Crimes contra o patrimônio Flashcards
Para crimes de furto em que a coisa assenhorada não detém qualquer valor econômico, mas meramente afetivo pro seu proprietário, aplica-se o princípio da insignificância.
Errado, o STF e o STJ já decidiram que o crime de furto compreende qualquer coisa móvel.
Assim como no direito civil, o direito penal entende que navios e aviões são bens imóveis.
Errado, no direito penal eles são bens móveis, portanto podem ser objeto material do crime de furto
O crime de furto de energia é permanente
Certo
A consumação do delito de furto exige que a posse mansa e pacífica do bem pelo sujeito ativo.
Errado, basta que a vítima perca a livre disponibilidade sobre a coisa e que o agente a obtenha mesmo que brevemente.
O STJ entende que o uso de sistemas eletrônicos de monitoramento ou até de vigia impede que o crime de furto se complete, visto que não há margem para que o agente concretize os seus intentos. Logo, trata-se de crime impossível.
Errado. O STJ entende o contrário: Súmula 567, do STJ:
“Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior do
estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto”, pois ainda existem margens para o agente consumar o furto.
A pena de furto é aumentada de 1/3 se o crime for praticado à noite
Certo
A majorante do furto noturno só incide sobre furto simples.
Errado. Apesar de sua topografia indicar isso, a jurisprudência não aceitou essa tese. A majorante aplica-se a qualquer tipo de furto.
O agente que, para furtar o carro, quebra o seu vidro responderá pela forma qualificada do furto.
Errado. O furto qualificado pela destruição só ocorre contra o obstáculo à coisa furtada. Se o material destruído é inerente à coisa furtada, não há a qualificadora.
O STJ decidiu que a retirada de valores de conta bancária por intermédio da Internet é crime de furto mediante fraude ou de estelionato?
Furto mediante fraude.
A qualificadora de destreza em crime de furto incide mesmo se a vítima estiver dormindo ou embriagada.
Errado, não incide pois nessa situação qualquer um pode furtar a coisa, não precisando de destreza.
Para que haja a qualificadora do concurso de 2 ou mais pessoas em crime de furto, é irrelevante se o concorrente é inimputável ou se ele não foi identificado.
Correto
No crime de roubo, o sujeito passivo é somente o proprietário do objeto
Errado, o sujeito passivo também é aquele que sofre a ação violenta do roubo
O roubo não se tipifica por grave ameaça, é necessário que se chegue à vis absoluta, i.e., à violência.
Errado, se tipifica por grave ameaça sim
Prevalece o entendimento de que cabe o princípio da insignificância em roubo cujo objeto material seja de valor ínfimo
Errado. O STF tem o entendimento de ser inaplicável o princípio da insignificância em crime de roubo.
Pro STF e pro STJ o crime de roubo se aperfeiçoa quando a coisa roubada sai da esfera de vigilância do sujeito passivo.
Errado. Para as duas cortes, basta que a coisa passe, mediante ameaça ou violência, para a posse do agente ainda que por pouco tempo.
João, aproveitando que Maria não via, furtou-lhe seu celular. Porém, visando garantir Maria não percebesse a ausência do seu celular antes que pudesse se retirar da cena do crime, João ofereceu a Maria uma bebida contaminada por sonífero. Dessa forma, João responderá pelo crime de roubo impróprio, visto que aplicou meio que reduza ou impossibilite a defesa da vítima após a subtração da coisa.
Errado. No caso de roubo impróprio, o CP não inclui a forma genérica “qualquer outro meio que reduza ou impossibilite a defesa da vítima”. Logo, João responderá pelo crime de furto.
Quais são os roubos circunstanciados ou majorados? (7)
De 1/3 a 1/2:
I – se há o concurso de duas ou mais pessoas;
II – se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente
conhece tal circunstância.
III – se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
IV – se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
V – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego
De 2/3:
VI – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
VII – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum
Quando for roubo circunstanciado por mais de uma elementar (Exemplo: emprego de arma e concurso de pessoas), o aumento de pena, acima do patamar mínimo de 1/3, se justifica pela simples ocorrência de duas ou mais majorantes específicas.
Errado.
Súmula 443 do STJ: “o aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes”.
De acordo com a súmula 174 do STJ, arma de brinquedo é meio idôneo para majorar o delito de roubo.
Errado, essa súmula foi cancelada.
Arma de brinquedo ou arma defeituosa não mais agrava o roubo, uma vez que não apresenta potencialidade lesiva à pessoa, muito embora caracterize instrumento idôneo pra perfazer a elementar de grave ameaça
No furto qualificado pelo emprego de violência contra o obstáculo, exige-se o exame pericial para comprovar o uso da violência
Correto
No roubo circunstanciado por uso de arma, a apreensão da arma é imprescindível para que seja comprovada a majorante.
Errado. O STJ decidiu que é desnecessária a apreensão e a perícia da arma empregada no roubo, desde que existam outros meios idôneos de prova da potencialidade do artefato, tais como a palavra da vítima ou o depoimento de testemunha presencial.
No crime de roubo, caso a vítima sofra um ataque cardíaco como resultado direto da grave ameaça, e caso do ataque cardíaco resulte lesão corporal grave, o agente responderá por roubo qualificado por lesão corporal grave
Errado. O CP, ao qualificar esse tipo de roubo, só tipifica lesões corporais decorrentes de violência, excluindo assim as resultantes de grave ameaça.
O latrocínio é um crime tipicamente preterdoloso.
Errado. Admite-se culpa ou dolo de matar no latrocínio.
Existe ação penal pública condicionada ou privada para os crimes de roubo?
Não. Somente pública incondicionada.
Quais são as penas para os tipos de roubo? (3)
- Roubo simples próprio ou impróprio: 4 a 10 anos
- Roubo qualificado por lesão grave: 7 a 18 anos
- Latrocínio: 20 a 30 anos
A todas é cumulada multa.
O que é imprescindível para tipificar o crime de extorsão mas que é dispensável para o crime de roubo?
A participação da vítima para que o agente logre obter vantagem econômica
Cite exemplos de:
- Roubo seguido de sequestro
- Roubo qualificado por restrição da liberdade da vítima
- Sequestro Relâmpago
- Extorsão seguido de sequestro
- Extorsão mediante sequestro
- Imagine-se a hipótese na qual os agentes, depois de subtraírem os pertences da vítima, a mantenham presa no interior do porta malas de seu próprio automóvel, a fim de que pratiquem vários roubos durante toda a madrugada, utilizando o veículo a ela pertencente, que lhes servirá nas fugas. O fato de ter permanecido privada de sua liberdade durante toda a madrugada é tempo mais do que suficiente para se configurar o crime de sequestro, que deverá ser reconhecido juntamente com o delito de roubo, aplicando-se a regra do concurso material.
- Agora, suponha-se que o agente, pretendendo a subtração do veículo de propriedade da vítima, depois de anunciar o roubo, a coloque dentro do porta malas, saindo em direção a uma via de acesso rápido. Algum tempo depois, quando já se encontrava em local adequado para a fuga, quando não mais corria risco de ser interceptado por policiais que, em tese, seriam avisados pela vítima, caso esta não tivesse sido privada da sua liberdade, o agente estaciona o veículo e a liberta. Nesse caso, deverá responder pelo roubo, com a pena especialmente agravada nos termos do inciso V do 2º., do artigo 157 do Código Penal
- Manter a vítima presa no carro até que ela transfira valores para a conta do agente
- imagine-se a hipótese em que o agente, depois de constranger a vítima, por telefone, a entregar-lhe determinada quantia, marque com ela um local para a entrega do dinheiro. Ao receber o valor exigido, o agente, acreditando que a vítima estivesse sendo seguida, a fim de assegurar a sua fuga, a coloca no porta-malas de seu automóvel e, com ela, vai em direção a uma cidade vizinha, distante, aproximadamente, 50 quilômetros do local da entrega do dinheiro, onde, após assegurar-se de que não estava sendo seguido, a liberta.
- Sequestrar o filho de alguém para fazer os seus pais pagarem um preço de resgate
Quais são as formas majoradas do crime extorsão? (2)
De 1/3 a 1/2: se o crime é praticado:
- Com emprego de arma branca, própria ou imprópria
- Por 2 ou mais pessoas
O crime de extorsão se consuma no momento em que o agente obtém a vantagem econômica indevida
Errado. Súmula 96 STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida
Assim como o crime de extorsão, para caracterizar extorsão mediante sequestro é preciso que a vantagem seja de natureza econômica e indevida.
Certo.
Aquele que se associa a comparsas para a prática de roubo, sobrevindo a morte da vítima, responde pelo crime de latrocínio, ainda que não tenha sido o autor do disparo fatal ou a participação se revele de menor importância
Correto. Essa é a jurisprudência do STF. (RHC 133.575 do STF)
O STF entende que, na hipótese em que o sistema de vigilância não inviabiliza, mas apenas dificulta a consumação do crime de furto, não há que falar na incidência do instituo do crime impossível por ineficácia absoluta do meio.
Correto. HC 120.083 do STF
Quais são as qualificadoras de extorsão mediante sequestro? (5)
- Reclusão de 12 a 20 anos:
a. Se o sequestro dura mais de 24h
b. Se o sequestrado é menor de 18 anos ou maior de 60
c. Se o crime é cometido por bando ou quadrilha - Reclusão de 16 a 24 anos
a. Se resulta lesão corporal grave - Reclusão de 24 a 30 anos
a. se resulta em morte
No crime de extorsão mediante sequestro, caso o sequestrado venha a morrer em razão de doença contraído no ambiente inóspito em que ficou preso, o sequestrador não responderá pela forma qualificada do crime.
Errado. As qualificadoras pelo resultado do crime de extorsão mediante sequestro incidem mesmo se o autor do crime não foi o agente direto da morte ou da lesão do sequestrado.
Quando incide a diminuição no crime de extorsão mediante sequestro?
Caso haja concurso de pessoas e o ou um dos concorrentes do crime o denuncie à autoridade, facilitando a liberação do sequestrado
É conduta penalmente atípica aquela em que o agente invadir terreno ou edifício alheio pacificamente e com, no máximo, 2 outras pessoas.
Correto. O crime de esbulho possessório precisa de pelo menos uma das seguintes 3 elementares:
- Violência a pessoa
- Grave ameaça
- Concurso de mais de 2 pessoas
Configura crime de supressão ou alteração de marca em animais o ato de suprimir ou alterar, devidamente ou indevidamente, em gado ou rebanho alheio,
marca ou sinal indicativo de propriedade.
Errado. Só é típica a conduta indevida desse ato.
Para fins penais, o que é dano?
O comportamento doloso de destruir, inutilizar ou deteriorar a coisa alheia móvel ou imóvel.
Existe dano culposo?
Não. Dano culposo é atípico.
Quais são as formas qualificados do crime de dano? (4)
6 meses a 3 anos:
- Com violência à pessoa ou grave ameaça
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
- Contra o patrimônio da União, Estado, DF, Município, ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos;
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima
Quais as condições para que seja classificado furto privilegiado?
- O criminoso é primário
2. É de pequeno valor a coisa furtada: entende-se a coisa cujo valor seja inferior a 1 salário mínimo
É possível o reconhecimento do privilégio em furto qualificado?
Sim, desde que a qualificadora seja objetiva.
Súmula 511 do STJ.
Quais são as qualificadoras do furto? (11)
- Emprego de violência contra obstáculo: 2 a 8 anos
- Furto mediante fraude: 2 a 8 anos
- Escalada: 2 a 8 anos
- Destreza: 2 a 8 anos
- Chave falsa: 2 a 8 anos
- Concurso de duas ou mais pessoas: 2 a 8 anos
- Abuso de confiança: 2 a 8 anos (única subjetiva)
- Furto de veículo automotor: 3 a 8 anos
- Furto de semovente ou abigeato: 2 a 5 anos
- Furto de explosivos: 4 a 10 anos e multa
- Com emprego de explosivos: 4 a 10 anos e multa
A forma privilegiada do furto também se aplica a quais outros crimes contra o patrimônio? (3)
- Apropriação indébita em qualquer modalidade
- Receptação dolosa
- Estelionato (o prejuízo causado que deve ser de pequeno valor)
Qual a diferença entre apropriação indébita e furto qualificado pelo abuso de confiança?
- Na apropriação indébita, o infrator tem a posse lícita e desvigiada da coisa
- No furto, o infrator não necessariamente tem a posse anterior lícita, porém, casa a tenha, essa posse é vigiada, mesmo que mitigadamente.
Quando se consuma a apropriação indébita previdenciária?
Com a omissão do agente em repassar a contribuição na forma e no prazo legal
A simples perda da coisa implica perda de sua propriedade no código penal brasileiro.
Errado. Motivo pelo qual existe o crime de apropriação de coisa achada.
No crime de apropriação de coisa achada, qual o prazo legal para encaminhar o objeto à autoridade policial?
15 dias.
A grave ameaça, que por vezes caracteriza (no caso de roubo) e outra qualifica (caso do dano) o crime, é uma elementar objetiva.
Errado, subjetiva.
Trata-se de um elemento subjetivo, tendo em vista a necessidade de se analisar, no caso concreto, se o ato praticado pelo agente foi realmente capaz de incutir na vítima um temor fundado e real.
STF - HC 117.819
No crime de estelionato, caso a vítima também aja com má-fé, o delito será descaracterizado.
Errado, eventual má-fé da vítima não descaracteriza o delito.
Ocorrerá estelionato privilegiado se o agente for primário e se a coisa subtraída for de pequeno valor.
Errado. Se o prejuízo causado for de pequeno valor.
Na forma privilegiado do estelionato, o que caracteriza a elementar do pequeno valor do prejuízo causado é o seu dano potencial. Dessa forma, no estelionato tentado, embora não tenha havido prejuízo material, caso esse tivesse a potencialidade de ferir o poder patrimonial da vítima, o agente não poderá responder por estelionato privilegiado.
Certo.
Qual a majorante do crime de estelionato e quando ela incide? (3)
1/3 se o crime for cometido em detrimento de:
- Entidade de direito público; ou
- Instituto de economia popular, assistência social ou benificência; ou
- Entidade autárquica da previdência social conforme a súmula 24 do STJ
Em respeito ao princípio da ofensividade, aquele que lesa a si mesmo para obter indenização ou valor de seguro não pode ser perseguido criminalmente ainda que tal conduta venha a ferir o patrimônio alheio.
Errado. Trata-se da modalidade especial de estelionato: Fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro
É jurisprudência do STF que o coautor que participa de roubo armado, responde pelo latrocínio, ainda que o disparo tenha sido efetuado só pelo comparsa. Não pode, porém, ser imputado o resultado morte ao coautor quando há rompimento do nexo causal entre a conduta dele e a de seu comparsa, como quando o coautor é preso pela polícia antes da realização do disparo do tiro fatal pelo comparsa e ainda em local diverso da prática do roubo
Certo. HC 109.151 do STF
O objeto material do crime de receptação é coisa produto de infração penal anterior.
Errado. Infração penal inclui crimes e contravenções penais. Na receptação, a coisa deve ser produto de crime anterior.
Por ser exigido que, no crime de receptação, o objeto material seja produto de crime anterior, é imprescindível que este seja provado, ainda que não se exija a condenação do autor do crime antecedente.
Certo.
Se quando da prática da infração penal patrimonial havia ainda o vínculo conjugal, aplica-se a escusa absolutória, não importando se os cônjuges coabitavam ou não.
Certo.
Quando cabe a escusa absolutória? (2)
Quando o crime contra patrimônio for feito em prejuízo:
- Do cônjuge, na constância da sociedade conjugal.
- De ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo, ilegítimo, civil ou natural
Quando cabe a imunidade relativa? (3)
Quando o crime for cometido em prejuízo:
- do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
- de irmão, legítimo ou ilegítimo;
- de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Quais as ressalvas das imunidades absoluta e relativa? (3)
Não são aplicadas as imunidades:
- se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência a pessoa;
- ao estranho que participa do crime;
- se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Para que haja imunidade absoluta de cônjuge na constância da sociedade conjugal, é necessário que o regime de bens do casal seja o de união universal.
Errado, é irrelevante o regime de bens do casal, a única coisa importante é que a sociedade conjugal esteja em vigor.
Qual o posicionamento do STF e do STJ acerca da equiparação do sinal de TV a cabo à energia elétrica para fins de configurar o crime de furto?
STF: Sinal de TV a cabo não pode ser equiparado
STJ: pode ser equiparado
Qual a única previsão de punição a título de culpa nos crimes contra o patrimônio?
Receptação
180, prg 3: Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso
Se o proprietário furtar o bem que lhe pertence, mas que havia sido dado como garantia de uma dívida, por qual crime responderá?
Por crime de furto
João, para desviar a eletricidade, usou uma ligação clandestina de fiação antes de passar pelo medidor de consumo, assim subtraindo energia, sem qualquer adulteração do medidor. Por qual crime João responderá?
Por furto.
João, querendo subtrair a energia elétrica, empregou um meio fraudulento para adulterar o mostrador de energia, de maneira a exibir consumo menor de eletricidade. Por qual crime João responderá?
Por estelionato.
João subtraiu coisa alheia para uso momentâneo. Por qual crime ele responderá?
Por nenhum, é atípico o furto de uso.
O STJ decidiu que, para a configuração da majorante do repouso noturno do crime de furto, é preciso que o ambiente em que o crime se consuma esteja habitado.
Errado.
Para a configuração da circunstância majorante do § 1º do art. 155 do Código Penal basta que a conduta delitiva tenha sido praticada durante o repouso noturno, dada a maior precariedade da vigilância e a defesa do patrimônio durante tal período e, por consectário, a maior probabilidade de êxito na empreitada criminosa, sendo irrelevante o fato de uma das vítimas não estar dormindo no momento do crime (STJ, HC 331.100/MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, 5ª T., DJe 03/05/2016).
A majorante do crime de furto acerca do repouso noturno aplica-se somente ao furto simples.
Certo.