Diabetes Flashcards

1
Q

homeostase normal da glicose é fortemente regulada por três processos inter- relacionados:

A

produção de glicose no fígado;
• a captação de glicose e a utilização pelos tecidos periféricos, principalmente músculos
esqueléticos; e
• ações da insulina e de hormônios contrarregulatórios, como o glucagon na captação de
glicose e no metabolismo.

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2
Q

Durante o estado de jejum, os níveis baixos de insulina e altos de glucagon facilitam

A

gliconeogênese hepática e a glicogenólise (quebra de glicogênio) enquanto diminuem a síntese de glicogênio, evitando assim a hipoglicemia.

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3
Q

estímulo mais importante para a síntese e liberação de insulina é

A

a própria
glicose.
-insulina promove a captação de glicose e a utilização nos tecidos.
→ O músculo esquelético é o principal local responsivo à insulina para a utilização de glicose pós-alimentação, e é critico para evitar a hipoglicemia e manter a homeostase da glicose.

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4
Q

INSULINA

A

Além de promover a síntese lipídica, a insulina também inibe a degradação lipídica nos adipócitos.
→ Similarmente, a insulina promove a captação de aminoácidos e a síntese proteica enquanto inibe a degradação proteica.

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5
Q

DIABETES MELLITUS- características gerais

A

→ Diabetes mellitus é caracterizado por um grupo de distúrbios metabólicos que compartilha a característica subjacente comum de hiperglicemia.
→ A hiperglicemia no diabetes mellitus é resultante do defeito na secreção de insulina, na ação da insulina ou, mais comumente, ambas.
→ A hiperglicemia crônica e a desrregulação metabólica concomitante podem estar associadas a danos secundários em múltiplos sistemas de órgãos, especialmente rins, olhos, nervos e vasos sanguíneos.
→ A Diabetes mellitus é considerada uma das mais importantes DCNT.

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6
Q

DIABETES MELLITUS Sinais e sintomas da DM

A
• poliúria (micção frequente);
• polidipsia (sensação de sede);
• polifagia (sensação de fome);
• fadiga e feridas que não cicatrizam;
• visão turva;
• prurido;
• neuropatias;
• infecções vaginais recorrentes em mulheres;
• perda de peso em pacientes com DM1.
→ Na maioria dos casos estes sintomas manifestam-se de forma gradual e lenta, sendo que muitos indivíduos não apresentam qualquer sintoma durante os primeiros anos da doença, sendo apenas diagnosticados com DM através de exames de rotina.
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7
Q

DIABETES MELLITUS Tipo 1 geral

A

→ O diabetes do tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células β e uma deficiência absoluta de insulina.
→ A destruição das ilhotas é causada principalmente por células efetoras imunológicas que reagem contra antígenos endógenos das células β.
→ É responsável por aproximadamente 5% a 10% de todos os casos de diabetes, sendo o subtipo mais comum diagnosticado nos pacientes mais jovens do que 20 anos de idade.

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8
Q

CETOACIDOSE DIABÉTICA

A

→ A Cetoacidose diabética é uma complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica.
→ Ocorre quando as concentrações de insulina são insuficientes para suprir as necessidades metabólicas básicas do organismo.
→ A insulina normalmente bloqueia a cetogênese pela inibição do transporte de derivados de ácidos graxos livres na matriz mitocondrial, mas na ausência de insulina, a cetogênese prossegue.
→ A deficiência de insulina pode ser absoluta (p. ex., durante lapsos de administração de insulina exógena) ou relativa (p. ex., quando as doses usuais de insulina não suprem as necessidades metabólicas durante estresse fisiológico

→ A hiperglicemia causa diurese osmótica com perda significativa de líquidos e eletrólitos.
→ Causa náuseas, vômitos e dor abdominal e pode evoluir para edema cerebral, coma e morte.
→ Indivíduos em estado de CD podem também apresentar hálito com odor de frutas em razão de exalarem acetona.
→ Sintomas de descompensação mais grave incluem dor abdominal, letargia e sonolência.
→ Pacientes podem estar hipotensos e taquicárdicos por desidratação e acidose; podem respirar rápido e profundamente para compensar a acidemia (respiração de Kussmaul). → É diagnosticada pela detecção de cetonemia e acidose metabólica com hiato aniônico positivo, na presença de hiperglicemia

→ É mais comum nos pacientes com DM1, podendo ser a primeira manifestação de DM1.
→ A cetoacidose diabética é menos comum no diabetes mellitus tipo 2, mas pode ocorrer em situações de estresse fisiológico excepcional. O diabetes tipo 2 propenso à cetose é uma variante do diabetes tipo 2, que às vezes ocorre em pacientes obesos, geralmente de descendência africana (inclusive afro-americanos ou afro-caribenhos).
→ Os diabéticos com propensão à cetose (também conhecida como diabetes Flatbush) podem apresentar comprometimento significativo da função das células beta das ilhotas pancreáticas com hiperglicemia e, portanto, têm maior probabilidade de cetoacidose diabética no caso de hiperglicemia importante

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9
Q

DIABETES MELLITUS Tipo 2 geral

A

→ O diabetes do tipo 2 é causado pela combinação de resistência periférica à ação da insulina e uma resposta secretória inadequada das células β pancreáticas.
→ Aproximadamente 90% a 95% dos pacientes diabéticos têm o diabetes do tipo 2, sendo que a grande maioria dos acometidos são obesos.
→ Embora classicamente considerada como “de início na vida adulta”, a prevalência do tipo 2 em crianças e adolescentes está aumentando a passos alarmantes.

→ Os dois efeitos metabólicos que caracterizam o diabetes tipo 2 são
(1) a resposta diminuída dos tecidos periféricos à insulina (resistência à insulina); e
(2) disfunção da célula β que é manifestada como secreção inadequada de insulina
diante da resistência à insulina e da hiperglicemia.

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10
Q

DIABETES MELLITUS Tipo 2 etiologia

A

→ Evidências adicionais para a base genética emergiram de estudos recentes de associação ampla do genoma em larga escala, os quais identificaram mais de uma dúzia de lócus de suscetibilidade.
→ Os fatores ambientais, com o estilo de vida sedentário e os hábitos alimentares e sedentarismo inequivocamente desempenham um papel central (mais evidente quando a associação com a obesidade for considerada) no desenvolvimento da DM2.

Os fatores dietéticos influenciam significativamente o risco de desenvolvimento de DM2, tais como:
• consumo excessivo de bebidas açucaradas;
• ingestão de tipo de gorduras saturadas e trans;
• consumo excessivo de carboidratos simples e de farinhas refinadas.
→ As implicações no metabolismo ocasionadas pela privação crônica do sono também têm sido associadas ao desenvolvimento da DM2.
→ Vários medicamentos podem provocar a predisposição para a DM2, tais como:
• Glicocorticóides e tiazidas;
• Antipsicóticos atípicos;
• Estatinas.
→ Mulheres que tenham tido diabetes gestacional apresentam maior risco de desenvolvimento de DM2.

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11
Q

DIABETES MELLITUS Tipo 2 Fatores de Risco

A

Idade ≥ 45 anos;
• História familiar de DM (pais, filhos e irmãos);
• Excesso de peso (IMC > 24,9 kg/m2);
• Sedentarismo;
• HDL-c baixo ou triglicérides elevados;
• Hipertensão arterial;
• Doença coronariana;
• DM gestacional prévio;
• Macrossomia ou história de abortos de repetição ou mortalidade perinatal;
• Uso de medicação hiperglicemiante (por exemplo, corticosteróides, tiazídicos e beta-
bloqueadores).

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12
Q

FISIOPATOLOGIA DA DM2

Resistencia á insulina (RI)

A

→ A DM2 deve-se primariamente pela resistência à insulina.
→ A RI é definida como a incapacidade das células em responder de forma adequada ao nível normal de insulina.
→ Ocorre principalmente nos músculos, fígado e tecido adiposo. O fígado liberta impropriamente glicose para o sangue.
→ Pesquisas indicam que a perda da sensibilidade à insulina nos hepatócitos é provavelmente o maior contribuinte da patogenia da resistência à insulina.
→ A RI leva à captação diminuída de glicose no músculo, glicólise e oxidação reduzida de ácidos graxos no fígado, e à incapacidade de suprimir a gliconeogênese hepática.
→ A proporção de resistência à insulina é individualmente variável, assim, nem todas as pessoas com resistência à insulina desenvolvem diabetes, uma vez que também é necessário que haja incapacidade das células pancreáticas em segregar insulina.

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13
Q

FISIOPATOLOGIA DA DM2 Disfunção das Células β

A

→ No DM2, as células β aparentemente esgotam sua capacidade de se adaptar às demandas prolongadas da resistência periférica à insulina.
→ Em estados de resistência à insulina, a secreção de insulina é inicialmente mais alta na tentativa de compensar os altos níveis de glicose provenientes da dieta alimentar.
→ O estado hiperinsulinêmico é uma compensação da resistência periférica e pode frequentemente manter a glicose plasmática normal durante anos. No entanto, a compensação das células β se torna inadequada, e há uma progressão para a hiperglicemia.
→ O estado inflamatório ocasionado pelo excesso de NEFAs e a sinalização atenuada da insulina (lipotoxicidade) predispõem tanto para a resistência à insulina quanto para a falha das células β.
→ Ocorre substituição amiloide das ilhotas, sendo um achado característico em 90% dos indivíduos com o DM2 prolongado, sendo diretamente tóxica para as ilhotas, analogamente ao papel desempenhado pelas placas amiloides na doença de Alzheimer.

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14
Q

FISIOPATOLOGIA DA DM2 Resistencia á insulina (RI) e obesidade

A

→ A associação epidemiológica da obesidade com DM2 tem sido reconhecida por décadas, onde a obesidade visceral observada em mais de 80% dos pacientes.
→ A obesidade tem efeitos profundos na sensibilidade dos tecidos à insulina, e, como consequência, na homeostase sistêmica da glicose.
→ A resistência à insulina está presente mesmo na obesidade simples desacompanhada pela hiperglicemia, indicando uma anormalidade fundamental na sinalização da insulina nos estados de excesso de gordura.
→ O risco para o diabetes aumenta proporcionalmente ao aumento do IMC.
→ Não somente a quantidade absoluta de gordura, mas também a distribuição da gordura corporal exerce efeito na sensibilidade à insulina, visto que a obesidade central (gordura abdominal) está mais provavelmente ligada à resistência à insulina do que os depósitos de gordura periféricos (glútea/subcutânea).

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15
Q

FISIOPATOLOGIA DA DM2 Relação excesso de peso e desenvolvimento da DM2

A

→ As adipocinas são hormônios liberados pelo tecido adiposo em resposta a alterações no
estado metabólico. A leptina e a adiponectina melhoram a sensibilidade à insulina pela acentuação direta da atividade da proteína cinase ativada por AMP (AMPK), uma enzima que promove a oxidação dos ácidos graxos no fígado e no músculo esquelético.
→ Os níveis de adiponectina e leptina estão reduzidos na obesidade, contribuindo assim para a resistência à insulina.
→ As citocinas produzidas pelo tecido adiposo inflamado induzem a RI pelo aumento do estresse oxidativo celular, o qual, por sua vez, ativa múltiplas cascatas de sinalização que antagonizam a ação da insulina nos tecidos periféricos.
→ O PPARγ é um receptor nuclear e um fator de transcrição expresso no tecido adiposo, participante da diferenciação dos adipócitos. A ativação do PPARγ promove a secreção das adipocinas anti-hiperglicêmicas como a adiponectina, e transferem a deposição dos NEFAs para o tecido adiposo e não para o fígado e o músculo esquelético.
→ A obesidade atenua ou inibe a ativação do PPARγ

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16
Q

COMPLICAÇÕES CAUSADAS PELA DM2

A

→ A DM2 é normalmente uma doença crónica, à qual corresponde uma diminuição da esperança média de vida de dez anos . Isto se deve em parte a uma série de complicações graves associadas à doença, nas quais se inclui:
• Risco de duas a quatro vezes maior do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a cardiopatia isquémica ou um AVC ;
• O aumento da mortalidade cardiovascular dos pacientes diabéticos está relacionada ao estado diabético per se e à agregação de vários fatores de risco cardiovasculares, como obesidade, hipertensão arterial (HA) e dislipidemia entre outros;
• Risco vinte vezes maior de amputações dos membros inferiores, devido ao desenvolvimento de alterações pró-trombóticas;
• Principal causa de cegueira não-traumática;
• Principal causa do desenvolvimento de insuficiência renal crónica;

  • A doença tem também sido associada a um risco acrescido de disfunções cognitivas e de demência, manifestado através de outras doenças como a doença de Alzheimer ou a demência vascular;
  • Entre outras complicações possíveis estão a acantose nigricans, a disfunção eréctil e infecções regulares;
  • Desenvolvimento de formas graves de Covid-19 devido ao aumento da enzima conversora de angotensina-1 (ECA-1), expressa em muitas células do organismo, mas principalmente em células pulmonares e pancreáticas, responsável pela ligação do coronavírus às estas células;
  • A DM2 é um dos principais componentes do desenvolvimento de síndrome metabólica.
17
Q

SÍNDROME METABÓLICA

A

A SM corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a RI, uma anormalidade metabólica característica de indivíduos com diabetes mellitus (DM) tipo 2 (DM2), DM tipo 1 (DM1) descontrolado, cetoacidose diabética e obesidade, onde pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que fazem parte da síndrome metabólica.

→ Embora não exista um único critério aceito universalmente para definir esta síndrome, sua caracterização ocorre pela associação entre:
• obesidade (central, periférica ou centrípeta): CC >102cm homens e 88cm mulheres;
• presença de gordura visceral;
• Hiperglicemia (níveis de glicose >100mg/dL ou em tratamento);
• Hipertrigliceridemia (níveis de TG>150mg/dL ou em tratamento para ↑TG);
• Hipertensão arterial sistêmica: acima de 130x85mmHg ou em tratamento para HAS.
→ Outras manifestações da SM incluem:
• elevação dos níveis séricos de colesterol total (CT);
• redução das lipoproteínas de alta densidade (HDL) e aumento das lipoproteínas de baixa
densidade (LDL);
• hiperuricemia;
• inflamação sistêmica subaguda.

→ A SM é uma doença da civilização moderna e associada ao excesso de peso, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo.
→ A SM é considerada um dos principais fatores de risco para desenvolvimento da DHGNA e correlacionada a um maior número de eventos cardiovasculares.
→ Há alguns anos tem sido estabelecido que a DHGNA seja uma manifestação hepática da SM, onde, depois da obesidade, o diabetes mellitus (DM) foi o fator de risco que mais se correlacionou à presença de DHGNA, inclusive com formas mais graves de lesão histopatológica.

18
Q

PATOGENIA DAS DOENÇAS CAUSADAS PELA DIABETES MELLITUS 1

A

Pelo menos três vias metabólicas distintas foram implicadas nos efeitos deletérios da hiperglicemia persistente nos tecidos periféricos:
(1) Formação de Produtos Finais da Glicação Avançada, com seus efeitos nocivos:
• liberação das citocinas e dos fatores de crescimento pró-inflamatórios dos macrófagos;
• geração de espécies reativas de oxigênio nas células endoteliais;
• Atividade pró-coagulatória nas células endoteliais e macrófagos;
• proliferação das células musculares lisas vasculares e síntese da matriz extracelular.

A patogenia das complicações em longo prazo do diabetes é multifatorial, embora a hiperglicemia persistente (“glicotoxicidade”) pareça ser um mediador chave.
→ A morbidade associada ao diabetes prolongado de ambos os tipos resulta de várias complicações sérias, causadas principalmente por lesões envolvendo as artérias musculares de médio e de grande calibre (doença macrovascular) e disfunção em órgãos- alvos (doença microvascular).
→ A doença macrovascular causa aterosclerose acelerada entre os diabéticos, resultando em risco aumentado de infarto do miocárdico, ataque e gangrena das extremidades inferiores.
→ Os efeitos da doença microvascular são mais profundos na retina, rins e nervos periféricos, resultando em retinopatia diabética, nefropatia e neuropatia, respectivamente.

19
Q

PATOGENIA DAS DOENÇAS CAUSADAS PELA DIABETES MELLITUS

2

A

(2) Ativação da Proteína Cinase C (PKC) , conduzindo à numerosos efeitos:
• Produção do fator de VEGF, implicado na neovascularização caracterizando a
retinopatia diabética;
• Níveis elevados do vasoconstrictor endotelina-1 e níveis diminuídos do vasodilatador
NO, decorrentes da expressão diminuída da óxido nítrico sintase endotelial;
• Produção de fatores pró-fibrogênicos como o TGF-β, levando à deposição aumentada
de matriz extracelular e material da membrana basal;
• Produção de PAI-1, levando à fibrinólise reduzida e a possíveis episódios oclusivos
vasculares;
• Produção de citocinas pró-inflamatórias pelo endotélio vascular.

20
Q

PATOGENIA DAS DOENÇAS CAUSADAS PELA DIABETES MELLITUS 3

A

(3) Hiperglicemia Intracelular e Distúrbios nas Vias de Poliol, o que acarreta em estresse oxidativo pelos seguintes passos:
• em alguns tecidos que não requerem insulina para o transporte da glicose (p. ex.,
nervos, rins, vasos sanguíneos), a hiperglicemia persistente no meio extracelular leva a
um aumento da glicose intracelular;
• O excesso de glicose é metabolizado pela enzima aldose redutase a sorbitol (poliol), e
em uma reação que usa o NADPH;
• O NADPH também é requerido pela enzima glutationa redutase na reação que
regenera a glutationa reduzida (GSH), sendo que esta competição por NADPH pode
conduzir à depleção de GSH;
• A depleção de GSH acarreta em aumento da suscetibilidade das células ao estresse
oxidativo.

21
Q

DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

A

→ Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como qualquer grau de intolerância à glicose, com início ou primeiro reconhecimento durante a gestação.
→ Esta definição se aplica independentemente do uso de insulina ou se a condição persiste após o parto e não exclui a possibilidade de a intolerância à glicose ter antecedido a gravidez.

As alterações no metabolismo materno são importantes para suprir as demandas do feto.
→ O desenvolvimento de resistência à insulina (RI) durante a segunda metade da gestação é resultado de adaptação fisiológica, mediada pelos hormônios placentários anti- insulínicos, para garantir o aporte adequado de glicose ao feto.
→ Entretanto, algumas mulheres que engravidam com algum grau de RI,, este estado fisiológico de RI será potencializado nos tecidos periféricos. São considerados fatores de risco:
• sobrepeso/obesidade;
• obesidade central;
• síndrome dos ovários policísticos.
→ Paralelamente, impõem-se a necessidade fisiológica de maior produção de insulina, e a incapacidade do pâncreas em responder à RI fisiológica ou à sobreposta, favorecendo o quadro de hiperglicemia de intensidade variada, caracterizando o DMG2.