Condução nervosa e eletroneuromiografia Flashcards

1
Q

Divisão do sistema nervoso

A
  • Sistema Nervoso Central (SNC)
  • Sistema Nervoso Periférico (SNP)
    • Sistema Nervoso Autónomo
    • Sistema Nervoso Somático
      > Nervos sensitivos
      > Nervos motores
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Q

Nervos motores

A
  • do corno anterior

- inervação de uma unidade motora

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3
Q

Unidade motora

A
  • grupo de fibras musculares inervado por um nervo

- contração de um músculo pressupõe o disparo de várias unidades motoras

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4
Q

Miótomo

A

Grupo de músculos inervados por uma raíz motora

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5
Q

Nervos sensitivos

A
  • corno posterior
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6
Q

Dermátomos

A

Área de sensibilidade de um raíz radicular, ou seja é área que é inervada por uma raíz sensitiva específica.

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7
Q

Área sensitiva

A

Área de sensibilidade de um nervo

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8
Q

Revestimento de fibras não mieliniZadas

A

Prolongamentos citoplasmáticos

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9
Q

Revestimento das fibras mielinizadas

A

Citoplasma das células de Schwann

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10
Q

Quais as vantagens da presença de mielina?

A
  • condução saltatória do impulso

- aumento da velocidade de condução axonal

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11
Q

O que pode influenciar a eficiência da transmissão:

A
  • presença de mielina
  • diâmetro axonal (quanto maior o diâmetro maior a velocidade)
  • aumento da distância entre os nódulos
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12
Q

O que é necessário para que um estímulo de determinada intensidade provoque uma resposta?

A

Ultrapassar o limiar de excitabilidade

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13
Q

Para que servem os estudos eletroneuromiográficos?

A

Avaliar lesões dos nervos periféricos
Local exato da lesão l
Caracterização precisa da função nervosa periférica

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14
Q

Neurapraxia

A
  • incapacidade de transmissão do potencial de ação mas há continuidade axonal
  • deve se a compressão e subsequente desmielinização
  • recuperação implica remielinização (demora 2 a 12 semanas)
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15
Q

Axonotmesia

A
  • perda da continuidade axonal, mas com bainha de mielina integra
  • implica lesão do nervo, por exemplo por estiramento
  • associa-se a crescimento axonal (dura 2 a 6 meses)
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16
Q

Neurotmesia

A
  • lesão de toda a estrutura neuronal

- recuperação pouco organizada e incompleta

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17
Q

Eletroneuromiografia

A
  • Estudo das fibras do sistema nervoso somático
  • diagnóstico que permite avaliar a integridade dos nervos periféricos
  • duas componentes: neurografia e eletromiografia
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18
Q

Neurografia

A
  • estudo da condução nervosa sensitiva e condução nervosa motora
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19
Q

Condução nervosa sensitiva

A
  • um único nervo sensitivo é estimulado à superfície da pele, sobre o trajeto do nervo, registando o potencial de ação num outro ponto do seu trajeto
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20
Q

Registo ortodrómico

A

O estímulo é aplicado distalmente e o registo proximal

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21
Q

Registo antidrómico

A

Estímulo é aplicado mais proximal e o registo mais distal

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22
Q

Condução nervosa motora

A
  • estimula-se o nervo sobre o seu trajeto

- regista se o potencial sobre o músculo inervado

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23
Q

A que se deve a amplificação da resposta na condução nervosa motora?

A

Há soma de resposta de várias unidades motoras

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24
Q

O que se mede no exame de neurografia?

A
  • latência
  • amplitude
  • duração
  • área sobre a curva
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25
Q

Latência

A

Tempo que a resposta demora a aparecer desde o momento de aplicação do estímulo

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26
Q

Duração

A

Tempo desde que a resposta surge até que cessa

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27
Q

O que se calcula na neurografia?

A
  • velocidade de condução
  • diferença de amplitudes
  • dispersão temporal
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28
Q

Qual a intensidade que se deve aplicar na neurografia? Porquê?

A

Intensidade supramáxima

Para assegurar que todas as fibras rápidas estão a ser estimuladas

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29
Q

O que pode afetar a condução nervosa?

A
  • temperatura
  • variações de nervos e segmentos
  • idade
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30
Q

Influência da temperatura na condução nervosa

A

A velocidade aumenta cerca de 5% com cada aumento de grau

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31
Q

Variações de nervos e segmentos na condução nervosa

A

A velocidade é maior nas fibras dos membros superiores do que nas dos membros inferiores

32
Q

Idade na condução nervosa

A
  • a velocidade de condução é menor no primeiro ano de vida

- decréscimo gradual a partir dos 30-40 anos

33
Q

Como é calculada a velocidade de condução sensitiva?

A

Distância entre o local de estimulação e o local de registo da informação

34
Q

Como é calculada a velocidade de condução motora?

A

Diferença entre os tempos de latência

35
Q

Porque é que a velocidade da condução motora não pode ser determinada diretamente?

A

A propagação do estímulo é atrasada pela junção neuromuscular

36
Q

Verdadeiro ou falso:
Na estimulação em dois pontos do trajeto do nervo, a diferença entre as amplitudes superior e distal superior a 50% é patológica

A

Verdadeiro

37
Q

Unidade da amplitude da condução sensitiva

A

Microvolts

38
Q

Unidade da amplitude e da condução motora

A

Milivolts

39
Q

Alterações da condução nervosa sensitiva na Neurapraxia

A

Maior latência
Menor velocidade de condução
Menor amplitude

40
Q

Alterações da condução nervosa motora na Neurapraxia

A

Maior latência

Menor velocidade de condução

41
Q

Alterações da condução nervosa motora na Axonotmesia

A

Menor amplitude
Igual latência
Igual velocidade de condução

42
Q

Alterações da condução nervosa sensitiva na Axonotmesia

A

Menor amplitude

= latência

43
Q

Alterações da condução nervosa motora em alterações na junção muscular

A

Maior latência

Menor amplitude

44
Q

Alterações da condução nervosa motora na Atrofia muscular

A

Menor amplitude

45
Q

Eletromiografia

A

Teste em que se introduz uma agulha no músculo para registar a atividade elétrica de apenas uma unidade motora em repouso

46
Q

Potencial de Unidade Motora

A

Soma do potencial de todas as fibras que se encontram em seu redor e que constituem a unidade motora de uma fibra

47
Q

O que se regista na eletromiografia

A

Latência
Amplitude
Número de Fases
Duração

48
Q

Verdadeiro ou falso

Um músculo saudável apresenta algum registo em repouso

A

Falso

49
Q

Quando se trata de uma miopatia o que se regista na eletromiografia?

A

Uma menor amplitude do pum

50
Q

Quando se trata de uma neuropatia o que se regista na eletromiografia?

A

Fase aguda:
Período de latência é superior
Amplitude diminuída

Fase posterior:
Amplitude aumentada (porque as fibras vizinhas tornam se responsável pela unidade motora)
51
Q

Estimulação repetitiva

A

Avaliação de doentes com suspeita de doença na junção neuromuscular
Ex: miastenia gravis e outros síndromes miasténicos
- Séries de 8 a 10 estímulos, onde são registadas as amplitudes das respostas sequenciais

52
Q

Que tipo de estímulos são aplicados na estimulação repetitiva e porquê?

A

Estímulos de baixa frequência

Promovem a libertação de neurotransmissores mas que não facilitam a transmissão neuromuscular

53
Q

Como se avaliam as diferenças entre estímulos na estimulação repetitiva?

A

A diferença mais significativa é entre o primeiro e o segundo estímulo
A diferença entre o estímulo de maior amplitude e o de menor amplitude não deve ser superior a 10%

54
Q

Para que se aplicam estímulos de alta frequência na estimulação repetitiva?

A

Para pôr em evidência distúrbios na libertação de transmissores, porque existem canais de cálcio pré sinápticos que bloqueiam com altas voltagens

55
Q

Síndrome miasténico de Lambert Eaton

A

Síndrome em que os canais de cálcio que bloqueiam com a voltagem não funcionam efetivamente, ficando os níveis de cálcio demasiado elevados.

56
Q

Ondas F

A

Pequena resposta tardia que segue o potencial de ação normal após uma estimulação supramáxima
- Potencial de ação tardio que se deve à ativação antidrómica dos neuróticos motores

57
Q

Como são originadas as ondas F?

A

A última despolarização prolonga-se até à medula causando uma despolarização do corpo celular
Pode originar um backfire que gera um novo potencial

58
Q

Que características se estudam na onde F?

A
  • Amplitude da onda F
  • Latência
  • Percentagem de presença de ondas F
  • Velocidade de condução
    A forma e a latência variam em todas as estimulações
59
Q

Como é que há patologia associada à onde F?

A
  • O seu estudo permite detetar polineuropatias
  • num processo de desmielinização a onda F têm um período de latência maior
  • uma pessoa saudável apresenta mais de 70% de ondas
60
Q

Cronodispersão

A

Diferença entre a menor e maior latência registadas

Cronodispersão >4ms indica demielinização

61
Q

Reflexo H

A

Reflexo de estiramento após estimulação de um nervo periférico
Reflexo monossináptico formado pelas fibras sensitivas Ia e pelos neuróticos motores alfa

62
Q

Qual a diferença entre reflexo H e onda F?

A

O reflexo H implica um estímulo submáximo

O reflexo H não é obtido em todos os grupos musculares

63
Q

O que é necessário para que haja um reflexo H?

A
  • Aplicar um estímulo de intensidade baixa
  • Há despolarização direta de neuróticos sensitivos e motores, os neuróticos motores provocam a onda M e os neuróticos sensitivos levam o estímulo aos neurónios motores que não chegaram a ser despolarizados diretamente através do arco reflexo
64
Q

Porque é que não existe reflexo H para estímulos de maior intensidade?

A

A estimulação de referências motoras inibe pré sinápticamente fibras sensitivas

65
Q

Como se avaliam os reflexos H?

A
  • amplitude
  • latência
  • comparação com valores de referência
66
Q

Resposta simpática cutânea

A
  • Permite o estudo das fibras C
  • desencadeada por estímulos elétricos, sons altos repentinos ou inspiração profunda
  • a aplicação repetitiva causa habituação
67
Q

Fibras C

A

Fibras do SNA
Muito finas sem mielina
O seu neurotransmissor é acetilcolina
Inervam as glândulas sudoríparas

68
Q

Como se avalia a resposta simpática cutânea?

A

Estuda-se a amplitude e a latência

69
Q

Verdadeiro ou Falso: A latência no membro superior é menor que no membro inferior na resposta simpática?

A

Verdadeiro

70
Q

Latência sensitiva

A

Tempo de ativação da fibra + tempo de condução da fibra + tempo de propagação do sinal até ao elétrodo de registo.

71
Q

O decremento da amplitude é…

A

proporcional ao quadrado da distância entre a origem do sinal e o elétrodo de registo

72
Q

Verdadeiro ou falso: A amplitude não depende da sincronicidade das fibras

A

Falso, depende.

73
Q

Que situações fisiológicas diminuem a velocidade da condução motora?

A
  • Segmentos distais com axónios de menor calibre

- Redução da temperatura

74
Q

Que situações patológicas diminuem a velocidade da condução motora?

A
  • Perda de axónios

- Desmielinização

75
Q

Princípio de Henneman

A

Num exercício são primeiro recrutadas as fibras mais pequenas, lentas e resistentes à fadiga.