CM Flashcards
Homem, raça negra, 55 anos, apresenta diagnóstico de hipertensão arterial essencial há 10 anos e diabetes tipo 2 há dois anos. Encontra-se assintomático em uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia, propranolol 80 mg/dia e metformina 1000 mg ao dia. Pressão arterial = 160 x 90 mmHg nos membros superiores, aferida em duas consultas seriadas. As auscultas cardíaca e pulmonar são normais. Os exames complementares revelam função renal normal, glicemia de jejum = 132 mg/dL, hemoglobina glicada = 6,0% e presença de albuminúria de 150 mg em 24 horas. O eletrocardiograma está ilustrado a seguir. (Conforme imagem do caderno de questões) Assinale a alternativa que contém a estratégia terapêutica mais adequada em relação ao controle pressórico desse paciente:
Substituir o tratamento atual por um inibidor da enzima conversora da angiotensina.
Homem, 57 anos, obeso, diabético tipo II, submetido à angioplastia coronária com implante de stent há 2 anos, comparece em consulta de rotina com pressão arterial de 170 x 100 mmHg. A medida é repetida e confirmada e coincide com medidas residenciais do paciente. Está assintomático, o exame físico é normal e os exames laboratoriais mostram a função renal normal. A análise do exame de urina indica a presença de proteinúria +/4+.
A conduta correta em relação ao tratamento da hipertensão arterial é prescrever
A) inibidor da enzima conversora de angiotensina.
Paciente retornou à unidade de saúde bastante incomodado com quadro de tosse seca persistente que se iniciou nos últimos dias. Ele relatou ao médico que é hipertenso, usa diariamente vários remédios, mostrando a receita. Complementou que um deles foi iniciado há 1 ou 2 semanas, mas não lembra qual. O medicamento que mais provavelmente causou o quadro descrito pelo paciente foi
lisinopril
Em crianças e adolescentes obesos, o achado clínico
que tem mostrado um maior valor preditor para a ocorrência
de hipertensão arterial é
a relação entre a circunferência abdominal e a estatura (CA/E).
Mulher de 66 anos de idade é atendida em uma unidade de saúde para uma consulta anual de rotina. Ela tem antecedente de hipertensão, em uso regular de enalapril (20 mg, via oral, 2 vezes ao dia), além de osteopenia, em uso de vitamina D e cálcio. Ao exame físico, após 30 minutos de repouso na unidade: pressão arterial: 175 x 100 mmHg e pulso: 60 bpm. Nesse momento, a conduta correta é:
associar clortalidona.
Com relação ao manuseio de pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS), estudos de adequado valor epidemiológico foram publicados nos últimos anos e alguns países apresentaram novas diretrizes e consensos para tratamento da HAS. Nesse sentido, é correto afirmar.
Sem considerar as condições específicas (por exemplo, diabetes), de maneira geral, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina e tiazídicos (clortalidona é o preferido) são opções de primeira escolha.
Homem de 55 anos é diagnosticado há 1 semana com hipertensão arterial estágio 1, com risco cardiovascular aumentado (doença renal crônica e diabetes mellitus). De acordo com a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, além da terapia não medicamentosa, qual a conduta indicada?
A) Monoterapia com diurético em dose plena, com reavaliações mensais.
B) Associação de diurético, inibidor da enzima conversora de angiotensina e bloqueador de canal de cálcio, em dose máxima.
C) Associação de dois fármacos de classes diferentes, em baixas doses.
D) Monoterapia com bloqueador do receptor da angiotensina em dose plena.
E) Como trata-se de hipertensão estágio 1, modificações no estilo de vida são suficientes na maioria dos casos, não justificando uso de medicamentos.
c
Jovem, 23 anos, sexo masculino, apresenta pressão arterial
de 200 x 100 mmHg, durante exame admissional,
confirmada em nova avaliação após uma semana. Não
apresenta comorbidades e nem histórico familiar de hipertensão
arterial. O exame físico apenas evidencia a
presença de sopro sistólico suave na ausculta do flanco
direito do abdome. Os exames laboratoriais são normais,
incluindo função renal, hemograma e urina tipo I. A ultrassonografia
de abdome mostra: ausência de líquido livre,
fígado normal, pâncreas não visualizado por interposição
gasosa, rim direito medindo 7,4 cm e rim esquerdo medindo
11,0 cm.
O exame que certamente trará a confirmação diagnóstica é:
A) Doppler de artérias renais.
Paciente do sexo masculino, 29 anos, durante exame admissional, apresenta PA = 190x100 mmHg, assintomático. Não possui antecedentes mórbidos. Nos antecedentes familiares, conta que o pai é obeso e hipertenso. Após avaliações seriadas, em condições ideais para aferição da PA, as medidas foram: 170x95, 160x100 e 165x100 mmHg. O exame físico durante a última consulta constatou sopro abdominal em região de flanco direito. Os exames laboratoriais mostram função renal normal, Na = 141 mEq/L e K = 3,6 mEq/L. Solicitada ultrassonografia de abdome que evidencia: ausência de líquido livre, fígado normal, pâncreas não visualizado por interposição gasosa, rim direito medindo 7,0 cm e rim esquerdo medindo 11,0 cm.
hipertensão renovascular
Qual o provável diagnóstico e a conduta para um homem de 36 anos, assintomático, com PA: 170 x 100, em consulta de rotina (exame admissional de uma empresa), referindo níveis de PA prévia de 120 x 80?
Síndrome do jaleco branco, orientação terapêutica não medicamentosa.
Mulher de 60 anos, apresenta há 2 horas, cefaleia intensa, tonturas não rotatórias, náuseas e mal estar. Procurou o PSA, onde se constatou PA: 240X140, P: FC: 100 bpm, bulhas rítmicas hiperfonese de B2 em FAo, sem sopros, sonolenta, pouco contactuante, sem sinais de localização neurológica. Em relação ao quadro descrito, assinale a alternativa correta em relação ao diagnóstico:
Encefalopatia hipertensiva
Sobre a técnica correta de aferição da pressão arterial é correto afirmar:
pode ser realizada sentada, deitada ou em pé, desde que a artéria braquial esteja no nível do quarto espaço intercostal
Qual é o diagnóstico desse paciente com anemia há 8 meses, com teste de Schilling positivo e com o hemograma descrito a seguir? Hemácias: 3.200.000/mm³, hemoglobina: 9,6 g/dl, hematócrito: 35%, volume corpuscular médio: 116 fl, hemoglobina corpuscular média: 32 fl, RDW: 15,0%, leucócitos: 4500/mm³ (mostrando neutrófilos hipersegmentados), plaquetas: 140.000/mm³.
anemia megaloblástica.
Paciente de 40 anos, branca, refere fraqueza há 5 meses, com piora progressiva, além de dispneia aos moderados esforços e há 1 mês parestesias em pés. Refere emagrecimento de 5Kg no período. Pelas queixas, procura atendimento médico, sendo realizado hemograma que evidencia: Hemácias = 1 200 000/mm3 Hemoglobina = 4,0 g/dl (12-16) Hematócrito = 14% (35-40) VCM = 117 fl (80-100) RDW = 21 % (11-15) Leucócitos = 2800 / mm3 (4.000-11.000)(diferencial normal com presença de neutrófilos hipersegmentados) Plaquetas = 100 000 / mm3 (150.000-400-000). Pode afirmar:
I. Pela presença de emagrecimento e anemia grave, deve-se pensar na hipótese diagnóstica de neoplasia e realizar transfusão de concentrado de hemácias, além da solicitação de marcadores tumorais.
II. Por ser anemia crônica e paciente pouco sintomático, deve-se aguardar para realização de transfusão de concentrado de hemácias.
III. As alterações no hemograma: pancitopenia com anemia grave macrocítica, presença de neutrófilos hipersegmentados e a queixa de parestesias, levantam a hipótese diagnóstica de anemia por deficiência de vitamina B12 - anemia megaloblástica.
IV. A contagem de reticulócitos é fundamental para o diagnóstico diferencial da etiologia da anemia.
Em relação às afirmações acima, pode-se afirmar:
Apenas I está incorreta.
Homem, 56 anos, vem ao hospital por quadro de adinamia há 45 dias. Nega febre ou perda ponderal. Relata parestesia de membros inferiores há 1 mês. Ao exame físico: REG, descorado 3+/4, hidratado, PA 130x80 mmHg, aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações, PIFR, sem déficits motores. Hemograma com Hb 7,2g/dL, Ht 23%, VCM 110 fL, Leucócitos 2200, com diferencial normal, 120.000 plaquetas. Qual o provável diagnóstico e conduta?
Déficit de b12, reposição IM.
Mulher, 42 anos, branca, refere fraqueza e adinamia há 5 meses, além de dispneia aos moderados esforços. Há cerca de 1 mês, passou a apresentar parestesias em pés. Apresentou emagrecimento de 5 kg no período. Procurou atendimento médico, e, ao exame físico, além da presença de mucosa conjuntival descorada, observou-se glossite atrófica. Foi realizado um hemograma que evidenciou o seguinte resultado: Hb = 6,2 g/dL; Ht = 18%; VCM =116; HCM =31 pg; CHCM = 29 g/dL; RDW = 21%; leucócitos = 2780/mm (diferencial normal, com hiperssegmentação de neutrófilos); plaquetas = 98000/mm³ . Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
A deficiência de vitamina B12 é uma das causas mais comuns implicadas nesse tipo de anemia.
Na gastrite atrófica, ocorre deficiência na secreção do fator intrínseco, comprometendo a absorção de
B12
A associação de deficiência de vitamina B12 é mais comum com A) doença de Crohn. B) infecção ativa pelo H. pylori. C) pancreatite aguda. D) gastrite atrófica e acloridria. E) acalasia da cárdia.
D
Paciente de 40 anos, branca, refere fraqueza há 5 meses, com piora progressiva, além de dispneia aos moderados esforços e, há 1 mês, parestesias em pés. Refere emagrecimento de 5 kg no período. Pelas queixas, procura atendimento médico, sendo realizado hemograma, que evidencia:
GV = 1 200 000/mm3; Hb = 4,0 g/dL; Ht = 14%; VCM = 117 fl HCM = 33 pg CHCM = 29 g/dL RDW = 21%; leucócitos = 2 800/mm3 (diferencial normal com presença de neutrófilos hipersegmentados) plaquetas = 100 000/mm3. Além da presença de mucosa conjuntival descorada, observou-se no exame físico:
É correto afirmar, em relação à foto:
a presença de língua lisa (“língua careca”) é encontrada na deficiência de vitamina B12, causada por perda das papilas.
Durante investigação em uma senhora de 73 anos, previamente hígida, três hemogramas consecutivos no prazo de 10 meses mostraram uma leucopenia progressiva, o último com 2.230 leucócitos/mm3. Dentre as opções descritas, a seguir, constitui a hipótese diagnóstica mais provável nesse cenário:
A) anemia ferropriva.
B) leucemia mieloide ou linfoide aguda.
C) leucemia mieloide crônica.
D) leucemia linfoide crônica.
E) deficiência de vitamina B12 ou de folato.
E
Lactente, com 20 meses de idade é atendida em uma Unidade Básica de Saúde por apresentar palidez, falta de apetite, pica e dificuldade de ganhar peso observado nos últimos 2 meses. Além da observação, no hemograma da dosagem de hemoglobina e hematimetria, que outros parâmetros e exames, com seus respectivos resultados, confirmarão uma anemia carencial?
morfologia das hemácias: microcítica e hipocrômica, ferritina baixa, ferro sérico baixo, capacidade de ligação do ferro elevada, saturação de transferrina baixa.
Mulher de 75 anos, com quadro de fraqueza progressiva, irritabilidade, intolerância aos exercícios há 1 mês. Relatava já ter realizado tratamento para doença do refluxo gastroesofágico. Ao exame físico encontrava-se em regular estado geral, descorada 3+/4+, hidratada, PA 122 x 72 mmHg, frequência cardíaca 92 bpm. Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações. Abdome sem massas palpáveis. Toque retal sem melena ou sangue em dedo de luva. Exames complementares: Hemograma: hemoglobina: 6,8 g/dL (referência: 12-16); volume corpuscular médio: 78fL (referência: 80-100); leucócitos: 4.550/mm³ (referência: 4.000-10.000), com diferencial normal. plaquetas: 359.000/mm³ (referência: 150.000- 400.000), além de ferropenia. Endoscopia digestiva alta com esofagite erosiva distal e colonoscopia sem alterações. Além do tratamento da doença de base, está indicada (o) inicialmente:
administração de hidróxido férrico endovenoso.
Jovem, 19 anos, sexo feminino, refere adinamia e cansaço
aos esforços moderados há cerca de três meses.
O exame físico revela palidez cutâneo-mucosa e taquicardia
regular com frequência cardíaca em torno de 110
bpm. Refere hipermenorreia desde a primeira menstruação.
Assinale a alternativa que contém os achados laboratoriais
mais prováveis.
Hb = 9,2 g/dL; VCM = 69; ferro sérico baixo; ferritina baixa; transferrina elevada.
Criança de 5 anos, previamente hígida, colheu hemograma que revelou: Hb = 10,8 g/dL, Ht = 31%, VCM = 70 fL, CHCM = 31 g/dL, RDW = 14%, Leucócitos = 12 mil/mm³ (2% bastonetes, 44% segmentados, 52% linfócitos, 1% monócitos, 1% eosinófilos), Plaquetas = 80 mil/mm³. Frente ao resultado apresentado e à hipótese diagnóstica mais provável, o exame que deverá vir alterado é A) o perfil de ferro. B) a eletroforese de hemoglobina. C) o mielograma. D) a dosagem da vitamina B12. E) a dosagem do ácido fólico.
B
Mulher, 59 anos, procura atendimento médico com queixa de cansaço e adinamia. Refere que tem se sentido fraca e notou que seus cabelos e unhas estão frágeis e quebradiços. O exame físico revela a paciente descorada, levemente taquicárdica e pressão arterial = 110x60 mmHg. O hemograma revela: Hb = 7,9 g/dL, leucograma normal e plaquetas = 480 mil/mm³. A seguir estão ilustradas fotos dessa paciente. Assinale a alternativa que apresenta os achados laboratoriais adicionais dessa paciente.
VCM = 72, eritropoetina elevada, ferro baixo, transferrina elevada e ferritina baixa.
Na boa resposta ao tratamento da anemia ferropriva, o
primeiro achado laboratorial encontrado é o aumento
do numero de reticulócitos.
Um homem de 73 anos está em investigação de um quadro de anemia em uma unidade de saúde. Ele retorna com os seguintes exames: hemoglobina: 7,2 g/dL, leucócitos: 8.800/mm3 (diferencial normal), plaquetas: 430.000/mm3, volume corpuscular médio (VCM): 63 fL (normal: 80 a 100 fL), índice de anisocitose (RDW): 16,7% (normal: 11,5 a 14,5%). O médico generalista checou no prontuário e um hemograma realizado há 10 anos era completamente normal. Assinale a alternativa que contém uma condição que mais provavelmente será o diagnóstico desse paciente.
A) Câncer do trato gastrointestinal.
Como proceder diante de um paciente em parada cardiorrespiratória, trazido pelo SAMU, com eletrocardiograma mostrando assistolia?
A) Confirmar a presença da assistolia, compressões torácicas de alta qualidade, cardioversão elétrica.
B) “Golpe” torácico, compressões torácicas (30) e ventilações (2), marcapasso cardíaco transtorácico.
C) Compressões torácicas (15) e ventilações (2), intubação orotraqueal, cardioversão elétrica.
D) Compressões torácicas (5) e ventilações (2), drogas (adrenalina), intubação orotraqueal.
E) Confirmar a presença da assistolia, compressões torácicas (30) e ventilações (2), drogas(adrenalina ou vasopressina).
E
Durante a primeira análise do ritmo cardíaco de um paciente em assistência à parada cardiorrespiratória, encontra-se o traçado a seguir. (FV?)
O tratamento de escolha, nesse momento, será
Desfibrilação
*Ritmos de PCR chocáveis são fibrilação ventricular (ritmo anárquico) e taquicardia ventricular (complexo QRS largo > 120ms ou 3 quadradinhos).
Devido ao número excessivo de pacientes que transitam em uma determinada unidade de saúde, é importante que o local tenha condições mínimas para fornecer o tratamento inicial de uma parada cardiorrespiratória (PCR). Nesse sentido, é correto afirmar:
laringoscópios, lâminas de tamanhos diferentes, dispositivos para obtenção de uma via aérea, além de uma fonte de oxigênio são necessários na unidade.
Paciente do sexo masculino, aparentando 52 anos de idade, é levado ao pronto atendimento por perda da consciência enquanto caminhava na calçada próxima ao hospital. Assim que o paciente adentra à sala de emergência, verifica-se que está arresponsivo, sem respirar e sem pulsos centrais.
Nesse momento, recomenda-se
A) obter acesso venoso, intubar, monitorizar e administrar adrenalina 1,0 mg IV em bolus.
B) obter um traçado eletrocardiográfico ou, através de um monitor cardíaco, identificar o ritmo da parada cardiorrespiratória.
C) proceder à intubação orotraqueal e aplicar duas ventilações de resgate com o dispositivo bolsa-valva-máscara.
D) iniciar manobras de ressuscitação pelas compressões torácicas, pelo menos 100 por minuto.
E) posicionar as pás do desfibrilador sobre o tórax e aplicar um choque de 360 Joules, independentemente do ritmo encontrado.
D
Homem de 69 anos foi levado ao serviço de saúde por perda súbita de consciência. Os familiares demoraram cerca de 15 minutos até chegar à unidade e não realizaram nenhuma manobra de ressuscitação pré-hospitalar no transporte. Na avaliação inicial pelo médico, o paciente estava arresponsivo, sem movimentos torácicos e sem pulso central palpável. Com os dados descritos, é correto afirmar que, nesse momento,
a prioridade é iniciar imediatamente a ressuscitação com compressões torácicas e ventilações sincronizadas (30 compressões para 2 ventilações).