D. Infec. Defesa2 Flashcards
- O vírus da Peste Suína Clássica pertence à família viral:
A. Picornaviridae.
B. Flaviviridae.
C. Reoviridae.
D. Asfarviridae.
E. Togaviridade.
GABARITO: B
O vírus da PSC (VPSC) é um RNA de fita simples, pertence ao gênero Pestivirus e da família Flaviviridae.
Sobre a Peste Suína Clássica, assinale a alternativa INCORRETA:
A. O VPSC parece ser capaz de infectar a maioria ou todos os membros da família Suidae.
B. O vírus é encontrado em todas as secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido pelas
vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e nasal.
C. A PSC é considerada doença de notificação obrigatória.
D. A Peste suína africana (PSA), doença de Aujeszky (DA), Síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRS) e Raiva são considerados diagnósticos diferenciais da PSC.
E. O diagnóstico laboratorial consiste na detecção de anticorpos pelo ensaio de neutralização viral; detecção do RNA viral por RT-PCR em tempo real; e isolamento viral em linhagem celular.
GABARITO: D
Diagnóstico diferencial: Peste suína africana (PSA), doença de Aujeszky (DA), síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRS), circovirose, salmonelose, pasteurelose, parvovirose, diarreia viral bovina (BVD), leptospirose, erisipela, infecções por Streptococcus suis, Glaesserella parasuis e intoxicação por cumarínicos.
Doença que afeta exclusivamente os suínos, a peste suína clássica (PSC) pode ocorrer de forma aguda (com mortalidade muito alta), de formas menos graves (quadros crônicos) ou de formas que afetam negativamente a reprodução dos animais contaminados. Acerca da PSC e de assuntos a ela relacionados, assinale a opção CORRETA:
A. O VPSC é pouco relacionado com os Pestivirus encontrados em ruminantes.
B. A PSC é uma zoonose de notificação obrigatória no Brasil, tendo sido erradicada no Brasil na década de 90 do século passado.
C. Em animais mais velhos, a taxa de mortalidade da PSC pode chegar a 90%; em animais mais jovens, a enfermidade pode manifestar-se discretamente ou até mesmo ser subclínica.
D. Os sinais clínicos da PSC incluem febre alta, leucopenia, petéquias e hemorragia nas mucosas, letargia, ranger de dentes e dificuldade de locomoção.
E. Embora o agente etiológico da PSC e o da peste suína africana (PSA) sejam o mesmo — família Flaviviridae, de gênero Pestivirus —, a letalidade da PSA é maior, devido ao seu grande poder de difusão.
GABARITO: D
A. VPSC é fortemente relacionado com os pestivírus encontrados em ruminantes, os quais podem causar reações sorológicas em suínos que podem ser confundidos com PSC.
B. Não existe nenhuma evidência de que o VPSC possa infectar humanos. Além disso, a PSC não foi erradicada no Brasil.
C. A mortalidade tende a ser menor em suínos adultos em comparação com animais jovens, especialmente com estirpes menos virulentas.
E. A PSC e a PSA são causadas por agentes etiológicos diferentes. A PSC é causada por um vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus, de genoma RNA. Já a PSA é causada por um vírus pertencente à família Asfarviridae, gênero Asfivirus, de genoma DNA.
A Peste Suína Clássica (PSC) também é conhecida como:
A. Pseudoraiva
B. Ruiva dos porcos
C. Cólera dos porcos
D. Peste de coçar
E. Febre de malta
GABARITO: C
A Peste Suína Clássica, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos é uma doença altamente contagiosa e frequentemente fatal dos suínos, e foi reconhecida pela primeira vez no século XIX e sua etiologia viral foi estabelecida no início do século XX.
Em relação à Peste Suína Clássica (PSC), é correto afirmar que em termos de ocorrência da doença no Brasil, a doença encontra-se erradicada em todos os municípios das seguintes regiões:
A. Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
B. Sul, Norte e Nordeste.
C. Sul e Norte.
D. Centro-Oeste e Sul.
E. Nordeste e Norte.
GABARITO: A
A zona livre concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre, que incorpora 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC).
“A peste suína clássica” PS é uma doença febril altamente contagiosa que acomete porcos e javalis. A principal lesão observada nesses animais consiste em uma:
A. vasculite generalizada.
B. hepatite aguda.
C. miosite eosinofílica.
D. nefrite purulenta.
E. pneumonia granulomatosa.
GABARITO: A
As lesões da peste suína clássica são bastante variáveis. Na doença aguda, a lesão mais comum é a hemorragia.
A pele pode ficar cianótica e os linfonodos podem estar aumentados e hemorrágicos. Petéquias ou equimoses podem frequentemente aparecer nas superfícies serosas e mucosas, principalmente nos rins, vesícula urinária, epicárdio, epiglote, laringe, traqueia, intestinos, tecido subcutâneo e baço.
Sobre a Peste Suína Clássica (PSC), assinale a alternativa INCORRETA:
A. A PSC se manifesta de forma Aguda, Crônica e Congênita.
B. Suínos são infectados principalmente por meio de vetores mecânicos vivos, como insetos.
C. Embora suínos infectados por via congênita possam sobreviver por 2 meses ou mais, a maioria morre dentro de um ano.
D. O VPSC pode ser detectado em amostras de sangue, swabs de tonsilas coletadas de animais vivos ou em amostras de tecidos (tonsila, linfonodos faríngeos e mesentéricos, baço, rins e íleo distal) coletadas na necropsia.
E. Na forma congênita da PSC, as lesões comuns incluem hipoplasia cerebelar, atrofia tímica, ascite e deformidades da cabeça e das pernas.
GABARITO: B
Suínos são infectados principalmente pelas vias oral ou oronasal. VPSC também pode entrar no corpo através de outras membranas mucosas (incluindo a transmissão genital via sêmen), e abrasões cutâneas. A transmissão através de aerossóis foi demonstrada experimentalmente com algumas cepas. O VPSC pode ser disseminado em fômites e pode ser transmitido por vetores mecânicos vivos, como insetos.
A peste suína clássica (PSC) é uma doença viral contagiosa dos suínos domésticos e selvagens. Com relação a essa doença e ao seu programa nacional de vigilância, assinale a alternativa CORRETA.
A. Todas as unidades federativas do Brasil, incluindo o Distrito Federal, possuem o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal de livre de peste suína clássica (PSC).
B. O período de incubação da PSC é em média, de 30 dias.
C. Entre os diagnósticos diferenciais da doença estão a raiva e a brucelose, que, assim como a PSC, também são doenças de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial.
D. O fornecimento aos suínos de restos de alimentos contaminados com o vírus, sem tratamento térmico, é a forma mais comum de introdução da doença em países ou zonas livres dela.
E. A vacinação contra a PSC é obrigatória para todas as produções suinícolas do País e atualmente constitui a medida preventiva base do Programa Nacional de Sanidade dos Suídeos (PNSS).
GABARITO: D
A. A zona não livre da PSC inclui os estados do Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Roraima e parte do Amazonas. Ao todo, a área representa, aproximadamente, 18% do rebanho suíno nacional (em torno de 8 milhões de animais).
B. O período de incubação pode variar de 2 a 15 dias, sendo frequentemente 3 a 7 dias em casos agudos.
C. Raiva e brucelose não são considerados diagnósticos diferenciais da PSC.
E. É proibida a vacinação contra a PSC em todo o Território Nacional, exceto nas zonas que venham a ser
delimitadas pelo Departamento de Defesa Animal – DDA.
- Sobre a peste suína clássica, assinale a alternativa que corresponde às suas características etiológicas.
A. Forma aguda: febre, anorexia e letargia; Lesões hemorrágicas na pele, conjuntivite.
B. Forma aguda: hipotermia e claudicação; Lesões ulcerativas em extremidades.
C. Forma crônica: hipotermia e letargia; Lesões lineares na pele com secreção purulenta.
D. Forma crônica: prostração e normotermia; Lesões ulcerativas e cianóticas em extremidades.
E. Forma subaguda: excitação e hemorragia ativa em mucosas; Lesões hemorrágicas em conjuntiva.
GABARITO: A
Sinais clínicos e lesões da PSC:
Forma aguda: febre (40,5 a 42°C), apatia, anorexia, letargia, animais amontoados, conjuntivite, lesões hemorrágicas na pele, cianose (orelhas, membros, focinho e cauda), paresia de membros posteriores, ataxia,
sinais clínicos respiratórios e reprodutivos (abortos).
Forma crônica: mortalidade menos evidente, prostração, apetite irregular, apatia, anorexia, diarreia, artrite, lesões de pele, retardo no crescimento, repetição de cio, problemas reprodutivos, produção de leitegadas pequenas e fracas, recuperação aparente, com posterior recaída e morte.
Sobre a Peste Suína Clássica (PSC), é CORRETO afirmar que:
A. Maranhão e Pará fazem parte da zona livre de PSC.
B. Apresenta elevada transmissibilidade, mas não ocorre transmissão transplacentária e mamária.
C. Os animais diagnosticados como positivos devem ser isolados e tratados.
D. Pode apresentar lesões hemorrágicas.
E. O VPSC é inativado pelo pH ≤ 5.
GABARITO: D
A. Maranhão e Pará fazem parte da zona não livre de PSC.
B. A transmissão transplacentária é importante, gerando leitões infectados, mas clinicamente sadios, que disseminam o vírus. Além disso, o vírus é encontrado em todas as secreções e excreções do animal infectado.
C. Não existe tratamento para PSC. Surtos em regiões livres do VPSC geralmente são erradicados através do abate de animais confirmados e animais em contato, limpeza e desinfecção das instalações infectadas, eliminação segura das carcaças, controle de trânsito/quarentena e vigilância.
E. O VPSC é inativado pelo pH ≤ 3 e > 10.
Morbidade e Mortalidade -> peste suina classica
causam surtos com taxas de morbidade e mortalidade que podem aproximarse de 100%.
Algumas cepas de baixa virulência causaram apenas 20% de mortalidade em suínos experimentalmente infectados. As taxas de letalidade também diferem de acordo com a forma da doença, sendo altas na forma aguda e baixas nos casos subagudos. A mortalidade tende a ser menor em suínos adultos em comparação com animais jovens, especialmente com estirpes menos virulentas.
Situação no Brasil
Peste Suína Clássica
A enfermidade é de notificação obrigatória imediata quando há suspeita ou confirmação laboratorial.
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Certificação de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC):
- Em maio de 2019, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul completaram 4 anos de certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
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Zona Livre de PSC no Brasil:
- Concentra mais de 95% da indústria suinícola brasileira.
- Origem de 100% da exportação de suínos e produtos suinícolas.
- Inclui 15 estados e o Distrito Federal, com última ocorrência detectada de PSC em janeiro de 1998.
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Estados fora da Zona Livre:
- Alguns estados das regiões norte e nordeste (não reconhecidos como zona livre) apresentam surtos frequentes de PSC.
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Ação do PNSS/DSA/MAPA:
- Desde 2018, atua na erradicação da PSC em estados fora da zona livre.
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PSC em animais silvestres:
- Houve suspeita de circulação do vírus nas regiões norte e nordeste, mas sem confirmação laboratorial.