Coagulopatias Flashcards

1
Q

V ou F?

Doença de Von Willebrand é a desordem hemorrágica mais comum.

A

Verdadeiro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Doença de Von Willebrand

Epidemiologia

A
  • Afeta 1% da populaçao (pelo Cecil)
  • Afeta 1 em cada 800 (Harrison)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Fator de von Willebrand (fvW)

O que é?

A

É um “multímero” composto por glicoproteínas de diversos pesos moleculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Fator de von Willebrand

Níveis plasmáticos normais

A

Em torno de 1 mg/dl.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Fator de von Willebrand

Local de sua síntese

A

Endotélio e megacariócitos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Fator de von Willebrand

Função

A
  1. Adesividade plaquetária
  2. Formação de um complexo com o fator VIII
    • Transporte
    • Evita degradação
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

V ou F?

O distúrbio( Doença de Von Willebrand) afeta o componente primário da hemostasia, pelo prejuízo à adesão plaquetária.

A

Verdadeiro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Doença de Von Willebrand

Intensidade das manifestações mais comum.

A

Branda.

Aumento da hemorragia imediatamente após procedimentos invasivos, como a extração dentária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

V ou F?

A depleção do fator VIII ocorre pelo aumento da
sua degradação enzimática, a ponto
de causar hemorragia
por distúrbio da hemostasia
secundária.

A

Falso!

“Não a ponto de causar hemorragia […]”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Doença de Von Willebrand

Caráter hereditário

A
  • Padrão autossômico dominante, Geralmente
  • A história familiar geralmente é positiva.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Doença de Von Willebrand

Tipos

A
  • Mais comuns: tipos 1 e 2.
  • Raro: tipo 3.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Doença de Von Willebrand

Tipo 1

A
  • 80% dos casos.
  • Redução leve a moderada nos níveis plasmáticos do fator (50% de atividade ou 0,5 mg/dl).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Doença de Von Willebrand

Tipo 2

A
  • Níveis plasmáticos são normais.
  • Defeito qualitativo do fator ou no tamanho dos multímeros.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Doença de Von Willebrand

TIPO 2

Subdivisão

A
  • Tipo 2A–> Multímeros de peso alto e intermediário;
  • Tipo 2B,–> multímeros de alto peso –>adesão exagerada às plaquetas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Doença de Von Willebrand

TIPO 2

Fisiopatologia

A
  • Formação de agregados plaquetários que são rapidamente depurados do plasma.
  • Pode haver também trombocitopenia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Doença de Von Willebrand

Tipo 3

A
  • Raríssimo.
  • Ausência quase total do fvW com atividade do fator VIII muito baixa.
  • É o único tipo de herança autossômica recessiva e que se manifesta com diátese hemorrágica grave (semelhante à hemofilia).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Doença de Von Willebrand

Manifestações clínicas

A
  • A maioria possui a forma leve, sem hemorragia espontânea.
  • A suspeita sobrevém quando o indivíduo apresenta um sangramento imediato após trauma ou procedimentos invasivos (ex.: extração dentária).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Doença de Von Willebrand

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Casos moderados

A

Pode manifestar:

  1. Equimoses, após diminutos traumas;
  2. Sangramentos em mucosas;
  3. Sangramentos gastrointestinais.

Não ocorrem as manifestações típicas das desordens da coagulação (hemartrose, sangramento para cavidades, tendões, grupamentos musculares etc), com exceção do Tipo 3 da doença.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Doença de Von Willebrand

Tipos de sangramento mais comuns

A

(1) Epistaxe

(2) Menorragia

(3) Hemorragia pós-exodontia

(4) Equimose

(5) Sangramento após pequenos ferimentos

(6) Gengivorragia

(7) Sangramento pós-operatório

(8) Sangramento gastrintestinal

(9) Hemartrose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Doença de Von Willebrand

Achados laboratoriais

A
  1. Tempo de Sangramento (TS) prolongado;
  2. Tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTa/TTPa) alargado (deficiência secundária parcial do fator VIII);
  3. Demais provas da hemostasia normais.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Doença de Von Willebrand

Informações relevantes sobre os achados laboratoriais

A
  • O PTTa/TTpa já pode alargar quando a atividade plasmática do fator VIII é inferior a 30%.
  • A deficiência de fator VIII só é sintomática, se menor que 5% (hemofilia A).
  • Tanto o TS quanto o PTTa podem estar normais,
  • A dvW pode cursar com todas as provas da hemostasia normais!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Doença de Von Willebrand

CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA

Quais testes são utilizados?

A
  • Medida da atividade do fvW pelo Teste da Ristocetina;
  • Medida do antígeno do fvW por métodos sorológicos (ELISA).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Doença de Von Willebrand

DIAGNÓSTICO

Ristocetina

A
  • Capaz de induzir agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas de indivíduos normais.
  • Induz a aglutinação de plaquetas inativas usando como “ponte” o fvW (em vez do fibrinogênio).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Doença de Von Willebrand

DIAGNÓSTICO

Ristocetina nos tipos 1, 2 e 3

A
  • Tipos 1 e 3 (distúrbios quantitativos), tanto a dosagem do fvW quanto o teste da ristocetina estarão reduzidos;
  • Tipo 2 (distúrbio primariamente qualitativo), o teste da ristocetina estará muito mais alterado que a dosagem do fvW…
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
**Doença de Von Willebrand** Estratégias para o tratamento
1. Vasopressina--\> Aumento das concentrações plasmáticas 2. Reposição do fator 3. Agentes para cicatrização e hemostasia **Obs.:** Essas alternativas serão utilizadas de acordo com o tipo e gravidade da doença, gravidade da manifestação hemorrágica e a natureza do sangramento atual ou em potencial.
26
Qual a terapia mais eficaz da Doença de Von Willebrand, independente do tipo?
* Reposição de **concentrados ricos no fator Von Willebrand**. * Deve ser realizado na vigência de sangramento grave ou nos casos refratários ao uso da desmopressina (quando indicada).
27
Quais os concentrados mais utilizados na atualidade?
* **Concentrados de fator VIII de alta ou intermediária purificação (Humate-P)**, * Detergente ou calor --\> "matar" HIV **Obs.:** O crioprecipitado é um hemocomponente rico em fvW, porém, tem como desvantagem um maior risco de transmissão infecciosa, não sendo mais recomendado de rotina no tratamento ou profilaxia da dvW.
28
**V ou F?** Drogas antiplaquetárias (AAS e outros AINES) podem ser utilizadas no tratamento da Doença de Von Willebrand
**Falso.** Deve-se evitá-las.
29
**V ou F?** O efeito da desmopressina (DDAVP) nos tipos 2 e 3 da doença é menos confiável, sendo contraindicado no Tipo 2A
Verdadeiro.
30
**V ou F?** O DDAVP (desmopressina) deve ser usado apenas no tratamento das hemorragias leves na Doença de Von Willebrand tipo 1.
**Falso.** Pode ser utilizado também na **profilaxia do sangramento operatório** da Doença de Von Willebrand tipo 1.
31
Qual mecanismo de ação da desmopressina?
**Aumenta a liberação do fator Von Willebrand** a partir de seus sítios de estoque, como as células endoteliais.
32
Como deve ser feito o uso da desmopressina?
1. Via **intravenosa** (0,3 μg/kg em 50 ml de SF infundido em 20 minutos) 2. Via **subcutânea** 3. Via **intranasal** (150 μg spray em cada narina), com início de ação em 30-60min e duração de 6-12h
33
Por que recomenda-se não administrar mais do que 2 doses de desmopressina num período de 48h?
Pelo risco de **taquifilaxia** e **hiponatremia.**
34
Como é realizada a profilaxia em pacientes com forma branda da doença e que irão se submeter a procedimentos dentários?
* **Antifibrinolíticos.** * O ácido epsilonaminocaproico (**EACA**) e o **ácido tranexâmico** são os dois mais utilizados. * O EACA é feito na dose de 6g VO 6/6h durante 3-4 dias após o procedimento. A dose do ácido tranexâmico é de 25 mg/kg VO 6/6h. * Essas drogas **inibem a ativação do plasminogênio aderido à fibrina**, sendo mais eficazes contra hemorragias na mucosa oral.
35
**Hemofilias** Conceito
São distúrbios da coagulação de **caráter hereditário**, com herança **ligada ao sexo** (cromossoma X), sendo, portanto, **quase exclusivos do sexo masculino**.
36
**Hemofilias** Fisiopatologia
O defeito consiste numa **atividade muito baixa do fator VIII** (hemofilia A) **ou do fator IX** (hemofilia B).
37
**Hemofilias** Incidência
**Hemofilia A**: 1 a cada 10.000 nascidos do sexo masculino. **Hemofilia B**: 1 a cada 100.000.
38
**Hemofilias** História familiar
Uma história familiar positiva é encontrada em 65% dos casos.
39
**Hemofilias** Medida para detecção de carreador, em mulheres parentes de paciente hemofílico
Medida da **atividade do fator VIII e IX em comparação** com a atividade do **antígeno do fator de von Willebrand (vWF:Ag).**
40
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hemofilia A **x** Hemofilia B
As manifestações clínicas da hemofilia A e B são **indistinguíveis**.
41
**Hemofilia** Classificação quanto à intensidade
42
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hemofilia A
* **70%** da hemofilia A possui a **forma grave** (atividade do fator VIII menor do que 1% do normal). * Os **30%** restantes dividem-se entre as formas **moderada** (atividade entre 1-5%) e **leve** (entre 5-30%).
43
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hemofilia B
A **forma grave** responde por **20-45%** dos casos.
44
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sangramento em RN
* Se o parto não for traumático e se o obstetra não lançar mão de procedimentos como extração a vácuo e uso do fórcipe, **raramente ocorre sangramento intracraniano**. * Cerca de **metade** dos recém-natos **com a forma grave** pode sofrer **hemorragia profusa após circuncisão**
45
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Forma grave
* Ocorrem por volta dos **2-4 anos** de idade, quando a criança começa a deambular sem ajuda dos pais. * Se caracterizam pelo aparecimento de hemartroses.
46
**Hemofilias** Manifestações clínicas durante o início da infância
* As manifestações hemorrágicas surgem quando começam a engatinhar. **sangramentos orais --\> mordedura** * Tendem a ser **intermitentes** e podendo persistir por semanas. * Quando a criança começa a andar, surgem as **hemorragias articulares e musculares**, além das **equimoses pós-traumáticas.**
47
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hemartrose
* **monoartrite de grandes articulações**. * Geralmente, espontâneas * Hemofilia grave --\> 2 ou 3 anos **OBS:** Na forma leve também pode ocorrer espontaneamente, especialmente em articulações onde previamente ocorreu hemorragia pós-traumática não tratada corretamente.
48
**Hemofilia** HEMARTROSE Fisiopatologia
* **Aumento da pressão no espaço sinovial**. * Pode haver melhora, ou cronificação. * Porém, mais comumente, **não há absorção completa do sangue**--\> alterações **inflamatórias crônicas e proliferativas da membrana sinovial** --\> **(sinovite)**. * Recorrência dos sangramentos, a **membrana sinovial --\>** **progressivamente mais espessada** e **mais vascularizada**, --\> **dobras e vilosidades--\>novas hemorragias** * Ciclo vicioso de ressangramentos estabelece uma articulação-alvo. * Adesão entre vilosidades adjacentes--\>**redução do volume da cavidade articular** e diminuição da sua mobilidade. * Esses processos, + Enfraquecimento de estruturas periarticulares --\> **aumentam a susceptibilidade a novos episódios hemorrágicos** --\> perda progressiva da cartilagem h.
49
**Hemofilias** HEMARTROSE Articulações mais acometidas
1. Joelho; 2. Cotovelo; 3. Tornozelo; e 4. Quadril.
50
**Hemofilias** HEMARTROSE Fisiopatologia
A hemorragia é proveniente dos **capilares subsinoviais** e provoca edema e dor intensa.
51
**Hemofilias** HEMARTROSE A articulação encontra-se...
**(1)** Inflamada; **(2)** Semifletida; **(3)** Eritema; **(4)** Difícil mobilização.
52
**Hemofilias** HEMARTROSE Conduta para reabsorção do sangue
Geralmente, a **reposição do fator de coagulação** e o **repouso articular** ajudam a reabsorção do sangue na cavidade.
53
**Hemofilias** HEMARTROSE Punção do espaço articular
**Não deve ser realizada** pelo risco de infecções (a não ser em caso de dúvida diagnóstica).
54
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Complicações
* **Espessamento da sinóvia** e **dano à cartilagem articular**. * Estes eventos + **Subluxações** --\> **anquilose** e **deformidade articular permanente**.
55
**Hemofilias** HEMARTROSE Exame de imagem
RMN
56
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pseudotumores
Complicação **pouco frequente**, porém **grave**.
57
**Hemofilias** PSEUDOTUMORES Locais de acometimento
**(1)** Músculo esquelético; **(2)** Ossos longos; **(3)** Pelve; **(4)** Dedos das mãos e pés.
58
**Hemofilias** PSEUDOTUMORES Mecanismo de deformação óssea
* Hematomas + cápsula fibrosa * Grande volume + má reabsorção --\> lesão cística No osso, levam à: **(1)** Destruição óssea; **(2)** Neoformação óssea; **(3)** Expansão do osso; e **(4)** Fratura patológica. Podem comprimir e destruir músculos adjacentes, nervos e ossos.
59
**Hemofilias** MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Outras manifestações
**(1) Hematomas intramusculares --\> podem cursar com compressão nervosa / síndrome compartimental** **(2) Hematomas retroperitoneais;** **(3)** **Hematomas do psoas** (quadro que simula a apendicite aguda); **(4) Sangramento gastrointestinal:** úlceras e gastrites são 10x mais frequentes em hemofílicos. Deve-se pesquiser varizes esofágicas (Hepatite C) **(5) Sangramento geniturinário (hematúria):** ocorre em 2/3 dos hemofílicos, em geral \>12 anos. **(6) Hemorragia intracraniana** (10% dos pacientes) possui uma **mortalidade de 30%**. Representa a **segunda causa de morte** em pacientes hemofílicos, só “perdendo” para a SIDA. **(7) H****emorragia cerebral:** O sangramento no SNC tem 2 picos de acometimento: RN e \>50 anos. **(8)** **Hematoma orofaríngeo**, com possibilidade de levar à obstrução de via aérea alta e morte por asfixia. **(9) Anticorpo anti fator VIII ou IX:** risco de 20 a 30% entre os pacientes com hemofilia A e de 1 a 5% entre pacientes com hemofilia B. Podem desenvolver anafilaxia e/ou síndrome nefrótica quando são expostos ao fator IX.
60
**Hemofilias** Achados Laboratoriais
**(1)** **PTTa alargado(TTPa)**, na ausência de outras alterações nas provas hemostáticas. **(2) Tempo de Coagulação (TC)** também pode se alterar, porém este teste é muito menos fidedigno do que o PTTa.
61
**Hemofilias** Confirmação do diagnóstico
É confirmado pelo **ensaio específico para os fatores VIII e IX**, para diferenciar a hemofilia A da hemofilia B, cuja terapêutica é bem diferente.
62
Como é feito o tratamento da hemofilia tipo A?
**Utiliza-se o fator VIII** (tanto purificado quanto o recombinante) sempre que houver **hemorragia** no preparo **pré e perioperatorio**.
63
Qua a dose do fator VIII?
A dose deve ser calculada de modo a manter a atividade do fator VIII entre: 1. **15-20%** nos sangramentos leves; 2. **25-50%** nas hemartroses ou sangramentos de moderada gravidade; 3. **50%** na hemorragia intracraniana e no preparo cirúrgico.
64
Qual a dose dos hemoderivados?
* 2 vezes/dia --\> 3-14 dias * No pós-operatório, 10-14 dias--\> cicatrização adequada
65
**V ou F?** Os antifibrinolíticos (EACA, ácido tranexâmico) podem ser usados como adjuvantes antes de procedimentos na cavidade oral.
Verdadeiro. A **atividade antifibrinolítica é maior nas mucosas**, portanto o sangramento mucoso responde melhor a estes medicamentos e a dose é a mesma descrita para a doença de von Willebrand.
66
**V ou F?** Os antifibrinolíticos são indicados também na vigência de hematúria.
Falso. Devido a **chance de formar coágulos obstrutivos** do sistema uroexcretor.
67
Como é feito o tratamento da hemofilia tipo B?
* Com a **reposição de fator IX purificado e de fator IX recombinante**. **Obs.:** O concentrado do complexo protrombínico parcial (Prothromplex) contém os fatores II, IX e X da coagulação, sendo uma opção terapêutica. Contudo, a presença de alguns fatores ativados neste concentrado pode levar a eventos tromboembólicos.
68
Visão geral das metas das concentrações dos fatores a serem alcançados durante as diferentes condições clínicas
69
Como é feita a profilaxia em hemofílicos?
* **Profilaxia primária:** reposição contínua, regular e prolongada de fator, em crianças \<2 anos, iniciada depois da primeira hemartrose ou mesmo antes de qualquer sangramento articular clinicamente evidente. * Algumas vezes a profilaxia pode ser iniciada após um sangramento grave. * Demonstrou-se uma redução de 83% na ocorrência de sangramentos.
70
**V ou F?** A atenção integral promove a saúde física e psicossocial e, consequentemente, melhora a qualidade de vida e o vínculo estabelecido entre pacientes/familiares e a equipe estimula a adesão ao tratamento.
Verdadeiro.
71
Profissionais que compõem a equipe multiprofissional
**(1)** Médico hematologista e hematologista pediatra **(2)** Enfermeiro e técnicos de enfermagem **(3)** Assistente social **(4)** Psicólogo **(5)** Fisioterapeuta **(6)** Odontólogo **(7)** Farmacêutico
72
Atribuições do médico hematologista e hematologista pediatra
Responsáveis pela: **(1)** Avaliação clínica dos pacientes; **(2)** Confirmação do diagnóstico; **(3)** Proposta; e **(4)** Condução do tratamento
73
Atribuições do enfermeiro e técnicos de enfermagem
**(1)** Verificação dos sinais vitais, do peso e altura previamente à consulta médica; **(2)** Organização dos fluxos de cuidados aos pacientes; **(3)** Agendamentos de consultas com outros profissionais da equipe e com outros serviços; **(4)** Capacitação para infusão e autoinfusão dos concentrados de fatores da coagulação; **(5)** Orientações sobre autocuidado; **(6)** Busca ativa de pacientes. A equipe de enfermagem muitas vezes atua como um elo entre os pacientes/familiares e a equipe multiprofissional.
74
Atribuições da assistente social
**(1) Visitas domiciliares** aos pacientes, juntamente com a farmacêutica e/ou a psicóloga, tanto para avaliação inicial das condições de moradia e armazenamento dos fármacos, como para trabalhar a adesão dos pacientes ao tratamento; **(2)** Realiza a **busca ativa** de pacientes; **(3)** Orienta pacientes e familiares sobre direitos sociais, faz encaminhamentos para obtenção de benefícios e para equipamentos sociais; **(4)** Articula as propostas de trabalho intersetorial (Educação, Esporte, Geração de Renda, etc.).
75
Atribuições do psicólogo
**(1)** Contribui com a equipe na revelação do diagnóstico, trabalhando com pacientes e familiares em relação à aceitação da nova condição; **(2)** Desenvolve estratégias para adesão dos pacientes ao tratamento, como atendimento a grupos específicos (faixa etária, condição clínica, familiares, etc.); **(3)** Visitas domiciliares em conjunto com a assistente social e/ou farmacêutica; **(4)** Avalia a história psicológica de pacientes e familiares, encaminhando, se necessário, aos serviços de referência em saúde mental.
76
Atribuições do fisioterapeuta
**(1)** Avaliação para verificar a presença de déficits de amplitude de movimento, força muscular e limitação funcional; **(2)** Após isso, estabelecem-se os planos de atendimento ambulatorial para cada paciente; **(3)** Orienta-se os pacientes e familiares em relação aos procedimentos que devem ser realizados em domicílio e quanto às atividades físicas mais adequadas à sua condição.
77
Atribuições do Odontólogo
**(1)** Orienta pacientes e responsáveis em relação à profilaxia bucal; **(2)** Realiza ambulatorialmente procedimentos odontológicos de pequena e média complexidade; **(3)** Encaminha aos Centros Especializados de Odontologia – CEO os casos de maior complexidade.
78
Atribuições do Farmacêutico
**(1)** Orienta pacientes e familiares quanto aos medicamentos utilizados; **(2)** Realiza visitas domiciliares em conjunto com a assistente social e/ou psicóloga tanto para avaliação inicial das condições de moradia e armazenamento dos fármacos, como para trabalhar a adesão dos pacientes ao tratamento.