Cardiovascular Flashcards
VASOS SANGUÍNEOS Estrutura e Função
→ Para suportar o fluxo pulsátil e as pressões mais altas nas artérias, as paredes arteriais, em geral, são mais espessas do que as paredes das veias.
→ A espessura das paredes arteriais diminui gradualmente à medida que os vasos se tornam menores
→ Os constituintes básicos das paredes dos vasos são as células endoteliais e as células musculares lisas, além da matriz extracelular (MEC)
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL
Disfunção endotelial é definido como um fenótipo alterado, responsável por comprometer a vasorreatividade ou induzir a uma superfície trombogênica ou anormalmente adesiva às células inflamatórias.
→ A disfunção endotelial é responsável, pelo menos em parte, pelo início da formação de trombo, aterosclerose e lesões vasculares da hipertensão e outros transtornos.
→ Certas formas de disfunção das células endoteliais têm início rápido (em minutos), são reversíveis e independentes da síntese de novas proteínas (p. ex., contração de células endoteliais induzida pela histamina e outros mediadores vasoativos que causem solução de continuidade do endotélio venular).
→ Outras mudanças envolvem alterações da expressão genética e da síntese de proteínas e podem exigir horas ou até dias para se desenvolverem.
CÉLULAS MUSCULARES LISAS
Funções
• Papel central no reparo vascular normal e nos processos patológicos como a aterosclerose.
• Capacidade de proliferar quando apropriadamente estimuladas;
• Podem sintetizar colágeno da MEC, elastina e proteoglicanos e elaborar fatores de
crescimento e citocinas.
• Vasoconstrição ou dilatação que ocorre em resposta a estímulos fisiológicos ou
farmacológicos.
→ As atividades migratórias e proliferativas das células musculares lisas são reguladas
por:
• promotores de crescimento: PDGF, endotelina-1, pro-trombina, fator de crescimento
de fibroblastos (FGF), IFN-γ IL-1;
• inibidores do crescimento: heparan-sulfatos, óxido nítrico e TGF-β.
→ Outros reguladores incluem o sistema renina-angiotensina (p. ex., angiotensina II), catecolaminas, o receptor de estrogênio e a osteopontina, um componente da MEC.
ESPESSAMENTO DA ÍNTIMA
lesão vascular (com perda de células endoteliais ou mesmo apenas disfunção) estimula o crescimento das células musculares lisas e a síntese da matriz associada, o que espessa a íntima.
→ A restauração dos vasos lesados é análoga ao processo que ocorre em outros tecidos danificados, sendo que nos vasos resulta na formação de uma neoíntima.
→ Esta resposta da neoíntima ocorre com qualquer forma de lesão ou disfunção vascular,
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
→ A patologia vascular resulta em doença por meio de dois mecanismos principais:
(1) Estreitamento (estenose) ou obstrução completa dos lúmens dos vasos, seja progressivamente (p. ex., pela aterosclerose),ou precipitadamente (por trombose ou
embolia) ;
(2) Enfraquecimento das paredes vasculares, levando à dilatação ou à ruptura.
FATORES DE RISCO DA ATEROSCLEROSE
→ Quando estão presentes três fatores de risco (p. ex., hiperlipidemia, hipertensão e tabagismo), a taxa de infarto do miocárdio aumenta sete vezes.
FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE
→ Modelo de resposta à lesão: a aterosclerose é uma resposta inflamatória e de resolução crônica da parede arterial à lesão endotelial, em que ocorre progressão da lesão através da interação de lipoproteínas modificadas, de macrófagos derivados de monócitos e de linfócitos T com os constituintes celulares normais da parede arterial.
→ Os 4 principais eventos da aterogênese são os seguintes:
• Lesão endotelial;
• Hiperlipidemia;
• Resposta inflamatória crônica;
• Proliferação do músculo liso de deposição da MEC;
• Formação de fibrose e calcificação.
FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE (1) Lesão endotelial
• A perda endotelial por qualquer tipo de lesão resulta em espessamento da íntima e,
na presença de dietas ricas em lipídios, surgem ateromas típicos;
• As células endoteliais disfuncionais mostram aumento da permeabilidade endotelial,
aumento da adesão de leucócitos e alteração da expressão genética
• As duas causas mais importantes de disfunção endotelial são os desequilíbrios
hemodinâmicos e a hipercolesterolemia;
FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE (2) Hiperlipidemia
Os lipídios dominantes nas placas ateromatosas são o colesterol e os ésteres do colesterol, sendo transportados pela corrente sanguínea ligados a apoproteínas específicas
• Elas se acumulam no interior da íntima, sendo oxidados
• O LDL oxidado é ingerido pelos macrófagos e se acumula
• O LDL oxidado estimula a liberação de fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas podendo ser citotóxico para as células endoteliais e as células musculares lisas, por induzir disfunção das células endoteliais;
• A hiperlipidemia crônica pode comprometer diretamente a função das células endoteliais pelo estresse oxidativo, responsável por lesar tecidos e acelerar o decaimento do NO, reduzindo sua atividade vasodilatadora.
FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE (3) Resposta Inflamatória
- No início da aterogênese, as células endoteliais arteriais disfuncionais expressam moléculas de adesão que incentivam a adesão de leucócitos.
- monócitos e linfócitos T, que se aderem ao endotélio e migram para a íntima s
- Os monócitos se transformam em macrófagos e englobam avidamente as lipoproteínas, inclusive o LDL oxidado;
- O LDL oxidado potencializa a ativação dos macrófagos e a produção de citocinas (p. ex., TNF-α), aumentando ainda mais a adesão de leucócitos e a produção de mais quimiocinas criando um estímulo para recrutamento de células inflamatórias
• Em consequência do estado inflamatório crônico, os leucócitos ativados e as células da parede vascular liberam fatores de crescimento que promovem proliferação de células musculares lisas e síntese de MEC.
FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE (4) Proliferação de Músculo Liso
A proliferação de células musculares lisas da íntima e a deposição de MEC convertem uma estria gordurosa, a lesão mais inicial, em ateroma maduro;
• Vários fatores de crescimento estão implicados na proliferação de células musculares lisas e na síntese da MEC,
• As células musculares lisas recrutadas sintetizam MEC que estabiliza as placas ateroscleróticas. No entanto, as células inflamatórias ativadas dos ateromas podem causar apoptose de células musculares lisas da íntima e também podem aumentar o catabolismo da MEC, resultando em placas instáveis.
- A RI e as inúmeras agressões, incluindo lesão de células endoteliais, acúmulo e oxidação de lipídios e trombose, conduzem à tentativa de regeneração vascular;
- Nas etapas iniciais, as placas da íntima são pouco mais do que agregados de células musculares lisas e de macrófagos
- Com a progressão, o ateroma é modificado pela MEC sintetizada pelas células musculares lisas, onde no tecido conjuntivo, particularmente proeminente na íntima, se forma uma cápsula fibrosa;
- A placa da íntima pode progressivamente invadir a luz do vaso ou comprimir e causar degeneração da média subjacente;
- A ruptura da cápsula fibrosa pode levar à trombose e à oclusão vascular aguda.
CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
dependem do tamanho dos vasos envolvidos, da relativa estabilidade da própria placa e do grau de degeneração da parede arterial subjacente:
As principais consequências clínicas da aterosclerose são: Infarto agudo do miocárdio; Infarto cerebral (acidente vascular cerebral); Aneurismas da aorta; Doença vascular periférica (gangrena dos membros inferiores).
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO
O IAM é um processo de necrose do tecido de parte do músculo cardíaco por falta de oxigênio, devido à oclusão parcial ou total da artéria coronária.
→ Essa obstrução ocorre, em geral, pela formação de um coágulo (trombos) sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose (placa de gordura), causando estreitamentos dos vasos sanguíneos do coração, com consequente redução extrema ou interrupção do fornecimento de sangue (isquemia) a uma área do miocardío.
→ Normalmente, a artéria já está parcialmente estreitada pelo um acúmulo de colesterol e outros materiais gordurosos na sua parede (ateroma). Este ateroma pode se romper, liberando substâncias que estimulam a formação de coágulo
PRINCIPAIS SINTOMAS DO IAM
dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço direito.
outros sintomas, como:
• Suor excessivo;
• Palidez;
• Alteração na frequência cardíaca.
→ Em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar, e a dor também pode ser sentida no abdome,
→ Nos diabéticos e idosos, o infarto pode ser assintomático, sem sinais específicos.
FATORES DE RISCO PARA O IAM
→ Os principais fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio são: • Tabagismo
• Hipercolesterolemia;
• HAS;
• Diabetes;
• Obesidade; • Estresse;
• Depressão.
→ Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto.
→ Pacientes com familiares próximos (pais ou irmãos) com histórico de infarto também tem mais chance de desenvolver a doença.