DIABETES Flashcards
Como funciona a liberação de insulina pela Célula Beta Pancreática?
NO pâncreas
- Há a entrada de glicose pelo GLUT2 nas células beta pancreáticas
- Utilização desta na respiração celular e formação de ATP
- ATP vai inibir a saída de K+ da célula B pancreática, concentrando K+ no meio intra-celular
- Esse K+ vai despolarizar a célula, abrindo canais de potassio voltagem dependentes.
- O Ca2+ vai promover a contração celular e causar vibração do citoesqueleto
- Isso vai causar a EXOCITOSE DA INSULINA da célula beta pancreática.
–> O PICO DE GLICEMIA COINCIDE COM O PICO DE INSULINA
Como ocorre a entrada de glicose nas células?
Existem 2 maneiras da glicose entrar na célula
1. Tecidos INSULINO-DEPENDENTES
(presentes no tecido muscular e no tecido adiposo)
- insulina se liga a receptores de TIROSINA QUINASE nas células e os ATIVA
- Este sinal passa pela célula PROMOVE A PRODUÇÃO E A EXTERNALIZAÇÃO DE CANAIS GLUT 4 permitindo a entrada de glicose na célula!
-> baixa secreção de insulina causa diminuição da expressão de GLUT 4 nas células
-> resistência à insulina: insulina + receptor de tirosina quinase não conseguem promover a expressão de GLUT 4
- TECIDOS INSULINO-INDEPENDENTES
- presente no cérebro, neurônios, hemácias, endotélio, fígado, célula da retina, néfrons…
- NÃO É NECESSÁRIO INSULINA para a entrada da glicose na célula
- Em diabéticos, a diminuição da expressão de GLUT 4 (por baixos níveis de insulina ou por resistencia tecidual), causa o acúmulo de glicose nas células INSULINO-INDEPENDENTES!*
- entrada de glicose por esses canais não dependentes de insulina pode gerar acúmulo de glicose nessas células - degeneração.
Ex.: nos neurônios: neuropatia diabética
Qual o tratamento farmacológico do…
DM 1: Insulinoterapia
DM 2: Metformina (Primeira escolha)
Em estágios finais, quando ocorreu o esgotamento de células beta pancreáticas: insulinoterapia
Pâncreas e DM 1 e DM 2
O pâncreas é uma glândula mista, atuando de forma endócrina e exócrina no organismo.
Sua porção endócrina se dá pelas Ilhotas de Langerhans, composta pelas células beta e alfa pancreáticas.
Células beta pancreáticas: secretam insulina
Células alfa pancreáticas: secretam glucagon
Quando falamos de DM 1: deficiência de insulina
Pensar em disfunção no pâncreas (problemas relacionados à células beta pancreáticas)
Quando falamos em DM 2: resistência dos tecidos
Pensamos em disfunções nos tecidos, que podem resultar em difunção no pâncreas.*
- Quando temos um pico de glicemia, temos um pico de insulina proporcional. Dietas hipercalóricas, como em obesos, vão sempre estimular picos elevados de insulina (pelo alto valor da glicemia, proporcional), esgotando as células beta pancreáticas, que com o tempo perdem a sua função.
O que são:
Insulina Basal
Bolus de refeição
Bolus de correção
?
Insulina Basal: constante
- impede que haja a lipólise e a secreção hepática de glicose* entre as refeições
- Ex.: NPH
*lipólise e a secreção hepática de glicose ocorrem no diabEtes uma vez que os tecidos não identificam a entrada de insulina (pq não há, devido à ausência de insulina), produzindo glicose por si só
Insulina durante a refeição (Bolus de refeição/prandial):
- quantidade de insulina administrada para metabolizar uma quantidade de carboidratos sendo ingeridos no momento
- Ex.: REGULAR
Insulina para corrigir glicemia pré e pós prandiais (pré e pós refeição), ou entre refeições :
- alcançar a glicemia na meta terapêutica desejada, utiliza-se insulina rápida ou ultra rápida. -> Bolus de CORREÇÃO (não é o ideal, quanto mais adequado o tratamento, menor a necessidade de Bolus de Correção)
Como age a insulina NPH? E a insulina regular?
Diga se são de ação rápida ou lenta, seus efeitos e os horários adequados para consumo.
As insulinas NPH e a Regular são as insulinas mais semelhantes às insulinas endógenas, produzidas pelas células beta pancreáticas.
NPH:
- Insulina basal: ação constante (até no jejum)
- ação lenta/intermediária - aplicada no subcutâneo e se concentra nele, sendo liberada aos poucos na corrente sanguínea.
- pode ser administrada em 3 doses/ dia (antes do café da manhã, antes do almoço e ao dormir)
- aplicada no subcutâneo sempre (para que faça depósito)
- suspensão (forma farmacêutica) branca -> é a insulina regular + protemina + zinco (complexo solúvel) -> permite que faça depósito sucutâneo e libere mais lentamente
Regular:
- Insulina Bolus Refeição
- Ação rápida
- Ingerir 30 minutos antes de comer
- “Cobrir” a quantidade de carboidratos consumidos
- Pronta para ser absorvida
- Aplicação no subcutâneo, em casos de correção pode ser EV
Análogos à insulina:
Insulina de longa duração: semelhante à NPH
- Glargina 100UI (Lantus e Basaglar)
- Dura 24h -> 1 dose ao dia
Insulina de ação ultralonga
- Glargina 300UI (Toujeo)
- Degludeca (Tresiba)
- Duram mais que 24h
- Não apresentam pico de ação!
- Perigo de hipoglicemia caso não administrado corretamente
Insulina de ultrarrápida
- Asparte (Novorapid)
- Lispro (Humalog)
- Glulisina (Aprida)
- início de 5-15min pós aplicação
- pode ser administrada minutos antes da refeição ou logo após - maior liberdade do paciente na relação insulina/refeição
Qual a composição da insulina?
Como é produzida a insulina que será administrada?
Insulina Endógena:
A insulina é um polipeptídeo formado por 2 cadeias (A e B), conectadas por pontes dissulfeto.
Apresenta meia vida curta (3-5min)
Metabolizada por insulinases: nos rins, fígado e placenta.
Produção de Insulina Sintética:
Engenharia genética - feita por DNA recombinante de bactérias: insere-se o gene para produção de insulina em um plasmídeo, bactéria produz.
Quais os principais efeitos adversos da administração de insulina?
- HIPOGLICEMIA
- Ganho de peso
Explique brevemente:
- Insulina Pré-mistura
- Bomba de infusão contínua
- Insulina Inalatória
- Insulina Pré-mistura
- uma parte insulina de longa duração, outra insulina de ação rápida
- aplica a de longa duração de manhã para cobrir o café da manhã e, caso necessário, outra a noite. - Bomba de infusão contínua
- prática mas alto custo
- aplicação automática e contínua e lenta
- controle mais preciso da glicemia
- Em pacientes críticos, pode ser aplicada no EV ou intramuscular - Insulina Inalatória
- não precisa de agulha
- insulina é absorvível pelo alvéolo pulmonar, chega rapidamente ao sangue
VALORES DE GLICEMIA
jejum
pós refeição
ao acaso
hemoglobina glicada
Jejum: entre 70 e 126mg/dL
Pós refeição: inferior a 180mg/dL
Ao acaso: abaixo de 200mg/dL
Hemoglobina glicada: menor ou igual a 6,5%
Acima destes valores: diabetes
esses valores devem estar dentro da faixa ao longo do mês para serem considerados de um indíviduo sem diabetes
MEDICAMENTOS ORAIS PARATRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS (usados no TIPO 2)
Medicamentos sensibilizadores de insulina
Metformina - glifage
Glitazonas - pioglitazona
Secretagogos (estimulam a liberação de insulina)
Sulfaniuréias: glibenclamida, glicazida, glimeperida, glipizida
Glinidas: metglinidas, repaglinida, nateglinida
Inibidores de DPP-4
Gliptina
final: TINA
Inibidores de SGLT2
Dapagliflozida