Dermatozoonoses Flashcards

1
Q

Dermatozoonose

A

é uma designação ampla, pois engloba toda e qualquer alteração tegumen

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2
Q

Escabioses – “sarna”

AGENTE ETIOLÓGICO

A

Sarcoptes scabiei var. hominis.

O parasita é exclusivo da pele do homem, morrendo em algumas horas quando fora dela

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3
Q

Escabiose

TRANSMISSÃO

A

O contágio é direto e geralmente se faz no leito.

Existe a possibilidade longínqua do contágio processar-se indiretamente

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4
Q

Escabiose

FAIXA ETÁRIA & Sexo

A
  • Todas as idades, porém é mais comum no adulto
  • Não tem predileção por sexo ou raça
  • É endêmica, com surtos epidêmicos
  • Pode ter relação com promiscuidade sexual
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5
Q

Escabiose

Agente etiológico – Sarcopteis scabiei hominis

Fêmea vs. Macho

A

FÊMEA – 0,35 a 0,25mm
MACHO – 0,2 a 0,15mm

A fêmea é a responsável pela infestação (faz o caminho intraepidérmico e vai fazendo túneis, colocando os ovos)

O macho morre após a cópula

Ovo leva de 3 a 5 dias para a eclosão

Ovo ao adulto leva 15 dias

Ciclo vital é de 15 a 30 dias

Os ácaros podem se manter vivos por mais de 2 dias nas roupas pessoais e de cama

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6
Q

Escabiose
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

A
  • 3 a 4 semanas, quando aparece erupção pruriginosa
  • 1 ou 2 dias, nos casos de reinfecção dos pacientes que se alergizarem
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7
Q

Escabiose

Sintomas

Principal?

A

– Prurido (normalmente noturno porque precisa do calor do leito – quando dorme, fica mais quente e progride melhor - + coceira)

  • Alérgico (eosinofilia sanguínea)
  • Mecânico (progressão / calor do leito)
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8
Q

Escabiose

LESÃO TÍPICA

A

– Túnel escabiótico

  • Presença de pápulocrostas, escoriação
  • Lesões ponfosas urticariformes (natureza alérgica)
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9
Q

Localização preferencial

A

Dedos
Pregas interdigitais
Punhos
Cotovelos
Mamilos (sobretudo nas mulheres)
Pregas axilares
Genitália
Nádegas

Criança – Couro cabeludo, palmas e plantas

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10
Q

Lesão Típica de Escabiose

Nome? Formato? Tamanho? Cor? Progressão?

A
  • Túnel escabiótico
  • Pequena saliência linear, em geral sinuosa
  • Extremidade migrante – Vesicopápula do tamanho de uma cabeça de alfinete – eminência acarina
  • Cor acinzentada clara ou da cor da pele
  • Medem de 5 a 15mm
  • Aumentam em número com a duração da doença
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11
Q

Lesões ESCABIOSE

A

Pápulas e escoriações na mão: Nas mãos, as lesões tipicamente se localizam nas laterais dos dedos e na região interdigital

Interdigital: Escoriações mais evidentes que as pápulas

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12
Q

Sarna Nodular

Como são? Onde se localizam? Como regridem? Qual tipo de reação de sensibilidade? Como tratar?

A
  • Lesões pápulo nodulares de coloração vermelho acastanhada
  • Se localizam principalmente na genitália, nas axilas, no tronco e nos cotovelos
  • Muito pruriginosas
  • Regridem lentamente, mesmo após o tratamento adequado
  • Constituem reação de sensibilidade a produtos de degradação parasitária
  • Às vezes precisa de uso tópico de corticoide e às vezes, intralesional
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13
Q

Sarna Crostosa

Forma? Característica? Apresentação?

A

Conhecida como sarna norueguesa,

  • Forma de hiperinfestação
  • Caracterizada pela formação de crostas estratificadas (até centímetros de espessura)
  • Apresentação altamente contagiante
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14
Q

Sarna Crostosa

Local? Em que indivíduos? Quantidade de parasita?

A
  • Preferencia pelas eminências ósseas, pode comprometer unhas, face, cabeça e regiões palmoplantares
  • Ocorre em indivíduos de hábitos higiênicos precários, neuropatas, deficientes mentais e imunodeprimidos
  • É astronômica a quantidade de parasitas: explica surtos

obs: contagiados desenvolvem escabiose comum (demonstra que a forma crostosa é uma deficiência do hospedeiro)

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15
Q

Sarna Crostosa

Pode ser manifestação por? Solicitar o que? Como é o prurído?

A
  • Pode ser uma manifestação da infecção pelo vírus HTLV-1
  • Solicitar sorologia diante de um quadro suspeito
  • O prurido é menos intenso
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16
Q

Sarna Crostosa

Diagnóstico Diferencial

A

Psoríase, farmacodermia, dermatite seborreica e eczemas

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17
Q

Escabiose

Diagnóstico

A
  • É clínico!!!!
  • História de familiares ou pessoas da mesma habitação com prurido
  • Prurido noturno e túneis simetricamente dispostos nos locais de eleição
  • Pesquisa dos ácaros, dos ovos ou cíbalos do ácaro
  • Dermastocopia
  • PCR pode ser utilizado em casos clinicamente atípicos
18
Q

Quando a escabiose deixa de ser diagnosticada?

Falta de suspeita na clínica e quando a escabiose se torna atípica

A

HIGIENE EXCESSIVA – “sarna de gente limpa” – não apresenta as lesões clássicas

CRIANÇAS – Presença, particularmente em lactentes, de lesões urticadas ou eczematosas – parece uma picada de inseto

IDOSOS – Na pele senil, a reação é mínima. Lesões no dorso (erro: prurido senil) – não vê as lesões evidentes e sim as escoriações

IATROGENIA – É tratada com corticoides e anti-histamínicos – mascara as lesões

ESCABIOSE (SARNA) NODULAR – É tratada com corticoides e anti-histamínicos

HIPERINFESTAÇÃO

SARNA CROSTOSA

19
Q

Escabiose - Tratamento Tópico

A
  • PERMETRINA 5% - loção (muito efetiva).

Aplicação única à noite do pescoço para baixo, e uma 2ª após 5 a 7 dias – nas crianças, também se passa em couro cabeludo e face

  • Monossulfeto de tetraetiltiuram em solução a 25% (monossulfiram) Pouco efetivo

ENXOFRE – Enxofre precipitado (5 a 10%) em vaselina líquida ou pasta d’água, por 3 noites consecutivas. Adequado para crianças com menos de 2 meses, gestantes e durante a lactação

20
Q

Escabiose - Tratamento Oral

Como usar? Em quem evitar? Recomendação?

A
  • Ivermectina: Comprimido de 6 mg, 1 comprimido para cada 30kg. Posologia: 200 pg/kg (0,2mg)

EVITAR – Crianças com menos de 15 kg e no período de amamentação

RECOMENDAÇÃO –Uso em formas especiais de escabiose (crostosa, pacientes com HIV/ AIDS, imuno deprimidos) Evitar –Utilização
indiscriminada nas formas clássicas - risco de resistência

21
Q

Medidas adicionais

A

ANTES DE SE INICIAR – Avaliação dos habitantes da casa e contatos próximos (no caso de dúvida, tratar todos)

Não há necessidade de ferver roupas pessoais, de cama ou toalhas, bastando apenas lavá-las até após o 2º dia de tratamento

INFECÇÃO SECUNDÁRIA – Antibiótico local ou sistêmico, conforme a extensão do processo

Na persistência das lesões até após 1 semana de tratamento, recomenda-se repetir o tratamento

MEDICAÇÃO TÓPICA NO ADULTO – Aplica-se do pescoço para baixo, no corpo inteiro, nas crianças até 10 anos, aplica-se inclusive no couro cabeludo

22
Q

Regras gerais do tratamento da escabiose

A
  • O tratamento tópico deverá ser aplicado em todo o corpo, incluindo pregas interdigitais… (exceção da cabeça e pescoço)
  • Em crianças menores de 2 anos e nos idosos, os tópicos deverão ser aplicados no couro cabeludo, face, pescoço (poupando boca e olhos). Poderão usar-se luvas à noite para evitar o contato do tópico com os olhos
  • O tratamento deverá ser reaplicado nas mãos se estas forem lavadas (
  • O tratamento tópico deverá ser removido após o tempo recomendado
  • Todos os coabitantes, sintomáticos ou não, deverão ser tratados ao mesmo tempo
  • Após o primeiro tratamento, as roupas pessoais em contato com a pele e de cama (fronhas, lençóis, cobertores) usadas nas últimas 72 horas, deverão ser lavadas com temperaturas superiores a 50 - 60°C
  • Caso as roupas não possam ser lavadas, deverão ser mantidas em saco de plástico fechado durante pelo menos 72 horas
  • Os doentes deverão ser aconselhados o cortar as unhas
  • Os animais domésticos não necessitam de tratamento (espécies diferentes)
  • Os adultos e crianças poderão voltar ao trabalho e à escola no dia seguinte do tratamento
23
Q

Pediculose

A

A pediculose da cabeça é a ectoparasitose humana mais prevalente

Dermatoses pruriginosas produzidas por piolhos, com TRÊS LOCALIZAÇÕES PRINCIPAIS

24
Q

Principais Localizações - Pediculose

A
  • CABEÇA (Pediculus humanus var. capitis) – piolho – escolares e mulheres com cabelos compridos
  • TRONCO (Pediculus humanus var corporis) – muquirana – mendigos e soldados em campanha, nas regiões frias que exigem muita roupa
  • REGIÃO PUBIANA (Phthirus púbis) – chato – adultos, IST
25
Q

Piolhos - Pediculose

A

EXCLUSIVAMENTE HEMATÓFAGOS –
- Perfuram a pele com probóscides e ao mesmo tempo, inoculam substâncias irritantes e sensibilizantes

  • Mecanismo de hipersensibilidade se instala após mais ou menos 10 dias
  • Muito dependentes da temperatura e umidade próximas da pele hospedeira
26
Q

Pediculose - Transmissão

A
  • Contato direto pessoal e/ou por objetos (pentes, roupas etc.)
  • Transmitido de uma pessoa para outra, ele se instala no folículo piloso, ou seja, na base do cabelo, onde deposita seus ovos – as lêndeas – grudadas no pelo
27
Q

Pediculose - Ciclo - basta entender

A

A fêmea vive de três a quatro semanas e, quando adulta, coloca até 10 ovos por dia. Os ovos se fixam na raiz dos cabelos por meio
de uma substância parecida com uma cola, produzida pelo próprio piolho. Os ovos são incubados pelo calor do corpo humano e
eclodem em 8 a 10 dias, em geral. A ninfa deixa o ovo e passa por três estágios até se tornar adulta (entre 9 e 12 dias). Se a
infestação não for tratada, o ciclo se repetirá a cada 3 semanas

28
Q

Onde procurar piolho?

A

Região retroauricular e occipital

29
Q

Pediculose Corporal

A
  • Prurido de intensidade variável e lesões papulourticariformes e hemorrágicas

(devido a picada e da sensibilidade provocada pela inoculação salivar)

  • Preferencialmente no tronco, no abdômen e nas nádegas
30
Q

Pediculose Corporal
Manifestação Clínica
Diagnóstico
Tratamento

A

Manifestações: Escoriações lineares, liquenificação e pigmentação completam
o quadro (“doença do vagabundo”)

Liquenificação – alteração solida por espessamento da pele em função de atrito, onde os sulcos ada pele ficam mais acentuados, formando uma malha reticular

Diagnóstico: Confirmado pelo achado do parasita nas pregas de roupas

Tratamento: Lavar roupa e higiene corporal (não está aderido)

31
Q

Diagnóstico das Pediculoses

A

Achado do parasita: as lêndeas vivas fluorescem com lâmpada de Wood; dermatoscopia

32
Q

Pediculose da cabeça

A
  • Prurido intenso (preferência pelas regiões occipital e retroauriculares)
  • Pode haver sinais de escoriação e infecção secundária, com repercussão ganglionar regional
  • Achado do parasito, encontram-se as lêndeas, que são ovos alongados, esbranquiçados, que se fixam por meio de uma gelatina ao longo dos cabelos
33
Q

Pediculose Pubiana

A
  • Parasita fixa-se firmemente ao osteofolículo, injetando sua saliva,
    que altera a hemoglobina, originando manchas puntiformes cerúleas
  • O prurido é intenso
  • Escoriações e crostículas hemorrágicas
  • Pode haver impetiginização e eczematização secundárias
  • Preferentemente nas regiões pubiana e perineal.
  • Às vezes, no abdome, no tórax, nas coxas
    e na região supraciliar
34
Q

Pediculose - Tratamento

A
  • RETIRADA DAS LÊNDEA com pente fino após passar vinagre diluído em 50% com água morna (desmancha a cola)
  • XAMPU DE PERMETRINA (1%) – Agir por 5 a 10 minutos e enxaguar em seguida. Deve-se repetir após uma semana
  • FALHA TERAPÊUTICA AO TRATAMENTO COM O XAMPU – Associa Permetrina loção a 5% e repetir após 7 dias
  • IVERMECTINA TÓPICA EM LOÇÃO A 0,5%
  • PEDICULOSE DO CORPO –Higiene e lavagem da roupa
  • FTIRÍASE – Deve ser tratada com aplicação de loção de permetrina
  • SISTÊMICO: Ivermectina oral DU e repetir em 7 dias
35
Q

O que usar na região pubiana?

A

Loção

obs: O piolho pode ser muito hematófago e causar anemia

36
Q

Larva Migrans Cutânea

A

Dermatose pruriginosa produzida pela inoculação acidental na pele de larvas de ancilóstomos de animais (cão e gato)

AGENTE ETIOLÓGICO MAIS COMUM – Ancilostoma braziliensis

Nas zonas tropical e subtropical, em áreas quentes e úmidas (facilita a transformação)

+ comum em crianças

37
Q

Larva Migrans Cutânea

A
  • Ao penetrar na pele “errada”, a larva instala-se na epiderme e provoca uma reação inflamatória
  • podendo ficar bloqueada ou, o que é a regra, progredir intraepidermicamente, formando um túnel, de trajeto linear
  • Essas larvas não dispõem da colagenase específica necessária à penetração na derme do homem e, consequentemente, não caem na circulação
  • O ambiente não é favorável para a larva e por isso, ela morre sozinha (curso limitado)
  • A IgE sérica encontra-se elevada. A eosinofilia, às vezes elevada
38
Q

Ciclo

A

Ovos nas fezes do animal (hospedeiro definitivo)
Larvas rabditoides eclodem no ambiente
Desenvolvimento das larvas filariformes
Penetração na pele do animal
Vermes adultos no intestino do animal
Penetração e migração na pele humana

39
Q

Manifestações Clínicas

A

As lesões são em número imprevisível e têm localização mais frequente nos pés e nas nádegas

A lesão elementar é uma pápula eritematosa de alguns milímetros, intensamente pruriginosa – essa forma papulosa é menos frequente

A larva caminha e produz um túnel eritematopapuloso, sinuoso, cuja extremidade migrante apresenta-se mais ativa, enquanto a
área terminal do túnel começa a entrar em regressão, apresentando-se discretamente escamosa

40
Q
A

O prurido é de moderado a intenso, em particular quando ocorre uma infestação numerosa
Casos reacionais intensos chegam a apresentar vesículas e bolhas