Dermatite Atópica Flashcards
qual a definição?
doença inflamatória cutânea crônica
etiologia multifatorial
se manifesta como eczema
antecedente pessoal de atopia
qual o sinônimo de dermatite atópica?
eczema atópico
quando o eczema ocorre de maneira clínica?
durante a infância - pode se prolongar até a fase adulta
quais os fatores de risco?
fatores genéticos
fatores ambientais
quais são os fatores de risco genéticos?
caráter hereditário
história familiar de atopia aumenta 70% a chance
mutações de perda de função no gene da filagrina
quais são os fatores de risco ambientais?
exposições maternas durante a gestação (estresse materno, fumo)
irritantes que causam prurido (sabão, detergente)
mudanças climáticas (temperatura, umidade)
poluentes atmosféricos e intradomiciliares
exposição fumaça do tabaco
água dura
dieta
probióticos e prebióticos
quais as hipóteses da etiopatogenia da DA?
fora para dentro (quebra da barreira cutânea permite entrada dos alérgenos e paciente é sensibilizado)
dentro para fora (defeito da resposta imune)
quais os itens envolvidos na patogênese?
genética infecções resposta imunológica disfunção barreira cutânea ambiente
o que ocorre na barreira cutânea de quem tem DA?
barreira cutânea disfuncional
estrato córneo (corneócitos) desorganizado
quais os fatores desencadeantes?
aeroalérgenos (pólen, ácaros)
staphyloccocus aureus, malassezia
alérgenos alimentares
neuro-psico-imunológico
quando lembrar de malassezia?
DA de difícil tratamento
qual o quadro clínico geral?
sintomas básicos
sintoma: prurido, xerodermia
lesão: eczema (eritema e descamação variável)
como o prurido se manifesta em lactentes?
irritabilidade, inquietação e dificuldade para dormir
quais as fases do quadro clínico?
Aguda: prurido intenso, pele exulcerada com exsudato seroso/sanguinolento e pequenas vesículas em fundo eczematoso
Subaguda: pápulas e placas eczematosas, sem exsudato
Crônica: espessamento do estrato córneo, acentuação das pregas cutâneas, áreas de hipo ou hiperpigmentação
como é o quadro clínico na fase do lactente?
2 meses - 2 anos
xerose, eritema, vesículas e pápulas
face (poupa maciço central), couro cabeludo, tronco e superfícies extensoras
infecção secundária junto a exsudação
aparecimento: dentição, infecções respiratórias, alterações climáticas e fatores emocionais
como é o quadro clínico na fase infantil?
2 - 12 anos
morfologia variada:
aguda (eritema, exsudação e vesículas)
crônica (liquenificação)
áreas flexoras (fossa cubital e poplítea), nádegas e raiz posterior da coxa
como é o quadro clínico na fase do adolescente e do adulto?
12 - 18 anos e > 18 anos
liquenificação
lesões em áreas flexoras, couro cabeludo, pescoço e tronco posterior
dermatite de mãos e pés, lesões palpebrais, nos punhos/tornozelos e eczema mamilar
descrição da xerose
+ frequente –> subinflamação da pele
aumento da permeabilidade cutânea a fatores irritativos e alérgicos e defeitos da barreira cutânea = perda de água transepidérmica
descrição da ptiríase alba
máculas hipocrômicas mal delimitadas não descamativas
descrição da ceratose pilar
pápulas hiperceratóticas assintomáticas
face extensora de MMSS
descrição de eczema palpebral
pode ser única manifestação de DA em adolescentes
eritematosas, descamativas, infiltrativas
escurecimento palpebral
quais são as manifestações dermatológicas?
xerose, ptiríase alba, ceratose pilar, eczema palpebral, palidez facial, fissuras, eczema de mamilos, eczemas inespecíficos de pés e mãos
descrição palidez facial
vasoconstrição crônica
descrição fissuras
ressecamento + microtraumas
infranasal, retroauricular e infrauricular
periorais: queilítes
descrição eczema de mamilos
quando unilateral pensar em outras doenças (CA de mama)
como se faz o diagnóstico?
prurido (últimos 12 meses) + pelo menos 3 achados:
- história de pele ressecada últimos 12 meses
- história de rinite ou asma (ou parente de primeiro grau em crianças menores de 4 anos)
- início dos sintomas antes dos 2 anos
- história de lesões em regiões flexuriais
- dermatite na região flexurial visível
quais os critérios de gravidade (SCORAD)?
A. extensão da superfície corpórea acometida
B. intensidade de 6 sinais clínicos: eritema, escoriação, edema/papulação, xerose nas áreas não afetadas, exsudação/crostas, liquenificação
—> graduar: 0 (ausente) 1 (leve) 2 (moderada) 3 (grave)
C. sintomas de prurido e perda de sono
—> EVA de 0-10
quais os diagnósticos diferenciais?
dermatite de contato (alérgica ou irritativa) –> distribuições relacionada ao agente causador, anamnese direciona o agente causal, patch teste auxilia na identificação do alérgeno
dermatite seborreica –> lactentes e adultos, acomete regiões das fraldas e maciço frontal, pouco pruriginoso
psoríase –> placas eritemato-descamativas, bem delimitadas e de diferentes tamanhos, faces extensoras dos membros (joelhos e cotovelos) e face, envolvimento ungueal
escabiose (sarna)
qual objetivo do tratamento?
ausência de sintomas ou sintomas mínimos
sem comprometimento da qualidade de vida pela doença
minimizar exarcebações agudas ou intensas
como se dá o tratamento pelo manejo por steps?
Step 1 (apenas pele seca): creme hidratante adequado, cuidado com banho, evitar possíveis gatilhos
Step 2 (leve a moderada): corticoide de baixa a média potência
Step 3 (moderada a severa): corticoide de média a alta potência
Step 4 (recidivante): terapias adjuvantes, imunobiológicos, imunomoduladores, terapias com raios UV
qual a base para o tratamento da DA?
HIDRATAÇÃO
restaurar barreira cutânea, uso diário, hidratantes que não ofendam pele do paciente
quais as orientações para banho?
contato mínimo com água evitar banhos quentes evitar sabões com fragrâncias e corantes sabonete pH ácido (5,5 - 6) evitar esponjas aplicar emolientes logo após o banho
quando se usa hipoclorito?
em pacientes com má resposta ao tratamento
40 gotas para 1 litro de água 2x/semana por 8 semanas
como os corticoides tópicos são utilizados?
inibem atividade de células dendríticas e linfócitos
controle do prurido e eczema
1) corticoide de maior potência por curto período (7- 10 dias), seguido da redução por um de menor potência p evitar efeito rebote
OU
2) corticoide de menor potência por maior período
cuidado em áreas de dobras pq absorção é maior nesses locais (genital, axila, virilha, face)
efeitos colaterais: atrofia cutânea, estrias, acne, alteração da pigmentação
qual o tratamento para DA recidivante (tratamento pró-ativa)?
aplicação de terapia anti-inflamatória em baixa dose, intermitente (2x/semana) em regiões da pele previamente afetadas por lesões de DA
pode ser feita com corticoide tópico ou com inibidor de calcineurina
quando é utilizado o corticoide sistêmico?
DA grave refratária
cursos curtos em exacerbações agudas graves
efeito rebote após descontinuação
como funciona o tratamento com os inibidores de calcineurina?
(seu mecanismo de ação)
promovem a supressão da ativação de células T, inibindo a liberação de citocinas inflamatórias e redução exuberante da expressão dos receptores de alta afinidade de IgE ou células de Langerhans
anti-inflamatórios poupador de corticóide, eficaz nas agudizações em adulto e maiores de 2 anos
quais os benefícios dos inibidores de calcineurina?
redução da aplicação de CE tópico alternativa para áreas sensíveis terapia pró-ativa para prevenir exacerbações não causam atrofia da pele eficazes e seguros
quais os riscos dos inibidores de calcineurina?
aumento da incidência de infecções virais (eczema herpético e molusco)
avaliar indicação adequada, cuidados na aplicação (uso de proteção solar) e tempo de tratamento
qual a indicação de anti-histamínico?
benefícios clínicos não comprovados na DA, prurido da DA não é desencadeado p histamina
usado para paciente conseguir dormir (sedante)
não se prescreve o tópico
indicação: associação com outras manifestações alérgicas (rinite, conjuntivite ou urticária)
quando é utilizado antibiótico tópico?
quando lesões com infecciosas em áreas de pequena extensão
quais os antibióticos tópicos?
ácido fusídico (contra S. aureaus)
mupirocina (erradicar MRSA intranasal)
antifúngicos tópicos
quais antibióticos sistêmicos são indicados?
cefalosporinas 1ª e 2ª geração
clindamicina (em pacientes alérgicos)
quais são os medicamentos de imunossupressão sistêmica?
corticoides sistêmicos ciclosporina metotrexato azatioprina micofenolato de mofetil
como agem os imunobiológicos?
não causam imunossupressão, são terapia alvo
omalizumabe
dupilumabe