Coagulopatias Flashcards
V ou F?
Doença de Von Willebrand é a desordem hemorrágica mais comum.
Verdadeiro.
Doença de Von Willebrand
Epidemiologia
- Afeta 1% da populaçao (pelo Cecil)
- Afeta 1 em cada 800 (Harrison)
Fator de von Willebrand (fvW)
O que é?
É um “multímero” composto por glicoproteínas de diversos pesos moleculares.
Fator de von Willebrand
Níveis plasmáticos normais
Em torno de 1 mg/dl.
Fator de von Willebrand
Local de sua síntese
Endotélio e megacariócitos.
Fator de von Willebrand
Função
- Adesividade plaquetária
- Formação de um complexo com o fator VIII
- Transporte
- Evita degradação
V ou F?
O distúrbio( Doença de Von Willebrand) afeta o componente primário da hemostasia, pelo prejuízo à adesão plaquetária.
Verdadeiro.
Doença de Von Willebrand
Intensidade das manifestações mais comum.
Branda.
Aumento da hemorragia imediatamente após procedimentos invasivos, como a extração dentária.
V ou F?
A depleção do fator VIII ocorre pelo aumento da
sua degradação enzimática, a ponto
de causar hemorragia por distúrbio da hemostasia
secundária.
Falso!
“Não a ponto de causar hemorragia […]”
Doença de Von Willebrand
Caráter hereditário
- Padrão autossômico dominante, Geralmente
- A história familiar geralmente é positiva.
Doença de Von Willebrand
Tipos
- Mais comuns: tipos 1 e 2.
- Raro: tipo 3.
Doença de Von Willebrand
Tipo 1
- 80% dos casos.
- Redução leve a moderada nos níveis plasmáticos do fator (50% de atividade ou 0,5 mg/dl).
Doença de Von Willebrand
Tipo 2
- Níveis plasmáticos são normais.
- Defeito qualitativo do fator ou no tamanho dos multímeros.
Doença de Von Willebrand
TIPO 2
Subdivisão
- Tipo 2A–> Multímeros de peso alto e intermediário;
- Tipo 2B,–> multímeros de alto peso –>adesão exagerada às plaquetas.
Doença de Von Willebrand
TIPO 2
Fisiopatologia
- Formação de agregados plaquetários que são rapidamente depurados do plasma.
- Pode haver também trombocitopenia.
Doença de Von Willebrand
Tipo 3
- Raríssimo.
- Ausência quase total do fvW com atividade do fator VIII muito baixa.
- É o único tipo de herança autossômica recessiva e que se manifesta com diátese hemorrágica grave (semelhante à hemofilia).
Doença de Von Willebrand
Manifestações clínicas
- A maioria possui a forma leve, sem hemorragia espontânea.
- A suspeita sobrevém quando o indivíduo apresenta um sangramento imediato após trauma ou procedimentos invasivos (ex.: extração dentária).
Doença de Von Willebrand
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Casos moderados
Pode manifestar:
- Equimoses, após diminutos traumas;
- Sangramentos em mucosas;
- Sangramentos gastrointestinais.
Não ocorrem as manifestações típicas das desordens da coagulação (hemartrose, sangramento para cavidades, tendões, grupamentos musculares etc), com exceção do Tipo 3 da doença.
Doença de Von Willebrand
Tipos de sangramento mais comuns
(1) Epistaxe
(2) Menorragia
(3) Hemorragia pós-exodontia
(4) Equimose
(5) Sangramento após pequenos ferimentos
(6) Gengivorragia
(7) Sangramento pós-operatório
(8) Sangramento gastrintestinal
(9) Hemartrose
Doença de Von Willebrand
Achados laboratoriais
- Tempo de Sangramento (TS) prolongado;
- Tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTa/TTPa) alargado (deficiência secundária parcial do fator VIII);
- Demais provas da hemostasia normais.
Doença de Von Willebrand
Informações relevantes sobre os achados laboratoriais
- O PTTa/TTpa já pode alargar quando a atividade plasmática do fator VIII é inferior a 30%.
- A deficiência de fator VIII só é sintomática, se menor que 5% (hemofilia A).
- Tanto o TS quanto o PTTa podem estar normais,
- A dvW pode cursar com todas as provas da hemostasia normais!
Doença de Von Willebrand
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Quais testes são utilizados?
- Medida da atividade do fvW pelo Teste da Ristocetina;
- Medida do antígeno do fvW por métodos sorológicos (ELISA).
Doença de Von Willebrand
DIAGNÓSTICO
Ristocetina
- Capaz de induzir agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas de indivíduos normais.
- Induz a aglutinação de plaquetas inativas usando como “ponte” o fvW (em vez do fibrinogênio).
Doença de Von Willebrand
DIAGNÓSTICO
Ristocetina nos tipos 1, 2 e 3
- Tipos 1 e 3 (distúrbios quantitativos), tanto a dosagem do fvW quanto o teste da ristocetina estarão reduzidos;
- Tipo 2 (distúrbio primariamente qualitativo), o teste da ristocetina estará muito mais alterado que a dosagem do fvW…

