Conferências Internacionais Sobre o Meio Ambiente Flashcards

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Q

A necessidade de ações de sustentabilidade, ou seja, exploração do meio ambiente sem extingui-lo, possibilitando a sua renovação, é um tema recorrente nas discussões internacionais, principalmente nos últimos anos. Isso é fruto dos impactos ambientais severos que, por exemplo, o aumento da produtividade e utilização de materiais cada vez mais tóxicos pela indústria produzem.

É nesse contexto da relação do homem com o ambiente, de explorar para retirar os recursos necessários para a vida e ao mesmo tempo ter que preservar para não comprometer o próprio futuro que a sociedade vai perceber a necessidade de encontros internacionais entre as lideranças mundiais para discutir o caminho que deve seguir o modo de produção da sociedade.

Foi nos fóruns e conferências internacionais que conceitos como sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, muito disseminados atualmente, passaram a ganhar destaque frente ao volume cada vez maior de impactos ambientais, sejam eles desmatamentos, emissão de gases poluentes, contaminação da água, ocupação urbana irregular, entre outros graves problemas que afetam o modo de vida humano e causam transtornos seríssimos ao meio ambiente.

A intervenção humana no meio ambiente tem sido muito discutida, com o surgimento de diversos pontos de vista, uns apontando a interferência humana no ciclo ambiental, responsável por mudanças climáticas, por exemplo, e reconhecendo os impactos, mas destacando que ainda não é possível fazer uma afirmação de que as ações do homem tenham tanta influência nas variações do clima, devido à pequena amostragem no tempo geológico dessas intervenções.

A

GEOGRAFIARESUMO
Como ocorrem as Conferências Ambientais e o que elas têm a ver com Sustentabilidade?

O resumo sobre Conferências Ambientais e Sustentabilidade que vai salvar a sua prova da escola ou do vestibular está te esperando bem aqui!

A relação Homem e meio ambiente

Surfista em meio a uma onda de lixo.

A necessidade de ações de sustentabilidade, ou seja, exploração do meio ambiente sem extingui-lo, possibilitando a sua renovação, é um tema recorrente nas discussões internacionais, principalmente nos últimos anos. Isso é fruto dos impactos ambientais severos que, por exemplo, o aumento da produtividade e utilização de materiais cada vez mais tóxicos pela indústria produzem.

É nesse contexto da relação do homem com o ambiente, de explorar para retirar os recursos necessários para a vida e ao mesmo tempo ter que preservar para não comprometer o próprio futuro que a sociedade vai perceber a necessidade de encontros internacionais entre as lideranças mundiais para discutir o caminho que deve seguir o modo de produção da sociedade.

Foi nos fóruns e conferências internacionais que conceitos como sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, muito disseminados atualmente, passaram a ganhar destaque frente ao volume cada vez maior de impactos ambientais, sejam eles desmatamentos, emissão de gases poluentes, contaminação da água, ocupação urbana irregular, entre outros graves problemas que afetam o modo de vida humano e causam transtornos seríssimos ao meio ambiente.

A intervenção humana no meio ambiente tem sido muito discutida, com o surgimento de diversos pontos de vista, uns apontando a interferência humana no ciclo ambiental, responsável por mudanças climáticas, por exemplo, e reconhecendo os impactos, mas destacando que ainda não é possível fazer uma afirmação de que as ações do homem tenham tanta influência nas variações do clima, devido à pequena amostragem no tempo geológico dessas intervenções.

Principais conferências ambientais

•Rio+20.

Em meio a intensos debates, diversas conferências ambientais foram fomentadas pela ONU com o objetivo de traçar metas e melhorar a relação do homem com o meio ambiente. Dentre essas conferências, destacam-se as conferências de Estocolmo (1972), Rio de Janeiro (1992) e Johanesburgo (2012), além das Conferencias das Partes (COP), que são reuniões anuais, que ocorrem desde 1994 com o intuito de negociar regras referentes às mudanças climáticas, a execução de mecanismos e aplicação de metas estabelecidas.

– Conferência de Estocolmo

A primeira conferência internacional do meio ambiente foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia. Esse evento teve como um de seus principais objetivos definir estratégias e metas para equilibrar a relação homem-ambiente.

A importância desse encontro é muito grande, porque marca um primeiro esforço no sentido de tentar preservar o meio ambiente, em nível mundial. Na década de 70 ainda existia um número considerável de pessoas que acreditavam que os recursos naturais eram renováveis constantemente, e a matéria-prima uma fonte inesgotável. A Conferência de Estocolmo serviu para começar a mudar esse pensamento e apresentar a realidade: o consumo excessivo e indiscriminado da natureza seria fatal ao ser humano. Começou-se, então, a analisar com maior cuidado situações como açoreamento de rios, ilhas de calor, inversão térmica, secas, desmatamento, efeito estufa, mudanças climáticas, entre outros, que alertaram a comunidade científica mundial.

Na busca por soluções, os países desenvolvidos acusaram as indústrias de serem os grandes responsáveis pelos problemas ambientais, propondo um novo ritmo de produção, o “crescimento zero”. Esse fato vai gerar insatisfação nos países subdesenvolvidos, pois não alteraria a posição de liderança mundial dos países centrais, sendo que esses tinham sido os principais poluidores, devido à grande quantidade de indústrias que alavancaram a seu crescimento.

Da Conferência de Estocolmo surgiu um documento intitulado “Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano”, fazendo menção a assuntos fundamentais e que são atuais ainda hoje, como os três fatores essenciais para a continuação de um ambiente saudável para a vida humana, que seriam: eficiência econômica, igualdade social e equilíbrio ecológico.

– Rio 92

Vinte anos após a Conferência de Estocolmo foi realizada a Conferência Rio 92. Essa conferência foi considerada a mais importante de todas, porque nela ocorreu uma maior adesão de países e, para os especialistas, consolidou uma agenda global para o meio ambiente. Os temas abordados na conferência foram uma extensão da conferência de Estocolmo, e também tiveram influência do Relatório Brundtland, documento de 1987 também conhecido como “Nosso Futuro Comum”, que sinalizava o risco de esgotamento dos recursos naturais por causa do modelo agressivo ao meio ambiente, adotado pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Uma série de convenções, acordos e protocolos foram firmados durante a conferência, o mais importante deles, a chamada Agenda 21, comprometia as nações signatárias a adotar métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Como suporte financeiro, foi criado o Fundo para o Meio Ambiente. Os debates foram base, inclusive, para a criação, em 1997, do Protocolo de Kyoto, resolução de vários países que visava reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

– Conferência de Johanesburgo (Rio+10)

Essa conferência foi marcada, além da discussão sobre questões ambientais, por analisar se os acordos da Rio 92 estavam sendo cumpridos ou não, com o objetivo de cobrar uma maior efetivação desses acordos, principalmente a Agenda 21. No entanto, ela trouxe um tema a mais para o debate, que foi a questão social e a busca pela diminuição do número de pessoas abaixo da linha da pobreza. Entre os principais temas que foram tratados, estão a erradicação da pobreza, a mudança dos padrões de produção, consumo e manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Essa variabilidade e amplitude de temas foi alvo de muitas críticas, porque acabou que as discussões foram fragmentadas e sem foco, dificultando proposições efetivas.

Os resultados da Rio +10 não foram muito significativos. Os países desenvolvidos não cancelaram as dívidas das nações mais pobres, assim como os países integrantes da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), juntamente com os Estados Unidos não assinaram o acordo que previa o uso de 10% de fontes energéticas renováveis (eólica, solar, etc.).

– Conferência Rio+20

A Conferência Rio+20 teve como objetivo reforçar aos compromissos de sustentabilidade e para isso foram escolhidos dois temas centrais: a economia verde, com um novo modelo de produção que agrida menos o meio ambiente, e a governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado.

Apesar da grande presença de líderes mundiais, chefes de estado e ambientalistas, os resultados da Rio+20 foram muito criticados, principalmente pelos ambientalistas, pela falta de decisões concretas para o desenvolvimento sustentável, com diversas questões abordando superficialmente ou jogando para frente decisões sobre acordos e novas políticas.

A crise econômica vivida principalmente pelos Estados Unidos e Europa, no momento da Conferência, foi considerada um dos grandes entraves para a tomada de decisões, uma vez que os países se encontravam preocupados com os rumos da economia, deixando de lado a discussão ambiental. Apesar disso, traçando um paralelo entre a Rio-92 e o que se viu na Rio+20, é inquestionável pelo menos um grande avanço: o conceito de desenvolvimento sustentável foi ampliado, deixando de abarcar apenas questões relacionadas ao meio ambiente. Sustentabilidade, a partir da Rio+20, passa a incluir de forma incisiva e essencial os aspectos sociais, ressaltando a urgência do esforço conjunto para a melhoria da qualidade de vida e a erradicação da pobreza, colocando o ser humano no centro das preocupações.

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