Cirurgia Flashcards
Indicações de via aérea definitiva.
- Apneia
- Proteçao de VA (vomitos, sangue)
- TCE grave (glasgow <9)
- Incapacidade de manter a oxigenação com máscara
- Comprometimento iminente (convulsões, lesao por inalação, fraturas faciais)
Quais tipos de via aérea cirurgica e suas indicações?
Traqueostomia e cricotireoidestomia cirúrgica.
Indicadas em:
1. Trauma maxilofacial extenso
2. Distorção anatomica
3. Incapacidade de visualizar cordas vocais
4. Se não conseguir realizar IOT
Contra indicações de cricotireoidestomia cirúrgica
Trauma de laringe;
<12 anos
Contraindicações de passagem de sonda vesical no trauma.
- Trauma de uretra
- Sangue no meato uretral
- Não consegue urinar
- Hematoma
Conduta para controle de hemorragia de pelve instável.
Faz arteriografia com embolização OU tamponamento pré peritoneal + fixaçao externa
O que caracteriza um tórax instável?
Fratura em 2 ou mais arcos costais consecutivos em 2 ou mais pontos em cada arco
Conduta no tórax instável
Analgesia + suporte ventilatório
Qual a causa mais comum de pneumotorax hipertensivo?
Ventilação por pressão positiva em pacientes com lesão pleuropulmonares (como o pneumotorax simples)
Clínica do pneumotorax hipertensivo?
Diminuição do MV, hipertimpanismo, turgencia jugular, hipotensão, dispneia, desvio da traqueia
Conduta imediata e definitiva no pneumotorax hipertensivo
Toracocentese de alívio em até 30 minutos no 4-5 EIC seguida de toracostomia com drenagem em selo d’agua
Conduta imediata e definitiva no pneumotorax aberto
Curativo em 3 pontos seguido e toracostomia com drenagem em selo d’agua
Qual a clínica do hemotórax?
Diminuição do MV, macicez à percussão, hipotensão e jugular colabada.
Qual a conduta do hemotórax?
Independente do volume de sangue realiza primeiramente a drenagem torácica em selo d’agua. Avalia necessidade de infusao de cristaloides e sangue.
A toracotomia é feita no hemotórax maciço.
O que caracteriza um hemotórax maciço e qual a conduta?
- Drenagem imediata de >1500mL
- > 200 mL/h nas primeiras 2-4 horas
Faz toracotomia.
Clínica da contusão cardíaca.
Hipotensão + arritmia + insuficiência de ventrículo direito
Conduta na contusão cardíaca.
Monitorização com ECG + Dobutamina
Qual a tríade de Becker e a qual condição ela está relacionada?
Tríade de Becker: turgencia jugular + hipotensão + hipofonese de B2
Tamponamento cardíaco
Quais os locais de realização do FAST no trauma?
- Tórax
- Pelve
- Espaço esplenorrenal
- Espaço hepatorrenal
Conduta no tamponamento cardíaco
Pericardiocentese seguida de toracotomia
Quando suspeitar de trauma de aorta?
Paciente com hematoma no mediastino.
Qual achado principal na TC contrastada do trauma de aorta?
Mediastino alargado >8 cm
Quando investigar trauma do diafragma?
Em pacientes com lesoes penetrantes abaixo dos mamilos e acima da margem costal
Qual a principal consequencia de ruptura agura do diafragma?
Herniação de visceras para o tórax, levando a hipoxemia e insuficiencia respiratoria
Conduta no trauma de diafragma.
Laparotomia com redução da hérnia + rafia do diafragma
Órgãos mais acometidos no trauma contuso?
- Baço
2. Fígado
Órgãos mais acometidos em trauma por PAF?
- Intestino delgado
- Cólon
- Fígado
Órgãos mais acometidos em trauma por arma branca?
- Fígado
- Intestino delgado
- Diafragma
Principal causa de choque no trauma?
Hemorragia
Principais locais de hemorragia no trauma?
- Abdome
- Tórax
- Pelve
Indicações de laparotomia no trauma abdominal fechado?
- Peritonite
- LPD ou FAST +
- TC de abdome indicando: pneumoperitonio, retroperitonio, lesões especificas de vísceras
O que caracteriza um LPD positivo no trauma abdominal fechado?
- Saída direta de 15mL de sangue
- Lavado após infusão de soro contendo:
>100.000 hemacias
>500 leucócitos
> 175 amilase
Bile, bacterias, fibras alimentares
Qual a conduta para o paciente com trauma abdominal e sem peritonite?
Se instável: LPD ou FAST
Se estável: TC de abdome
Qual a conduta em um trauma de transição toraciabdominal?
Realiza TC para avaliar lesão de órgãos e depois faz videolaparoscopia para avaliar lesão do diafragma
Quando indicar LPD ou FAST?
- Contusao abdominal com exame físico não confiavel (paciente rebaixado)
- Politraumatizados
- Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente
Quando indicar LPD ou FAST?
- Contusao abdominal com exame físico não confiavel (paciente rebaixado)
- Politraumatizados
- Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente
Indicações de laparotomia após trauma penetrante?
- Presença de peritonite, choque, evisceraçao
- Lesão por PAF
- TC de abdome positiva na lesão por arma branca
Como é medida a pressão intra abdominal?
Pela pressao intravesical
O que caracteriza a síndrome do compartimento abdominal?
PIA > 20mmHg + Clínica: 1. Distensao abdominal 2. Hipoventilacao 3. Hipoxemia com hipercapnia 4. Acidose 5. Oliguria 6 aumento da PA
Qual a conduta na Sindrome do Compartimento abdominal?
Conservadora se PIA entre 21 e 25mmHg: SNG + Posição supina + reposição cautelosa
Se não melhorar faz drenagem de coleção seguida de laparotomia.
Se PIA >25 mmHg faz laparotomia.
Quando fazer a cirurgia para controle de dano?
Na tríade da morte
Quais as etapas da cirurgia para controle de dano?
Cirurgia inicial breve > reanimação em UTI > Reoperacao planejada (até 72h)
Achados clínicos da fratura de base de crânio
Rinorreia, otorreia, sinal do guaxinim, sinal de Battle (equimose retroauricular)
Qual tipo de hematoma no TCE é o mais comum?
Hematoma subdural
Quais os vasos lesados no hematoma subdural?
Veias pontes
Quais os fatores de risco para o hematoma subdural?
Atrofia cortical (idoso, alcoolatra) Anticoagulantes
Qual a diferença clínica entre o hematoma subdural e o epidural?
No hematoma subdural a clínica é progressiva.
No hematoma epidural ocorre um intervalo lúcido (desacordado pela concussão> acorda> desacorda pelo sangramento)
Aspecto de lua crescente na TC de crânio indica qual tipo de hematoma?
Hematoma subdural
Qual o vaso lesado no hematoma epidural?
Artéria meníngea média
Qual fator de risco para hematoma epidural?
Trauma de osso temporal
Achado de imagem biconvexa na TC de crânio indica qual hematoma?
Hematoma epidural
Quando realizar cirurgia descompressiva no TCE?
Quando houver desvio da linha média >0,5 cm na TC de crânio.
Quais indicações de TC de crânio no TCE?
- Inconsciente >5 minutos apresentando amnesia
- Cefaleia intensa
- Déficit focal
- Glasgow <15
Qual a tríade de Cushing? Presente em que condição?
HAS + Bradicardia + Bradipneia
Presente na hipertensão intracraniana com herniação
Ulcera de Cushing está relacionada com qual condição?
TCE
Ulcera de Curling está relacionada com qual condição?
Queimaduras
O que é a ulcera de Marjolin?
Neoplasia maligna em ulcera crônica de queimado
Qual a diferença de concussão para contusão craniana?
A concussao é a perda subita de consciencia por até 6 horas no TCE.
A contusao cerebral é hemorragia + edema + lesao parenquimatosa
Tríade da “shaken baby syndrome” e qual sua causa.
Encefalopatia aguda + hemorragia subaracnoide + hemorragia retiniana.
Ocorre por luxação atlanto occiptal.
Qual a principal lesao dos “mergulhadores de piscina rasa”?
Fratura do atlas (c1), caracterizada pela fratura de jefferson (em três pedaços).
Lesão vertebral mais comum no paciente enforcado?
Fratura do áxis (c2)
Qual é a vértebra mais fraturada?
C5
Quais fatores fazem parte do índice de Lee (índice de risco cardíaco revisado)?
- Coronariopatia
- Insuficiência cardíaca
- DRC (Cr>2)
- DM com insulina
- Doença cerebrovascular (AVC, AIT)
- Cirurgias torácica, abdominal ou vascular suprainguinal
<2 itens: cirurgis
>=2 itens: avaliar capacidade funcional (>= 4 METS opera; se menor faz teste cardíaco invasivo)
Quanto tempo antes de operar deve cessar o tabagismo?
2-4 meses antes
O que é avaliado na capacidade funcional?
Gasto energético diário do coração
<4 METS: comer, vestir, andar
4-10 METS: subir escada, andar rápido, trabalho doméstico
>10 METS: esportes
Se o paciente tiver <4 METS há maior risco CV
Estado clínico do paciente pelo ASA
ASA I: saudável, sem consumo de álcool
ASA II: doença sistêmica sem limitação (HAS e DM controladas, alcool social, tabagista)
ASA III: doença que limita, mas não incapacita (HAS e DM não controladas, IAM prévio)
ASA IV: limita e incapacita (ICC não compensada)
ASA V: moribundo/expectativa de óbito (ruptura de aneurisma de aorta)
ASA VI: morte cerebral
Se cirurgia de emergência, adiciona o sufixo “E”
Qual exame deve ser solicitado de rotina no pré operatório?
Não existe exame de rotina, deve individualizar avaliando o paciente e o tipo de cirurgia
Quais exames pré operatorios devem ser solicitados para paciente mulher em idade reprodutiva sem patologias?
beta HCG urinário na manhã da cirurgia
Quais exames pré operatorios devem ser solicitados para paciente < 45 anos sem patologias?
Nenhum
Quais exames pré operatorios devem ser solicitados para paciente entre 45-54 anos sem comorbidades?
ECG para homens
Quais exames pré operatorios devem ser solicitados para paciente entre 55-70 anos sem comorbidades?
ECG + hemograma + plaquetas
Quais exames pré operatorios devem ser solicitados para paciente com >70 anos sem comorbidades?
ECG + hemograma + plaquetas + eletrólitos + glicemia + função renal
Quando solicitar coagulograma no pré operatorio?
Estimativa de perda de >2L de sangue na cirurgia; cirurgias cardíaca e torácica
Quando solicitar Rx de tórax no pré operatório?
Cirurgias cardíaca e torácica
Quais medicações podem ser mantidas até o dia da cirurgia?
- Corticoide (adm hidrocortisona IV)
- Anti hipertensivo
- Insulina (doses mais baixas; NPH 2/3 da dose; Glargina 1/2 da dose)
- ISRS (exceto se neurocirurgia ou stent)
- Estatinas
- Broncodilatadores
- Anticonvulsivantes
Quais medicações devem ser suspensas antes de uma cirurgia?
- Antidiabético oral (suspende no dia, exceto se for metformina que suspende 24-48h antes e acamboes 24h antes)
- AINES (suspende 1-3 dias antes)
- Antiagregante plaquetário (7-10 dias antes; se coronariopatia mantem AAS em baixas doses 75-100; so suspende se cirurgia de próstata ou neuro)
- novos anticoagulantes (rivaroxaban; 24-48h antes)
- Warfarin (anticoagulante; suspende 4-5 dias antes e opera quando INR <= 1,5. Adm HNF 6h antes da cirurgia ou HBPM 24h antes da cirurgia). Se for cirurgia de emergencia, deve adm plasma fresco congelado e 1 dose de vitamina K.
Qual bactéria mais causa infecção de ferida operatória?
Staphylococcus aureus
Qual o objetivo de realizar profilaxia antibiótica pre operatoria?
Evitar infecção de ferida operatória
O que é cirurgia do tipo limpa?
Não penetra em tratos biliar, respiratório, GI e urinário. São as ortopédicas, cardíacas, neuro, plástica, herniorrafia e de tireoide
Qual profilaxia antibiotica é feita na cirurgia limpa?
Faz Cefazolina em caso de cirurgia em osso ou com prótese
O que é cirurgia do tipo limpa-contaminada ou potencialmente contaminada?
Penetra de forma controlada, sem extravasamento
Ex: colecistectomia por coledocolitiase
Qual profilaxia antibiotica é feita na cirurgia potencialmente contaminada?
Cefazolina
O que é cirurgia do tipo contaminada?
Penetra sem controle;
“ite”sem pus ou trauma recente (<6h)
Ex: colecistectomia por colecistite, apendicite aguda
Qual profilaxia antibiotica é feita na cirurgia contaminada?
Cefazolina
O que é cirurgia do tipo infectada?
“ite” supurada, trauma antigo (>6h), contaminação fecal
Ex: apendicite aguda complicada, perfuração de víscera oca
Qual esquema antibiótico feito na cirurgia infectada?
Faz antibiotico terapia dirigida
Quando é feita a antibioticoprofilaxia?
30-60 min antes da primeira incisão cirúrgica
Se paciente com sangramento intenso, cirurgia longa ou paciente queimado, é necessário repetir a dose
Quais as causas de febre no per operatório?
Infecção pré-existente
Reação a droga ou transfusão
Hipertermia maligna
O que é e qual a causa da hipertermia maligna?
Síndrome muscular hereditária farmaco induzida; ocorre por exposição a anestésico inalatório ou succinilcolina
Clínica da hipertermina maligna
Hipercapnia/acidose
Rabdomiólise/hipercalemia
Hipertermia
Tratamento da hipertermia maligna
Cessar exposição, resfriamento, bicarbonato
Dantrolene (antídoto)
Quais as causas de febre após 24-72h de pós operatório?
Atelectasia
Infecção necrosante de ferida (Steptococcus pyogenes ou Clostridium perfringens)
Causas mais comuns de fascíite necrosante no pós operatorio
Steptococcus pyogenes
Clostridium perfringens
Quais as causas de febre após >72h de pós operatório?
Infecção de ferida operatória (S. aureus) ITU Pneumonia Parotidite supurativa (S. aureus) TVP
Quanto tempo após o procedimento pode ocorrer uma infecção de ferida operatória?
Até 30 dias ou 1 ano se prótese
Clínica e tratamento da infecção de ferida operatória superficial
Febre + dor + flogose +pus
Retira pontos, drena e lava
O que é a ferida operatória superficial?
Acomete pele e SC
Clínica e tratamento da infecção de ferida operatória profunda?
Febre + dor + flogose + pus
Retira pontos, drena, lava + atb
O que é a ferida operatória profunda?
Acomete fáscia e músculos
Quais fatores predispõem à infecção de ferida operatória?
Idade avançada Desnutrição DM Obesidade mórbida Imunossupressão Infecção remota coexistente (urinaria, pulmonar)
Em quais situações o desbridamento de infecção de ferida operatória deve ser feito em centro cirúrgico?
Infecção de sítio cirúrgico incisionais superficiais acompanhadas de celulite
ISC profundas (fasciíte, miosite)
Repercussões sistêmicas
Imunossupressão
Quais as hérnias da parede abdominal?
- umbilical
- epigástrica
- incisional
- spiegel
- lombar
- inguinal (70%)
- femoral
Causa de hérnia umbilical
Não fechamento do anel umbilical
Criança: congenito
Adulto: adquirido; aumento da pressão intra-abdominal
Tratamento da hérnia umbilical em criança
Conservador até os 2 anos (fechamento espontâneo)
Cirúrgico se: concomitante à hernia inguinal; >2cm; associada à derivação peritoneo-vaginal; não fechamento com 4-6 anos)
Idade cirúrgica de realização de hérnia umbilical em crianças
4-6 anos
Tratamento da hérnia umbilical em adultos
Conservador
Cirurgia se: sintomático; com ascite volumosa
Localização da hérnia epigástrica
Entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide; na linha alba
Causa de hérnia incisional
Deiscência aponeurótica de incisão cirúrgica prévia
Fatores de risco para hérnia incisional
Técnica incorreta
Infecção de sítio cirúrgico, hematoma, seroma
Desnutrição, idade avançada, uso crônico de corticoide
Aumento da pressão intra abdominal
Localização da hérnia de Spiegel
- Entre a borda lateral do reto abdominal e a linha de spiegel (semilunar)
- Sobre ou abaixo da linha arqueada de Douglas (altura da cicatriz umbilical)
Localização e nome das hérnias lombares
Parte superior do triângulo lombar e abaixo da 12a costela: Grynfelt
Parte inferior e acima da crista ilíaca: Petit
80% são adquiridas
Composição da parede posterior do canal inguinal
Fáscia transversalis
Músculo transverso
Músculo obliquo interno
Composição da parede anterior do canal inguinal
Aponeurose do músculo obliquo externo
Quais as aberturas da fáscia transversalis?
1 Anel inguinal interno
2 Canais femorais
Qual abertura da aponeurose do músculo obliquo externo?
Anel inguinal externo
Onde inicia e onde termina o canal inguinal?
Início no canal inguinal interno Fim no canal inguinal externo Superior para inferior Lateral para medial Posterior para anterior
Qual estrutura do homem da origem ao canal inguinal?
Funículo espermático (conduto peritoneo-vaginal obliterado; m. cremaster, vasos deferentes, plexo pampiniforme)
Qual estrutura da mulher da origem ao canal inguinal:
Ligamento redondo do útero
Quais as hérnias da região da virilhas?
Hérnia inguinal indireta
Hérnia inguinal direta
Hérnia femoral
Qual a hérnia mais comum?
Hérnia inguinal indireta
Causa de hérnia inguinal indireta
Defeito congênito, típica da infância
Ocorre pelo não fechamento do conduto peritoneo-vaginal
Por onde se anuncia a hérnia inguinal indireta?
Anel inguinal interno
Causa da hérnia inguinal direta
Defeito adquirido por enfraquecimento da parede posterior
Por onde se anuncia a hérnia inguinal direta?
Triângulo de Hesslbach (borda lateral do m. retoabdominal, ligamento inguinal e vasos epigastricos inferiores)
Composição do Triângulo de Hesslbach e qual hérnia se anuncia por ele
Borda lateral do m. retoabdominal, ligamento inguinal e vasos epigastricos inferiores
Hérnia inguinal direta
Hérnia que passa medialmente aos vasos epigástricos inferiores
Hérnia inguinal direta
Hérnia que passa lateralmente aos vasos epigástricos inferiores
Hérnia inguinal indireta
Hérnia inguinal que encosta na polpa do indicador durante o exame físico
Hérnia direta
Hérnia inguinal que encosta na ponta do indicador durante o exame físico
Hérnia indireta
Qual hérnia inguinal tem mais risco de encarcerar?
Hérnia inguinal indireta
Onde se anuncia a hérnia femoral (crural)?
Abaixo do ligamento inguinal
Hérnia femoral é mais comum em qual gênero?
Mulheres 10:1
Hérnia umbilical é mais comum em qual gênero?
Mulheres
Qual hérnia da região da virilha tem mais risco de encarcerar?
Hérnia femoral (canal mais estreito)
Qual a localização mais comum da hérnia femoral?
Abaixo do ligamento inguinal direito
Classificação de Nyhus
I - indireta com anel inguinal interno normal (<2cm) II- indireta com anel inguinal interno dilatado III- defeito na parede posterior a) direta b) indireta c) femoral/crural IV- recidivante a) direta b) indireta c) femoral d) mista
Tratamento de hérnia inguinofemoral
Cirúrgico sempre
Tratamento de hérnia inguinofemoral redutível
Cirurgia eletiva
Tratamento de hérnia inguinofemoral encarceirada
Redução manual com manobra de TAXE
Não reduzir se sofrimento isquemico: tempo> 6-8h; obstrução, irritação peritoneal, hiperemia, hipotensão
Quando não reduzir uma hérnia inguinofemoral encarcerada?
Se sofrimento isquemico: tempo> 6-8h; obstrução, irritação peritoneal, hiperemia, hipotensão
Tratamento de hérnia inguinofemoral estrangulada
Cirurgia de emergência com inguinotomia
Se redução espontânea ou sinais de irritação peritoneal: laparotomia
Quais as técnicas operatórias de abordagem anterior de hérnia inguinofemoral?
Herniorrafia anterior com reforço posterior
- Shouldice (imbricação de músculo, sem tela)
- Lichtenstein (técnica de escolha se usar tela de propileno, com sutura ao longo do canal inguinal)
- McVay (hérnia femoral, ligamento de cooper)
Quais as técnicas operatórias de abordagem posterior de hérnia inguinofemoral?
- Stoppa (tela bilateral)
- Videolaparoscopia: TAPP (transabdominal pré peritoneal, penetra a cavidade abdominal); TEP (totalmente extraperitoneal; não penetra a cavidade abdominal)
Indicações para realizar a abordagem posterior no tratamento de hérnia inguinofemoral
Recidivas
Bilaterais
O que é a Hérnia de Richter?
Pinçamento da borda anti-mesentérica; isquemia sem obstrução
O que é a Hérnia de Littre?
Divertículo de Meckel
O que é a Hérnia de Amyand?
Apêndice da hérnia inguinal
O que é a hérnia de Garengeot?
Apêndice da hérnia femoral
Quais os anestésicos de indução geral inalatórios?
- Oxido nitrico
- Halotano (mais potente)
- Enoflurano
- Isoflurano (mais utilizado, odor fétido)
- Sevoflurano
- Desflurano
Quais os anestésicos de indução geral intravenosos?
- Tiopental (hipnotico)
- Midazolam (amnesia + sedação)
- Opioides (analgésico)
- Propofol (hipnose; cardiotoxico)
- Etomidado (hipnose rapida)
- Quetamina (hipnose, analgesia)
Quais anestésicos associados à hipertesmia maligna
Halotano (inalatório)
Succinilcolina (curare)
Quais os anestésicos de indução geral curares?
- Succinilcolina
- Pancurônio
- Vecurônio
- Rocurônio
- Atracúrio
- Mivacúrio
Características dos anestésicos gerais inalatórios
Efeito isolado
Doses elevadas para efeito
Maior risco
Características dos anestésicos gerais intravenosos
Efeito combinado (hipnose+sedação+analgesico)
Doses menores
Menor risco
Características dos anestésicos gerais curares
Relaxamento muscular
Flacidez
Imobilidade
Quais os anestésicos locais?
Lidocaína
Bupivacaína
Ropivacaína
Quais as diferenças principais entre a lidocaína e a bupivacaína?
Lidocaína tem potência intermediária e dura 1-2 horas
Bupivacaína tem potência alta e dura 2-8 horas
Dose de lidocaína sem e com adrenalina
Sem adrenalina: 4-5mg/kg
Com adrenalina: 7mg/kg
Dose de bupivacaína sem e com adrenalina
Sem adrenalina: 2mg/kg
Com adrenalina: 3mg/kg
Contraindicações da associação de anestésicos locais com adrenalina
Anestesia de extremidades e região interdigital
Lobo da orelha
Ponta do nariz
Qual a vantagem de associar adrenalina aos anestésicos locais?
Anestésico é absorvido de forma mais lenta
Diminui a toxicidade
Reduz a irrigação/perda sanguínea
Dose de ropivacaína sem e com adrenalina
Sem adrenalina: 2mg/kg
Com adrenalina: 3mg/kg
Geralmente não associa pois já tem efeito vasoconstritor
Local de aplicação da raquianestesia
Espaço subaracnoide (atravessa a dura mater)
Local de aplicação da peridural/epidural
Espaço epidural (não atravessa a dura mater)
Efeitos colaterais da raquianestesia
Cefaleia, hipotensão, bradicardia
Quais as três fases da anestesia geral?
Indução
Manutenção
Recuperação
Como é feita a fase de indução anestésica?
Pré oxigenação, indução de sequencia rápida, ventilação com máscara, bloqueio muscular, intubação
Se o paciente for de trauma ou não fez jejum, deve pular a etapa de ventilação com máscara
Como é feita a fase de manutenção anestésica?
Replicar as doses para manter o plano anestésico
Como é feita a fase de recuperação anestésica?
Observação na sala de recuperação pós anestésica
Em que consiste a avaliação anestesia?
- visita pré anestésica
- via aérea: mallampati
- exame fisico (ASA)
- jejum: 2h de líquidos claros; 6-8h de líquidos não claros e sólidos
Classificação Mallampati e sua função
I: vê pilares amigdalianos II: vê a ponta da úvula III: vê a base da úvula IV: só vê o palato duro Avalia se a intubação vai ser fácil ou difícil
Principais complicações anestésicas
Hipertermia maligna
Bloqueio residual neuromuscular
Sinal patognomônico da hipertermia maligna
Espasmo do masseter
Qual o antídoto da hipertermia maligna?
Dantrolene 2,5 mg/kg
Clínica do bloqueio residual neuromuscular
Retorno lento da consciencia
Hipoventilação/hipercapnia (acidose ventilatória)
Fraqueza muscular
Conduta no bloqueio residual neuromuscular
Manter em ventilação mecânica
Neostigmine e atropina (antídotos)
Antídotos do bloqueio residual neuromuscular
Neostigmine e atropina
Vantagem da cirurgia de hérnia inguinal via laparoscópica em relação à técnica de Lichenstein
Evita o aparecimento de hérnia femoral (cobre todo o orifício miopectíneo de Fruchaud)
Menor taxa de dor no pós operatório
Principal causa de recidiva de hérnia após técnica de Lichenstein?
Defeito técnico na fixação da tela no púbis, medialmente
Como é feita a indução de sequencia rápida?
Hipnóticos IV de ação rápida (etomidado/proporfol) Relaxante muscular (succinilcolina/rocurônio) Intubação
Contraindicação à succinilcolina
Hipercalemia grave (trauma maciço, queimadura) Bradicardia
Quais anestésicos IV devem ser evitados em caso de choque hipovolêmico?
Fentanil e midazolan
Quais vasos irrigam a região inguinal?
Vasos ilíacos externos
Quais os três principais nervos da região inguinal?
Ilioinguinal
Ilio-hipogástrico
Ramo genital do genitofemoral
Qual primeiro indício clínico de deiscência de anastomose?
Taquicardia
Quais analgésicos opioides de escolha para pacientes nefropatas?
Fentanil e metadona
Não usar morfina
Qual aminoácido mais importante como fonte de energia para a mucosa intestinal?
Glutamina
Em qual situação é contraindicado nutrição enteral?
Instabilidade hemodinâmica (reduz perfusão intestinal; pode provocar translação bacteriana)
Como estará a glicemia e a insulina logo após trauma?
Diminuídos
Quais aminoácidos são liberados pela proteólise após trauma?
Glutamina
Alanina
Quais aminoácidos são liberados pela lipólise após trauma?
Glicerol
Ácidos graxos
Qual aminoácido proveniente do sítio do trauma?
Lactado/ácido lático
Quais os aminoácidos liberados após trauma?
Glutamina Alanina Glicerol Ácidos Graxos Lactato
Quais aminoácidos se transformam em glicose após trauma?
Glutamina
Alianina
Glicerol
Lactato
Qual aminoácido se transforma em corpos cetônicos após trauma?
Ácidos graxos
Qual a fonte primária de energia para o músculo após trauma?
Ácidos graxos
Aminoácido do ciclo de Felig
Alanina (se transforma em glicose)
Aminoácido do ciclo de Cori
Lactato (se transforma em glicose)
Quais são as adaptações ao jejum/trauma em relação ao metabolismo catabólico?
- Reduz a proteólise (ocorre no músculo; deve evitar para não afetar o correr ou lutar)
- Prioriza a lipólise
- Cérebro começa a consumir corpos cetônicos
O que significa balanço nitrogenado negativo?
Mais proteínas consumidas do que sintetizadas; há aumento da excreção urinária de ureia
O que deve ser feito no pré operatório com paciente em dieta zero para evitar o catabolismo antes do tempo?
400kcal = 100g de glicose = 2000 mL SG 5%
Se pré op imediato: solução de auto-dextrina
Quais são os hormônios contra insulínicos do catabolismo?
Adrenal: cortisol, catecolaminas, aldosterona
Hipotálamo: ADH
Pâncreas: glucagon
Hormônios que provocam hiperglicemia no pós operatório
Aumento de glucagon
Aumento de cortisol
Aumento de catecolaminas
Aumento de GH
O que inicia o catabolismo no trauma?
Dor e a lesão
Como modular a REMIT?
- Controlando a dor: anestesia epidural para reduzir a resposta endocrina
- Diminuindo a lesão: videolaparoscopia para reduzir a resposta imune
Quais interleucinas relacionadas ao aumento da temperatura após trauma?
IL-1, IL-2
Qual interleucina relacionada à anorexia pós trauma?
TNF alfa
Quais as interleucinas anti inflamatórias?
IL-4, IL-10, IL-13
Feridas crônicas estacionam em qual fase da cicatrização?
Fase inflamatória
Qual o risco de feridas crônicas?
Podem predispor ao carcinoma de células escamosas
Qual a principal característica macroscópica da fase de inflamação da cicatrização?
Exsudato na ferida
Quais as principais células da fase de inflamação da cicatrização?
Células inflamatórias (macrófagos, neutrófilos, linfócitos T)
Fisiopatologia da fase de inflamação da cicatrização
- Vasoconstrição; início da hemostasia
- Aumento da permeabilidade vascular (histamina)
- “Limpeza local” pelos neutrófilos
- Macrófago libera fator de crescimento e transformação beta (TGF-beta)
- Linfócito T libera IFN-alfa (estimula fibroblastos_
Qual a vantagem do desbridamento precoce de feridas infectadas?
Diminui a quimiotaxia dos neutrofilos, diminuindo a inflamação
Qual a citocina mais importante da cicatrização de feridas?
TGF-beta
Qual interleucina estimula o fibroblasto e em qual célula ela é produzida?
IFN-alfa
Linfócito T
Qual a característica macroscópica da fase de proliferação da cicatrização?
Tecido de granulação
Objetivo da fase inflamatória da cicatrização
Limitar a extensão da lesão
Objetivo da fase de proliferação da cicatrização
Restabelece a continuidade tecidual
Qual a principal célula da fase de proliferação da cicatrização?
Fibroblasto
Fisiopatologia da fase de proliferação da cicatrização
- Fibroplasia pela deposição de colágeno tipo III
- Angiogênese (sangra fácil)
- Epitelização
Fases da cicatrização de feridas
Inflamatória
Proliferativa
Maturação
Qual tipo de colágeno da fase de proliferação e de maturação da cicatrização?
Proliferação: tipo III (frouxo)
Maturação: tipo I (entrelaçado, maior força tênsil)
Objetivo da fase de maturação da cicatrização
Equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno
Característica macroscópica da fase de maturação da cicatrização
Bordas “contraindo”
Principal célula da fase de maturação da cicatrização
Miofibroblasto
Fisiopatologia da fase de maturação da cicatrização
- Contração da ferida (centrípeta)
- Aumento da troca do colágeno tipo III pelo tipo I
- Reduz a vascularização
- Reduz as células inflamatórias
Fatores que prejudicam a cicatrização de feridas
- Infecção
- Idade avançada
- hipóxia: doença vascular, tabagismo, Ht <15%, Hb <5-6
- Diabetes: prejudica todas as fases
- Hipoalbuminemia: <2g/dL
- Desnutrição (falta de vitamina e minerais; A, C, K, zinco)
- AINES (prejudica primeira fase, adm vitamina A)
- QT e RT
Fator mais comum de má cicatrização de ferida
Infecção
Tipos de cicatrização anormal
Queloide
Cicatriz hipertrófica
Causa de cicatrização anormal
Excesso de colágeno pelo aumento da produção local de fibronectina, elastina e proteoglicanos
Diferenças entre queloide e cicatriz hipertrófica
- Queloide: ultrapassa limites da cicatriz; aparecimento após 3 meses; geralmente acima das clavículas e dorso; pode ter dor e prurido; regressão rara e refratária ao tto; componente genético
- Cicatriz hipertrófica: não ultrapassa os limites da cicatriz, aparecimento precoce, ocorre mais em áreas de tensão e superfícies flexoras; pode ter dor e prurido; regressão espontânea ou passível de tto
O que é fechamento primário ou por primeira intenção?
Ferida fechada por:
- aproximação dos bordos através de sutura
- utilização de enxertos cutâneos
- emprego de retalho
Em quais casos é recomendado o fechamento primário ou por primeira intenção
Ferida sem contaminação e localizada em área bem vascularizada
Vantagens do fechamento primário ou por primeira intenção
Rápida epitelização
Mínima formação de tecido de granulação
Melhor resultado estético
O que é o fechamento secundário ou por segunda intenção ou espontâneo?
Ferida deixada aberta propositalmente
Cicatrização depende de: granulação, contração para aproximação das bordas
Em quais casos é recomendado o fechamento secundário ou por segunda intenção
Biopsias de pele tipo punch
Cirurgias em canal ou margem anal
Feridas com alto grau de contaminação
O que é fechamento primário tardio ou por terceira intenção?
Ferida deixada aberta inicialmente; trata a infecção com desbridamentos repetidos com ou sem antibióticos; após alguns dias fecha com sutura, enxertos cutâneos ou retalhos
Causa principal de óbito em queimados
Infecção
O que caracteriza um “grande queimado”?
- 2o grau >10% de SCQ
- 3o grau
- Face, mão, pé, grandes articulações
- Olhos, períneo/genitália
- Lesões por inalação
- Química ou elétricas graves
- Comorbidade que pode piorar a queimadura
Dois tipo de complicações em queimadura de face e pescoço
- lesão térmica de VAS
2. lesão pulmonar por inalação
Clínica da lesão térmica de VAS
Hiperemia de orofaringe, rouquidão, estridor; insuficiência respiratória imediata pelo edema
Clínica da lesão pulmonar por inalação
Sibilos, escarro carbonário; insuficiência respiratória em cerca de 24h
Dois tipo de complicações de incêndio em recinto fechado
- intoxicação por monóxido de carbono
2. intoxicação por cianeto
Clínica de intoxicação por monóxido de carbono
Cefaleia, diminuição da consciência
Diagnóstico de intoxicação por monóxido de carbono
Dosar carboxihemoglobina
Não avalia oximetria de pulso (CO tem mais afinidade com Hb do que com O2)
Tratamento da intoxicação por monóxido de carbono
Aumentar a FiO2
Medicina hiperbárica
Clínica da intoxicação por cianeto
Queda de consciencia
Fisiopatologia da intoxicação por cianeto
Cianeto impede a respiração celular (uso de O2); tecido começa a usar ácido lático
Diagnóstico da intoxicação por cianeto
Aumento de lactato e aumento de cianeto
Tratamento da intoxicação por cianeto
Hidroxicobalamina +/- tiosulfato de sódio
Diagnóstico da lesão térmica de VAS
clínica e laringoscopia
Tratamento da lesão térmica de VAS
suporte ventilatório, IOT precoce
Diagnóstico da lesão pulmonar por inalação
broncoscopia e cintilografia com Xe133
Tratamento da lesão pulmonar por inalação
NBZ com broncodilatadores +/- NBZ com heparina; broncoscopia
Como é feita a reanimação volêmica do queimado nas primeiras 24h?
4 mL de RL X peso X SCQ (Parkland)
2 mL de RL x peso X SCQ (ATLS)
1/2 volume nas primeiras 8h de queimadura
1/2 volume nas próximas 15h
O que indica reanimação volêmica do queimado adequada?
Diurese >= 0,5 mL/Kg/h
Qual analgésico é usado no queimado?
Opioide IV 2-5mg
Quais profilaxias devem ser feitas no queimado?
Tétano (toxoide tetanico 0,5 mL)
TVP
Características da queimadura de primeiro grau
Profundidade: epiderme (não compromete anexos)
Coloração: eritema
Sensibilidade: dor/ardência
Não entra no cálculo de SCQ!
Tratamento da queimadura de primeiro grau
Limpeza, analgesia, hidratação
Características da queimadura de segundo grau
Profundidade: derme. superficial: acomete papilar dérmicas; profunda: acomete reticular
Coloração: eritema com BOLHAS (derme superficial), rósea com bolhas (profunda)
Sensibilidade: muito dolorosas (superficial), moderada (profunda)
Tratamento da queimadura de primeiro grau
Tira a bolha se ela for grande ou tiver rompida
Limpeza, curativo, sulfadiazina de prata 1%
Se profunda (reticular): enxerto
Qual a vantagem de romper bolha na queimadura?
Permitir a penetração do antibiótico tópico
Características da queimadura de terceiro grau
Profundidade: gordura subcutânea
Coloração: marrom, pálida, vermelho-amarelado
Sensibilidade: não sente no local, em volta sente
Tratamento da queimadura de terceiro grau
Enxertia precoce
Escarotomia
Complicações de retração de escara no queimado
Tórax: insuficiência respiratória
Membro: oclusão vascular
Profundidade das queimaduras de 1o, 2o, 3o grau
1o: epiderme
2o: derme
3o: gordura subcutânea
Clínica da queimadura de quarto grau (elétrica grave)
Rabdomiólise (LRA)
Síndrome compartimental
Conduta na rabdomiólise com LRA no queimado
Forçar diurese >2mL/kg/h (manitol) + alcalinização (bicarbonato de sódio)
Conduta na síndrome compartimental
Fasciotomia
Clínica da síndrome compartimental
Dor ao estiramento passivo do músculo;
pode ter pulso
Qual tipo de queimadura química é pior?
Base (alcali) é pior que ácido pois penetra mais
Conduta na queimadura química
Não tentar neutralizar
Irrigar com água morna sob baixa pressão (20-30L ou por 30 minutos)
Manter pH da pele entre 7 e 7,5
Complicações das queimaduras
HDA por úlcera de Curling
Se queimadura de 3o grau: carcinoma escamoso ou lesão/ulcera de Marjolin
Nome da ulcera do queimado
úlcera de Curling
Nome do carcinoma escamoso em queimado
úlcera de Marjolin
Indicações de nutrição parenteral
- Fístulas digestivas
- íleo paralítico prolongado
- diarreia ou vômitos intratáveis
- obstrução de TGI
- Síndrome do intestino curto
Alterações eletrolíticas da síndrome de realimentação
Hipofosfatemia
Hipocalemia
Prevenção da síndrome de realimentação no desnutrido/jejum
Adm cautelosa de nutrientes (150 kcal/dia)
Diferença entre enxerto e retalho
Enxerto: retira pele de um local e coloca em outro, não tem vascularização
Retalho: tecido pediculado, tem vascularização própria
Como é a nutrição do enxerto?
Embebição em até 48h (se nutre pelo transudato e exsudado do tecido adjacente)
Após isso, ocorre neovascularização
Indicação principal de enxerto
Grandes queimaduras
Indicação de retalho
Grande perda tecidual em áreas de grandes vasos, tendões, nervos
Causa mais comum da falha da integração dos enxertos cutâneos
Formação de hematoma
Definição de sepse
Resposta inflamatória desregulada a uma infecção, promovendo disfunção orgânica
infecção + qSOFA>=2
Principal patógeno de sepse
Bactérias gram positivas
Definição de choque séptico
Sepse com anomalias circulatórias, celulares e metabólicas + necessidade de vasopressores para manter PAM >65 + Lactato arterial >2 mmol/L a despeito da ressuscitação volêmica
Critérios do qSOFA
- FR>= 22irpm
- PAS<= 100mgHg
- Alteração do sensório
Se 2 ou mais é caracterizado como sepse inicial
Fatores de risco para sepse
- pneumonia comunitária
- admissão na UTI
- bacteremia
- idade >=65 anos
- imunossupressão
- DM e câncer
- Hospitalização nos últimos 90 dias
Propedêutica na sepse
É emergência médica; deve solicitar em até 45 min:
- laboratório de rotina
- gasometria arterial
- 2 hemoculturas (periférica/cateter)
- culturas específicas
- exames imagem
Conduta na sepse
-Antibioticoterapia precoce na 1a hora
-Controle do foco se for o caso em até 6-12h (drenar)
Mantem atb por 7-10 dias
- SF ou RL 500-1000 mL IV em bolus ou 30-50 mL/kg em 3h
Refratário: noradrenalina +/- adrenalina/vasopressina
Metas no tratamento da sepse
PAM>= 65 mmHg
DU> 0,5 mL/kg/h
Normalização do lactato
em 3 horas
Função do curativo no enxerto
Evitar mobilização
Compressão leve (diminuindo o risco de acúmulo de líquido ou hematoma sob o enxerto)
Cobertura
Diferença de antissepsia e assepsia
Assepssia: métodos para impedir a invasão de germes patogênicos no organismo; profilática; ex: higienização prévia
Antissepsia: métodos utilizados para desinfetar um local já infectado; ex: antibióticos
Tipos de choque distributivo
Anafilático, séptico, sirético (inflamação exacerbada) e neurogênico
Qual técnica livre de tensão e com colocação de tela no orifício miopectíneo de Fruchaud em hérnias inguinais?
Videolaparoscopia (TAPP, TEP)
Em qual local é posicionado o cateter para avaliação da pressão venosa central (PVC)?
Veia cava superior (avaliar pressão do coração D)
As artérias mesentéricas inferior e superior são ramos de qual vaso?
Aorta
Qual parte da uretra masculina é mais acometida pela “queda a cavaleiro”?
Uretra bulbar
Nome da doença que provoca fibrose retroperitoneal
Doença de Ormand
Qual o tipo de cálculo renal mais frequente?
Cálculo de sais de cálcio
Dentre os cálculos renais de sais de cálcio, qual a composição mais comum?
Oxalato de cálcio
Fator predisponente para cálculo renal de sais de cálcio
Hipercalciúria idiopática (não tem hipercalcemia)
Quais os três tipos de cálculos renais mais comuns?
Sais de cálcio
Estruvita
Ácido úrico
Qual a característica principal do cálculo renal de estruvita?
Grandes (coraliformes)
Quais os fatores predisponentes dos cálculos de estruvita?
ITU (Proteus, klebsiella)
Urina alcalina
Qual a principal característica do cálculo renal de ácido úrico?
São radiotransparentes
Fatores predisponentes do cálculo renal de ácido úrico
Uricosúria
Urina ácida
Três pontos principais de obstrução do cálculo renal
Junção ureteropelvica
1/3 médio do ureter (vasos ilíacos)
Junção vesicoureteral
Clínica da nefrolitíase
Assintomático
Hematúria
Cólica nefrótica (dor lombar irradiando para bolsa escrotal ou grander lábios)
Quais as duas principais complicações de nefrolitíase
Infecção (risco de sepse)
Anúria (risco de IRA pós renal)
Diagnóstico radiológico de nefrolitíase
TC SEM contraste (padrão ouro)
USG (gestante)
Achados na TC sem contraste de nefrolitíase
Imagem hipertensa na topografia ureteral
Achados na USG de nefrolitíase
Imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior
Tratamento imediato na nefrolitíase
Analgesia: indometacina, cetorolaco IV (AINE) + opioide
Hidratação: basal
<=1cm: conduta expectante por 4-6 semanas com alfa bloqueador (Tansulosina) ou bloqueador de cálcio (nifedipina)
>1cm: intervenção urológica
Em qual caso o tratamento da nefrolitíase é clínico? Como ele é feito?
<=1cm
Conduta expectante por 4-6 semanas com alfa bloqueador (Tansulosina) ou bloqueador de cálcio (nifedipina)
Em qual caso o tratamento da nefrolitíase é intervencionista?
> 1cm
Quais parâmetros devem ser analisados para indicar o tratamento intervencionista da nefrolitíase?
Tamanho
Localização
Densidade
Material disponível
Quais os três tipos de intervenção urológica na nefrolitíase?
Litotripsia extracorpórea (LECO)
Nefrolitotripsia percutânea
Ureteroscopia
Em quais casos é indicada a LECO na nefrolitíase?
Cálculo proximal (pelve e ureter proximal), <2cm e com baixa densidade
Em quais casos é contraindicada a LECO na nefrolitíase?
Gestante
Aneurisma de aorta
Em quais casos é indicada a nefrolitotripsia percutânea na nefrolitíase?
Cálculo proximal e >2cm
Cálculo coraliforme
Cálcio refratário à LOCE
Em quais casos é indicada a ureteroscopia na nefrolitíase?
Cálculo em ureter médio e distal
Quais casos de nefrolitíase deve desobstruir de emergência?
- Infecção
- Anúria
- Rim único
Conduta em nefrolitíase complicada
Desobstrução com stent duplo J ou por nefrostomia percutânea Hidratação Analgesia Coleta de hemocultura Iniciar antibiótico
Como é feita a terapia crônica para cálculos de sais de cálcio?
Hidratação: >=2,5L/dia
Não restringir cálcio!!!!
Restringir sódio e proteína
Diurético tiazídico
Como é feita a terapia crônica para cálculos de estruvita?
Hidratação: >=2,5L/dia
Antibiótico
Refratário: ácido acetohidroxâmico (diminui urease)
Como é feita a terapia crônica para cálculos de ácido úrico?
Hidratação: >=2,5L/dia
Restringir purinas na dieta (carne, peixe, cerveja)
Alcalinizar urina com citrato de potássio
Refratório: alopurinol
Quais os cálculos renais formados em urina ácida (<5)?
Ácido úrico
Cistina
Quais os cálculos renais formados em urina alcalina (>7)?
Fosfato de cálcio
Estruvita
Qual o peso de uma próstata normal?
20-30g
Fisiopatologia da hiperplasia prostática
Aumenta receptores de androgênios na zona de transição com a senilidade
Clínica da hiperplasia prostática
Sintomas obstrutivos: jato fraco e intermitente, esvaziamento incompleto
Sintomas irritativos: nocturia, incontinência, urgência urinária
Sintomas obstrutivos da hiperplasia prostática
Jato fraco e intermitente, esvaziamento incompleto
Sintomas irritativos da hiperplasia prostática
Nocturia, incontinência, urgência urinária
Quando é indicado tratamento da hiperplasia prostática?
Redução da qualidade de vida baseado em sintomas (IPSS) >= 8
Não depende do tamanho da próstata
Conduta na hiperplasia prostática com IPSS <8
Acompanhamento regular
Conduta na hiperplasia prostática com IPSS>=8
Geralmente terapia combinada:
- Alfa bloqueador (Tansulosina, doxazosina): reduz tonus prostático
- Inibidor 5-alfa-redutase (Finasterida, dutasterida): precisa tem próstata muito aumentada, demora 4-6 meses para ter efeito, provoca disfunção erétil
- Anticolinérgico (Oxibutina, Talterodina): sintomas graves de armazenamento
- Cirurgia: não responsivos ou complicação (hidronefrose, IRA)
Efeito adverso da Finasterida no tratamento da hiperplasia prostática?
Disfunção erétil
Qual tipo histológico mais comum do câncer de próstata?
Adenocarcinoma
Qual a segunda causa de óbito por câncer?
Câncer de próstata
Qual a primeira causa de óbito por câncer?
Câncer de pulmão
Qual a primeira causa de óbito por câncer no homem (exceto tumor de pele)?
Câncer de próstata
Fatores de risco para câncer de próstata
Idade avançada História familiar Negros Obesidade HBP NÃO É FATOR DE RISCO
Qual a localização do câncer de próstata?
Zona periférica
Qual a localização da hiperplasia prostática?
Zona de transição
Em quais casos é indicado o rastreio para câncer de próstata?
Não é consenso, deve dividir a decisão com paciente
>= 50 anos ou
>=45 anos com fator de risco
Como é feito o rastreio para câncer de próstata?
Toque retal + PSA
Indicações de biopsia por USG transretal no rastreio de câncer de próstata?
Toque retal suspeito (nódulos, endurecido) e/ou
PSA >= 4ng/mL
Se <60 anos: >2,5
Ponto de corte do PSA que indica necessidade de USG transretal com biopsia para investigar câncer de próstata
PSA >= 4ng/mL
Se <60 anos: >2,5
Critérios usados no estadiamento do câncer de próstata
PSA + Gleason + TNM
Como é feito o acompanhamento PSA pós prostatectomia?
PSA deve estar indetectável após 2 meses
PSA é feito de 3/3 meses por 1 ano
PSA 6/6 meses no 2o ano
PSA anual até o 5o ano
Qual valor do PSA indica recidiva de câncer no pós op?
PSA>0,2
Tratamento do câncer de próstata localizado
- Prostatectomia radical + linfadenectomia (se indicado)
- RT
- Expectante: vigilância ativa se baixo risco (PSA <10 + Gleason <=6)
Tratamento do câncer de próstata metastático (T3 para frente)
RT + Terapia de deprivação androgênica: orquiectomia bilateral; agonista GnRH (goserelina, leuprolide)
Resistentes: antiandrogênios, QT (docetaxel)
Fatores de risco câncer de bexiga
TABAGISMO, >60 anos, sexo masculino, branco, ciclosfosfamida, exposição industrial a aminas aromáticas, infecção pelo HPV 16, uso de sonda por longo período, agua clorada, RT, cistite recorrente/crônica, infestação por Schistossoma haematobium
Tipos histológicos do câncer de bexiga
Carcinoma urotelial/de céls transicionais (95%)
Carcinoma escamoso (3%)
Adenocarcinoma
Tipos de crescimento neoplasia urotelial não invasiva de bexiga
Crescimento papilar (grau 1, 2, 3) Crescimento plano
O que define a conduta e o prognóstico na neoplasia urotelial de bexiga?
Se houve ou não invasão da muscular própria do detrusor (T2); abaixo dela o prognóstico é ruim
Quadro clínico do câncer de bexiga
Hematúria macroscópica indolor (90%)
Sintomas irritativos vesicais
Massa pélvica + obstrução urinária
Edema de MMII (envolvimento linfonodal)
Diagnóstico câncer de bexiga
Exames de imagem (uroTC, USG)
Cistoscopia com ressecção e biopsia
Citologia oncótica
Local mais comum de metástases no câncer de bexiga
Fígado
Osso
Pulmão
Tratamento do tumor não músculo invasivo (superficial) de bexiga (Ta, Tis, T1)
RTU + BCG intravesical 4 semanas após a RTU
- Se Ta solitario grau 1: RTU ou RTU+mitomicina C intravesical ao final de cirurgia
Tratamento do tumor músculo invasivo de bexiga (T2, T3, T4a)
Cistectomia radical + QT neo + reconstrução (uretero-ileostomia ou Bricker; neo-bexiga ortópica ou Studer)
Tratamento do tumor localmente avançado de bexiga (T4b ou N2-N3)
QT neo + cistectomia radical
Tratamento de doença metastática de bexiga
QT (GC ou M-VAC)
Tipo histológico do câncer de rim
Carcinoma de células renais (CCR)
Fatores de risco do câncer de rim
TABAGISMO, obesidade, exposição ocupacional, doença renal cística adquirida (diálise), Sd genéticas (Von-Hippel-Lindau, esclerose tuberosa), uso prolongado de AINEs
Clínica do câncer de rim
Assintomático Hematúria Massa abdominal palpável Dor em flanco Varicocele aguda (+ comum lado E)
Tríade do câncer de rim
Hematúria
Massa abdominal palpável
Dor em flanco
Para qual vaso ocorre a drenagem da veia gonadal ?
Veia renal esquerda
Diagnóstico de câncer de rim
USG
TC com contraste de vias urinárias
Características de imagem que indicam cisto renal benigno
- Limites bem definidos, paredes lisas
- Conteúdo anecoico
- Sombra acústica posterior
Características de imagem que indicam massa cística renal maligna
- massa multiloculada com septações espessas
- realce pelo contraste
- calcificações espessas
Indicações de biopsia renal percutânea
- lesões suspeitas bilaterais
- suspeita de metástases de outras neoplasias
- tumores <3cm com risco cirúrgico elevadfo
- suspeita de linfoma renal
Estadiamento T do TNM do câncer de rim
T1: confinado à capsula renal <7cm
T2: confinado à capsula renal >7cm
T3: se estende às veias
T4: tumor se estende a adrenal ou além da fáscia de Gerota
Principais locais de metástase de câncer de rim
Pulmão
Ossos
Fígado
Cérebro
Tratamento de câncer de rim localizado (T1, T2, T3)
- Nefrectomia radical (ressecção de linfonodos hilares)
- Linfadenectomia estendida se T3 ou N1
Tratamento de câncer de rim avançado (T4 acometendo adrenal, M1)
- Metastasectomia
- Se tumor primário puder ser ressecado completamente faz nefrectomia radical + linfadenectomia estendida
- Se tumor primário não puder ser ressecado e tiver metástase faz nefrectomia citorredutora (debulking) + imunoterapia
Em que casos é feita a nefrectomia parcial no tratamento de câncer de rim?
Tu < 4cm (T1a)
Insuficiência renal
Tumores bilaterais
Em quais casos é realizado a ressecção da adrenal no câncer de rim?
Tumores no polo superior
Tu > 7cm
Suspeita de envolvimento na imagem
Tipo de metástase óssea do tumor de rim
Metástase lítica
Tipo de metástase óssea do câncer de próstata
Metástase blástica
Causa do tumor de Wilms (nefroblastoma)
Persistência de tecido nefrogênico embrionário
Qual o primeiro tumor abdominal mais frequente em crianças?
Neuroblastoma
Qual o segundo tumor abdominal mais frequente em crianças?
Nefroblastoma
Clínica tumor de Wilms
Massa abdominal assintomática ou com sintomas locais:
Dor abdominal, vômitos, hematúria macroscopica, HAS
Epidemiologia tumor de Wilms
Mais frequente em crianças entre 2-5 anos
Clínica tumor de Wilms invasor da veia cava
Circulação colateral no abdome, hepatoesplenomegalia, ascite, sopros cardíacos, metástases gonadais e varicocele à esquerda
Diagnóstico tumor de Wilms
Clínica (massa abdominal) + Rx toracoabdominal (avalia também metástases pulmonares), USG, TC com contraste, RM (avalia comprometimento de tronco vascular), cintilografia óssea
Tratamento tumor de Wilms
Lesão unilateral: nefrectomia radical
Lesão bilateral: QT neo + nefrectomia parcial bilateral ou QT neo + nefrectomia unilateral radical na lesão mais avançada + nefrectomia parcial