Colorretal Maligno Flashcards

1
Q

Cancro Colorretal- Epidemiologia

A
Incidência:
Mundo: 1.4 milhões
Portugal: 6391 (2007)
Diferenças geográficas (10 fold)
EUA: Decréscimo anual de 2 a 3%
Aumento:
• Espanha
• Este da Ásia
• Este da Europa
Idade   90% após 50 anos
             A aumentar nos 20-39 anos
Sexo
           25% mais frequente em homens
Raça
           20% maior em afro-americanos
Estado socioeconómico
           30% maior em estados mais baixos
Localização
           70% cólon esq. e reto
           4-5% tumores síncronos
          A aumentar: tumores proximais
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2
Q

Cancro Colorretal- Fatores de Risco

A

Podem influenciar (síndromes colo-rectais hereditários, doença inflamatória intestinal, doentes submetidos a radiação) followup ou n

Perguntas:
Se tem familiares que tenham tido cancro colo-rectal ou um pólipo com qualquer grau de displasia (pólipo pré-canceroso);
• Quantos foram afetados e quais foram em 1º e 2º grau de família;
• Em que idade apareceram?

Risco:
Doença moderada: 1 caso familiar de 1º grau, pré 45 anos
2 casos familiar de 1º grau em qualquer idade

Doença de alto risco : 3 familiares do mesmo lado da família
2 familiares do mesmo lado da família e
- 1 com cancros colo-rectais múltiplos
- 1 com cancro pré 45 anos
- 1 terceiro familiar com cancro do endométrio.

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3
Q

Cromoscopia

A

Exame em que usamos corantes vitais e ampliação perceber a morfologia dos póplipos e o padrão das criptas–> avaliar hisologia do pólipo

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4
Q

Neoplasia colorretal- vias da carcinogénese

A

Mucosa normal –> cancro invasivo.
3 vias:
A) Instabilidade dos cromossomas (CIN pathway)- polipose cólica familiar
- Ganho de função ativação de um oncogene, menor quantidade de genes supressores ou apoptose.

B) Alteração das proteínas que reparam o DNA (Mismatch repair genes- MSI pathway) - Síndrome de Lynch. São disfunções em genes que reparam o DNA (MLH1 e MSH2), sendo acumuladas mutações no DNA (-microsatellite instability), também associados a mutações do K-RAS (semelhante mulheres com tumores do endométrio)

C) Metilação do fenótipo (CIMP pathway)- há alterações epigenéticas ao DNA (metilação, ativação e inativação de genes, nomeadamente o gene BRAF) e que é também a via do adenoma serriado.

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5
Q

CCR- Manifestações Clínicas

A

Diferente consoante localização:

  • Cólon direito: mais anemias ferropénicas e massas abdominais;
  • Cólon esquerdo: dor, hematoquézias e alterações do trânsito;
  • Recto: rectorragia, tenesmos e falsas vontades e massa ao toque rectal.

Doença metastática em apresentação clínica à distância-20%:
• Nódulos linfáticos, hepáticos, pulmonares e peritoneais
• Dor no hipocôndrio direito, distensão abdominal, saciedade precoce, adenopatia supra-clavicular, nódulos periumbilicais
• Nódulo pulmonar ou hepático

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6
Q

CCR- Manifestações Atípicas

A
  • Febre de origem desconhecida
  • Fistulização: intestino delgado e bexiga
  • Abcesso: intra-abdominal, retroperitoneal, parede abdominal e hepático
  • Bacteriémia: streptococcus bovis, clostridium, bacteroides fragilis
  • 6% das neoplasias ocultas.
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7
Q

CCR- Sintomas Alto Risco

A
  • Rectorragia com alteração do trânsito para fezes moles ou em fita ou maior frequência de defecação por 6 semanas- todas as idades (sempre mais para a diarreia do que obstipação)
  • As alterações acima sem hemorragia por 6 semanas- acima dos 50
  • Rectorragia sem sintomas anais- acima dos 50
  • Massa abdominal palpável à direita- todas as idades
  • Massa rectal (não pélvica) palpável- todas as idades
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8
Q

CCR- Sintomas Baixo Risco

A
  • Rectorragias e sintomas anais sem alterações do trânsito- todas as idades
  • Rectorragia com causa externa óbvia como uma fenda/fissura anal ou hemorróida- todas as idades
  • Alterações no trânsito intestina sem rectorragia- abaixo dos 50 anos
  • Alterações do trânsito para fezes mais duras ou obstipação- todas as idades (geralmente os doentes em obstipação não são tão graves como os doentes que têm fezes moles ou aumento da frequência das dejeções)
  • Dor abdominal como sintoma isolado, sem alterações do trânsito- todas as idades

Sintomas anais: dor, prurido, desconforto, edema, prolapso, etc… Geralmente não é tão preocupante mas pode acontecer ser, temos de investigar.

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9
Q

CCR- Diagnóstico

A
  • Enema de bário:
    1% de falsos positivos mas tinha 7% de falsos negativos
    (20% nos doentes com doença diverticular, muito prevalente nos nossos dias, uma aplicação limitada, o único que conseguia avaliar a morfologia e localização do intestino do sítio do tumor)

-Colonoscopia:
2-6% de falsos negativos (pólipos não são sempre protusões, podem ser superfícies deprimidas ou planas)
Colonoscópios têm uma luz, o MBI, que consegue ver melhor estas alterações da mucosa,
Cerca de 10% são incompletas (n chegam ao cego)h
Único que vê bem a mucosa e pode fazer biópsias (polipectomia) para termos um diagnóstico histopatológico.

  • Colonografia por TC,
    Elevada ensibilidade
    Ver a localização da lesão em termos morfológicos
    Deteta pólipos até 6mm.
    Problema: nem todos os sítios têm este software para fazerem estes exames
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10
Q

CCR- Estadiamento (Exames)

A

1 em cada 5 doentes vão ter doença metastática na altura do diagnóstico

-TC abdominal e pélvica: avaliar a extensão e disseminação do tumor: invasão transmural (50%), ganglionar (45 a 73%) e metástases (75 a 87%).
Problema: só se vê disseminação peritoneal se esta for muito exuberante: implantes <0.5cm (11%), 0.5-5cm (37%).

Parte torácica: raio-X ou TC (especialmente nos tumores do reto que podem ter metástases pulmonares sem terem metástases hepáticas)

10 a 30% de lesões indeterminadas, 1% são lesões malignas.

RM: metástases hepáticas (1ª linha) e as neoplasias do reto.
RM hepática é a que tem maior sensibilidade e menos invasivo para avaliar a metastização hepática, tira-nos as dúvidas da TC e ajuda a planear cirurgias de resseção hepática e a RM pélvica é essencial no estadiamento local do cancro do reto.

PET: pouco valor no estadiamento inicial, tem sensibilidade e especificidade (87 e 68%) maiores que a TC, mas usado para despistar doença à distância, por ex. avalia os candidatos a resseções hepáticas, localiza neoplasias ocultas em elevações de CEA e avalia a resposta à terapêutica.

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11
Q

CCR- Estadiamento (Classificação)

A

Depende da invasão em profundidade da camada muscular e a presença ou não dos gânglios linfáticos
- Clínico (cTMN) para conseguirmos adequar o tratamento inicial o mais fielmente ao que a pessoa tem.
- Patológico (pTMN), onde a anatomia patológica nos vai dizer realmente quais são os gânglios invadidos, etc e até onde é que o tumor invade na profundidade. (pos op)
Parâmetros:
Tamanho do tumor (T), os gânglios linfáticos (N) e as metástases (M).

Estadios de Dukes 
A - invade a musosa ou a submucosa, 
B- invade a camada muscular,
C- invade gânglios,
D- tem metástases

I- T1/T2
II- A, B,C (T3/T4)
III- A, B e C (N 1-2)
IV- A, B- Metástases

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12
Q

CCR- Tratamento

A

Cólon Dir:
- Hemicolectomia: Direita ou direita alargada (se no angulo hepatico, retirar bacia hidrograf ileo colica, cego, zona do ramo dir da cólica média)

Cólon Transverso
- Resseções segmentares

Cólon Esq
-Hemicolectomia esquerda ou sigmoidectomia

Reto:
Resseções :
- ant do reto (altas ou baixas)
- abdomino-perineais, Miles Operation (colostomia definitiva)
-Inter-esfincterianas
- Transanais
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13
Q

CCR- Prognóstico

A

(Mau)
- Invasões: perineurais
infovasculares
da parede (T3/T4),
- Nº e gânglios invadidos, se têm nódulos mesentéricos (quando um gânglio foi totalmente invadido pelo tumor e destruído);
- CEA pré-operatório elevado
- Mutações genéticas :
Q definam tumores mais agressivos (deleção do 18q)
Resistentes quimio (K-ras=lack therapeuthic response anti-EGFR), -
- Doença residual
- Tumores: de alto grau
mucinosos/ células seminais
diferenciação espinhocelular

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14
Q

CCR- Tratamento Emergência

A

Cólon direito: hemicolectomia direita alargada com anastomoses íleo-cólica
Cólon esquerdo: cirurgia de Hartman em 2 tempos
Hipotese ded colocação de protese de expansão do tumor por endoscopia

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15
Q

Protocolectomia total com anastomse íleo anal

A

Tratamento profilático para doentes com PAF
Pode ser feita aso 19 anos
Remove-se o intestino grosso e recto, que é o sítio onde aparecem estes pólipos e faz-se uma bolsa e uma anastomose dessa bolsa ao canal anal

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