Córnea Flashcards
Quais as heranças da esclerocórnea?
Esporádica mais comum, AR mais grave
Características dessa doença congênita da córnea (4):
- AR é a mais grave;
- Não progressiva e não inflamatória;
- 90% é bilateral
O que os exames abaixo fazem:
Citologia de impressão:
Microscopia confocal:
Microscopia especular:
Tomografia de Scheimpflug:
Citologia de impressão: avalia células da superfície;
Microscopia confocal: tira foto de todas as camadas da córnea (permite ver hifas, cistos etc);
Microscopia especular: avalia a camada endotelial;
Tomografia de Scheimpflug: topo + paqui + mapa de espessura
Qual o mínimo percentual de limbo saudável necessário para manter a córnea estável?
25-30%
Definição de microcórnea
< 9mm de diâmetro horizontal ao nascimento ou 10mm após 2 meses de idade, histologicamente normais
Características da megalocórnea (4)
- Diâmetro horizontal > 12mm ao nascer ou 13mm 2a;
- Doença recessiva ligada ao X (meninos!)
- Bilateral e não progressiva;
- AXL normal
Qual a herança da megalocórnea?
Recessiva ligada ao X (maioria meninos!)
Principal exame para avaliar função do endotélio?
Paquimetria!!!!
Olhos nanoftálmicos não são funcionais - V ou F
Falso! São funcionais. É um olho pequeno e relativamente bem estruturado
Associações da esclerocórnea (2)
Córnea plana (80%)
Malformações angulares
Hipermetropia
Diferença entre nanoftalmo e microftalmo
Nanoftalmo: olho pequeno com estruturas relativamente normais -> boa função;
Microftalmo: DH corneano < 10mm e AXL < 20mm, geralmente associado a anormalidades (leucomas, colobomas, órbita pequena…)
O que é o criptoftalmo?
Doença rara, bilateral, associada a múltiplas malformações congênitas (Síndrome de Fraser: criptoftalmo, sindactilia, retardo mental, anormalidades laríngeas e de TGU)
Quadro clínico da córnea plana (3)
K entre 20-39 (K córnea = K esclera)
Associação de hipermetropia e GSAF
Causa hipermetropia
Anatomia das células endoteliais da córnea:
- Organelas:
- Espessura:
- Comprimento:
- Quantidade de células:
- Junções intercelulares:
- Organelas: núcleo grande e muitas mitocôndrias (alta atividade metabólica);
- Espessura: 4-6um;
- Comprimento: 20um;
- Quantidade de células: 400.000 ao nascimento;
- Junções: zônulas de oclusão e gap junctions (NÃO HÁ DESMOSSOMOS OU HEMIDESMOSSOMOS)
Camadas de células do epitélio corneano (3) e suas junções
- Células superficiais (2-3 camadas de células achatadas)
Junções: zônulas de oclusão (tight junctions) - barreira epitelial - Células aladas (2-3 camadas de células poligonais)
Junções: desmossomos (não ocluem 100%) - Células basais (monocamada de células colunares com células de Langerhans de defesa)
Junções: desmossomos, gap junctions (poros que permitem passagem de substâncias) e hemidesmossomos (ligam à sua membrana basal)
Córnea Verticilata
Opacidade em espiral no epitélio corneano por uso de amiodarona > cloroquina»_space; doença de Fabry (ligada ao X com deficiência na enzima alfa galactosidase A)
Não suspender - não abaixam visão
Colágeno principal no estroma corneano:
Colágeno tipo I
Função dos proteoglicanos e glicosaminoglicanos no estroma corneano
Reter água e manter o espaçamento entre as fibrilas de colágeno
Distanciamento entre os colágenos tipo I do estroma corneano
65nm
Principal proteoglicano e principal glicosaminoglicano do estroma corneano
PG: Lumican > Mimecan
GAG: Queratan Sulfato (60%)
Diferença entre lamelas anteriores e posteriores no estroma corneano
Anteriores: mais entrelaçadas, curtas e estreitas;
Posteriores: menos entrelaçadas, largas e longas
Regiões mais ricamente inervadas da córnea
Epitélio (plexo subepitelial com terminações nervosas livres no epitélio)»_space; estroma anterior e médio
Porção posterior não é inervada
Reflexo oculopalpebral:
Aferência: nasociliar;
Eferência: facial
Receptores de sensibilidade presentes na córnea (3)
- Nociceptores (dor)
- Mecanoceptores (tato)
- Receptores ao frio (temperatura)
O que causa o edema matinal corneano fisiológico?
Produção de ácido lático pela hipóxia noturna (glicólise anaeróbia)
Onde está localizado e para que serve o glicocálix do epitélio corneano?
Está nas células superficiais, presentes nas suas microvilosidades - servem para aumentar a adesão do filme lacrimal ao epitélio
Diâmetro horizontal e vertical da córnea
Horizontal: 11,7mm
Vertical: 10,7mm
Espessura do epitélio corneano
10% da espessura corneana total
Primeira substância a ser depositada no reparo de uma lesão epitelial corneana?
Fibronectina
Qual o poder refrativo médio da córnea?
+43D, em média (+49D da superfície anterior e -6D da face posterior)
Qual a superfície corneana mais curva?
A posterior (raio de curvatura 6,8mm)
Quais os ramos do nervo trigêmio para chegarem na inervação da córnea?
Trigêmio -> N. oftálmico -> Nervo nasociliar (+ frontal e lacrimal) -> Nn. ciliares posteriores longos (penetram no limbo às 3 e 9h e formam plexo abaixo da Bowman)
Quem produz a membrana de Descemet? Qual o tipo de colágeno dela?
Endotélio; colágeno tipo IV (todas as membranas basais)
A espessura da Descemet _______ ao longo da vida
Aumenta
Corpúsculos de Hassel-Henle
Nodulações periféricas NORMAIS (diferente da guttata, central e patológica) - excrescências da Descemet onde há espaçamento entre as células endoteliais
3 ondas de migração da crista neural. Qual forma o quê?
1 onda - endotélio da córnea
2 onda - estroma da córnea
3 onda - estroma da íris e parte da membrana pupilar
Quem forma embriologicamente as camadas da córnea?
Epitélio - ectoderma superficial;
Estroma e endotélio - crista neural
Ordem de formação das estruturas corneanas na embriologia?
6 semanas -
7 semanas -
3 meses -
4 meses -
6 semanas - 2 camadas de epitélio e MB + 1 camada de endotélio
7 semanas (2a onda) - estroma
3 meses - Descemet
4 meses - Bowman
Quem produz a membrana de Bowman?
As células basais do epitélio corneano
Os ceratócitos do estroma corneano têm qual função?
São fibroblastos mais concentrados no 1/3 anterior da córnea que produzem a matriz celular, unidos por gap junctions. Matriz celular: colágeno, GAGs e PGs
2 mecanismos de manutenção da desidratação corneana?
Funcionamento correto da bomba endotelial e presença de tight junctions (zônulas de oclusão) no epitélio e endotélio
Qual o principal mecanismo responsável pelo transporte de sódio e potássio no endotélio corneano?
A bomba endotelial, presente na membrana basolateral do endotélio - gasta ATP para jogar 3 Na para fora e internalizar 2 K, criando gradiente de concentração (junto com anidrase carbônica que gera bicarbonato) que retira água do estroma em direção ao aquoso
Fonte de oxigênio e glicose de todas as camadas da córnea?
Oxigênio: lágrima»_space; aquoso e vasos limbares
Glicose: aquoso
Qual o tempo de turnover do epitélio corneano?
7 a 10 dias
Como agem colírios hiperosmóticos?
Desidratam o estroma corneano por criar gradiente osmótico que retira água do estroma por via transepitelial
Qual o dano dos inibidores da anidrase carbônica à córnea?
A anidrase carbônica é uma enzima que participa do processo de deturgescência do estroma corneano, presente na bomba endotelial
Diferenças da córnea do RN para a do adulto quanto a:
- Diâmetro horizontal:
- Curvatura:
- Epitélio:
- Ceratócitos:
DH: 10mm no RN e 12mm aos 2 anos;
Curvatura: 52D no RN e 42-44D com 1 ano;
Epitélio: 4 camadas no RN e 6-7 camadas no adulto;
Ceratócitos: mais no RN e menos no adulto
No RN, a córnea é mais plana no centro que na periferia
A superfície anterior da córnea é mais ___________ (plana/curva) que a posterior
Plana - na zona óptica (4mm centrais), as superfícies são quase paralelas entre si.
Porções anterior e posterior da Descemet?
Anterior: bandeada/laminada - pré-natal;
Posterior: não bandeada - pós-natal (produzida pelo endotélio ao longo da vida)
A córnea é mais ________ (plana/curva) na periferia
Plana
Qual é e por que ocorre a lesão apresentada na imagem?
Ceratoconjuntivite flictenular. Ocorre por hipersensibilidade tipo IV ao S. aureus/epidermidis ou tuberculose/helmintíase.
Qual o conduta diante de uma ceratoconjuntivite flictenular?
Tratamento da blefarite + corticoide tópico + ATB tópico profilático + investigação sistêmica
Tratamento da úlcera de Mooren?
Corticoide tópico + ATB profilático + imunossupressão sistêmica (IFN-alfa2). Se mais grave, ressecção conjuntival –> transplante ou patch corneano se perfuração
Qual a diferença entre as formas limitada e progressiva da úlcera de Mooren?
Limitada tem bom prognóstico, ocorre em idosos e costuma ser unilateral - progressiva o oposto, mais comum em negros
Principais associações sistêmicas da PUK?
Artrite reumatóide (tardio) > granulomatose de Wegener (precoce)
Possíveis associações sistêmicas da úlcera de Mooren
Desconhecida!!!! Acredita-se ter relação com hepatite C e parasitoses em homens > 50 anos
Diagnóstico e conduta
Úlcera catarral/ceratite periférica, causado por hipersensibilidade a toxinas do S. aureus. Tratar a blefarite + corticoide tópico + ATB tópico profilático
O que a imagem mostra e quais os possíveis diagnósticos?
Ceratite estromal com vasos fantasmas - possível por sífilis, herpes, síndrome de Cogan…
Quais os achados da síndrome de Cogan e o seu tratamento?
Ceratite intersticial + sintomas neurovestibulares por uma vasculite sistêmica. Se localizada na córnea, corticoterapia tópica; se sistêmico, VO com ou sem imunossupressor
Doença da imagem, causas e conduta.
Ceratite filamentar - causada por OLHO SECO»_space; LCs, toxicidade medicamentosa… Conduta: remoção mecânica + lubrificação + acetilcisteína 10%
Qual a diferença de filamento para debri celular?
Filamento está preso à córnea por uma das extremidades - remoção apenas mecânica
Achados na ceratoconjuntivite limbar superior (4)?
1 - Ceratoconjuntivite limbar superior que cora com RB;
2 - Conjuntivocálase superior;
3 - Reação papilar
4 - Ceratite filamentar superior (não acontece em usuários de LC)
Doença da imagem (paciente sem hiperemia de conjuntiva), epidemiologia, quadro clínico e conduta
Ceratite superficial de Thygeson
- Doença idiopática, recorrente e bilateral sem predileção por raça e sexo;
- Ceratite epitelial puntacta com infiltrado subepitelial com conjuntiva inocente
- Conduta com corticoterapia ou imunossupressão tópica
Achados da ceratite sifilítica que sugerem doença ativa e diferença no tratamento quando ativa
Uveíte anterior e vasos ativos - acrescentar corticoterapia tópica e cicloplégicos ao tratamento usual da sífilis
Diferença da ceratite intersticial sifilítica congênita e adquirida
Congênita: mais comum e bilateral;
Adquirida: menos comum e unilateral
Agente etiológico mais comumente causador de úlcera corneana em pacientes usuários de LCs?
Pseudomonas
Diferença entre ceratites por fungos filamentosos e leveduriformes (3)?
Filamentosos (Fusarium e Aspergillus): bordas hifadas + lesões satélites + lesão seca EM OLHO HÍGIDO com trauma vegetal
Leveduriformes (Candida): sem bordas hifadas, sem satelitose e lesão úmida EM OLHO DOENTE
Ambos penetram Descemet íntegra
Tratamento da ceratite por acanthamoeba?
- DiaminiDiNAs aromáticas: inibem a síntese de DNA e matam o TROFOZOÍTO - PRopanidina ou Hexamidina 0,1% - usar no primeiro mês
- Antissépticos catiônicos: lise de membrana - matam o cisto E o trofozoíto - Biguanida ou Clorexidina 0,02% - uso prolongado por meses
Bactérias capazes de penetrar epitélio corneano íntegro?
Corynebacterium diphteriae
Listeria
Shigella
Neisseria gonorrheae e meningitidis
Haemofilus influenzae tipo III
Meio de cultura e coloração indicadas para micobactérias?
Meio de cultura: Lowenstein Jensen
Coloração: Ziel Nissem
Concentrações, validade e espectro dos antibióticos fortes:
- Cefalosporinas:
- Vancomicina:
- Amicacina:
- Genta/Trobramicina:
- Anfo B:
- Cefalosporinas 50mg/ml - val 10d - coco BGP - BGN
- Vancomicina 25mg/ml - val 14d - coco BGP
- Amicacina 20mg/ml - val 30d - micobactérias
- Genta/Tobramicina 14mg/ml - val 30d - bacilo GN
- Anfo B 1,5mg/ml - val 7d - fungos
Fatores de risco para desenvolvimento de úlcera bacteriana?
Lente de contato (pp pseudomonas)»_space;> trauma, doenças da superfície ocular, ceratite neurotrófica
Efeitos adversos de colírios anti-inflamatórios?
Risco de melting corneano em pacientes com úlceras profundas ou em cirurgias corneanas prévias
Ceratite cristalina: quem causa e fatores de risco
Streptococos viridans, em olhos com cirurgias corneanas prévias, principalmente transplantados
Colorações (3) e culturas (3) para análise bioquímica de fungos?
Colorações: Nanquim (criptococose), Acridine orange (leveduras) e Grocott-Gomori
Cultura: Ágar sangue, Ágar sabouroud e BHI (brain heart infusion)
Sinal apresentado na foto a seguir:
Sinal de Hutchinson - acometimento da ponta do nariz (indica acometimento de nervo nasociliar)
Dose de tratamento para ceratite epitelial por herpes simples para aciclovir:
Aciclovir pomada 5x/dia ou Aciclovir oral 2g/dia (400mg 5x/dia)
Quadro clínico e epidemiologia do herpes zóster oftálmico?
- Pacientes > 50 anos (antes disso = imunossup)
- Lesão que respeita dermátomo
- Evolução hiperemia - pápulas - pústulas dolorosas - cicatriz
- conjuntivite, episclerite, ceratite, uveíte
- ceratite com pseudodendrito (sem bulbo terminal)
Doses de Aciclovir, Valaciclovir, Fanciclovir e Aciclovir IV para herpes zóster oftálmico?
Antiviral sistêmico nas primeiras 72h
- Aciclovir VO 800mg 5x/dia
- Valaciclovir VO 1g 3x/dia
- Fanciclovir 500mg 3x/dia
- Aciclovir IV 5-10mg/kg 3x/dia para imunossuprimidos
Risco do uso de corticoterapia na ceratite epitelial herpética?
Evolução da ceratite dendrítica para úlcera geográfica
Explique a coloração encontrada nessa úlcera geográfica com o uso desses corantes vitais
A úlcera geográfica por herpes simples possui borda com células em sofrimento (que aparecem com rosa Bengala - cora Bordas) e fundo da úlcera com áreas desepitelizadas (Fluor cora Fundo)
Acometimento nefrotóxico do Valaciclovir e Aciclovir?
Nefropatia cristalina (depósito de cristais nos túbulos renais)
Anel de Wessely?
Ao redor de uma ceratite estromal herpética (hipersensibilidade tipo IV) - infiltrado imunológico
Ceratite estromal necrosante herpética
- Fisiopatologia
- Quadro clínico
- Tratamento
- Fisiopatologia: hipersensibilidade tipo III + replicação viral
- QC: necrose com risco de perfuração corneana (DDx com úlcera bacteriana)
- TTO: corticoide tópico + antiviral sistêmico em dose terapêutica
Qual a grande exceção que o estudo HEDS encontrou em relação às infecções herpéticas?
Ausência de relação entre fatores desencadeantes e recorrências
Ceratite com dor desproporcional aos achados clínicos - suspeita de:
Acanthamoeba
Caso o paciente com passado de HZ oftálmico venha a precisar de cirurgia de facectomia, não há necessidade de profilaxia antiviral: ( ) V ( ) F
Verdadeiro
Primoinfecção pelo herpes simples: quadro clínico e tratamento
Blefaroconjuntivite herpética (blefarite vesicular + conjuntivite folicular + RARO ceratite herpética)
Tratamento: Aciclovir pomada 5x/dia ou VO 2g/dia
Tratamento de úlceras de córnea fúngicas leveduriformes x filamentosos
Leveduriformes: Anfotericina B colírio / Voriconazol/Fluconazol VO
Filamentosos: Natamicina 5% colírio / Voriconazol VO
Meio de cultura específico para acanthamoeba?
Agar não nutriente com E. coli
Achados clínicos da ceratite por Acanthamoeba?
Pseudodendritos + hipoestesia corneana -> infiltrado em anel + ceratoneurite radial -> necrose corneana
Dor desproporcional aos achados
Principal diagnóstico diferencial da ceratite por Acanthamoeba nas fases iniciais?
Ceratite epitelial herpética
Formas da ceratoconjuntivite vernal:
- Palpebral: papilas M 1mm em CTS com bastante secreção (sinal de Maxwell-Lyans - secreção entre as papilas)
- Límbica: limbo gelatinoso + pseudofossetas - nódulos de Horner Tantras
- Mista
Sinal de Maxwell-Lyans?
Presença de secreção aderida entre as papilas na forma palpebral da ceratoconjuntivite vernal
Tratamento de escolha para conjuntivite alérgica?
Higiene ambiental, compressas frias, lubrificantes (diluem mediadores alérgenos), anti-alérgenos tópicos ou sistêmicos - corticoides raramente são necessários
Tratamento da úlcera em escudo?
Ocorre na ceratoconjuntivite vernal, tratada com debridamento das bordas e acréscimo de corticoide tópico EM SUSPENSÃO à terapia
Diferenças das ceratoconjuntivites vernal e atópica?
Vernal:
- Acomete meninos de 2-10 anos, com relação com atopia e clima tropical e melhora na puberdade;
- Hipersensibilidade tipo I + IV
- Papilas predominam na CTS
Alérgica:
- Acomete homens > 40 anos atópicos, forma mais grave de alergia ocular
- Associação com dermatite atópica
- Hipersensibilidade IV > I
- Papilas predominam na CTI e causa cicatrização conjuntival
Conjuntivite papilar gigante:
- Epidemiologia:
- Fisiopatologia:
- Quadro clínico típico:
- Tratamento:
- Epidemiologia: usuários de LC (pp G) + prótese ocular, fios de sutura, bolha filtrante…
- Fisiopatologia: hipersensibilidades I e IV + efeito mecânico;
- QC: intolerância a LCs e aumento da mobilidade da LC –> papilas > 1-3mm, raramente acomete córnea
- Tto: suspender LCs por 30 dias + anti-alérgico + corticoide se grave
Conjuntivite papilar gigante:
- Epidemiologia:
- Fisiopatologia:
- Quadro clínico típico:
- Tratamento:
- Epidemiologia: usuários de LC (pp G) + prótese ocular, fios de sutura, bolha filtrante…
- Fisiopatologia: hipersensibilidades I e IV + efeito mecânico;
- QC: intolerância a LCs e aumento da mobilidade da LC –> papilas > 1-3mm, raramente acomete córnea
- Tto: suspender LCs por 30 dias + anti-alérgico + corticoide se grave
Como fazer a reintrodução das LCs após suspensão por um mês após conjuntivite papilar gigante?
Substituir por LC RGP ou gelatinosa de descarte diário (não acumulam proteínas);
Substituir solução de limpeza;
Realizar limpeza enzimática
Qual a única conjuntivite alérgica que acomete mais a CTI?
Dermatoceratoconjuntivite atópica
Mecanismos de ação:
- Emedastina e Levocabastina:
- Cromoglicato de sódio e Lodoxamina:
- Olopatadina e Cetotifeno:
- Epinastina:
- Emedastina e Levocabastina: anti-H1
- Cromoglicato de sódio e Lodoxamina: estabilizadores de membrana de mastócitos
- Olopatadina e Cetotifeno: anti-H1 + estabilizadores + inibição da quimiotaxia de eosinófilos
- Epinastina: anti-H1 e anti-H2 (menos afinidade) + estabilizadores
Qual a diferença entre as ações da prednisolona e da dexametasona em uso tópico?
Prednisolona: menor potência anti-inflamatória e menor aumento de Pio, mas com maior lipossolubilidade (penetra melhor na córnea e tem maior pico na CA)
Dexametasona: maior potência anti-inflamatória e maior aumento de Pio, mas com menor lipossolubilidade (penetra menos na córnea e tem menor pico na CA)
O que causa e qual a conduta perante o quadro demonstrado na imagem?
Ceratopatia em faixa - depósito de cálcio na Bowman
Causas: inflamações oculares crônicas, uveítes (principalmente AIJ), ceratites intersticiais, DR crônico, phtisis, hipercalcemia/fosfatemia sistêmica (hiperpara, MM, nefrocalcinose, hipervitaminose D)
Conduta: quelação com EDTA e remoção com bisturi (PTK caso haja depósitos residuais pós quelação)
Qual o nome do achado da imagem?
Degeneração marginal de Terrien
Qual a diferença entre Degeneração Marginal de Terrien em idosos e jovens?
Forma senil não é inflamatória, jovens pode ser
Epidemiologia da degeneração marginal de Terrien?
Homens > 40 anos
Quadro clínico da D. M. de Terrien?
Afilamento corneano periférico BILATERAL com progressão circunferencial a partir de nasal-superior, com EPITÉLIO ÍNTEGRO e POUPANDO O LIMBO. Pode ter pannus atravessando a região do afilamento e depósito lipídico ao final do pannus. Pode causar astigmatismo contra-regra.
Qual o achado da imagem, causas e a conduta perante ele?
Córnea verticilatta - comumente por depósito de amiodarona/cloroquina ou doença de Fabry (deficiência de alfagalacsidase tipo A) - camada basal do epitélio corneano. A conduta é manter a medicação de uso contínuo, não causam BAV.
Onde se deposita o cobre na córnea no anel de Keyser-Fleischer? Qual o tipo de catarata relacionado?
Descemet. Causa catarata em girassol
Depósito de ferro no epitélio da córnea. Epônimos:
- Ferry:
- Stocker:
- Fleischer:
- Stahli-Hudson:
- Ferry: bolha filtrante;
- Stocker: pterígio;
- Fleischer: ceratocone;
- Stahli-Hudson: 1/3 inferior em idosos
Localização da ceratopatia em faixa?
3 às 9h, com distribuição centrípeta e INTERVALO LÚCIDO COM O LIMBO
O que é a mancha de Bitot?
Lesão acinzentada na conjuntiva bulbar associada à hipovitaminose A (xeroftalmia! - desnutrição, dietas restritivas, alcoolismo). Corresponde à xerose conjuntival por deficiência da produção de muco
Diferença entre Shagreen posterior e anterior?
Posterior (Descemet) por senilidade; anterior (Bowman) por megalocórnea, ceratocone, uso de LC RGP, hipotonia ocular…
Epidemiologia do arco senil?
Quase 100% dos idosos > 80 anos, mais comum em homens negros
Patologia do arco senil?
Depósito lipídico no estroma periférico adjacente à Descemet e à Bowman, com INTERVALO LÚCIDO
O que é a degeneração de Dellen?
Afilamento periférico da córnea causado por falta de lubrificação, por lesão elevada próxima a ele (pterígio, neoplasia escamosa, bolha filtrante…)
Arcos senis atípicos, o que indicam?
< 40 anos ->
Unilateral ->
< 40 anos -> hiperlipidemia, síndrome nefrótica, hipotireoidismo ou arco juvenil (congênito)
Unilateral: hipotonia ocular ou doença carotídea contra-lateral (hipofluxo do outro olho)
Quadro clínico da degeneração em mosaico (Shagreen)
Opacidades poligonais em mosaico na CÓRNEA CENTRAL, bilateral e sem BAV (áreas de córnea clara entre as lesões)
Nódulos corneanos de Salzmann:
- Epidemiologia:
- Patologia:
- Causas:
- Localização:
- Conduta:
- Epidemiologia: mulheres de meia-idade/idosas;
- Patologia e localização: depósitos subepiteliais de material hialino;
- Causas: idiopáticos, sequelas de ceratites crônicas;
- Conduta: lubrificantes -> ceratectomia superficial/PTK se erosões recorrentes, BAV por astigmatismo, recorrência…
Quais as características gerais das degenerações corneanas que as diferem das distrofias (6)?
- Unilaterais ou bilaterais assimétricas;
- Sem padrão de herança definido;
- Acometimento periférico;
- Neovascularização mais comum;
- Surgem tardiamente;
- Podem ter associação sistêmica.
Qual o tipo de corte com femto mostrado na imagem e pra quais doenças são mais indicados?
Trepanação em cogumelo, preservando maior estroma - melhor para ectasias, opacidades e distrofias anteriores. Tem melhor coaptação das bordas que na trepanação manual.
Qual o achado da imagem abaixo, o que ele representa e qual a conduta?
Linha de Khodadoust, que representa uma rejeição endotelial pós-transplante de córnea (linha endotelial com PKS inferiormente a ela) -> corticoterapia tópica 15/15min na 1a hora e, após, 1/1h
Complicação comum pós-transplante penetrante de córnea por ceratite herpética/opacidades.
Úlcera neurotrófica
4 motivos que fazem com que o transplante de córnea seja um dos mais bem sucedidos, sem precisar de estudos de compatibilidade doador-receptor.
1 - Córnea avascular;
2 - Córnea sem linfáticos;
3 - Presença de citocinas imunossupressoras corneanas;
4 - Baixa quantidade de células apresentadoras de antígenos
Achados na falência primária do enxerto após transplante penetrante de córnea?
Falência precoce (primeiros dias de PO), causada por botão doador com poucas células endoteliais ou trauma endotelial durante procedimento –> edema de córnea mantido, dobras de Descemet…
Sintomas da síndrome de Urrets-Zavalia?
Complicação pós-transplante penetrante de córnea que se apresenta com pupila dilatada e fixa no PO, podendo evoluir para glaucoma (picos transitórios de PIO)
A falência endotelial contraindica novo transplante endotelial no mesmo olho. Verdadeiro ou falso?
Falso! Pode repetir o transplante endotelial
Indicações de prioridade em fila de transplante de córnea (4)?
- Opacidade bilateral em paciente < 7 anos;
- Perfuração corneana ou iminência (descemetocele);
- Úlcera de córnea intratável clinicamente;
- Opacificação precoce do Tx (1-2 DPO) com duração superior a 30-90 dias
Quais os testes que se fazem no cadáver doador de córnea?
Anti-HCV, Anti-HIV, HBsAg e Anti-HBc
Os meios de armazenamento da córnea doadora duram, em média, quanto tempo?
Optisol GS: duas semanas, a 4 graus;
Cultura a quente: 48 dias, a 30 graus;
Crioterapia: indefinidamente, a -70 graus
Contra-indicações RELATIVAS ao transplante de córne?
Síndrome de Down - doença do colágeno, permite transplantes lamelares posteriores;
Ebola e melanoma metastático
Quais os tipos de demência que permitem um transplante de córnea?
Vasculares e traumáticas
Quais as neoplasias que contra-indicam uma córnea para utilização para transplante?
Leucemia ou linfoma disseminado, adenocarcinoma primário ou metastático ocular, tumores malignos de segmento anterior ou retinoblastoma
Quais os antibióticos presentes no Optisol GS?
Gentamicina e Streptomicina
Como se avalia a qualidade da córnea após a captação?
Em lâmpada de fenda e microscopia especular
Particularidades do transplante de córnea em crianças (4)?
- Cicatrização mais rápida;
- Incidência de rejeição maior (mais inflamação);
- Remoção de sutura mais precoce (maior chance de formar neovasos e inflamação);
- Enxertos menores (mais longe dos vasos limbares)
Qual a mínima densidade endotelial para que o Banco de Olhos aceite uma córnea para transplante óptico?
2000 células
Qual a idade que permite doação de córnea e por quê?
< 2 anos = resultado refracional incerto (tecido elástico e curvo);
> 70 anos = contagem endotelial insuficiente
Qual o instrumental mostrado e qual a sua função?
Sinskey invertido, utilizado para descemetorrexis na córnea receptora no transplante lamelar posterior
Qual o instrumental mostrado e qual a sua função?
Cânula de big bubble para separar o estroma da Descemet e empurrar a Descemet para baixo, utilizada no DALK
Qual o procedimento mostrado na imagem?
Transplante lamelar posterior (DMEK) com enxerto tingido com azul Trypan, abrindo o transplante para colar no estroma receptor
Para que serve a formação da big bubble?
Se utiliza no DALK, em que se troca todo o estroma receptor, se utilizando uma bolha de ar no estroma posterior para empurrar a Descemet para baixo
Tipos de transplantes lamelares anteriores?
PTK - ceratectomia fototerapêutica com Excimer
SALK/FAALK - superficial anterior (microcerátomo forma lamela avulsionada) - FAALK assistido por femto
DALK - troca todo o estroma (deep)
Diferença entre DSEK/DSAEK e DMEK
DSEK é um lamelar posterior que forma enxerto que contém endotélio, Descemet, Dua e fina camada de estroma posterior, por dissecção manuall em câmara artificial (DSAEK com microcerátomo automatizado); DMEK é um lamelar posterior mais fino, apenas endotélio e Descemet, com enxerto preparado manualmente
Qual modalidade gera melhor acuidade visual: DSEK/DSAEK ou DMEK?
DMEK - não pega estroma, não forma interface estroma-estroma
Principais vantagens de transplantes lamelares anteriores (3)
1) Não tem rejeição endotelial
2) Maior resistência a trauma
3) Não manipula câmara anterior (menor risco de catarata, endof, glaucoma…)