Clínica Flashcards
Quais os sintomas B?
Febre > 38, sudorese noturna, perda ponderal >10% em 6 meses
Qual a tríade da morte?
Coagulopatia, acidose metabólica, hipotermia
Qual o principal subtipo do Linfoma não-Hodgkin?
Difuso de grandes celulas B
Bastonetes de Auer são patognomonicos de qual condição?
Leucemia Mieloide Aguda
Quais os “CDs” na imunofetipagem da Leucemia Mieloide Aguda?
CD 34, CD 33, CD 14, CD 13
Quais os “CDs” na imunofetipagem da Leucemia Linfocítica Aguda? Quais correspondem aos Linf B e quais correspondem aos Linf T?
CD 10, 19, 20 - linhagem B
CD 3, 7 - linhagem T
Principais causas hematologicas de esplenomegalia maciça?
Talassemia maior, leucemia mieloide crônica, mielofibrose
Glomérulo renal é formado por 3 estruturas. Quais?
Endotelio, membrana basal e podócitos (epitélio visceral)
Causas de insuficiencia renal com rim em tamanho normal ou aumentado?
- DM
- doença policística
- Amiloidose
- Anemia falciforme
- Esclerodermia
- Nefropatia obstrutiva
- Nefropatia por HIV
Causas de escletose de papila?
- DM
- Obstrução
- Anemia falciforme
- Nefropatia analgesica
- Pielonefrite grave
Clínica da síndrome nefrítica.
Oligúria + edema + HAS + Hematúria dismórfica
Diagnósticos diferenciais de hematúria?
Cálculo renal, ITU, cistite hemorrágica por uso de Ciclofosfamida, câncer, glomerulopatias
Causas de síndrome nefrítica?
- Infecciosas (GNPE e GN nao PE)
- Doenças sistêmicas: LES, Sd Goodpasture
- Doenças primárias: Berger
Qual o tempo de incubação de GNPE por faringite?
1 a 2 semanas
Qual o tempo de incubação de GNPE por faringite?
1 a 2 semanas
Qual o tempo de incubação por GNPE pós piodermite?
3 a 6 semanas
Qual exame é solicitado na suspeita de infecção estreptococica pós faringite?
ASLO/ASO
Qual exame é solicitado na suspeita de infecção estreptococica pós piodermite?
Anti DNAse B
Qual o agente etiologico da GNPE?
Estreptococcus beta hemolitico do grupo A
Indicações de biopsia na GNPE?
- Oliguria > 7 dias
- Anuria ou IR acelerada
- Complemento normal ou baixo > 8 sem
- Proteinuria nefrotica
- Hematuria macro > 4 semanas
- Evidencia de doença sistemica
Qual o tratamento da GNPE?
Suporte: repouso, restrição hidrossalina, furosemida, hidralazina
+ atb (penicilina benzatina ou amoxicilina)
Qual a causa da Doença de Berger?
Deposito de IgA no mesangio
Qual a clínica da doença de Berger?
Homem entre 10-40 anos apresentando hematuria macroscopica com duração de 2-7 dias após fatores precipitantes ou hematuria micro persistente ou sindrome nefritica
Como é feito o diagnóstico da doença de Berger?
Clínica + complemento normal + Bx cutanea com IgA (50%)
Qual o tratamento da doença de Berger?
Assintomatico: acompanha. Se proteinuria ou HAS: iECA
Quando suspeitar de GNRP e qual a conduta?
Quando for uma sindrome nefritica muito intensa, com anasarca, PA muito elevada e anuria.
Deve realizar a biopsia renal e começar tratamento empírico
Qual o tratamento da GNRP?
Metilprednisona 1g IV/ dia por 3 a 5 dias, ciclofosfamida, plasmaferese
Quais glomerulopatias cursam com redução de complemento?
- GNPE (ate 8 semanas)
- Infecciosa nao PE
- LES
4 GNMP
Quais glomerulopatias cursam com complemento normal?
Berger, Sd de Goodpasture e Pauci imunes (Wegener, poliangeite microscopica)
Qual a sindrome nefrotica mais relacionada com trombose de veia renal?
Nefropatia membranosa
Quais os fatores de risco para nefropatia induzida por contraste?
- DRC
- nefropatia diabetica com insuficiencia renal (Cr>1,5)
- ICC avançada e outras causas de hipoperfusao renal (hipovolemia, instabilidade hemodinâmica)
- Altas doses de contrastes
- Contrastes ionicos de 1a geraçao (hiperosmolares)
- Intervenção percutanea (risco de ateroembolismo)
- Mieloma multiplo
Cilindros epiteliais granulosos pigmentares sao patognomonicos de qual nefropatia?
Necrose tubulae aguda
Qual a principal causa de necrose tubular aguda?
Isquemia (IRA pre renal que se torna NTA)
Quais as causas de toxicidade tubular direta na NTA?
Aminoglicosideos, anfotericina B, mioglobina/rabdomiolise
Quais as causas de vasoconstricão de arteríolas na NTA?
Contraste iodado (após 24 a 48h da adm), tacrolimus, ciclosporina, mioglobina/rabdomiolise
Como está o potassio, fosforo, magnesio e calcio na rabdomiolise?
Hipercalemia, hiperfosfatemia, hipermagnesemia, hipocalcemia (fase aguda). Na fase crônica há hipercalcemia.
Quando e como prevenir nefropatia por contraste iodado?
Quando há fatores de risco. Mantem a euvolemia, faz expansão volemica, adm bicarbonato, n-acetilcisteina, formulação iso/hipoosmolar em baixa dose
Qual a principal característica laboratorial da nefrite intersticial aguda?
Eosinofilia, aumento e IgE, eosinofilúria (coloraçao de Hansel) associada com IRA oligurica, hematuria, proteinuria, piuria
Quais os farmacos que podem induzir a nefrite intersticial aguda?
- Beta lactamicos (penicilina, cefalosporina)
- Sulfas
- Ridampicina
- AINE
- Tiazidicos
- Furosemida
- Alopurinol
- Fenitoina
- Omeprazol
Quais as causas de nefrite intersticial aguda?
Infecciosa, idiopatica, farmaco induzidas
Qual a clínica da necrose intersticial crônica?
Poliuria, acidose metabolica, HAS secundaria, anemia, hematuria, cilindroa leucocitarios, proteinuria subnefrotica
Quais as causas de necrose intersticial crônica?
- Persistencia de NIA
- nefropatia obstrutiva
- Nefropatia analgesica
- Nefrocalcinose (hiperK prolongada)
- Nefropatia hipoK
- Saturnismo
- Nefrotoxicidade do litio
Qual a causa de nefropatia analgesica?
Fenacetina + AAS
Qual achado patognomonico da nefropatia analgesica?
TC com parenquima atrofico e lobulado com calcificacoes papilares
O que caracteriza uma gota saturnica?
Gota tofosa grave + HAS + IRC
Quais as causas de necrose de papila renal?
- Anemia falciforme
- Nefropatia obstrutiva + infecção
- DM
- Nefropatia analgesica (fenancetina + aspirina)
Qual exame solicitar na suspeira de papilite necrosante? Qual será o achado?
Urografia excretora com ring shadow
Quais os disturbios de TCP do rim?
Parciais: 1. glicosuria renal, 2. Aminoacidurias hereditarias: cistinuria e doença de Hartnup: 3. ATR tipo II
Generalizada: Síndrome de Falconi
A síndrome de falconi está relacionada com qual doença?
Mieloma multiplo
Qual achado patognomonico da cistinuria?
Cristais hexagonais no EAS
Qual a clínica da Doença de Hartnup?
Ataques de pelagra: rash eritematoso, crostroso, fotossensivel; ataxia cerebelar; diarreia; confusao mental
A Doença de Hartnup está associada a qual distúrbio? Como faz o diagnóstico?
Disturbio no TCP renal. Diagnostico pela cromatografia de urina
A ATR tipo II está relacionada com qual parte tubular?
TCP
Qual a clínica da ATR II?
Acidose metabolica, hipercloremia, hipocalemia
Qual a causa de ATR tipo II?
Bicarbonaturia após tratamento com bicarbonato venoso
Qual principal distúrbio da alça de Henle?
Síndrome de Bartter
Intoxicaçao por furosemida é semelhante a qual síndrome?
Síndrome de Bartter
Qual a clínica de paciente com intoxicação por furosemida?
Poliuria, polidpsia, PA normal ou baixa, alcalose metabolica, hipocalemia e hipocalcemia, retardo de crescimento, hiperaldosteronismo hiperreninemico
Qual o tratamento da intoxicacao por furosemida?
Espironolactona, amiloride + AINES
Quais os disturbios que acometem o nefron distal?
- Síndrome de Gitelman
- ATR tipo I
- ATR tipo IV
- Diabetes insipidus nefrogenico
Intoxicaçao por tiazidicos é semelhante a qual doença?
Síndrome de Gitelman
Qual a clínica da intoxicação por tiazidicos?
Alcalose metabolica, hipocalemia e hipomagnesemia grave, sem poliuria
A ATR tipo I acomente qual parte do nefron?
TCD
Qual a clínica da ATR tipo I?
Acidose metabolica, hipercloremia e hipocalemia
Qual a clínica da ATR tipo IV?
Acidose metabolica, hipercloremia e hipercalemia
Quais principais causas de diabetes insipidus nefrogenico?
Sd de Sjogren, litio e nefrocalcinose
Quais as causas de estenose de arteria renal?
Aterosclerose e displasia fibromuscular
Quando suspeitar de hipertensão renovascular?
- Hipertensão agressiva em pacientes com <30 anos ou >50 anos
- Resistentes (nao controla mesmo com 3 classes distintas)
- Refratarias (nao controla mesmo usando 4 drogas ou mais)
- Sopro abdominal
- EAP recorrente
- Assimetria renal na USG
- Hipocalemia e alcalose
Qual exame inicial para investigacao de hipertensao renovascular?
Dupplex scan de arterias renais
Qual exame padrao ouro do diagnostico de hipertensao renovascular?
Arteriografia renal
Quais os dois padrões que podem ser encontrados na arteriografia renal na investigacao de estenose de arteria renal?
Aterosclerose: ostial, em placa
Displasia fibromuscular: colar de contas
Qual o tratamento da estenose uni e bilateral da Artéria renal?
Unilateral: ieca, bra
Bilateral: antagonista dos canais de Ca (CONTRAINDICADO ieca e bra)
Quais as duas causas de oclusao arterial aguda da arteria renal?
Embolica (mais frequente, 90% origem cardiaca)
Trombotica
Quais as 3 principais doenças vasculares renais?
- Estenose de arteria renal
- Oclusao arterial aguda da arteria renal
- Ateroembolismo renal
Qual a principal causa de ateroembolismo renal?
É uma complicação de doença ulcerativa da aorta abdominal
Cristais de colesterol na biopsia renal é patognomonico de qual situação?
Ateroembolismo renal
Qual a causa mais comum de diarreia cronica?
Deficiencia de lactase (intolerancia à lactose)
Quais valores de referencias do pH, pCO2 e HCO3?
Ph: 7,35 a 7,45
PCo2: 35 a 45
HCO3: 22 a 26
Qual o padrão respiratorio na acidose metabolica?
Hiperventilacao (respiracao e Kusmaul)
Quais as manifestacoes agudas da acidose metabolica?
Sinais e sintomas da doença de base +
Respiração de Kusmaul, vasodilatação periferica, disfuncao miocardica e arritmias
Quais as manifestacoes cronicas da acidose metabolica?
Desmineralizacao ossea, deficit de crescimento e arritmias
Quais as causas de acidose metabolica que cursam com anion GAP elevado?
- Acidose lática
- Cetoacidose diabetica/alcoolica
- Intoxicações (salicilatos, metanol, etilenoglicol)
- Uremias
Quais as causas de acidose metabolica com anion GAP normal (hipercloremia)?
- Perdas digestivas baixas (a partir do piloro)
- Acidoses tubulares renaia
- Hipoaldosteronismo
- Excesso de SF
Qual o padrao respiratório da alcalose metabolica?
Hiperventilacao
Quais as manifestacoes clinicas da alcalose respiratoria?
Sinais e sintomas da doenca de base + hipotensão arterial (hipovolemia) + fraqueza muscular (hipocalemia) + parestesia (hipocalcemia)
A alcalose metabolica cursa com quais disturbios hidroeletroliticos?
Hipocalemia + hipercloremia + aciduria paradoxal
Excreta K, Cl e H
Causas: de alcalose metabolica?
- Perdas digestivas altas (Sng, vomitos)
- Diuréticos tiazidicos (furosemida)
- Hiperaldosteronismo primario
- HAS renovascular
- Adenoma viloso de colon
Qual o padrao respiratorio na acidose respiratoria?
Hipoventilacao
Qual o padrai respiratorio da alcalose respiratoria?
Hiperventilacao
Quais os valores de referencia do Na e K sericos?
Na= 135 a 145 K = 3,5 a 5,5
Hiponatremia é hipo osmolar (hipotonica), exceto em quais situações?
- Hiponatremia hiperosmolar: diabetes ou manitol
2. Hiponatremia isoosmolar: falsa hiponatremia
Qual o disturbio hidroeletrolitico mais comum em pacientes hospitalizados?
Hiponatremia
Quais os tipos e as causas de hiponatremia hipotonica?
- Normovolemia: hipotireoidismo, insuficiencia adrenal e SIADH
- Hipovolemia: perda extrarrenal (NaU<20), perde renal (NaU>40)
- Hipervolemia: ICC, IRC, cirrose (EDEMA)
Qual a clínica e as causas da SIADH?
Clinica: hipervolemia transitoria, natriurese (NaU>40), aumento da OsmU, uricosuria, hiponatremia
Snc (meningite, AVC, TCE)
IAtrogenia (psicofarmacos)
Doencas pulmonares
Hiv
Clinica da hiponatremia?
Aguda: cefaleia, convulsoes, coma
Cronica: assintomatico
Qual a complicação da administração de sódio (sem indicação) na hiponatremia?
Desmielinização osmótica (miolinólise pontina), quadro irreversivel que cursa com disfagia, disartria e tetraplagia
Quais as causas de hipernatremia?
Incapacidade de pedir liquidos (acamados, idosos, recem nascidos), diabetes insipidus
Qual a complicação da hipernatremia?
Encefalopatia hiperosmolar: fraqueza, irritabilidade, letargia, espasticidade, hipertermia, delirium, convulsao, coma
Causas de hipocalemia?
Armazena K+ nas celulas:
- Alcalose
- Cetoacidose (tto)
- Beta 2 agonista
- Pacientes que recebem vit B12.
Perde K+ na urina:
- Hiperaldosteronismo
- Diureticos
- Vomitos/diarreia
- Anfotericina B
Clinica da hipocalemia?
Fraqueza, rabdomiolise, ileo paralitico, caimbra arritmias ventriculares
Quais achados no ECG que caracterizam a hipocalemia?
T achata, P apiculada, aparecimento de onda U, alargamento de QRS
Quais as cahsas de hipercalemia?
Liberação de K das celulas:
- Acidose
- Rabdomiolise
- Lise tumoral
- hemolise maciça
Retenção de K+ pela urina:
- Hiperaldosterinismo
- Insuficiência renal
- IECA, BRA
- espironolactona
- Heparina
Quais achados no ECG da hipercalemia?
Onda T elevada (em tenda), onda p achatada
Quando usar o gluconato de calcio no disturbio de potassio? Qual sua finalidade?
Adm gluconato de calcio na hipercalemia quando K>6,5 ou sintomatico ou com alteracao no ECG.
A finalidade é estabilizar a membrana para evitar atritmias.
Qual o tratamento para reduzir a hipercalemia?
- Glicoinsulinoterapia
- Beta 2 agonista inalatorio
- NaHCo3 (acidose associada)
Quais as causas mais comuns de derrame pericárdico?
insuficiência renal, câncer e tuberculose
Quais eletrólitos estarão aumentados na insuficiência renal?
H+, K+, P+
Quais eletrólitos estarão diminuídos na insuficiência renal?
Ca e NA
Valores de referência da ureia?
20-40 ng/dL
Valores de referencia da creatinina?
<1,3 na mulher
<1,5 no homem
Quais as características da IRA?
evolução rapida; reversível; sem anemia ou doença óssea; creatinina prévia normal; USG renal normal
Quais as características da IRC?
Evolução lenta; irreversível; com anemia ou doença óssea; creatinina prévia alterada; USG renal alterado (pode ter rim diminuído <8,5cm; perda da relação cortico medular)
Quais causas IRC não cursam com redução do rim na USG?
- nefropatia diabética
- nefropatia obstrutiva crônica
- nefropatia falciforme
- nefropatia pelo HIV
- amiloidose renal
- rins policísticos
- esclerodermia renal
Qual a definição de IRA?
Cr>= 0,3 mg/dL em até 48h OU Cr>=50% em 7 dias OU diurese <0,5 mL/kg/h por mais de 6 horas
Qual o exame mais utilizado para diagnosticar estágios iniciais de IRA?
Clearence da creatinina (VR= 91-130)
Quais os tipos de IRA?
pré renal, intrínseca e pós renal
Quais as causas de lesão pré renal?
Hipoperfusão renal (hipovolemia, choque)
Quais as causas de lesão renal intrínseca?
Lesão renal direta (glomerulopatia, NTA, NIA)
Quais as causas de lesão pós-renal?
Obstrução urinária (próstata, calculo)
Qual o tipo mais comum de IRA?
lesão pré-renal
Qual é o principal exame para diferenciar o tipo de lesão renal aguda?
EAS/EQU/Urina tipo 1/parcial de urina
Como estará a bioquímica urinária na azotemia pré renal?
NaUr <20
FENa <1%
Densidade Ur >1020
Osmolaridade Ur >500
Como estará a bioquímica urinária na azotemia renal?
NaUr >40
FENa >1%
Densidade Ur <1015
Osmolaridade <350
Quando realizar diálise de urgência?
- Refratariedade: hipervolemia, hipercalemia, acidose
- Caso grave (uremia franca): encefalopatia, pericardite, hemorragia
- Intoxicação exógena (toxina dialisável)
Valor de Cr é indicação de diálise?
isoladamente Não!!!!
Qual é a principal meta terapêutica da IRC?
Controlar a proteinúria e a PA
Qual a definição de IRC?
TFG <60 ml/min OU
albuminúria >= 30mg por dia
ALTERAÇÕES POR MAIS DE 3 MESES
Quais as principais causas de IRC?
HAS (Brasil)
Diabetes (mundo)
Qual é o exame padrão ouro de estadiamento pela TFG?
Clearence de inulina
Qual é o exame mais usado para o estadiamento pela TFG?
Clearence de creatinina (Cockcroft Gault)
Quai a fórmula de Cockcroft Gault e para que ela serve?
(140 - idade) X peso/ 72 X creatinina (se mulher multiplica por 0,85)
Serve para calcular o clearence de creatinina (TFG)
Como é feito o estadiamento da DRC?
Pela TFG e pela albuminúria
Quais as principais complicações (que não respondem à diálise) da DRC?
Anemia e osteodistrofia renal
Qual o alvo da Hb na DRC?
Hb: 10-12 g/dL;
Acima disso aumenta o risco cardiovascular
Qual o tratamento da anemia na DRC?
Reposição de eritropoietina (SC ou EV)
Adm eritropoiedina + Fe oral ou venoso se ferritina <100 e Sat transferrina <20% (deve manter acima disso)
Qual a clínica da osteodistrofia renal?
Dor, fraturas e deformidades
Quais os tipos de doença óssea de causa renal?
Osteíte fibrosa, Doença óssea adinâmica e osteomalácia
Qual a principal diferença entre osteíte fibrosa e doença óssea adinâmica?
osteíte fibrosa: alto turn over/metabolismo
doença ossea adinâmica: baixo turn over/metabolismo
Qual o diagnóstico de osteíte fibrosa?
Bioquimico; fosfato >2,5-4,5
PTH> 10-60
Quais alterações radiológicas da osteíte fibrosa?
Reabsorção subperiosteal das falanges Crânio em sal e pimenta Coluna de Rugger Jersey Tumor marrom Depósitos tecidas e vasculares de cálcio (calcidificação de Mockenberg
Qual a conduta na osteíte fibrosa?
Restringir fósforo na dieta
Quelante de fósforo (Sevelamer, carbonato de Ca)
Vitamina D: calcitriol ou análogo
Calcimimético: cinacalcete
O que é a DRC com hipercalcemia?
Hiperparatireoidismo terciário
Qual a principal causa de doença óssea adinâmica?
excesso de tratamento na osteíte fibrosa ( para evitar: manter PTH entre 150-300)
Quais os critérios diagnóstico de doença óssea adinâmica?
Queda do PTH e elevação do Ca
Quais os tipos de terapia de substituição renal?
Diálise e transplante renal
Quais os três distúrbios da síndrome urêmica aguda?
Acúmulo de toxinas nitrogenadas dialisáveis
Hipervolemia
Desequilíbrio hidroeletrolítico acidobásico
Quais os principais sinais e sintomas da síndrome urêmica aguda?
HAS, edema pulmonar, SDRA, disturbio da hemostasia com sangramento, encefalopatia, hiperreflexia, náuseas, diarreia, síndrome das pernas inquietas, pericardite
Qual a característica da pericardite urêmica?
Dor torácica pleurítica com atrito pericárdico e/ou alteração no ECG (taquicardia sinusial + sutra ST no formato côncavo) + derrame pericárdico
Qual a principal causa de óbito no paciente com DRC?
Complicações cardiovasculares
Qual a complicação de maior morbidade da Síndrome Hemolítico-Uremica?
Insuficiencia renal
Qual a substância mais comum nos cálculos renais?
Cálcio
Qual o tipo de cálculo renal mais frequente?
Sais de cálcio (oxalato de cálcio)
Qual o fator predisponente do cálculo renal de sais de cálcio?
hipercalciúria idiopática sem hipercalcemia
Quais os três tipos de cálculos renais mais encontrados?
Sais de cálcio, estruvita (fosfato de amônio magnesiavo), ácido úrico
Quais os fatores predisponentes do cálculo renal de estruvita?
ITU por produtores de urease, urina alcalina
Quais os agentes etiologicos mais comuns no calculo renal por estruvita?
Proteus e Klebisiella
Quais os fatores predisponentes de cálculo renal de ácido úrico?
uricosúria elevada e urina ácida
Qual a característica radiológica do cálculo renal por ácido úrico?
É um cálculo radio transparente
Quais os locais de obstrução do cálculo renal?
Junção ureteropélvica, 1/3 médio do ureter (cruzamento com as ilíacas) e junção vesicoureteral
Clínica da nefrolitíase
Colica nefritica, hematúria; assintomático
Quais as complicações da nefrolitíase?
Infecção e anúria
Qual exame de imagem padrão ouro e seus achados na nefrolitíase?
TC sem contraste; imagem hipertensa na topografia ureteral
Qual achado no USG indica nefrolitíase?
Imagem hiperecogênica com sobra acustica posterior
Qual o tratamento agudo da nefrolitíase?
Analgesia com AINE IV + opiode; hidratação basai
Quando realizar conduta expectante na expulsão do cálculo renal?
<= 1 cm
Quais medicações são usadas na conduta expectante da nefrolitíase?
Tansulosina (alfa block)
Nifedipina (block canais de calcio)
Quando realizar intervenção urológica na nefrolitíase?
> 1cm, rim único, anúria ou dor refratária
Quando realizar Litotripsia extracorpórea (LECO) na nefrolitíase?
cálculo proximal (pelve e ureter proximal), >1cm e <2cm, de baixa densidade
Quando realizar Nefrolitotripsia percutânea na nefrolitíase?
cálculo proximal, >2 cm, alta densidade (coraliforme) ou cálculo refratário à LECO.
Quando realizar ureteroscopia na nefrolitíase?
cálculo em ureter médio e distal
Qual a conduta em nefrolitíase complicada?
hidratar, hemocultura, analgesia, iniciar antibioticoterapia, desobstruir com stent ureteral duplo J ou realizar nefrostomia percutânea
Qual a principal orientação para nefrolitíase de repetição?
hidratação > 2,5L/dia
Qual a orientação na terapia crônica de cálculo renal por sais de cálcio?
NAO RESTRINGE CÁLCIO DA DIETA
Restringe sódio e proteína
Tiazídicos
Qual a orientação na terapia crônica de cálculo renal por estruvita?
antibiotico, se refratário: ácido acetohidroxâmico
Qual a orientação na terapia crônica de cálculo renal por ácido úrico?
Restringir purinas na dieta
citrato de potássio
refratário: alopurinol
Quais cálculos renais formados no pH ácido (<5)?
Ácido urico e cistina
Quais cálculos renais formados no pH básico (>7)?
Fosfato de cálcio e estruvita
Qual o peso de uma próstata normal?
20-30g
Qual a região de crescimento da próstata na HPB?
Zona de transição
Clínica do prostatismo
Sintomas obstrutivos (jato fraco/intermitente, esvaziamento incompleto) Sintomas irritativos (nocturia, incontinência, urgência urinária)
Quais são os sintomas obstrutivos da HPB?
jato fraco/intermitente, esvaziamento incompleto
Quais são os sintomas irritativos da HPB?
Armazenamento: nocturia, incontinência, urgência urinária
Em que se baseia a indicação de tratar ou não paciente com HBP?
Depende da qualidade de vida baseada no IPSS (questionário baseado em sintomas)
não depende do tamanho da próstata
Quando tratar HPB?
IPSS>7 (sintomas moderados/graves)
Quais medicamentos são usados no tratamento da HBP?
Alfa bloqueador (tansulosçna, doxazoasina) Inibidor 5-alfa-redutase (finasterida, dutasterida) Anticolinérgico (oxibutina, talterodina)
Qual efeito colateral do inibidor-5-alfa redutase usado na HPB?
disfunção erétil
Quando realizar tratamento cirúrgico na HBP?
Casos não responsivos à medicação ou complicações (retenção, hidronefrose, IRA)
Qual o tipo histológico no câncer de próstata?
Adenocarcinoma
Qual a segunda causa de óbito por câncer no homem?
câncer de próstata (1a: tumor de pele)
Quais os fatores de risco do câncer de próstata?
Idade avançada, história familiar, negros, obesidade
Qual a região prostática o Ca de próstata acomete?
Zona periférica
Quais as indicações de rastreio de Ca de próstata?
> 50 anos ou >45 anos + fator de risco
Como é feito o rastreio de Ca de próstata?
Toque retal e/ou PSA
Quando realizar biopsia por USG transretal?
Toque retal suspeito (nódulos, duro)
PSA >=2 ng/mL ou <60 anos: >2,5
Como é realizado o estadiamento do Cancer de prostata?
PSA + Escore de Gleason + TNM
Quando realizar linfadenectomia pélvica no Câncer de próstata?
se Gleason >=8 ou PSA >=10
Quando realizar cintilografia óssea no câncer de próstata?
se Gleason >=8 ou PSA >20.
Avalia metástase óssea
Como é feito o tratamento do câncer de próstata localizado?
Vigilância ativa se baixo risco PSA<10 + Gleason <=6)
Prostatectomia radical + linfadenectomia se indicado
Radioterapia
Como é feito o tratamento do câncer de próstata metastático?
Terapia de deprivação androgênica (orquiectomia bilateral, agonista GnRH)
Como é realizado o acompanhamento do PSA pós op de Ca de próstata?
Em 2 meses o PSA deve estar indetectável.
PSA feito 3/3 meses no 1o ano
PSA feito 6/6 meses no 2o ano
PSA anual até o 5o ano
Quais os fatores de risco para câncer de bexiga?
- Idade>60 anos, 2. sexo masculino, 3. brancos, 4. tabagismo**, 5. ciclofosfamida, 6. exposição industrial a aminas aromáticas, 7. HPV 16, 8. uso de sonda por longo período, 9. água clorada, 10. RT, 11. Cistite recorrente/crônica, 12. Infecção por Schitossoma haematobium
Qual o tipo histológico mais comum de câncer de bexiga?
Carcinoma de células transicionais/ carcinoma urotelial
Qual o fator mais importante no prognóstico de câncer de bexiga?
Invasão ou não da muscular própria (detrusor) - T2
Qual o quadro clínico do câncer de bexiga?
Hematúria macroscópica indolor, sintomas irritativos vesicais, massa pélvica + obstrução urinária, edema de MMII
Como é feito o diagnóstico do câncer de bexiga?
UroTC, USG, cistoscopia com ressecção e biopsia, citologia oncótica
Qual o tratamento do tumor de bexiga superficial?
Ta solitário grau 1 (papilar): RTU ou RTU + mitomicina C intravesical ao final da cirurgia
Ta multiplos/T1/Tis (papilar/carcinoma in situ/lâmina própria): RTU + BCG intravesical (4 semanas depois da RTU)
Qual o tratamento do tumor de bexiga músculo invasivo?
Cistectomia radical com QT neoadjuvante e adjuvante
Qual o tratamento do tumor de bexiga metastático?
QT
Qual o tipo histológico mais comum do câncer de rim?
Carcinoma de células renais (CCR)
Quais os fatores de risco para câncer de rim?
Tabagismo (incluindo passivo), obesidade, exposição ocupacional, doença renal cística adquirida (diálise), Sd genéticas (Von Hippel Lindau, esclerose tuberosa), uso prolongado de AINEs
Qual a clínica do câncer de rim?
Assintomático
Tríade: Hematúria, massa abdominal palpável, dor em flanco
Varicolece aguda
Qual a tríade do câncer de rim?
Hematúria + massa abdominal palpável + dor em flanco
Qual o lado mais comum de ter varicocele no câncer de rim?
Testículo esquerdo
Como é feito o diagnóstico de câncer de rim?
USG, Tc com contraste de vias urinárias
Qual um cisto renal indica benignidade?
USG indicando: 1. limites bem definidos, paredes lisas
- conteúdo anecoico
- sombra acustica posterios
Qual a massa cística renal sugere malignidade?
TC indicando: 1. massa multiloculada com septações espessas ou grosseiras
- Realce pelo contraste
- Calcificações espessas
Quando realizar biopsia renal percutânea?
- Lesões suspeitar bilaterais
- suspeita de metástases de outras neoplasias
- tumores <3cm com risco cirúrgico elevado
- suspeita de linfoma renal
Como é classificado o estadiamento T do câncer renal?
T1: confinado à capsula renal <7cm
T2: confiado à capsula renal >7cm
T3: se estende às veias
T4: se estende a adrenal ou além da fáscia gerota
Quais os locais mais comuns de metástase de câncer renal?
pulmão > ossos > fígado > cerebro
Qual o tratamento do câncer de rim localizado T1, T2, T3?
Nefrectomia radical (ressecção de linfonodos hilares) Linfadenectomia estendida se T3 ou N1
Quando realizar nefrectomía parcial no câncer renal?
Tu < 4cm ou insuficiência renal ou tumores bilaterais ou rim único
Qual o tratamento do câncer de rim avançado (T4, M1)?
Tu primário pode ser ressecado completamente: nefrectomia radical + linfadenectomia estendida
Tu primário não pode ser ressecado completamente + doença metastática: nefrectomia citorredutora + imunoterapia
Qual a característica das metástases ósseas do tumor de rim?
Metastases líticas
Qual a característica das metástases ósseas do tumor de bexiga?
Metastases blásticas
Qual a causa mais frequente de dor escrotal crônica?
Varicocele
Qual o primeiro tumor abdominal mais comum em crianças?
Neuroblastoma
Qual o segundo tumor abdominal mais comum em crianças?
Nefroblastoma/ Tumor de Wilms
Qual a causa do Tumor de Wilms?
Persistência do tecido nefrogênico embrionário
Qual a clínica do Tumor de Wilms?
Massa abdominal assintomática ou com sintomas locais: dor abdominal, vômitos, hematuria macroscópica, hipertensão arterial
Como é feito o diagnóstico de tumor de Wilms?
clínica (massa abdominal em criança) + USG/ Tc com contraste/ RM
Qual o tratamento do nefroblastoma unilateral?
Nefrectomia radical
Qual o tratamento do nefroblastoma bilateral?
QT neoadjuvante + nefrectomía parcial bilateral OU
QT neo + nefrectomia unilateral radical na lesão mais avançada ou nefrectomia parcial.
Quais são as artropatias soronegativas?
Espondilite anquilosante, artrite reativa, artrite psoriásica
Quais as características das artropatias soronegativas?
FR negativo, HLA B27, lesão nas ênteses
Quais são os anticorpos relacionados com a artrite reumatoide?
Fator reumatoide
Anti-CCP
Quais as articulações mais acometidas pela artrite reumatoide?
Mão, pé, punho
Qual o padrão articular na artrite reumatoide?
Evolução insidiosa, aditiva e bilateral, padrão de remissão e atividade, rigidez matinal >1h que melhora com movimento
Quais as deformidades na mão do paciente com artrite reumatoide?
Poupa a IFD Tumefação da IFP Desvio ulnar dos dedos Pescoço de cisne Abotoadura
Quais as deformidades nos MMII do paciente com artrite reumatoide?
Cisto de Baker no joelho
Quais as deformidades nos punhos do paciente com artrite reumatoide?
Dorso de camelo
Clínica da Síndrome do túnel do carpo
Parestesia do polegar, 2o e 3o dedos
Manobra de Tinel e Phalen
O que a artrite reumatoide pode causar na articulação do pescoço?
Artrite entre C1 e C2: subluxação atlanto-axial
Leva a dor cervical
Quais os marcos articulares da artrite reumatoide?
Acúmulo de líquido sinovial, hipertrofia da membrana sinovial, espessamento da capsula, erosões ósseas no Rx
Clínica da artrite reumatoide
Manifestações articulares + extra articulares + FR e anti CCP
Fator de pior prognóstico na artrite reumatóide
Altos títulos de fator reumatoide e anti CCP
Quais as manifestações extra articulares na artrite reumatoide?
Pericardite Nódulos articulares Sjogren Derrame pleural Vasculite Caplan (pneumoconiose + AR) "PE guei NO JO DE VAS CA"
Quais as características do derrame pleural na artrite reumatoide?
Exsudativo, FR +, diminuição de glicose, baixo pH, diminuição do complemento
Qual a maior causa de óbito na artrite reumatoide?
Doença CV
Clínica da Síndrome de Felty
AR + esplenomegalia + neutropenia
Quais os critérios diagnósticos da Artrite reumatoide?
Duração (> 6 semanas), inflamação (VSH/PCR aumentados),
Qual o tratamento da artrite reumatoide?
AINES, corticoide, DARMS/biologicas
Quais drogas alteram o curso da doença na artrite reumatoide?
DARMS (metotrexate, sulfassalazina, cloroquina) e biológicas (rituximab, infliximab)
O que deve ser feito antes de prescrever biológicos para tratamento da artrite reumatoide?
Rastrear tuberculose
Quais as características da artrite idiomática juvenil?
Acomete <16 anos, artrite por >6 semanas
Quais as três formas de artrite idiopática juvenil?
Forma pauciarticular (<5 articulações) Forma sistêmica (Doença de Still) Forma poliarticular (>4 articulações)
Qual a forma mais comum de artrite idiopática juvenil?
Forma pauciarticular
Quais características da artrite idiopática juvenil pauciarticular?
Menina <5 anos
FR negativo
FAN positivo indica uveíte anterior
Qual o tratamento da artrite idiopática juvenil pauciarticular?
AINE, corticoide intra articular
Quais características da Doença de Still?
Febre alta diária >=2 semanas + Linfonodomegalia generalizada + Rash salmão + Artrite + Hepatomegalia + Serosite/pericardite
Quais características da artrite idiopática juvenil poliarticular?
FR variável
FAN positivo indica uveíte anterior
Qual o tratamento da Doença de Still?
metrotrexate, anti TNF alfa
Qual o tratamento da artrite idiopática juvenil poliarticular?
metrotrexate, AINE, antagonista do TNF alfa
Qual local a espondilite anquilosante acomete mais?
Esqueleto axial (quadril e coluna)
Clínica da espondilite anquilosante
Lombalgia insidiosa, crônica, inflamatória: piora com repouso (rigidez matinal) e melhora com exercício, dor à palpação do tendão de aquiles
Quais as manifestações extra articulares da espondilite anquilosante?
Uveíte anterior recorrente, insuficiência aortica, fibrose pulmonar
Quais achados radiológicos na espondilite anquilosante?
Sindesmófitos (coluna em bambu), ossificação das enteses, sacroileite, formação do esporao do calcanêo
Tratamento da espondilite anquilosante
Fisioterapia, natação, AINE (indometacina)
Quais os microorganismos relacionados com a artrite reativa?
Intestinal: Shigella, Salmonella
Genital: Chlamydia trachomatis
Qual o padrão articular da artrite reativa?
Oligoartrite estéril periférica de grandes articulações, geralmente em MMII (joelho/tornozelo), assimétrica e aditiva
Qual a tríade da Síndrome de Reiter?
Artrite + uretrite + conjuntivite
Qual a clínica da artrite reativa?
Oligoartrite periférica de grandes articulações, principalmente MMII, assimétrica e aditiva;
dactilite, certa-derma blenorrágico, balante circinada, uveíte anterior, ulcera oral
Qual o tratamento da artrite reativa?
AINE em dose máxima + antibiotico
Quais as formas clínicas da artrite psoriásica?
- Poliatrite simétrica
- Artrite axial
- oligoartrite periférica assimétrica
- artrite das interfalangianas distais
- artrite mutilante
+ lesão eritematodescamativa, lesões ungueais
Qual o tratamento da artrite psoriásica?
AINE, DARM, anti TNF alfa
As artropatias enteropáticas estão relacionadas a quais doenças?
Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa, Enterite infecciosa, Doença celíaca
Quais os dois padrões clínicos da artropatia por DII?
Artropatia periférica
Espondiloartropatia
Quais as características da artropatia periférica por DII?
inicio abrupto, acomete grandes articulações, assimétrica, relacionado com a exarcebação da doença
Quais as características da espondiloartropatia por DII?
crônico, sacroileíte ou espondilite grave, evolui independentemente da remissão da doença
Qual a clínica do LES?
“ites” e “penias”
Quais os grupos de anticorpos do LES?
anti-nucleares, anti-citoplasmáticos, anti-membrana, anti-fosfolipídeos
Quais são os anticorpos anti-nucleares do LES?
FAN, anti-DNA dh, anti-histona, anti-SM, anti RNP, anti La (SSB), anti Ro (SSA)
Qual o anticorpo anti-citoplasmático do LES?
anti-P
Quais são os anticorpos anti-membranas do LES?
anti-linfócito, anti-neurônio, anti-plaqueta, anti-hemácia
Quais são os anticorpos anti-fosfolipídeos do LES?
anticoagulante lúpico, anti-B2 glicoproteína 1, anticardiolipina
Qual anticorpo mais sensível para LES?
FAN
Quais os anticorpos mais específicos para LES?
1) Anti-Sm 2) Anti DNA-dh
Qual anticorpo avalia atividade da LES?
anti DNAdh
Qual anticorpo indica nefrite na LES?
anti-DNA dh
Qual anticorpo é relacionado à farmacoindução na LES?
anti-histona
Quais medicamentos podem causar farmacoindução na LES?
procainamida, hidralazina, d-penicilamina
Qual anticorpo indica Doença mista do tecido conjuntivo?
anti-RNP
Qual anticorpo indica LES neonatal?
Anti-Ro (SS-A)
Qual anticorpo da LES indica psicose?
anti-P
Quais anticorpos da LES estão mais relacionados à trombose?
antifosfolipídeos (anticoagulante lúpico, anti B2 glicoproteína 1, anticardiolipina)
Como é feito o diagnóstico da LES?
FAN positivo (>1:80) + nefrite lúpica IV ou FAN positivo + 3 critérios (constitucionais, pele/mucosas, articulação (ARTRITE é critério, artralgia não), serosa, hematológica, renal, neuropsiquiátrico, ac antifosfolipídeo, complemento baixo, ac específico (anti SM ou anti DNA-dh)
Qual manifestação de LES indica doença grave?
oAcometimento renal
Quais as manifestações renais da LES?
I - mesangial mínima II- mesangial proliferativa III- proliferativa focal IV - proliferativa difusa (Sd nefrítica) V - membranosa (Sd nefrótica) VI- esclerosante avançada
Qual a lesão renal mais comum e mais grave do LES?
nefrite lúpica IV (proliferativa difusa; GNRP; Sd nefrítica)
Qual o tratamento base para todos pacientes com LES?
protetor solar, cessar tabagismo, repouso, repor cálcio e vitamina D, cloroquina ou hidroxicloroquina 200mg 3x/sem
O que é a forma leve da LES e qual seu tratamento?
Tem sintomas de pele, articulação ou mucosas.
Tratamento geral, AINE +/- glicocorticoide em dose baixa (0,5 mg/kg/dia)
O que é a forma moderada de LES e qual seu tratamento?
Tem sintomas constitucionais ou hematológicos
Tratamento geral, AINE +/- glicocorticoide em dose baixa (0,5 mg/kg/dia) +/- imunossupressor (metotrexate, azatioprina)
O que é a forma grave de LES e qual seu tratamento?
Tem sintomas renais (nefrite lúpica IV ou V) e do SNC.
Tratamento geral, corticoide em altas doses (1-2 mg/kg/dia) +/- imunossupressor (ciclofosfamida, micofenolato, rituximab) ou metilprednisolona pulsoterapia
Qual a fisiopatologia da Síndrome de Sjogren?
infiltrado linfocitário nas glándulas exócrinas (lacrimais, salivares)
Qual a clínica da síndrome de Sjogren?
Xeroftalmia + xerostomia
Artralgia, mialgia, vasculite cutânea, glomerulonefrite
O Síndrome de Sjogren é fator de risco para qual tipo de câncer?
Linfoma não Hodgkin de parótida (40x mais chance)
Como é feito o diagnóstico de Síndrome de Sjogren?
anticorpos anti Ro (SSA) e anti-La (SSB) ou biopsia de lábio inferior + clínica com sinais objetivos (teste de Schirmer ou rosa bengala positivo; cintilografia salivar)
Qual o tratamento da Síndrome de Sjogren?
lágrima e saliva artificiais, óculos de natação à noite +/- corticoide/imunossupressor (se manifestações sistêmicas)
Qual a clínica da Síndrome anticorpo antifosfolipídio?
Trombose
Quais os anticorpos relacionados à SAF?
anticardiolipina e anti B2 glicoproteína 1 IgG e IgM, anticoagulante lúpico
Como é feito o diagnóstico de SAF?
1 critério clínico: trombose profunda venosa/arterial ou morbidade gestacional (>2 abortos com <10 semanas; 1 aborto >10 semanas, prematuro <33 semanas)
+ 1 critério laboratorial (anticardiolipina, anti B2 glicoproteína I, anticoagulante lúpico)
Qual o tratamento de SAF?
anticoagulação com cumarínicos (marevan/warfarina) se trombose; gravida: HBPM/HNF
profilaxia primária: AAS se paciente com LES e ac antifosfolipídio positivo
Tríade da Síndrome de Sneddon
Avei + livedo reticular + ac antifosfolipídios positivo
Qual a clínica da esclerodermia?
- Esôfago: refluxo/disfagia
- Rim: crise renal (oliguria, hipertensao arterial, anemia hemolítica, trombocitopenia)
- Pulmão: alveolite com fibrose; hipertensão pulmonar
- Pele: esclerodactilia, fascies de esclerodermia, calcinose, telangiectasias, fenomeno de Raynaud
Qual a principal causa de morte da esclerodermia?
Causa pulmonar (alveolite com fibrose, hipertensão pulmonar)
O que é o fenomeno de Raynaud?
Alteração trifásica da cor dos dedos (pálidos> cianóticos> rubor)
Como se apresenta a fáscies esclerodérmicas?
nariz fino, microstomia
Quais os anticorpos da esclerodermia?
FAN +
- antitopoisomerase I (anti-Scl 70): forma difusa
- anticentrômero: forma limitada
- anti U3 RNP: forma visceral
Como é feito o diagnóstico da esclerodermia?
Clínica (esofago, rim, pulmão, pele) + anticorpos (antitopoisomerase I/anti Scl 70, anticentromero, anti U3 RNP) + capilaroscopia do leito ungueal
Quais as formas clínicas da esclerodermia?
- cutânea difusa
- cutânea limitada (pele distal)
- visceral
Qual a complicação pulmonar da forma cutânea difusa da esclerodermia?
alveolite/fibrose
Qual a complicação pulmonar da forma cutânea limitada da esclerodermia?
hipertensão pulmonar
Quais as manifestações da Síndrome de CREST e com qual doença reumatologica ela está relacionada?
3 critérios ou mais: Calcionse, Raynaud, Esofagopatia, Sclerodactilia, Telangiectasia
Relacionado com esclerodermia cutânea limitada
Qual o tratamento da esclerodermia?
Não tem, trata complicações: nifedipina/dilitiazem/anlodipina para Raynaud, iEca/Bra pra rim, IBP e bromoprida pra esofago, prednisona + ciclofosfamida pra alveolite
Quais as características da mucosite por corpúsculo de inclusão?
Fraqueza distal e assimétrica, quadríceps, homens >50 anos, baixa resposta ao corticoide
Quais os tipos mais comuns de miopatias inflamatórias idiopáticas?
poliomiosite e dermatomiosite
Quais as características clínicas das miopatias inflamatórias idiopáticas?
Fraqueza muscular simétrica e proximal (cintura escapular e pélvica; poupa face e olhos), disfagia, disfonia, doença pulmonar intersticial (anti-Jo 1/antissintetase), artrite, Raynaud
Quais as diferenças entre poliomiosite e dermatomiosite?
Poliomiosite: biopsia indica lesão muscular direta (imunidade celular);
Dermatomiosite: biopsia indica lesão vascular periférica (imunidade humoral), acometimento cutâneo, aumenta a chance de desenvolver neoplasias
Quais as características cutâneas da dermatomiosites?
Papulas de Gottron (papula violácea sobre articulações), heliótropo (erupção violácea em pálpebra superior), rash malar pegando sulco nasolabial, rash em V (sinal do manto), mão de mecânico (fissuras, descamação), hemorragia de cutículas)
Quais as características patognomonicas de dermatomiosite?
papulas de Gottron e heliótropo
Como é feito o diagnóstico de miopatias inflamatórias idiopáticas?
aumento de CPK, eletromiografia (diferencia problema neuronal de muscular), biopsia muscular
Tratamento das miopatias inflamatórias idiopáticas
Fotoproteção, corticoide + azatioprina/metotrexate, imunoglobulina (rituximab) se refratário
Quais as características de dermatomiosite juvenil?
dermatomiosite em <16 anos + calcinose
Características da doença mista do tecido conjuntivo
Mescla de colagenoses: mucosite, artrite reumatoide, LES, esclerodemia
Qual o anticorpo da Doença mista do tecido conjuntivo?
anti-RNP e FAN +
Quais são as vasculites de grandes vasos?
arterite temporal, arterite de Takayasu
Quais são as vasculites de médios vasos?
Doença de Kawasaki, tromboangeíte obliterante, poliarterite nodosa
Quais são as vasculites de pequenos vasos?
Poliangeíte microscópica, poliangeíte granulomatosa eosinofílica (Churg-Strauss), granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener), Vasculite por IgA leucoclástica (Púrpura de Henoch Schonlein), vasculite crioglobulinêmica
Qual é a vasculite de calibre variável?
Doença de Behçet
Clínica da arterite temporal
claudicação da mandíbula, cefaleia, espessamento da temporal, pulsação diminuída ou ausente, hipersensibilidade do escalpo, polimialgia reumática (dor com rigidez matinais em cintura escapular e pélvica)
Qual sinal de urgencia na arterite temporal?
Amaurose
Qual o marcador de atividade inflamatória na arterite temporal?
VHS>40-50
Como é feito o diagnóstico da arterite temporal?
Biopsia da temporal
Tratamento da arterite temporal
Prednisona 60-80 mg/dia. Resposta dramática
Clínica da arterite de Takayasu
Claudicação de MMSS, HAS renovascular, pulsos/pressões assimétricos, tonteira, síncope; sopros (carótida, subclávia, aorta)
Como é feito o diagnóstico da arterite de Takayasu?
angiografia
Tratamento da arterite de Takayasu
Prednisona, metrotrexato;
Após remissão: angioplastia
Quais os critérios diagnósticos da Doença de Kawasaki?
febre por 5 dias ou mais + 4 critérios:
1. congestão conjuntiva bilateral não exsudativa; 2. alteração em lábios e cavidade oral; 3. adenomegalia cervical não supurativa; 4. exantema polimorfo, 5. eritema e edema palmoplantar
Qual o laboratório da Doença de Kawasaki?
inflamação sistêmica e aumento de complemento
Como é feito o diagnóstico da Doença de Kawasaki?
Clínica + ECO (obrigatório)
Qual a complicação mais comum da Doença de Kawasaki?
aneurisma coronariano
Qual o tratamento da Doença de Kawasaki?
Imunoglobulina EV até o 10o dia + AAS
Qual a clínica da tromboangeíte obliterante?
Raynaud, necrose de extremidades, tromboangeíte migratória (parestesia, disestesias, dor contínua, claudicação), acomete vasos distais
Qual a epidemiologia da tromboangeíte obliterante?
homem tagabista
Como é feito o diagnóstico de tromboangeíte obliterante?
Angiografia (lesão em saca rolhas/contas de rosário/vasos espraiados)
Qual o tratamento da tromboangeíte obliterante?
Cessar tabagismo
Qual a clínica da poliarterite nodosa (PAN)?
angina mesentérica (intermitente, pós prandial), HAS renovascular, retenção azotemica, angina testicular, mononeurite múltipla, livedo reticular
POUPA PULMÃO
Quais os achados laboratoriais da poliarterite nodosa?
inflamação sistêmica, HbSAg +, HbEAg +
Como é feito o diagnóstico da poliarterite nodosa?
Biopsia de pele/testiculos: neutrofilos
Angiografia mesenterica ou renal: aneurismas/estenoses
Tratamento da poliarterite nodosa?
Prednisona + ciclofosfamida
Tratar hepatite B
Clínica da poliangeíte microscópica
PAN (angina mesentérica (intermitente, pós prandial), HAS renovascular, retenção azotemica, angina testicular, mononeurite múltipla, livedo reticular_ + Síndrome pulmão-rim (capilarite com hemoptise, GEFS com crescentes)
Qual o anticorpo presente na poliangeíte microscópica?
p-ANCA + (antimieloperoxidase)
Diagnóstico de poliangeíte microscópica
clínica + p-anca positivo
Tratamento da poliangeíte microscópica
Prednisona + ciclofosfamida
Clínica da poliangeíte granulomatosa eosinofílica (Churg-Strauss)
asma refratária, infiltrado pulmonares migratórios, mononeurite múltipla, GEFS leve, gastroenterite, miocardite, anormalidade dos seios parafusais (pólipos)
Qual anticorpo presente na poliangeíte granulomatosa eosinofílica (Churg-Strauss)?
p-anca positivo, eosinofilia >1000, aumento de IgE
Como é feito o diagnóstico de poliangeíte granulomatosa eosinofílica (Churg-Strauss)?
biopsia pulmonar
Qual o tratamento da poliangeíte granulomatosa eosinofílica (Churg-Strauss)?
prednisona + ciclofosfamida
Qual a clínica da granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener)?
Sinusite, rinorreia purulenta, hemoptise, GEFS com crescente, exoftalmia, nariz em sela, perfurações em VAS, trombose
Qual o anticorpo presente na granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener)?
c-anca (antiproteinase 3)
Como é feito o diagnóstico da granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener)?
biopsia (pulmonar, VAS)
Qual o tratamento da granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener)?
prednisona + ciclofosfamida
Qual a epidemiologia da vasculite por IgA (purpura de Henoch-Schonlein)?
homem <20 anos
Qual a clínica da vasculite por IgA (purpura de Henoch-Schonlein)?
infecção prévia de VA (50%) Tétrade (2 ou mais): - púrpura palpável (nádegas, MMII) - artralgia/artrite não deformante - dor abdominal - glomerulite com hematúria (IgA)
Quais achados laboratoriais da vasculite por IgA (purpura de Henoch-Schonlein)?
aumento de IgA1, plaquetas normais ou elevadas
Como é feito o diagnóstico da vasculite por IgA (purpura de Henoch-Schonlein)?
clínica, biopsia de pele/rim (vasculite leucoclástica)
Qual o tratamento de vasculite por IgA (purpura de Henoch-Schonlein)?
suporte (repouso, analgésicos), corticoide
Qual a clínica da vasculite crioglobulinêmica?
púrpura palpável, poliartralgia, neuropatia periférica, livedo reticular, glomerulonefrite membrana proliferativa branda
Quais os achados laboratoriais da vasculite crioglobulinêmica?
diminuição de C4, HCV+ (PCR ou anti HCV)
Como é feito o diagnóstico da vasculite crioglobulinêmica?
crioglobulinas positivas
Como é feito o tratamento da vasculite crioglobulinêmica?
imunossupressão, plasmaférese, tratar hepatite C
Qual a clínica da Doença de Behçet?
Patergia, lesão ocular com hipópio, uveíte anterior, pan uveíte e neovascularização; acne, ulceras orais, ulceras genitais, aneurismas pulmonares
Qual o anticorpo presente na Doença de Behçet?
ASCA +
Como é feito o diagnóstico da Doença de Behçet?
Clínica, arteriografia pulmonar
O que indica ANCA +?
Presença de síndrome pulmão-rim
Qual a vasculite sistêmica primária mais comum em adultos?
Arterite temporal
Qual a vasculite mais comum da infância?
Púrpura de Henoch-Schonlein (vasculite por IgA)
Qual alteração cardíaca é mais frequente em pacientes com LES?
pericardite
Quais os dois principais disturbios motores do esófago?
Acalasia
Espasmo esofagiano difuso
Acalasia pode levar a predisposição de qual câncer?
O dolicomegaesofago pode causar carcinoma escamoso
Qual a causa secundária de acalasia?
Doença de Chagas
Clínica da acalasia
Disfagia de condução e perda de peso (anos)
Exames diagnósticos de acalasia
Esofagomanometria Endoscopia (afasta cancer) Esofagografia baritada (para estadiamento)
Quais achados da esofagomanometria indicam acalasia?
Peristalse anormal,
não relaxamento,
hipertonia do EEI
Qual achado da esofagografia barricada indica acalasia?
sinal de bico de pássaro
Qual o melhor tratamento para acalasia?
miotomia a Heller
Relação da classificação Rezende/Mascarenhas da acalasia com o tratamento
I (esofago normal <4cm): nitrato, nifedipina, botox
II (megaesofago 4-7 cm): dilatação pneumática por balao
III (megaesofago 7 a 10cm): miotomia a heller +/- fundoaplicadura
IV (dolicomegaesôfago >10cm) esofagogectomia
Clínica do espasmo esofagiano difuso
disfagia de condução e precordialgia
Quais exames diagnósticos do espasmo esofagiano inferior?
Descartar IAM
Esofagomanometria com teste provocativo (betanecol)
Endoscopia
Esofagografia baritada
Qual achado da esofagografia baritada indicam espasmo esofagiano inferior?
esofago em saca rolhas
Qual achado na esofagomanometria indicam espasmo esofagiano inferior?
contrações simultâneas, vigorosas (p>120), longas (>2,5seg)
Tratamento para espasmo esofagiano inferior?
ansiolíticos, nitratos, nifedipina, dilatação, miotomia longitudinal
Clínica da DRGE
tipicos: pirose + regurgitação (esofágicos)
atípicos: tosse, rouquidão, broncoespasmo, pneumonias de repetição (extra esofágicos)
Como é feito o diagnóstico de DRGE?
- Prova terapêutica por 2 semanas
- pHmetria 24h, impedanciometria
- endoscopia
Qual o exame padrão ouro da DRGE?
pHmetria de 24h
Quando é realizada a endoscopia na DRGE?
Em complicações ou sinais de alarme (anemia, odinofagia, perda de peso, icterícia, disfagia, idade >45 anos)
Tratamento da DRGE
Medidas antirrefluxo
IBP 1x/dia por 8 semanas de manha 30 min antes café
Cirurgia
Quais as indicações cirúrgicas para corrigir DRGE?
Refratários (não respondem IBP)
Recorrentes (não vive sem IBP)
Complicado (estenose, úlcera)
Quais exames pré operatórios para cirurgia de correção de DRGE?
Phmetria 24h para confirmar e esofagomanometria para escolher técnica
Qual técnica de fundoaplicadura deve ser feita para DRGE com manometria normal?
Fundoaplicadura total
Nissen - válvula 360 graus
Qual técnica de fundoaplicadura deve ser feita para DRGR com manometria com dismotilidade?
Fundoaplicadura parcial
Se anterior: Dor, Thal
Se posterior: Lind, Toupet
O que é o esôfago de barret e a clínica
Metaplasia intestinal (escamoso p cilindro) assintomático
Diagnóstico de Esofago de Barret
EDA (vermelho salmão) + biopsia
Tratamento de esofago de barret
Todos recebem IBP
- Sem displasia: EDA 3-5 anos
- Displasia baixo grau: EDA 6-12 meses ou ressecção endoscópica
- Displasia de alto grau (carcinoma in situ): ressecção ou ablação* endoscópica
- Adenocarcinoma in situ: esofagectomia
Quais os principais tipos histológicos de câncer de esôfago?
Escamoso e adenocarcinoma
Fatores de risco para câncer de esôfago do tipo escamoso
tabagismo, etilismo, HPV, acalasia
Acomete mais esofago proximal
Fatores de risco para adenocarcinoma de esofago
DRGE, Barret, obesidade
Acomete mais esofago distal
Clínica do cancer de esofago
disfagia + perda de peso (meses)
Diagnóstico de câncer de esofago
EDA + biopsia (4-8 linfonodos) Esofagografia baritada (sinal da maça mordida)
Como é feito o estadiamento do câncer de esôfago?
USG endoscópica
Como é feito o tratamento do câncer de esôfago?
Depende do estadiamento:
T1a: mucosectomia EDA
>T1b: esofagectomia + linfadenectomia +/- QT e RT neoadjuvante
T4b ou M1: paliação
Onde surge o divertículo de Zencker?
Entre os músculos tirei e cricofaringeo (triângulo de Killian)
Clínica do divertículo de Zencker
Disfagia, halitose, regurgitação, massa cervical
Diagnóstico divertículo de Zencker
esofagografia baritada
Tratamento do divertículo de Zencker
< 2cm: miotomia
>=2cm: miotomia + pexia (até 5cm) ou ectomia
>3cm: EDA (miotomia + diverticulotomia)
Quais são os fatores facilitadores da ação do ácido sobre o estômago levando à DUP?
Helicobacter pylori e AINEs
Clínica da úlcera péptica
Dispepsia (azia, plenitude, saciedade precoce)
Dor
Diagnóstico da úlcera péptica
Jovens e sem alarme (disfagia, anemia, vômitos, emagrecimento, h familiar): presunção
>45 anos ou alarme: EDA (se gástrica faz biopsia)
Onde se localizam a maioria das úlceras que perfuram?
Parede anterior do bulbo duodenal
Onde se localizam a maioria das ulceram que sangram?
Parede posterior do bulbo duodenal
Tratamento da úlcera péptica
Antissecreção ácida por 4-8 semanas: IBP, bloqueadores histamínicos (ranitidina, cimetidina)
Se h. pilory: por 14 dias adm Claritromicina 500 mg 2x/dia, Amoxicilina 1g 2x/dia, Omeprazol 20mg 2x/dia
Quando investigar H. pylori na úlcera péptica?
Sempre que houver dispepsia
Como é feita a infestigação do h. pylori na ulcera péptica?
Invasivo: endoscopia com teste rápido da urease na biopsia
Não invasivo: teste da urease respiratória
Quando é indicado erradicar o h. pylori?
- úlcera péptica ativa ou cicatrizada
- linfoma MALT
- dispepsia (mesmo funcional)
- lesões pré neoplásicas, após gastrostomia, historia em parente de 1o grau
Quando é indicado cirurgia na ulcera péptica?
Intratabilidade, instabilidade clínica, complicações (hemorragia refrataria, perfuração, obstrução)
Classificação de Forrest para o risco de ressangramento na úlcera péptica
Forrest I: hemorragia ativa - 90% ressangra
Ia: sangramento arterial em jato
Ib: sangramento lento
Forrest II: sinais de hemorragia recente
IIa: vaso visível não sangrante (50% ressangra, alto risco)
IIb: coagulo aderido: risco intermediário (30%)
Iic: hematina na base da ulcera: baixo (10%)
Forrest III: ulcera com base clara, sem sangramento (<5%)
Quais os tipos de ulceras pela classificação de Johnson?
Hipercloridricas: duodenal, gastrica II (corpo gástrico + duodenal), gastrica III (pré pilorica)
Hipocloridria: gástrica I (pequena curvatura baixa), gástrica IV (pequena curvatura alta)
Qual o tipo mais comum de úlcera gástrica?
hipoclorídrica
Qual cirurgia feita na úlcera hiperclorídrica?
vagotomia troncular +/- antrectomia com reconstrução de trânsito(Billroth I: gastroduodenostomia; Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente)
Quais as principais complicações pós gastrectomia?
Síndrome de Dumping
Gastrite alcalina
Síndrome da alça aferente
Qual a clínica da Síndrome de Dumping?
Precoce (15-30min): distensão, dor, nausea, diarreia, taquicardia, rubor
Tardio (1-3 horas): hipoglicemia
Qual o tratamento da síndrome de Dumping?
Medidas dietéticas: reduzir carboidrato, fracionar dieta, deitar após refeições
Qual a clínica da Gastrite alcalina?
dor contínua com vômitos que não aliviam com a dor
Tratamento da gastrite alcalina?
Y de Roux
Qual a clínica da síndrome da alça aferente?
Ocorre só após Biliroth II; dor que piora com alimentação e vômitos em jato que aliviam a dor
Qual o tratamento da síndrome da alça aferente?
Y de Roux
Qual o tipo istologico mais comum do câncer gástrico?
adenocarcinoma
Fatores de risco de adenocarcinoma gástrico
Dieta, h. pylori, anemia perniciosa, historia familiar, tabagismo, gastrectomia parcial, sangue A, pólipos adenomatosos
Características do adenocarcinoma intestinal pela classificação de Lauren
estruturas glandulares associado à atrofia gástrica, bem diferenciado, mais comum no BR, homem, média 55-60 anos, acomete estômago distal e disseminação hematogênica
Características do adenocarcinoma difuso pela classificação de Lauren
células em anel de sinete, pouco diferenciado, pior prognostico, acometimento igual entre sexos, média de 40 anos, estômago proximal, disseminação por contiguidade ou linfática, relação com grupo sanguineo A
Classificação de Bowwmann (macroscopica por EDA) no adenocarcinoma gástrico
I - polipoide (melhor prognostico) II - ulcerado com bordos nitidos III- ulcerado com bordos não nítidos (+comum) IV- infiltrante "linite plástica" V- nenhum dos demais
Clínica de adenocarcinoma gastrico avançado
Massa abdominal palpável, ascite, linfonodos à distância (Virchow, Irma maria-jose, Irish, prateleira retal, krukemberg)
Tratamento do adenocarcinoma gástrico
Ressecção com margem (6cm se intestinal, 8cm se difuso) + linfadenectomia a D2 (16)
Se não tiver metástase:
- Tumor distal: gastrectomia subtotal + BII ou Y de roux
- Tumor proximal: gastrectomia total + Y de Roux
Indicações de tratamento endoscópico do adenocarcinoma gástrico precoce
limitado à mucosa
não ulcerado
sem invasão linfovascular
<2cm
Após cirurgia bariátrica de bypass gástrico em Y de roux qual componente é eliminado em excesso na urina?
ocorre hiperoxaluria
Qual o segundo microorganismo facilitador de ulcera péptica (após H. pylori)?
citomegalovírus
Tumor benigno mais comum do esôfago
Leiomioma
Características da diarreia alta (delgado)
Grande volume, 3-5 evacuações/24h, restos alimentares
Características de diarreia baixa (retocolica)
Baixo volume, 8-10 evacuações/24h
Reto: tenesmo, urgência
Causa e tipo mais comum de diarreia aguda
infecção
Tipo secretória
Causas mais comuns de diarreia crônica
infecção, DII, SII, deficiência de lactase
Quais testes são feitos para confirmar disabsorção intestinal?
- teste quantitativo de gordura fecal >7g/d
- teste qualitativo de gordura fecal: Sudan III
- teste semiquantitativo: esteatócrito
Após diagnostico de disabsorção, qual teste deve ser feito para diferenciar causa absortiva da digestória?
Teste da D-xilose urinária
Quais causas apresentam teste da D-xilose urinaria anormal?
Lesão da mucosa ou crescimento bacteriano
Qual agente etiológico da Doença de Whipple?
Tropheryma whipplei
Clínica da doença de Whipple
síndrome disabsortiva, artralgia/artrite, miorritomia oculomastigatória
Diagnóstico de doença de Whipple
Biopsia de delgado indicando macrófagos PAS+
Tratamento da doença de Whipple
Ceftriaxone IV 2 semanas de ataque
Sulfametazol + Trimetropim por 1 ano de manutenção
Quais condições estão relacionadas à predisposição de doença celíaca?
Síndrome de Down, Síndrome de Turner, HLA-DQ2/DQ8 +
Clínica da doença celíaca
Clássica: diarreia alta, esteatorreia
Sub clínico: osteopenia, emagrecimento, anemia ferropriva refratária
Três principais causas de anemia ferropriva refratária
- tratamento inadequado
- doença celíaca
- síndrome nefrótica
Quais doenças imunes mais associadas à doença celíaca?
DM 1, Hashimoto, hepatite autoimune, deficiencia de IgA. dermatite herpetiforme
Diagnóstico de doença celíaca
Autoanticorpo positivo (melhor: antiendonísio; mais usado: antitransglutaminase IgA) + biopsia duodenal positiva (atrofia de vilosidade e hiperplasia de criptas)
Quais os autoanticorpos da doença celíaca?
antiendonísio, antitransglutaminase IgA
Tratamento da doença celíaca
Dieta sem gluten
Complicação da doença celíaca
Linfoma intestinal
Qual o maior fator de risco para DII?
historia familiar positiva
Qual a relação do cigarro com as DII?
Tabagismo piora doença de Crohn e é fator protetor contra RCU
Características da retocolite ulcerativa
limitada ao retocólon (geralmente sem sd disabsortiva), limitada à mucosa, progressão ascendente e contínua, tende a poupar anus
Alterações clínico-patológicas da retocolite ulcerativa
- erosões (sangramento; hematoquezia)
- perda de haustrações (cano de chumbo)
- pseudopólipos
- Biopsia: criptite, microabscessos
- diasseia sanguinolenta, dor abdominal, urgencia
- pode ter febre
Achados na biopsia que indiquem retocolite ulcerativa
criptite, microabscessos
Características da doença de Crohn
acomete da boca ao anus, transmural, progressão salteada/descontínua, tende a poupar o reto
Alterações clínico-patológicas da doença de Crohn
- ulceras aftoides
- estenoses
- pedras de calçamento
- fístulas
- fissuras periciais
- sangramento oculto
- sd disabsortiva se acometer delgado
- diarreia invasiva cronica com cólica e perda de peso
Achados na biopsia que indiquem doença de Crohn
granuloma não caseoso
Quais as manifestações extraintestinais das DII?
Resposta imune (febre, aumento PCR, leucocitose)
Colangite esclerosante (RCU)
Uveíte
Eritema nodoso (DC) e pioderma gangrenoso (RCU)
Dor articular/espondilite anquilosante (DC)
Cálculos renais e biliares (DC)
Qual DII está relacionada com eritema nodoso?
doença de Crohn
Qual DII está relacionada com pioderma gangrenoso?
RCU
Qual alteração de pele pode se manifestar na Doença de Crohn?
eritema nodoso
Qual alteração de pele pode se manifestar na retocolite ulcerativa?
pioderma gangrenoso
Quais alterações extraintestinais das DII estão relacionadas com a atividade da doença?
Eritema nodoso (DC) e dor articular
Diagnóstico das DII
Endoscopia + biopsia/ ileocolonoscopia + capsula endoscópica
+ autoanticorpos
+ calprotectina fecal
Qual o autoanticorpo relacionado com a doença de Crohn?
ASCA
Qual o autoanticorpo relacionado com a retocolite ulcerativa?
p-ANCA
Qual exame feito para diferenciar SII de DII?
Calprotectina fecal (SII estará negativo)
Qual tratamento clínico das DII?
- Mesalazina, sulfassalazina (+folato) VO ou retal
- corticoide retal, oral ou IV no ataque
- imunossupressor (azatioprina, ciclosporina)
- inibidor da TNF alfa (infliximab, adalimumab)
Quais as indicações de tratamento cirúrgico nas DII?
- fístulas/fissuras refratárias (DC)
- obstrução intestinal
- hemorragia/ megacólon tóxico refratários
- displasia de alto grau/ câncer
Quais as principais complicações das DII?
Megacolon tóxico
Cancer colorretal
Clínica do megacolon tóxico
Distensão + dor + febre + leucocitose + anemia + aumento da FC + queda da PA e do sensório
Achados radiológicos do megacolon toxico
colon transverso >7cm
Tratamento do megacolon tóxico
antibiotico (cipro + metro ou amoxicilina +clavulanato) + corticoide IV
Cancer colorretal é mais comum em qual DII?
retocolite ulcerativa
Quais os fatores de risco de Ca colorretal na retocolite ulcerativa?
extensão e duração
Quando inicia o rastreio de cancer colorretal em portadores de doença inflamatória intestinal?
Após 8-10 anos de doença faz colono com biopsia anual
Como é feito o diagnóstico clínico de síndrome do intestino irritável?
Critérios de roma IV:
Dor abdominal por pelo menos 1 dia/semana nos últimos 3 meses + pelo menos 2:
1. melhora ao evacuar
2. início associado com aumento de numero de evacuações
3. inicio associado com mudança na forma das fezes
Clínica da SII
Dor/desconforto abdominal, integridade variável, piora no estresse/alimentação/menstruação, não se espera desnutrição, dor pode acordar o paciente a noite, não ocorre diarreia noturna
Causa mais comum de morte em diarreia aguda grave
choque hipovolêmico
Tipo histológico mais comum de câncer de intestino delgado
tumores carcinoides
Clínica da obstrução intestinal
Parada de eliminação de gases e fezes + cólica + distensão
Vômitos, diarreia paradoxal (na suboclusão), peristalse aumentada (timbre metálico)
Nome do sinal que indica ampola retal vazia
Sinal de Hochemberg
Laboratório da obstrução intestinal
Alcalose metabólica hiperclorêmica (pelos vômitos)
Hipocalemia
Acidose metabólica se isquemia
Qual a rotina radiológica de abdome agudo?
Rx de tórax AP + abdome em pé e deitado
Achados radiológicos de obstrução em delgado
Distensão central (até 5 cm), pregas coniventes (empilhamento de moedas)
Achados radiológicos de obstrução em cólon
Distensão periférica (grosseira), haustrações
Tratamento obstrução intestinal
Suporte em todos: dieta zero, hidratação venosa, sonda nasogástrica, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásico
Antibiótico apenas se sinais de estrangulamento
Obstrução mecânica parcial e não complicada: conservador por 24-48h
Obstrução mecânica total ou complicada: cirurgia
Obstrução funcional: cirurgia
Quando adm antibiótico na obstrução intestinal?
Se sinais de estrangulamento
Qual o local mais comum de obstrução intestinal?
Intestino delgado
Qual a causa mais comum de obstrução intestinal?
Brida/aderência
Tratamento de obstrução intestinal de delgado
Não complicada: suporte (48h) + gastrografin
Refratário ou complicado: lise de aderências por video
Causas de obstrução de intestino delgado
Aderências, neoplasias, hérnia, íleo biliar
Qual a causa mais comum de obstrução de cólon?
Câncer
Quais as causas de obstrução de cólon?
Câncer, volvo
Diagnóstico de volvo intestinal
Rx: grão de café, U invertido
Enema barricado: bico de pássaro
Tratamento do volvo intestinal
Não complicado: descompressão endoscópica + sigmoidectomia eletiva à Hartman p evitar recidiva
Complicado: cirurgia de urgencia
Qual a causa mais comum de obstrução intestinal na infância?
Intussuscepção
Causas de obstrução intestinal na infancia?
intussuscepção, bezoar, ascaris, hérnia
O que é a tríade de Rigler?
Pneumobilia + calculo ectopico + distensão de delgado no RX ou TC indicando íleo biliar
Tratamento do íleo biliar
Medidas gerais, retirada do cálculo +/- colecistectomia
Qual a idade mais frequente de intussuscepção intestinal?
3 meses a 6 anos
Clínica da intussuscepção intestinal na criança
dor abdominal (choro incontrolável), massa em salsicha, fezes em geleia de framboesa
Diagnóstico da intussuscepção intestinal
clínica + Rx ou USG ou enema (padrão ouro, terapêutico)
Tratamento da intussuscepção intestinal
Redução com enema (bario)
Se refratário ou adulto: cirurgia
Causas de íleo paralítico
- pós operatório: delgado (24h), estomago (48h), colon (72h)
- drogas (opioide), DHE, processos inflamatórios (apendicite, diverticulite)
Tratamento de íleo paralítico
excluir causas mecânicas + suporte
Síndrome de Ogilvie acomete qual parte do intestino?
Só cólon
Clínica da Síndrome de Ogilvie (pseudo obstrução colônica aguda)
dor, distensão colônica, peristalse presente
Diferenças principais entre Síndrome de Ogilvie (pseudo obstrução colônica aguda) e íleo paralítico
Síndrome de Ogilvie (pseudo obstrução colônica aguda): apenas cólon é acometido, peristalse presente, pacientes graves
Íleo paralítico: todo intestino é acometido, peristalse diminuida
Tratamento da Síndrome de Ogilvie (pseudo obstrução colônica aguda)
Excluir causas mecânicas + suporte + neostigmina 2,5 IV
Qual efeito colateral da neostigmina aplicada no paciente com Síndrome de Ogilvie (pseudo obstrução colônica aguda)?
Bradicardia sinusal
Qual principal vaso que irriga o intestino delgado?
arteria mesentérica superior
Causas de isquemia mesentérica aguda
Embolia (50%), vasoconstrição (20%), trombose arterial (15%), trombose venosa (5%)
Características da isquemia mesentérica aguda de causa embólica
Acomete pacientes com cardiopatia emboligenica (IAM recente, FA)
Dor abdominal desproporcional ao exame físico
Característica da isquemia mesentérica aguda de causa vasoconstritiva
ocorre por isquemia não oclusiva (choque, vasoconstritor, cocaína, digital)
Clínica da isquemia mesentérica aguda
dor abdominal desproporcional ao exame físico (sem irritação peritoneal), Tretal < Taxilar, acidose metabólica, irritação peritoneal tardia (após necrose)
Diagnóstico padrão ouro da isquemia mesentérica aguda
Angiografia mesenterica seletiva
Diagnóstico da isquemia mesentérica aguda
Rx (achado tardio: pneumatose intestinal)
AngioTC (mais usado, falha no enchimento do contraste)
Angiografia mesenterica seletiva (padrão ouro)
Tratamento da isquemia mesentérica aguda de causa trombótica/embólica
Suporte inicial (hidratação venosa, antibiotico, correção de distúrbios) Heparinização, laparotomia (embole/trombectoma + avaliar alça) + papaverina pós operatória
Tratamento de isquemia mesentérica aguda de causa vasoconstrictora
Suporte inicial (hidratação venosa, antibiotico, correção de distúrbios) Papaverina intra arterial; cirurgia se refratário ou com irritação peritoneal
Causa de isquemia mesentérica crônica
Aterosclerose
Clínica de isquemia mesentérica crônica
angina mesentérica (come e doi), emagrecimento, doença aterosclerótica
Quais vasos são acometidos pela isquemia mesentérica?
Grandes vasos, como a artéria mesentérica superior
Quais vasos são acometidos pela colite isquêmica?
Pequenos vasos mesentéricos e mucosas
Qual a causa de isquemia intestinal mais comum?
Colite isquemica
Clínica da colite isquêmica
Dor, febre, distensão, diarreia mucossanguinoleta
Diagnóstico da colite isquêmica
Clister opaco (impressões digitais) Retossigmoidoscopia (mucosa inflamada)
Tratamento da colite isquêmica
Suporte clínico
Cirurgia (colectomia total ou parcial)
Indicações cirúrgicas para colite isquêmica
Peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário
Quais os principais agentes isolados da apendicite aguda?
Bacteroides fragilis, E. coli
Quais principais consequências da perfuração da apendicite aguda?
Abscesso/plastrão, peritonite difusa
Clínica da apendicite aguda
Dor, anorexia, náusea, vômito, febre baixa
Sinais clássicos da apendicite aguda
Sinal de Blumberg Sinal de Rovsing Sinal de Dunphy Sinal do Obturador Sinal do Psoas
Qual sinal mais específico da apendicite aguda?
Sinal do Psoas
Qual local mais comum de doença diverticular?
Sigmoide
Como é feito o diagnóstico de doença diverticular?
Colonoscopia, clister/enema opaco
Qual a má formação mais comum do TGI?
Divertículo de Meckel
Quais as principais complicações da doença diverticular?
Inflamação (diverticulite) e sangramento
Onde geralmente ocorre a inflamação da doença diverticular?
sigmoide (colon E)
Qual a principal causa de diverticulite?
Obstrução (fecalito)
Onde geralmente ocorre o sangramento da doença diverticular?
cólon D
Qual a principal causa de sangramento na doença diverticular?
Trauma de arteríola tracionada
Clínica da diverticulite aguda
dor em FIE (asiático: FID), febre, diarreia/constipação
Diagnóstico diferencial de diverticulite
DII, câncer
Diagnóstico de diverticulite
TC
NÃO FAZ COLONO NEM CLISTER
Após 4 a 6 semanas do episódio agudo faz colono para excluir câncer
Complicações da diverticulite
Abscesso
Peritonite
Fístula
Obstrução
Complicação mais comum da diverticulite
Abscesso
Classificação de Hinchey da diverticulite complicada
I: abscesso pericólico
II: abscesso pélvico
III: peritonite purulenta
IV; peritonite fecal
Tratamento da diverticulite não complicada
Suporte + atb (cipro+metro / amoxicilina+clavulanato)
Quando realizar cirurgia eletiva na diverticulite?
Imunodeprimido
Fístula
Incapaz de excluir câncer
Refratário
Tratamento da diverticulite complicada com abscesso
Drenagem + atb + avaliação de cirurgia eletiva
Tratamento da diverticulite complicada com peritonite
Cirurgia de urgencia (colectomia à Hartman)
Principais causas de hemorragia digestiva alta?
- Úlceras
2. Varizes
Principais causas de hemorragia divestiva baixa
- Doença diverticular
- Angiodisplasia
- câncer
Conduta na hemorragia digestiva baixa com sangramento leve/moderado
Estabilização hemodinâmica + colonoscopia
Angiografia se não visualizar com colono
Colectomia se não estabilizar
Conduta na hemorragia digestiva baixa com sangramento maciço
Estabilização hemodinâmica + angiografia
Colectomia se não estabilizar
Qual tipo de pólipo intestinal é fator de risco para adenocarcinoma?
Pólipos vilosos
>2 cm
Displasia grave
Tipos de pólipos intestinais não neoplásicos
Hiperplásicos
Hamartomatosos
Inflamatórios (DII)
Tipos de pólipos intestinais neoplásicos
Adenoma
Adenocarcinoma
Conduta diante de pólipo intestinal
Polipectomia
Se séssil: repete colono após 3 meses
Gene APC mutante é característica de qual síndrome de polipose intestinal?
Polipose adenomatosa intestinal
Conduta da Polipose adenomatosa intestinal
Protocolectomia profilática
Características da síndrome de Gardner
Polipose intestinal +
Dentes extranumerarios, osteoma, lipoma
Características da síndrome de Turcot
Polipose intestinal +
tumores do SNC (meduloblastoma)
Características da polipose adenomatosa intestinal
Polipos intestinais (>!00) em todo TGI
Hiperpigmentação retiniana hipertrofica
APC mutante
Características da Síndrome de Peutz-Jeghers
Polipos hamartomatosos; + comum em delgado
Manchas melanóticas em pele e mucosas
Características da Síndrome de Cowden (polipose juvenil familiar)
Polipos hamartomatosos
Ceratose palmoplantar
Triquilemonas (nódulos verrucosos)
Qual o principal tipo histológico de Câncer colorretal?
Adenocarcinoma
Características da Síndrome de Lynch
Adenocarcinoma colorretal hereditário não-polipose (<100 pólipos)
>2 familiares
Câncer <50 anos
2 gerações
Clínica câncer colorretal
Colon direito: anemia ferropriva, massa palpável, sangue oculto nas fezes
Colon esquerdo: alteração de habito intestinal
Reto: hematoquezia, tenesmo
Qual a manifestação clínica mais comum do Ca colorretal?
Hematoquezia
Diagnóstico de Ca colorretal
Clister opaco: sinal da maça mordida
Colonoscopia + biopsia
CEA: serve como marcador prognostico e acompanhar
Quando é realizado o rastreamento de Ca colorretal sem historia familiar?
> 50 anos até 75-85, repetindo a cada 10 anos
Se detectado: colectomia segmentar
Quando é realizado o rastreamento de Ca colorretal com historia familiar?
> 40 anos até 75-85 anos, repetindo a cada 10 anos
Se detectado: colectomia segmentar
Quando é realizado o rastreamento de Ca colorretal com diagnóstico de Síndrome de Lynch?
> 20 anos
+ EDA + USG TV (pode ter outros tumores associados)
Se detectado: colectomia total
Quando é realizado o rastreamento de Ca colorretal com diagnóstico de PAF?
> 10 anos com retoscopia
+ EDA a cada 1-3 anos pelo risco de câncer gástrico
Quando é realizado o rastreamento de Ca colorretal após polipectomia?
Colono após 3 anos
Se ausente: a cada 5 anos
Tratamento Ca de cólon
Colectomia com margem de segurança (5cm) + linfadenectomia (>12)
+ QT adjuvante se N positivo
Tratamento de Ca de reto
Até T1 (submucosa) e N0: excisão local
>T1 ou N1: QT + RT neoadjuvante + cirurgia + QT adjuvante
Qual cirurgia é feita no Ca retal > 5 cm da margem anal?
RAB= ressecção abdominal baixa + excisão total mesorreto + anastomose colorretal
Qual cirurgia é feita no Ca retal <= 5 cm da margem anal?
Miles = Ressecção abdominoperineal (RAP) + excisão total do mesorreto + colostomia definitiva
Qual local mais comum de metástase de câncer colorretal?
Fígado
Qual principal motivo de realizar cirurgia à Hartman?
Lesão perfurada com peritonite fecal
Causa mais frequente de erro de diagnóstico em casos de suspeita de apendicite aguda
Adenite mesentérica
Principal causa de fístula retovaginal baixa em mulheres jovens
Trauma obstétrico
Causa mais comum de ascite quilosa em adultos
Obstrução linfática por neoplasia maligna
Quais vasos irritam o pâncreas e o duodeno?
Tronco celíaco, artéria mesentérica superior
Diagnóstico de fístula pancreática
Dosar amilase no dreno
Conduta na fístula pancreática
Dieta zero
Nutrição parenteral total
Octreotide
Qual tumor endócrino funcionante mais comum?
Insulinoma
Como é feita a cirurgia no insulinoma?
Enucleação
Tríade de Whipple
Neuroglicopenia
Hipoglicemia
Melhora com glicose IV
Qual doença tem como clínica a tríade de Whipple?
Insulinoma
Principal causa da pancreatite aguda
Litíase biliar
Causas de pancreatite aguda
Litíase biliar
Alcool
Hipertrigliceridemia, trauma, idiopática (pós CPRE), medicamentosa (furosemida, metronidazol, valproato, tetracilcina, didanosina), infecções (HIV, hepatite B, ascaridíase, legionella), hipercalcemia
Clínica da pancreatite aguda
Dor contínua em barra, náuseas, vômitos, icterícia leve, sinais semiológicos (Cullen, Grey-Turner, Fox), retinopatia Perstcher-Like (amaurose)
Quais os sinais semiológicos da pancreatite aguda?
Cullen (equimose periumbilical)
Grey-Turner (equimose em flanco)
Fox (equimose na base do pênis)
O que, na clínica de pancreatite aguda, indica maior gravidade?
Sinais semiológicos de hemorragia retroperitoneal (Cullen, grau-turner, Fox)
Critérios diagnósticos de pancreatite aguda
Pelo menos dois:
- dor abdominal fortemente sugestiva
- enzimas acima do 3x normal (amilase, lipase)
- exames de imagem característicos
enzima pancreática mais específica
Lipase
Primeiro exame de imagem na suspeita de pancreatite aguda
USG para avaliar cálculo biliar
Exame definitivo de pancreatite aguda
TC com contraste para avaliar necrose (após 48-72h ou paciente grave)
Exame para suspeita de pancreatite aguda por microlitíase
USG endoscópica
Classificação da pancreatite aguda através da TC com contraste
Edematosa (homogênea)
Necrosante (heterogênea; se bolha: necrose infectada)
Quais fatores não fazem parte dos critérios de Ranson da pancreatite aguda?
TGP
Amilase e lipase
Bilirrubina
Quais fatores fazem parte dos critérios de Ranson do prognóstico da pancreatite aguda?
-Critérios na admissão: Idade>55 anos Leucocitometria> 16.000 TGO> 250 Glicemia> 200 LDH> 350 -Critérios nas 48h iniciais: PO2 <60 mmHg Excesso de bases mais negativo que -4 mEq/L Sequestro de líquidos > 6L Hematócrito reduzindo-se em mais de 10% Ureia elevando-se em mais de 10mg/dL Calcio <8mg/dL Pior prognóstico: >2
O que caracteriza a pancreatite aguda como grave?
Ranson >=3
Apache >=8
Complicações sistêmicas
Complicações locais: necrose, abscesso, pseudocisto
Tratamento da pancreatite biliar aguda leve
- Medidas gerais: dieta zero, hidratação e controle eletrolítico, analgesia com opioides
- Se risco cirúrgico bom: colecistectomia por video antes da alta
- Se risco cirúrgico ruim: papilectomia via EDA antes da alta
Tratamento da pancreatite biliar aguda grave e/ou com colangite
Papilotomia via EDA imediata e colecistectomia após 6 semanas
Principal disturbio eletrolítico na pancreatite aguda
hipocalcemia
Quando deve reiniciar a dieta no tratamento da pancreatite aguda?
Se paciente sentir fome, diminuir a dor e diminuir PCR
Quais as medidas mais importantes no tratamento da pancreatite aguda?
Dieta zero + hidratação + controle de disturbios eletroliticos
Quais as complicações locais da pancreatite aguda edematosa?
<= 4 semanas: coleção fluida aguda peripancreática
> 4 semanas: pseudocisto
Quais as complicações locais da pancreatite aguda necrosante?
<= 4 semanas: coleção necrotica aguda intra e/ou extrapancreática
> 4 semanas: coleção necrótica organizada (WON)
Conduta nas complicações locais da pancreatite aguda?
Expectante
Quando indicar antibiótico na pancreatite aguda?
Necrose infectada (gás na TC), paciente séptico ou colangite associada
Qual antibiotico prescrito na pancreatite aguda necrosada e infectada?
Carbapenêmico (imipenem)
Indicações de necrosectomia na pancreatite aguda necrosada
Necrose sintomática (febre baixa, anorexia, SIRS)
Necrose infectada
Quando realizar a necrosectomia na pancreatite aguda necrosada?
3 a 4 semanas após o início do quadro
Conduta na pancreatite aguda necrosada sintomática/infectada
Suporte + atb + drenagem percutânea > 3 a 4 semanas: cirurgia
Quando intervir em pseudocisto na pancreatite aguda?
- compressão de estruturas
- rotura (ascite)
- hemorragia por pseudoaneurisma
Principal etiologia de pancreatite crônica
Alcool
Tríade clássica da pancreatite crônica
Calcificação pancreática
Esteatorreia
Diabetes
+ Dor abdominal, emagrecimento
Laboratório da pancreatite crônica
Elastase fecal <200
Exames de imagem de pancreatite crônica
USG endoscópica, TC, CPRE (se contraindicação à TC/RM, obrigatório antes da cirurgia)
Qual exame obrigatório antes da cirurgia para pancreatite crônica?
CPRE
Tratamento clinico da pancreatite crônica
Cessar etilismo e tabagismo Dieta pobre em gordura + fibras Analgesia escalonada (AINE, amitriptilina, opioide) Repoe enzimas pancreáticas + prazol Insulina
Indicação de cirurgia na pancreatite crônica
Dor clinicamente intratável
Complicação da pancreatite crônica
Trombose de veia esplênica
Clínica da trombose de veia esplênica e a doença relacionada à ela
Varizes em fundo gástrico + esplenomegalia (Hipertensão portal segmentar)
Pancreatite crônica
Tipo histológico mais comum de câncer de pâncreas
Adenocarcinoma ductal
Qual principal local de acometimento de câncer de pâncreas
cabeça do pâncreas
Fator de risco para câncer de pâncreas
tabagismo
Clínica do câncer de pâncreas
Icterícia colestático verídica, colúria, acolia, prurido
Sinal de Courvoisier-Terrier
Perda ponderal
Dor abdominal surda
Nódulo de Virchow (linfonodo supraclavicular E)
O que é o Sinal de Courvosier Terrier e qual doença associada à ele
Vesícula indolor e palpável
Câncer de pâncreas
Marcador tumoral usado para acompanhar câncer de pâncreas
Ca 19-9
Diagnóstico de câncer de pâncreas
USG endoscópica
TC abdome
Evita biopsia pelo risco de implantação
Quando o câncer de pâncreas é considerado irressecável?
T4 (indica que já invadiu vasos: tronco celiaco, arteria hepatica e/ou arteria mesenterica superior)
M1
Qual cirurgia curativa do câncer de cabeça de pâncreas?
Whipple (pancreatoduodenectomia)
Qual cirurgia curativa de câncer de corpo/cauda do pâncreas?
Child
Conduta do câncer de pâncreas ressecável
cirurgia (Whipple ou child) + QT adjuvante
Conduta do câncer de pâncreas irressecável sem condição cirúrgica
STENT em colédoco ou duodeno por CPRE + analgesia + QT
Conduta do câncer de pâncreas irressecável com condição cirúrgica
- coledocojejunostomia para diminuir ictericia
- gastrojejunostomia para diminuir obstrução intestinal
+ QT
Unidade funcional do fígado
Lóbulo hepático
Composição do espaço porta
Ramo biliar + veia porta + arteria hepatica
Quais são as funções hepáticas?
Depuração e síntese de substâncias
Quais substâncias sintetizadas pelo fígado?
Glicose, albumina, fatores de coagulação, lipoproteinas plasmaticas
Clínica da síndrome colestática
Icterícia (predominio de BD), coluria, acolia fecal, prurido
Exame mais importante para diagnóstico e acompanhamento das hepatites?
Dosagem de transaminases: TGO/AST e TGP/ALT
Qual transaminase é mais específica?
TGP/ALT
Qual hepatite viral mais relacionada à sindrome colestática intra-hepatica?
Hepatite A
Transmissão da hepatite A
fecal-oral
Anticorpo relacionado à hepatite A
anti-HAV
Profilaxia da hepatite A
Vacina: dose unica aos 15 meses
Pós exposição em não vacinado: até 14 dias; vacina ou imunoglobulina (imunodeprimido ou <1ano)
Hepatite E é mais grave em qual paciente?
gestante
Anticorpos hepatite E
anti-HEV
Transmissão hepatite B
Sexual
Vertical (perinatal>intrauterina)
Percutânea
Anticorpos relacionados à hepatite B
HBsAg anti-HBs anti-HBc DNA-HBV HBeAg anti-HBE
Anticorpos relacionados à replicação viral da hepatite B
DNA-HBV
HBeAg
Manifestações extrahepáticas da hepatite B
Síndrome nefrotica (nefropatia membranosa)
PAN
Laboratório do mutante pré-core da hepatite B
HbeAg negativo
HbsAg positivo por mais de 6 meses
Elevação das transaminases
Elevação do HBV-DNA
Variante mais agressiva da hepatite B
mutante pré-core
Diferencial do vírus da hepatite B para as outras hepatites
Hepatite B é causada por DNA virus
Esquema profilático da hepatite B
1a dose: até 12h de vida
2a dose: 2o mês (pentavalente)
3a dose: 4o mês (pentavalente)
4a dose: 6o mês (pentavalente)
Indicações de tratamento na hepatite B
Se aguda e grave com coagulopatia
Se alta replicação (HBV-DNA)
Inflamação hepática (biopsia, transaminases, elastografia)
Se crônica: agudizada, mutante pré core, coinfecção com HIV ou hepatite C
Prevenção ou tratamento de agudização da hepatite C crônica
imunossupressores ou QT
Tratamento da hepatite B
Se indicação: monoterapia com tenofovir, entecavir
Quais os genótipos de hepatite C são mais prevalentes?
1* e 3
Principal forma de contágio da hepatite C
Drogas injetáveis
Sorologia de infecção ativa de hepatite C
Anti-HCV e HCV-RNA
O que significa anti-HCV positivo?
Hepatite C em atividade ou cura da hepatite C ou falso positivo
Qual tipo de hepatite é mais letal?
Hepatite C crônica
Quais neoplasias relacionadas com a hepatite C crônica?
carcinoma hepatocelular
linfoma não Hodgkin de células B
Indicações de tratamento da hepatite C
Trata TODOS casos
Qual objetivo do tratamento contra hepatite C?
Promover resposta viral sustentada (virus indefectível)
Tratamento da hepatite C
Esquemas de 8 a 24 semanas com antivirais de ação direta + Ribavina se cirrose
Genótipo 1: Ledipasvir, Sofosbuvir
Demais genótipos: velpatasvir
DRC associada: Glecaprevir
Sorologia de hepatite D
anti-HDV
HBsAg positivo
Vírus da hepatite D está presente com qual outro vírus?
Hepatite B
O que é a coinfecção na hepatite D?
Hepatite D e B agudas
O que é a super-infecção na hepatite D?
Hepatite D aguda com hepatite B prévia
Aumenta risco de fulminante e cirrose
Tratamento da hepatite D
Alfapeginterferona (48sem) + tenovir ou tecavir
Quando solicitar sorologia para hepatite D?
Paciente com hepatite B e em local endêmico
Composição do triângulo de Calot
borda hepática + ducto cístico + ducto hepático comum
Qual vaso passa no triângulo de Calot?
Artéria cística
Qual tipo de cálculo biliar é mais comum?
Amarelo, de colesterol
Características do calculo biliar amarelo
Não pigmentado, radiotransparente, formado na vesícula
Fatores de risco para cálculo biliar amarelo
Mulher, estrogênio, idade, obesidade, emagrecimento rápido, doenças ileais (crohn, ressecção ileal) , drogas (clofibrato)
Qual a composição do cálculo biliar preto?
Bilirrubinato de cálcio
Características do cálculo biliar preto
Pigmentado, formado na vesícula, composto de bilirrubinato de cálcio
Fatores de risco para cálculo biliar preto
Hemólise crônica, cirrose
Qual a composição do cálculo biliar castanho?
Bilirrubinato de calcio
Características do cálculo biliar castanho?
Pigmentado, formado na via biliar (colédoco), composto de bilirrubinato de cálcio
Fatores de risco para cálculo biliar castanho
Obstrução, colonização bacteriana
Diferença de cálculo para pólipo biliar na USG
Cálculo tem sombra acústica
Clínica da colelitíase
Assintomático ou cólica biliar que alivia em até 6h
Diagnóstico colelitíase
USG com imagens hiperecoicas e sombra acústica
Indicações de tratamento para colelitíase
CVL se sintomático
Assintomático se: 1. >2,5-3 cm; 2. pólipos; 3. vesícula em porcelana (calcificação da parede da vesícula); 4. anomalia congênita; 5. anemia hemolítica; 6. cirurgia bariátrica e transplante cardíaco
Indicações de remoção cirúrgica de pólipo biliar
Associado a cálculo
>10mm
Sintomático
>60 anos
Indicações de remoção cirúrgica de cálculo biliar assintomático
- > 2,5-3 cm;
- pólipos;
- vesícula em porcelana (calcificação da parede da vesícula);
- anomalia congênita;
- anemia hemolítica;
- cirurgia bariátrica e transplante cardíaco
Complicações da colelitíase
Colecistite aguda, coledocolitíase, colangite, pancreatite biliar, íleo biliar, hidropsia de vesícula, carcinoma de vesícula biliar
Clínica da colecistite aguda
Dor >6 horas + febre + sinal de Murphy positivo
Sinal que consiste em interrupção subida da inspiração durante palpação do ponto cístico
Sinal de Murphy
Diagnóstico colecistite aguda
USG: cálculo impactado, parede espessada (>3mm), Murphy sonográfico
Cintilografia biliar
Diagnóstico padrão ouro na colecistite aguda
Cintilografia biliar
Tratamento colecistite aguda
Medidas gerais + atb (amoxicilina+clavulanato ou cipro+metro) CVL precoce (<72h até 10 dias) Colecistectomia percutânea em casos de intolerância à cirurgia
Complicações colecistite aguda
Perfuração
Colecistite enfisematosa
Conduta no íleo biliar
Enterotomia proximal com retirada do cálculo + colecistectomia
Principal agente relacionado com a colecistite enfisematosa
Clostridium
Características da colecistite enfisematosa
gás na parede da vesícula, quadro grave de evolução rápida, acomete mais idosos e diabéticos
Fatores de risco para colecistite aguda alitiásica
Pacientes graves, jejum, NPT
Tratamento colecistite aguda alitiásica
Medidas gerais + atb (amoxicilina+clavulanato ou cipro+metro)
CVL precoce
Colecistectomia percutânea em casos de intolerância à cirurgia (é mais feito no caso)
Clínica da Síndrome de Mirizzi
Colecistite + icterícia
Classificação da Síndrome de Mirizzi
I: sem fístula
II: fístula em 1/3 do hepático comum
III: fístula em 2/3 do hepático comum
IV: toda a circunferência
Clínica coledocolitíase
Assintomático (90%)
Icterícia flutuante/intermitente
Vesícula impalpável
Diagnóstico coledocolitíase
Primeiro exame: USG (dilatação do colédoco >5mm e cálculos)
Confirma: colangioRM, CPRE
Primeiro exame solicitado na coledocolitíase
USG (dilatação colédoco >5mm e cálculos)
Exame diagnóstico e terapêutico da coledocolitíase
CPRE
Exames solicitados na investigação de coledocolitíase após diagnóstico de colelitíase
USG
Bilirrubinas
FAL
Transaminases
Indicações de tratamento para coledocolitíase
Sempre tratar
Tratamento da coledocolitíase
Antes da CVL: CPRE (papilotomia)
Durante a CVL: exploração cirúrgica (colangio intra op)
Causa de colangite aguda
Obstrução (coledocolitíase, tumor, estenose) + infecção
Qual agente etiológico mais comum na infecção da colangite aguda?
E. coli
O que é a Tríade de Charcot?
Febre com calafrio + icterícia + dor abdominal
O que é a Pêntade de Reynolds?
Febre com calafrio + icterícia + dor abdominal + hipotensão + depressão do SNC
Qual condição relacionada à tríade de Charcot?
Colangite aguda não grave
Qual condição relacionada à pêntade de Reynolds?
Colangite aguda grave
Tratamento da colangite aguda não grave
Atb (resposta dramática)
Drenagem eletiva das vias biliares
Tratamento da colangite aguda grave
Antibiótico (não resolutivo)
Drenagem imediata das vias biliares (CPRE)
Complicação de colangite aguda
Abscesso hepático
Quais os tumores periampulares?
Tu de cabeça de pâncreas (mais comum)
Colangiocarcinoma ductal distal
Tu de duodeno
Tu da ampola de Vater
Clínica dos tumores periampulares
Icterícia progressiva (coluria, acolia, prurido)
Vesícula Courvoisier-Terrier
Tratamento dos tumores periampulares
Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia)
Classificação de Tokio no tratamento da colecistite aguda
I (leve): CVL precoce + atb
II (moderada): atb + suporte + CVL precoce. Se piorar: drenagem percutânea
III (grave): atb + suporte + colecistostomia (drenagem percutânea)
Complicações mais comuns que se manifestam com icterícia após colecistectomia
- Coledocolitíase residual (ictericia flutuante)
2. Estenose cicatricial por lesão iatrogênica da via biliar (icterícia progressiva)
A artéria cística vem de qual vaso?
Geralmente da artéria hepática direita
Qual artéria é clipada na colecistectomia?
Artéria cística
Em qual víscera é mais comum a ocorrência de abscessos?
Fígado (60%)
Qual bactéria mais causa abscesso hepático piogênico?
E. coli
Qual a via de infecção mais comum do abscesso hepático piogênico?
Trato biliar
Vias de infecção do abscesso hepático piogênico
Trato biliar Sistema porta Artéria hepática Infecção direta (trauma penetrante) Iatrogenia (biopsia, embolização)
Características do abscesso hepático piogênico
Múltiplos
Acomete mais lobo direito
Associado à litíase biliar e colangiocarcinoma
Acomete mais idoso
Clínica do abscesso hepático piogênico
Febre intermitente Dor abdominal (difusa ou em HCD) Sintomas pulmonares Icterícia Emagrecimento
Diagnóstico de abscesso hepático piogênico
FA, GGT, BT, VHS, leuco
TC abdome + punção guiada
Tratamento do abscesso hepático piogênico
Atb venoso (ceftriaxone + metronidazol) por 4 a 6 sem Drenagem percutanea ou cirúrgica
Características de abscesso hepático amebiano
Jovens, etilistas
Único
Acomete mais lobo direito
Sorologia para ameba positiva
Diagnóstico de abscesso hepático amebiano
Sorologia para ameba
TC abdome + punção guiada
Tratamento abscesso hepático amebiano
Metronidazol 10 dias VO
Paromomicina 7 dias VO
Drenagem não é rotina
Indicações de drenagem de abscesso hepático amebiano
dúvida diagnóstica
>5 cm ou lobo esquerdo (risco de romper)
ausencia de resposta ao metronidazol
infecção secundária
Característica da secreção da drenagem de abscesso hepático amebiano
Pasta de anchova (pus+sangue)
Causa de cisto hidático hepático
Parasita intestinal (equinococcus granulosus)
Qual o tumor hepatobiliar benigno mais comum?
Hemangioma
Segundo tumor hepatobiliar benigno mais comum
Hiperplasia nodular focal
Qual tumor hepatobiliar benigno está associado ao uso de anticoncepcional oral?
Adenoma hepático
Qual achado na TC de hemangioma hepático?
Captação periférica arterial (centrípeta)
Qual achado na TC de hiperplasia nodal focal?
Cicatriz central
Características do hemangioma hepático
único
<5 cm
assintomático
TC: captação globular periferica arterial, fígado normal
Características da hiperplasia nodal focal
única < 5 cm assintomática TC: cicatriz central fígado normal, cintilo positiva (caso de dúvida pela TC)
Características do adenoma hepático
> 5cm
doloroso
TC: realce homogêneo transiente + wash out
fígado normal, cintilo negativa (caso de duvida diagnóstica)
Tratamento hemangioma hepático
Conservador
Tratamento hiperplasia nodular focal
Conservador
Tratamento adenoma hepático
> 5 cm: cirurgia
<= 5 cm: orienta interromper ACO, observa de 3 em 3 meses ou faz cirurgia
Exame que faz diagnóstico diferencial entre adenoma hepático e hiperplasia nodular focal
Cintilografia
Adenoma: negativa
HNP: positiva (cels de Kupffer)
Qual o tumor hepático maligno primário mais comum?
Carcinoma hepatocelular
Principal fator de risco para Carcinoma hepatocelular
Hepatite B
Qual tumor hepático mais comum?
Metástase
Fatores de risco para Carcinoma hepatocelular
Cirrose
Hepatopatia
Exames laboratoriais na suspeita de carcinoma hepatocelular
alfafetoproteína >20 (sugere); se >200 é mais específico
Sorologia HBV/HCB positiva
Achados na TC de carcinoma hepatocelular
Realce arterial, wash out venoso;
fígado com bordas irregulares
Achados na TC de metástase hepática
Múltiplos tumores pequenos
Fatores de risco para colangiocarcinoma
colangite esclerosante
cistos de colédoco
litíase intra-hepática
Exames solicitados na suspeita de colangiocarcinoma
Ca 19-9/ CEA (prognóstico)
TC ou colangioRM
Indicações de rastreamento para carcinoma hepatocelular
Cirrose
Hepatite B
Exames feitos no rastreamento do carcinoma hepatocelular
USG
alfafetoproteína
De quanto em quanto tempo é feito o rastreamento de carcinoma hepatocelular?
6 em 6 meses
Critérios de Barcelona no carcinoma hepatocelular
USG com nódulo:
>2cm: solicita AFP ou TC abdome
1-2 cm: RM ou TC de abdome
<1cm: USG de 3 em 3 meses
Porque não é feita a biopsia no diagnóstico de carcinoma hepatocelular?
Risco de disseminação tumoral
Risco de sangramento
Baixa acurácia
Qual fator prognóstico mais importante do carcinoma hepatocelular?
Gravidade da hepatopatia pelo CHILD-PUGH
Tratamento do carcinoma hepatocelular
Cirúrgico por:
- Ressecção: sem cirrose, se cirrose é CHILD A, sem metástase, lesão pequena
- Transplante: cirrotico, CHILD B/C, sem metástase, critérios de Milão (lesão única <= 5cm ou lesões múltiplas <=3cm)
Tratamento paliativo de carcinoma hepatocelular
Metástases, lesões grandes
<5cm: injeção tumoral de etanol, radioablação, termoablação
>5cm: embolização transarterial, sorafenib
Diagnóstico de colecistite aguda pela diretriz de Tokyo
A (sinais locais de inflamação): Murphy, dor/desconforto/massa no HCD
B (sinais sistêmicos de inflamação: febre,PCR, leucocitose
C (achados de imagem): sinal de Murphy USG, espessamento da parede da vesícula, distensão vesicular, calculo impactado, coleção pericolecística, edema da parede da vesícula.
Diagnóstico: pelo menos 1 de cada
Tríade de Sandblom e em qual doença ela se manifesta
Icterícia + dor abdomial + hematêmese
Hemobilia
Qual principal causa de hemobilia?
Trauma iatrogenico de vias biliares
Diagnóstico de hemobilia
Angiografia
Tratamento de hemobilia
Angiografia