
Q

Abdome escavado: o que caracteriza e causas

A

Abdome com parede abdominal retraída
Causas: pessoas muito emagrecidas e doenças que levam a essa perda de peso excessiva…

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16
Q

Cicatriz umbilical normal e o que a protusão pode indicar

A

Forma plana ou levemente retraída
Protusão: hérnia, ascite ou gravidez

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17
Q

Lesão elementar ao redor da região umbilical, que doença sinaliza e nome do sinal

A

Equimose periumbilical
Indica presença de sangue no peritônio: hemoperitônio
Sinal de Cullen

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18
Q

Causas de abaulamentos e retrações no abdome

A

Hepatomegalia, esplenomegalia
Útero gravídico
Retenção urinária: bexigoma
Aumento LOCALIZADO.
Dado semiológico fundamental é a localização

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19
Q

Veias superficiais: o que caracteriza e causas

A

Visualização de veias superficiais no abdome
Causa: hipertensão portal, circulação da veia porta tá comprometida e foi utilizada uma via colateral - mais superficial, mais visível

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20
Q

Cicatriz no flanco direito: possibilidades

A

Colecistectomia

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21
Q

Cicatriz no flanco esquerdo: possibilidades

A

Colectomia

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22
Q

Cicatriz na fossa ilíaca direita: possibilidades

A

Apendicectomia, herniorrafia

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23
Q

Cicatriz na fossa ilíaca esquerda: possibildades

A

Hernorrafia

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24
Q

Cicatriz no hipogástrio: possibilidades

A

Histerectomia

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25
Cicatriz na linha média: possibilidades
Laparotomia
26
Cicatriz na região lombar: possibilidades
Nefrectomia
27
Movimentos respiratórios alterados no exame do abdome, o que pode indicar
Respiração toracoabdominal costumam desaparecer nos processos inflamatórios no peritônio que podem acompanhar rigidez na parede abdominal. Nos homens, a respiração passa a ser costal superior como é naturalmente nas mulheres.
28
Pulsações na região epigástrica
Hipertrofia de VD
29
Pulsações na aorta abdominal
Aneurismas de aorta abdominal
30
Movimentos peristálticos visíveis: o que pode indicar
Ondas peristálticas, visível raramente em pessoas magras Indicam obstrução em algum segmento do tubo digestivo
31
Obstrução pilórica: localização e direção dos movimentos peristálticos visíveis
Região epigástrica De cima pra baixo e da esquerda pra direita
32
Obstrução do intestino delgado: localização e direção dos movimentos peristálticos visíveis
Região umbilical Sem direção constante, mais de uma onda ao mesmo tempo
33
Obstrução de intestino grosso: localização e direções dos movimentos peristálticos visíveis
Cólon transverso Deslocam-se da direita pra esquerda
34
Palpação do abdome: semiotécnica
Mão espalmada, paciente em decúbito dorsal, aquecer a mão, examinador à direita (pode divergir em algumas manobras) e palpar todos os quadrantes
35
Importância da palpação superficial
Avaliar sensibilidade, se alguém sente dor já na palpação superficial, é um indicativo clínico importante
36
Sensibilidade na palpação superficial
Palpar levemente Se despertar dor: hiperestesia cutânea Órgãos abdominais, estruturas torácicas, retroperitoneais ou coluna vertebral Analisar localização e irradiação da dor
37
Dor nos pontos gástricos: órgão acometido, doenças possíveis
Pontos gástricos: ponto xifoidiano e epigástrico Esôfago, estômago ou duodeno Esofagites, úlceras, neoplasias, gastrite, tumores
38
Ponto cístico: órgão, localização e sinal encontrado
Vesícula biliar Ângulo formado pelo rebordo costal direito com a borda externa do músculo reto abdominal Sinal de Murphy
39
Sinal de Murphy
Compressão do ponto cístico Ao comprimir, pedir pro paciente inspirar profundamente Diafragma desce na inspiração e empurra o fígado, a VB alcança a extremidade do dedo Quando há **colecistite aguda** (inflamação da vesícula) a manobra desperta uma dor que obriga o paciente a interromper subitamente a inspiração **SINAL DE MURPHY**: dor que causa o interrompimento súbito da inspiração à compressão do ponto cístico (não apenas a dor à compressão) Não é só doença das vias biliares que dá sinal de murphy positivo.
40
Ponto de Mcburney: localização, sinal e doença
Localizado na extremidade dos 2 terços da linha que une a espinha ilíaca anterosuperior direita ao umbigo Sinal de Blumberg Pode ser apendicite
41
Sinal de Blumberg: como é feito, doença e procedimento indicado
Compressão de um ponto, fazendo pressão progressiva, lenta e contínua Descompressão brusca: estiramento rápido do peritônio Se tiver com o peritônio inflamado, esse estiramento causará uma dor aguda e intensa Indica **PERITONITE**, pode ser realizado em qualquer ponto No ponto cístico: pode ser apendicite. Procedimento: cirurgia, no geral.
42
Ponto esplênico: localização, doença se doloroso
Abaixo do rebordo costal esquerdo, no início do seu terço externo Patologia: infarto esplênico
43
Pontos ureterais: localização e o que indica
Borda lateral dos mm. reto abdominais em duas alturas: intersecção no cruzamento da linha que passa pelo **umbigo** e no cruzamento da linha que passa pela **espinha ilíaca anterossuperior**. Litíase ureteral, cólica ureteral e indica a migração de cálculo renal pelos ureteres *Mãos superpostas*, tem que ir mais profundo
44
Dor no ombro direito: patologia não óbvia associada
Colecistite
45
Dor no flanco direito ou esquerdo: patologia não óbvia associada
Dor pleurítica, especialmente na inspiração
46
Dor na região escrotal: patologia não óbvia associada
Cólica renal
47
Dor na região periumbilical: patologia não óbvia associada
Apendicite, no início
48
Dor no epigástrio: patologia não óbvia associada
Infarto
49
Como cessar contração voluntária do músculo abdominal ao examinar o paciente
Desviar atenção, conversar, solicitar que respire profundamente ou pedir pra flexionar as pernas
50
Abdome em tábua
Indica **peritonite difusa** Contração involuntária forte da parede abdominal É um reflexo viscero motor, um abdome em defesa
51
Órgãos da região do hipocôndrio esquerdo
Estômago Rim esquerdo Topo do lado esquerdo do fígado Baço Cauda do pâncreas Parte do intestino delgado Cólon transverso Cólon descendente
52
Órgãos do hipocôndrio direito
Fígado Vesícula biliar Intestino delgado Cólon ascendente Cólon transverso Rim direito
53
Palpação profunda: o que analisa num achado de massa ou tumoração
Localização Forma Volume Sensibilidade Consistência Mobilidade Pulsatilidade
54
Massa com consistência cística na palpação profunda
Bexiga cheia de urina, cistos de ovário, vesícula biliar distendida, abscessos hepáticos
55
Massa com consistência borrachosa na palpação profunda
Fígado gorduroso
56
Massa com consistência pétrea na palpação profunda
Neoplasias
57
Massa móvel na palpação profunda: o que caracteriza, localização que geralmente é encontrada
Mobilidade com a RESPIRAÇÃO Localizadas geralmente no andar superior do abdome **TUMORAÇÕES INTRAPERITONEAIS** Retroperitoneais são fixas Se tiver muita mobilidade, pode indicar a presença de um pedículo
58
Massa pulsável no abdome
Geralmente indica uma superposição do tumor na aorta abdominal, então a pulsação é da aorta, sendo transmitida pela massa
59
Manobra de Lemos Torres: pra que serve e semiotécnica
**Palpação do fígado.** Paciente em decúbito dorsal, conversar com ele e explicar o procedimento para relaxamento da parede abdominal Mão direita palpa hipocôndrio direito, flanco direito e epigástrio, partindo do umbigo até o rebordo costal Junto ao rebordo costal - mão direita espalmada Mão esquerda na loja renal direita empurrando pra cima **Expiração**: ajuste das mãos **sem comprimir nem movimentar** **Inspiração**: mão direita **comprime e movimenta pra cima**, aprofundando no rebordo costal
60
Manobra de Mathieu: pra que serve e semiotécnica
**Palpação do fígado** Paciente em DLE Examinador lado direito de frente para os pés do paciente Duas mãos em garra no hipocôndrio direito Aprofundar de baixo pra cima na **inspiração** para reconhecer a borda hepática
61
Palpação do fígado: características semiológicas
**Distância do rebordo costal** (cm ou dedos transversos -- sendo a referência o prolongamento da linha hemiclavicular direita) **Espessura da borda:** fina ou romba **Superfície:** lisa ou nodular **Sensibilidade:** dor ou não
62
Causas de nódulos no fígado a palpação 1. Difusos 2. Esparsos 3. Únicos
1. Cirrose 2. Metástases 3. Hepatocarcinoma
63
Características do fígado na hepatomegalia por esteatose hepática
Superfície lisa Borda romba Indolor
64
Características do fígado na hepatomegalia por cirrose
Superfície micronodular Borda romba Indolor
65
Características do fígado na hepatomegalia por IC
Superfície lisa Borda romba Doloroso
66
Características do fígado na hepatomegalia por colestase extra-hepática
Superfície lisa Borda romba Indolor
67
Manobra de Mathieu-Cardarelli: pra que serve e semiotécnica
**Palpação do baço** Examinador do lado esquerdo, d3 frente para os pés do paciente Paciente pode estar em DLD Mãos em garra com aprofundamento a cada inspiração
68
Posição de Schuster
Recurso para melhorar a sensibilidade da palpação do baço em garra Paciente em DLD, com a perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90 graus Ombro esquerdo elevado, colocando-se o braço correspondente sobre a cabeça
69
Limites do fisiológico e patológico da palpação e percussão do baço
Fisiologicamente o baço não é percutível Todo baço aumentado é percutível, mas nem sempre é palpável Todo baço palpável é patológico Realizar a percussão adequada do Espaço de Traube
70
Causas de esplenomegalia (categorias)
Vasculares, infecciosas, hematológicas, neoplásicas
71
Causas vasculares de esplenomegalia
Hipertensão portal
72
Causas infecciosas de esplenomegalia
Mononucleose, malária, calazar, esquistossomose
73
Causas hematológicas de esplenomegalia
Anemias hemolíticas Leucemia mielóide crônica Leucemia linfóide crônica Mielofibrose
74
Causas neoplásicas de esplenomegalia
Linfoma de Hodgkin e não Hodgkin
75
Achados do hemograma de alguém com esplenomegalia e hiperesplenismo
Anemia, leucopenia e trombocitopenia
76
Diferencie hiperesplenismo de esplenomegalia
Hiperesplenismo é a atividade aumentada do baço Esplenomegalia é o aumento do tamanho do baço
77
Grandes esplenomegalias
Leishmaniose visceral (calazar), leucemia mielóide crônica
78
Manobra do rechaço
Com a palpa da mão comprime-se com firmeza a parede abdominal e com a face ventral dos dedos e polpas digitais provoca um impulso rápido na parede Retoma-se os dedos a posição inicial, o rechaço ocore quando após a impulsão, percebe-se um choque de massa na mão. **Órgão ou tumor sólido flutuando em um meio líquido (ascite)**
79
Hipertimpanismo no abdome
Aumento da quantidade de ar Obstrução intestinal, pneumoperitônio
80
Som submaciço no abdome
Menor quantidade de ar ou superposição de uma víscera maciça sobre alça intestinal
81
Som maciço no abdome
Fígado, baço, útero gravídico Ascite, tumores e cistos contendo líquido
82
Ascite de grande volume características
Aspecto globoso do abdome Mais de 1500ml de líquido Cicatriz umbilical plana ou protusa
83
Semiotécnica da pesquisa de ascite de grande volume e sinal
Paciente em decúbito dorsal, com a borda cubital da mão sobre a linha mediana do abdome, exercendo ligeira pressão Passa-se então a golpear com o indicador a face lateral do hemiabdome direito Mão esquerda capta os choques das ondas líquidas **SINAL DE PIPAROTE**
84
Pesquisa de ascite de médio volume: técnicas
Macicez móvel e semicírculo de Skoda
85
Macicez móvel
Pesquisa de ascite de médio volume: fazer quando piparote deu negativo Quando possui ascite: 1. Percutir todo o abdome paciente em decúbito dorsal: achados de timpanismo no centro e macicez nos flancos 2. Paciente em DLD: timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito 3. Paciente em DLE: timpanismo no hemiabdome direito e macicez no flanco esquerdo
86
Semicírculos de Skoda: semiotécnica
Percussão do abdome do epigástrio radialmente em direção aos limites do abdome Capta a transição entre o som timpânico para o submaciço e para o maciço A junção dos pontos de transição forma semicírculos com concavidade pra cima
87
Pesquisa de ascite de pequeno volume
Idealmente por USG Mas pode também percutir por piparote a região do baixo ventre com o paciente de pé e bexiga vazia
88
Ausculta no exame físico do abdome
Deve ser realizada antes da percussão e palpação, já que esses podem interferir no peristaltismo Ausculta normal: ruídos hidroáereos a cada 5 a 10s, de timbre agudo decorrente da movimentação dos líquidos e gases
89
Causas de aumento dos ruídos hidroaéreos e nome
Diarreia e oclusão intestinal Borborigmos
90
Silêncio abdominal
Na ausculta, ruídos hidroaéreos ausentes Suspeitar de íleo paralítico, sem peristaltismo
91
Causa do íleo paralítico
Hipocalemia, gerando diminuição do peristaltismo
92
Leucoplasia na boca
Áreas esbranquiçadas nas mucosas Placas brancas, aderidas, indolores Etiologias: álcool, tabagismo, irritação crônica, deficiência vitamínica
93
Aftas: fatores etiológicos
Trauma, estresse, distúrbios digestivos
94
Causas de xerostomia
Desidratação Respiração bucal Medicamentos (anticolinérgicos)
95
Disfagia
Dificuldade para deglutir Pode ser alta ou baixa
96
Sinais e sintomas relacionados a boca
Halitose Afta Xerostomia
97
Sinais e sintomas do esôfago
Disfagia Odinofagia Pirose Regurgitação Eructação Soluço
98
Sinais e sintomas do estômago
Dor Dispepsia
99
Sinais e sintomas do intestino delgado
Diarreia Esteatorreia
100
Sinais e sintomas do cólon, reto e ânus
Dor Obstipação e constipação Distensão abdominal
101
Sinais e sintomas do fígado, vesícula e vias biliares
Dor Icterícia
102
Sinais e sintomas do pâncreas
Dor Icterícia Diarreia e esteatorreia
103
Disfagia alta: o que ocorre e causas
Alimento fica na boca, propiciando broncoaspiração Isso pode gerar uma pneumonia broncoaspirativa Sinais: tosse, regurgitação nasal Causas: compressão esofágica extrínseca, AVE, Miastenia gravis...
104
Disfagia baixa: o que ocorre e causas
Parada do bolo alimentar no esôfago, pode ser crônica ou aguda. Causas: Neoplasias, causas mecânicas, estenoses. Causa aguda: obstrução por corpo estranho, globus hystericus (psicogênica)
105
Odinofagia
Dor retroesternal na deglutição, espasmódica, constritiva Causas: esofagite, infecções, distúrbios motores.
106
Esofagite
Pode ocorrer por refluxo gastroesofágico, com a acidez do estômago corrompendo a mucosa do esôfago por uma incompetência do esfíncter esofágico inferior. É hoje uma das principais causas de hemorragia digestiva alta.
107
Pirose: características e causas
Queimação retroesternal, azia Piora depois das refeições É uma dor ascendente Pode acompanhar regurgitação Causas: hérnia de hiato, estase gástrica, incompetência do esfíncter esofágico inferior
108
Hérnia de hiato
Porção inicial do estômago hernia pra cima do diafragma, em direção ao esôfago, causa o afrouxamento do esfíncter esofágico inferior
109
Diferencie regurgitação de vômito
Vômito é precedido de náuseas e utiliza a contratura da musculatura abdominal para ocorrer. Na regurgitação, o alimento volta mas não tem náusea nem utiliza musculatura abdominal.
110
Causas motoras e mecânicas da regurgitação
Motoras: Doença de Chagas, acalasia (falta de peristalse no esôfago) Mecânicas: Estenoses, neoplasias, divertículos
111
Soluço
Reflexo neuronal, contrações espasmódicas do diafragma com fechamento da glote durante a inspiração
112
Dor estomacal
Sintoma mais comum do estômago Localizada no epigástrio Pode ser aguda ou crônica Gastrites e lesões ulcerosas geram dor
113
Dispepsia
Conjunto de sintomas estomacais: desconforto, empachamento, distensão abdominal, azia... Chamado de síndrome dispéptica Causa: não é elucidada, pode ser somatização
114
Diarreia: o que caracteriza e tipos
Aumento do teor líquido, volume e frequência das evacuações **Osmótica**: aumento da pressão osmótica no conteúdo intraluminal **Secretora**: toxinas que aumentam a secreção de sais e água pro lúmen intestinal **Exsudativa**: doenças que aumentam a permeabilidade da mucosa intestinal, alterando o aspecto **Motora**: aumento da motilidade e peristaltismo
115
Causas de diarreia osmótica
Laxativos, má absorção (como intolerância a lactose)
116
Causas de diarreia secretora
Enterotoxinas, medicamentos
117
Causas de diarreia exsudativa
Inflamação, neoplasia, parasitoses, Crohn
118
Causas de diarreia motora
Hipertireoidismo, nervosismo
119
Esteatorreia
Diarreia com condições específicas: aumento do teor de gordura eliminada nas fezes Fezes amareladas, fétidas e volumosas que flutuam pela densidade
120
Causas de esteatorreia
Doenças hepáticas ou de vias biliares Má absorção intestinal Giardíase
121
Dor no fígado: características
Dor no QSD Dói pela distensão da cápsula de Glison, pois o tecido hepático em si não dói Não tem irradiação da dor Piora com movimento e palpação
122
Dores nas vias biliares
Dor no QSD **Cólica biliar** Piora com a alimentação, pois a vesícula se contrai para expulsar a bile - pode gerar náusea e vômito **Colecistite aguda** Pode irradiar pro ombro direito pela irritação do nervo frênico perto do diafragma Murphy positivo
123
Icterícia: o que perguntar e causas
Ocorre pela impregnação da bilirrubina Importante perguntar ao paciente: Cor das fezes, prurido na pele, velocidade de instalação, flutuação da icterícia Causas: hemólise, obstrução das vias biliares e lesão hepática
124
Dor no pâncreas
Dor visceral e mal localizada Dor em faixa no andar superior do abdome Retroperitoneal Mediações do epigástrio e **hipocôndrio esquerdo**
125
Causas de ascite
Principal: hipertensão portal Cardiovasculares: IC, IVD dificulta o retorno venoso e aumenta a pressão hidrostática no sangue (congestão venosa sistêmica) Renais: síndrome nefrótica (perda de proteínas na urina diminui pressão oncótica do sangue) Inflamatórias: tuberculose peritoneal (aumento da permeabilidade vascular)
126
Diagnóstico de ascite - Exame físico
Inspeção: abdome globoso ou semigloboso, podendo ter veias superficiais Percussão: macicez a percussão Manobras: Ascite de médio volume: macicez móvel e semicírculo de skoda + Ascite de grande volume: piparote positivo Manobra do rechaço
127
Hipertensão portal x cirrose - relação
Cirrose - fibrose do tecido hepático, cicatrização extensa do fígado aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo, podendo levar a hipertensão portal
128
Consequências de hipertensão portal
**Varizes esofágicas e gástricas** -- predominam no terço inferior do esôfago, pode gerar hemorragias (como HDA) **Esplenomegalia** **Ascite** **Circulação colateral**
129
Diagnóstico de hipertensão portal
**Anamnese:** hematêmese (varizes esofágicas ou gástricas) **Inspeção:** presença de circulação colateral, abdome globoso (acompanhando ascite) **Percussão:** macicez no Espaço de Traube (esplenomegalia) **Palpação:** palpação do baço alterada (esplenomegalia) **Manobras:** piparote, macicez móvel ou semicírculos de skoda positivo (acompanhando ascite de grande ou médio volume)
130
Classificação da hemorragia digestiva
Alta: superior ao ângulo de Treitz (junção duodeno-jejunal) Baixa: inferior ao ângulo de Treitz
131
Hemorragia digestiva alta: sintoma característico
Hematêmese (vômito de sangue, não necessariamente vermelho vivo)
132
Melena
Sangue digerido nas fezes, aspecto de borra de café, fezes pretas e fétidas
133
Enterorragia
Sangue vivo nas fezes em maior quantidade, pode ocorrer por uma trombose hemorroidária
134
Hipertensão portal é uma das consequências de ascite (V ou F)
FALSO. Hipertensão portal é a principal **causa** de ascite
135
Hematoquezia
Fezes com raios de sangue, pode ocorrer pelo rompimento de um vaso
136
Classificação da hemorragia quando há achado de hematêmese
Só acontece em **hemorragia digestiva alta**
137
Classificação da hemorragia quando há achado de melena
Pode ser hemorragia digestiva alta ou baixa, mas **geralmente é alta**, e o sangue foi digerido no decorrer do trânsito intestinal
138
Classificação da hemorragia quando há achado de enterorragia ou hematoquezia
Hemorragia digestiva alta ou baixa, mas **geralmente é baixa**
139
Causas de HDA
Úlceras pépticas (principal causa) Varizes esofágicas Lesões agudas
140
Causas de hemorragia digestiva baixa
Hemorroidas (principal causa) Doença diverticular Neoplasias Pólipos
141
Diagnóstico de hemorragia digestiva
EDA: só vê até duodeno - indicado para HDA Enteroscopia: cápsula com câmera para ver todo o tubo digestivo, até após do duodeno Colonoscopia: só vê até o ceco Retossigmoidoscopia: vê reto e sigmoide
142
Anamnese e exame físico de um paciente com hemorragia digestiva
Palidez e paciente hipocorado (analisar a perda sanguínea) Visualização do sangramento História clínica (procurar causas prováveis, etilismo, cirrose, varizes esofágicas, úlceras...) Náuseas e vômitos Desconforto abdominal Hipotensão - hipovolemia Entender o que o sangramento causou, consequências...
143
Perfuração de víscera oca: o que ocorre
Cavidade peritoneal fica repleta de suco digestivo (irritativo), sangue e ar
144
Causas de perfuração de víscera oca
Trumas Perfuração traumática iatrogênica - EDA, colonoscopia... Perfuração espontânea - úlceras, rompimento de divertículo...
145
Diagnóstico de pneumoperitônio
**Percussão:** timpanismo na topografia do fígado (Sinal de Jobert) **Palpação:** Abdome doloroso à palpação, inclusive na superficial Manobra de descompressão súbita com dor Defesa abdominal, contração involuntária - abdome em tábua (peritonite difusa) **Radiografia de tórax:** radiotransparente abaixo da hemicúpula diafragmática direita por presença de gás na cavidade peritoneal **Taquicardia**
146
Perfuração de víscera oca ocasiona geralmente...
Pneumoperitônio e peritonite aguda
147
Causas de peritonite aguda
Translocação de bactérias do intestino pra cavidade peritoneal - ocorre muito em quem tem ascite: Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) Processo inflamatório - pancreatite, colecistite Ruptura de víscera oca - pneumoperitônio Via hematogênica
148
Peritonite com dor difusa: sinais e sintomas
Sinal de Blumberg positivo Defesa abdominal - abdome em tábua, contraído involuntariamente Distensão abdominal Taquicardia, hipotensão, palidez
149
Sinal do Psoas
Paciente em decúbito lateral esquerdo, examinador apoia mão no quadril e o paciente realiza uma extensão da coxa direita. É positivo quando o paciente refere dor ao realizar o movimento. Pode ser indicativo de apendicite
150
Sinal do Obturador
Paciente em decúbito dorsal, eleva a perna e rotaciona medialmente Caso haja dor, pode ser apendicite
151
Sinal de Rovsing
Compressão que se inicia na fossa ilíaca esquerda, ordenhando o trajeto do sigmoide até chegar ao ceco (sigmoide - cólon descendente - cólon transverso - cólon ascendente - ceco). O sinal é positivo quando o paciente sente dor do lado direito, na região da fossa ilíaca direita. Indicativo de apendicite
152
Impactação fecal
Obstrução parcial ou total do reto ou cólon por um fecaloma de grande volume
153
Causas de fecaloma
Constipação: Megacólon - Chagas, tóxico por medicamentos (perda do peristaltismo) Lesões medulares Hipotireoidismo
154
Diagnóstico de impactação fecal
**Exame físico** Dor abdominal Distensão abdominal Timpanismo ou hipertimpanismo Desaparecimento da macicez hepática por uma interposição de alças que desloca o fígado pra cima *NÃO É JOBERT* Palpação de fecaloma Crepitações a palpação da massa, como se estivesse amassando papel - Sinal de Gersuny **Radiografia** Distensão de alças: muito gás, achado em miolo de pão
155
Sintomas cardinais de oclusão intestinal
Dor abdominal Vômitos (vômitos fecaloides) Parada da eliminação de fezes e gases
156
Causas de oclusão intestinal
Fecaloma pode ser uma causa Estenose Compressão extrínseca (tumores por ex.) Hérnias (estrangulamento da alça) Volvo (nó, causa aguda) Invaginação (alça penetra na luz de outra)
157
4 causas de oclusão intestinal relacionadas as alças intestinais em si
Herniação estrangulada (pode ocorrer em uma hérnia umbilical, por ex) Adesões (ocorre em quem faz muita cirurgia, bridas) Intucepção ou invaginação (uma alça penetra na luz de outra) Volvo (nó que impede o trânsito)
158
Sinal de Jobert
Timpanismo ou hipertimpanismo na percussão da topografia do fígado **Pneumoperitônio**
159
Sinal de Gersuny
**Impactação fecal** Crepitações à palpação de uma massa (fecaloma), como se estivesse amassando papel
160
Sinal de Cullen
**Hemoperitônio** Equimose periumbilical: lesão elementar ao redor da região umbilical, com aspecto de hematoma
161
Hiperestesia cutânea
Dor ao palpar de forma superficial o abdome - aumento do parâmetro de sensibilidade
162
Sintoma de dor no QSD (relacionado a cólon, reto e ânus)
Impactação fecal, obstipação
163
Sintoma de dor no QID (relacionado a cólon, reto e ânus)
Apedicite, câncer de ceco, doença de Chron
164
Sintoma de dor no QSE (relacionado a cólon, reto e ânus)
Diverticulite, obstipação
165
Sintoma de dor no QIE (relacionado a cólon, reto e ânus)
Diverticulite, obstipação, neoplasias
166
Sintoma de dor difusa no abdome: correlação clínica
Peritonite
167
Causas de obstipação ou constipação intestinal
Dieta pobre em fibras Baixa ingesta de água Hipotireoidismo Lesões obstrutivas
168
Causas de distensão abdominal
Vólvulo de sigmoide Impactação fecal Ascite Estenose Neoplasias
169
Hérnias: definição e exame físico
Solução de continuidade por onde penetram uma ou mais estruturas intra-abdominais, com a protusão do conteúdo. Inspeção: tumefação na região da hérnia Palpação: reconhecer o orifício ou área da parede abdominal Pode pedir pro paciente tossir ou realizar a Manobra de Valsalva e observar a região inguinal, umbilical e femoral
170
Diagnóstico de oclusão intestinal (exame físico)
Distensão abdominal Timpanismo localizado ou difuso RHA aumentados Vômitos fecaloides
171
Espaço de Traube limites
Limite superior no 6º EIE Limite inferior no RCE Limite lateral na linha axilar anterior Limite medial no apêndice xifoide