CONDIÇÕES GÁSTRICAS Flashcards

1
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Definição

A
  • Movimento retrógrado do conteúdo gástrico para o esôfago
  • Pode ou não ser acompanhado de regurgitação ou vômito
    -Não se associa à redução de ganho de peso
  • Normalmente não causa sintomas que atrapalham a qualidade de vida
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2
Q

Refluxo Gastresofágico Fisiológico (RGF)
> Epidemiologia

A
  • Afeta 60% dos lactentes
  • Início: < 2 meses
  • Pico: 4 - 5 mês
  • Resolução: 12 -18 meses
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3
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Fisiologia

A
  • Imaturidade dos mecanismos antirrefluxo (esôfago curto + EEI mais curto e com baixo tônus + menor produção de saliva + ângulo de His obtuso)
  • Fatores posturais (alimentação líquida + predominante decúbito horizontal)
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4
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Diagnóstico

A
  • Apenas avaliação clínica (anamnese + exame físico)
  • Bom ganho de peso ponderal
  • Sem necessidade de investigação complementar
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5
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Critério de Roma IV para regurgitador feliz (5)

A
  • Lactente saudável
  • Entre 3 semanas e 12 meses
  • Apresenta pelos menos 2 episódios diários de regurgitação por pelo menos 3 semanas
  • Ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apneia
  • Sem déficit de ganho ponderal, sem dificuldade de alimentação, deglutição, sem postura anormal
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6
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Sinais de alarme (10)

A
  • Ausência de ganho ou perda ponderal
  • Desenvolvimento inadequado
  • Aspiração de conteúdo para vias aéreas
  • Náuseas
  • Hematêmese
  • Síndrome de Sandifer
  • Sibilos/Estridor
  • Apneia
  • Alteração do sono
  • Má aceitação da dieta
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7
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Tratamento (2)

A
  • Tranquilizar os pais condição fisiológica, transitória e autolimitada
  • Orientação: postural, ambiental e dietética
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8
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Orientação (3)

A
  • Postutais: bebê em posição vertical por 20 a 30 min após mamada (tempo de esvaziamento gástrico para líquidos) + dormir em posição supina (menor incidência de morte súbita do lactente)
  • Ambientais: evitar exposição ao tabagismo passivo (relaxa o EEI)
  • Dietética: rever técnica de amamentação (ingestãoaerea excessiva) + fracionamento da dieta (menos volume com mais frequência)
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9
Q

O que é o Clareamento Esofágico? Como ele funciona? (3)

A
  • Mecanismo protetor do esôfago contra o RGE.
  • Funciona através (a) ondas peristálticas esofágicas que empurra o conteúdo para o estômago, (b) produção de saliva que tampona e neutraliza o ácido, (c) gravidade onde a posição vertical auxilia para levar o conteúdo para o estômago
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10
Q

O que é a Síndrome de Sandifer? Porque ela ocorre?

A
  • E quando o bebê adota uma postura anormal de hiperflexão da coluna (arqueamento para trás).
  • Ocorre quando o bebê sente muita dor após a refeição, pois a inclinação da cabeça para trás auxilia no esvaziamento da região distal do esofago
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11
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Definição

A
  • A DRGE ocorre quando o RGE causa manifestações clínicas de gravidade variável, que podem ou não estar associadas a complicações
  • É um refluxo patológico
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12
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Fisiopatologia

A

Na ocorrência do relaxamento do EEI ocorre lesão da mucosa do esôfago devido o movimento retrógrado do conteúdo gástrico

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13
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (RGF)
Causas do Relaxamento Transitório do EEI (8)

A
  • Hipotonia do EEI
  • Aumento da pressão intra-abdominal
  • Retardo do esvaziamento gástrico
  • Alteração da salivação
  • Alteração do peristaltismo
  • Tabagismo, álcool ou estresse
  • Dieta rica em gorduras (estimula a secreção de CCK)
  • Efeitos posturais
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14
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Fatores de Risco (5)

A
  • Prematuridade: devido imaturidade dos mecanismos antirrefluxo por mias tempo
  • Obesidade: devido o aumento da pressão intra-abdominal
  • Doenças Neurológicas: levam a dismotilidade esofágica e disfunção do clareamento esofágico (prejuízo no mecanismo antirrefluxo)
  • Doenças Pulmonares Crônicas: como a fibrose cística e displasia broncopulmonar
  • Malformações Congênitas do trato gastrointestinal: como hérnia de hiato, hérnia diafragmática, atresia de esôfago
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15
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Quadro Clínico (manifestações típicas ou esofagianas)
A) Lactente
B) Pré-escolar
C) Escolar

A

A) Lactente: regurgitação frequente, vômitos propulsivos, recusa alimentar, déficit de ganho ponderal, choro, irritabilidade, dificuldade de sono e Síndrome de Sandifer

B) Pré-escolar: irá apresentar vômitos intermitentes

C) Escolar: azia, pirose (queimação), dor retroesternal, dor epigástrica, náusea e plenitude pós-prandial

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16
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Quadro Clínico (manifestações atípicas ou extra esofagianas)

A

A) Pulmonares: tosse crônica, traqueíte, asma, pneumonia, bronquiectasia, apneia

B) Otorrinolaringológicas: Otite, rouquidão, disfonia, sinusite, faringite, laringite crônica, laringoespasmo, estenose subglotica

C) Orais: Erosão do esmalte do dente, halitose, aftas ruminação

D) Outras: Síndrome da morte súbita

17
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Complicações (5)

A
  • Esofagite
  • Úlceras esofagicas
  • Estenose esofagica
  • Hemorragia
  • Esofago de Barret
18
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Sinais de Alerta (6)

A

A) Vômitos Bilosos: suspeita de obstrução intestinal (volvo, atresia intestinal, doença de hirschprug, intussuscepção)

B) Dor ou Distensão Abdominal: suspeita de obstrução, dismotilidade, anormalidades anatômicas

C) Hematêmese: esofagite de refluxo, doença ácido-peptíca

D) Hematoquezia (sangramento pelo reto): doença inflamatória intestinal, proctocolite, APLV

E) Vômitos forçados persistentes: estenose hipertrofia de piloto

F) Febre + Letargia: investigar infecção sistêmica

19
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Diagnóstico

A
  • É clínico, mediante a presença de sintomas típicos que impactam a qualidade de vida da criança ou estejam associados à complicações
20
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Exames Complementares (8)

A
  • Radiografia contrastada do esôfago, estômago e duodeno
  • Cintilografia Gastroesofágica
  • Ultrassonografia Esofagogástrica
  • pHmetria Esofágica
  • Impedância Esofágica
  • Manometria Esofágica
  • Endoscopia Digestiva Alta com biópsia
  • Teste terapêutico empírico com supressão ácida

*Não existe exame complementar padrão ouro para DRGE

21
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tipos de Tratamento (2)
> Objetivo do tratamento

A

Objetivo: melhora dos sintomas, ganho ponderoestatural adequado, prevenção ou cicatrização de lesões e prevenção de complicações

  • Tratamento pode ser não farmacológico ou farmacológico
22
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tratamento não farmacológico (4)

A
  • Fracionamento das refeições (volumes menores e maior frequência)
  • Evitar consumo de líquido durante as refeições
  • Evitar alimentos que estão associados ao relaxamento do EEI
  • Evitar alimentos que estão associados ao aumento do tempo de esvaziamento gástrico
  • Evitar ingestão de alimentos antes de dormir
  • Redução de peso nos obesos
  • Nos bebês: não usar roupas apertadas, sugerir troca de fralda antes das mamadas para evitar DH, posição supina para dormir

cafeína, bebidas gaseificadas, frutas cítricas, chocolate, condimento, molhos picantes, alimentos gordurosos, álcool e tabaco

23
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Medidas farmacológicos (3)

A
  • Antiácidos de contato ou citoprotetores de mucosa (como sintomático)
    *magnésio, alumínio, alginato, sucralfato
  • Procinéticos (ajudam a controlar sintomas)
    *desaconselhado no ultimo consenso
  • Inibidores de bomba de prótons (diminuem a secreção ácida). *Omeprazol - desaconselhado em lactantes
24
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tratamento Cirúrgico (1)

A
  • Cirurgia de Fundoplicatura de Nissen Laparoscópica
    *indicada em casos graves refratário ao tratamento medicamento ou presença de manifestação graves
25
Q

APLV: Alergia à Proteína do Leite de Vaca
> Definição

A
  • É uma alergia alimentar dependente de mecanismo imunológico, mediadas por IgE(tipo I) ou mediadas por células T (tipo IV)

*Hipersensibilidade do Tipo I: imediata
*Hipersensibilidade do Tipo IV: mediada por células

26
Q

APLV: Alergia à proteína do leite
> Epidemiologia

A
  • apresenta caráter transitório em 90% dos casos
  • alergia alimentar mais comuns nas crianças
  • responsável por 80% dos casos de alergia alimentar as crianças menores de 1 ano
27
Q

APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
> Porque as crianças dão mais suscetíveis? (4)

A

A) Imaturidade do sistema imunológico (sistema imune não sabe diferenciar alimento de uma agressão)
B) Permeabilidade da barreira intestinal
C) Alteração da microbiota
D) Baixa produção de IgA secretora

28
Q

Fatores de risco para alergia alimentar nas crianças (6)

A
  • Introdução alimentar precoce (principalmente antes dos 4 meses)
  • Histórico familiar de alergia alimentar
  • História pessoal de atopia
  • Desmame precoce (aleitamento materno previne o desenvolvimento de alergia)
  • Introdução do leite de vaca antes dos 4 meses
  • Sexo masculino
29
Q

APLV: Alergia à proteína do leite
-> Quadro Clínico (4)

A

Predominante Gastrointestinal

A) Proctocolite Eosinofílica: fezes com sangue e muco, perda de sangue é discreta, mas pode ocorrer anemia ferropriva.
* 70% - Criança bem, com ganho ponderal normal e fezes de consistência normal

B) Constipação: tratamento para constipação é refratário e cursa com fissura anal e sangramento nas fezes

C) Enteropatia induzida por proteína: diarreia sanguinolenta, má absorção intestinal com perda de proteína e baixo ganho pondero-estatural (semelhante à doença celíaca)

D) DRGE: 40% dos lactentes com DRGE apresenta como causa APLV e os sintomas se iniciam após Introdução da fórmula

30
Q

Intolerância à Lactose
-> Quadro Clínico (3)

A
  • Distensão Abdominal
  • Diarreia
  • Dermatite
  • Sem sangramento
    *Incomum em lactentes
31
Q

APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
> Diagnóstico (2)

A

A) Teste Terapêutico
- exclusão total do leite de vaca por 6-12 semanas que deve ser associado a melhora dos sintomas (fórmula de aa ou dieta materna se aleitamento materno exclusivo)

B) Teste de Provocação Oral
- após a resolução dos sintomas com o teste terapêutico ofertar o leite progressivamente que deverá desencadear novamente os sintomas

32
Q

APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
> Tratamento (1)

A
  • Exclusão do alérgeno da deita da criança

*80% das crianças apresentam resolução do quadro ao longo da infância
*tolerância é adquirida entre 2-3 anos