Cirurgia Vascular Flashcards
Qual o tema mais prevalente de cirurgia vascular no PS?
Isquemia de mmii
Para que serve a Classificação de Rutherford?
Classificar a viabilidade de um membro: se é salvável ou não.
Classificação de Rutherford
Para que serve a Classificação de Rutherford?
Baseada em critérios clínicos ou de imagem?
Quais graus?
Define conduta?
-Avaliar a viabilidade de um membro em uma isquemia aguda (independente da causa).
-Critérios clínicos (parestesia e motricidade).
-Grau I, Grau II A, IIB, III.
-Não define conduta.
Rutherford I
Sem alterações sensitivas e motoras.
Membro frio, pálido, dor.
USG: sem fluxo arterial, com fluxo venoso.
Membro viável.
Rutherford II A
Membro viável
Redução de sensibilidade, sem alteração de movimento.
Rutherford II B
-Redução de sensibilidade e motricidade: Dificuldade de mecher dedos, fletir joelho, tornozelo.
-Membro com ameaça iminente.
-Revascularização o mais rápido possível.
Rutherford III
PERDA DE SENSIBILIDADE E MOTRICIDADE. Membro inviável –> independente se revascularizar, vai evoluir com amputação.
CIANOSE É PARÂMETRO DE CLASSIFICAÇÃO DE VIABILIDADE DE UM MEMBRO?
NÃO
QUEM PRECISA DE REVASCULARIZAÇÃO NOS PRÓXIMOS MIN/HORAS, POIS VAI EVOLUIR COM INVIABILIDADE DO MEMBRO?
RUTHERFORD IIB
A ISQUEMIA AFETA TODO O MEMBRO DE FORMA HOMOGÊNEA?
NÃO, POR ISSO A AVALIAÇÃO DEVE SER SEGMENTAR
O QUE É OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA/CARDIOEMBÓLICA? OAA
QUAIS ÁREAS MAIS AFETADAS?
–EMBOLIZAÇÃO DE TROMBOS QUE IMPACTAM ARTÉRIAS DE MEMBROS E VÍSCERAS.
–AFETA MAIS MMII (ÁREAS DE BIFURCAÇÃO E MUDANÇAS DE CALIBRE), PRINCIPALM BIFURCAÇÃO DA FEMORAL.
QUAIS AS FONTES MAIS COMUNS DE TROMBOS EM OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA?
***FIBRILAÇÃO ATRIAL **MAIS COMUM,
FLUTTER,
ENDOCARDITE,
IAM PRÉVIO,
ANEURISMA VENTRICULAR,
ANEURISMA DE AORTA, POPLÍTEA
QUADRO CLÍNICO DE OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA? OAA
-DOR HIPERAGUDA
-CHEGA EM PS EM MIN/HORAS
-NÃO CARDIOPATA PRÉVIO (SEM ATEROSCLEROSE),
-SEM HIST. DE CLAUDICAÇÃO
-SEM CIRCULAÇÃO COLATERAL
-ASSIMETRIA GROSSEIRA
-EX FÍSICO OU COMPL É POSSÍVEL ACHAR FONTE EMBOLIGÊNICA
-DIAGNÓSTICO É CLÍNICO (IMAGEM ATRASA TT), PALPANDO OS PULSOS ACHADOS SUA TOPOGRAFIA
TEMPO DE ISQUEMIA DE CADA TECIDO (MUSCULO, NERVO, GORDURA, PELE, OSSO)
SINAIS DE ISQUEMIA DOS TECIDOS NOS TEMPOS:
-MÚSCULO E NERVO: 4 A 8H
-GORDURA: 12H
-PELE: 24H
-OSSOS: 4 DIAS
TRATAMENTO DE OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA (OAA)
–ANTICOAGULAÇÃO PLENA: HEPARINA 5000 UI EV (tratar doença de base -arritmia cardíaca- trombos podem impactar em outros lugares)
e vai direto pra cirurgia…
–EMBOLECTOMIA COM CATETER DE FOGARTY (lê fôgasrty) (por acesso na pele, ex inguinotomia, achar artéria e controla arteria femoral; arteriotomia transversa com menos chance de estenose; introdução de cateter de Fogarty desinsuflado até antes do trombo, insufla o cuff, puxa cateter exteriorizante o êmbolo, heparinização local, fechamento primário da arteriotomia).
O QUE É SÍNDROME DE REPERFUSÃO? QUANDO OCORRE? QUAIS ALTERAÇÕES ? O QUE FAZER PARA EVITAR?
SÍNDROME DE REPERFUSÃO:
-COMPLICAÇÃO da revascularização de OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA
-Quadro de acidose, hipercalemia, mioglobinúria; Pensar em bicarbonato, tratar K
-Geralmente >6h
-Para evitar isso pensar em amputar algum segmento antes da revascularização para evitar reperfundir um membro inviável (pensando em grandes segmentos como coxa e perna, para dedos não)
COMPLICAÇÕES das revascularizações de OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA?
-Síndrome de reperfusão;
-Síndrome compartimental
Síndrome compartimental: o que é e quando ocorre?
Edema e expansão muscular secundário à reperfusão –> aumento da pressão do compartimento –> diminui pressão arteriovenosa e condução neurológica –> isquemia e parestesia.
Raramente evolui com trombose
Qual o sinal mais precoce de Síndrome compartimental?
Dor à mobilização passiva.
Qual o tratamento da Síndrome compartimental?
Fasciotomia lateral e medial (medial/inf à tíbia e lateral) para abrir os 4 compartimentos–> **faz de maneira profilática se reperfusão mais de 6h. **Não precisa esperar ter dor!
Dias depois fecha ou por segunda intensão.
Diferenciação de OAA EMBÓLICA DE OAC DESCOMPENSADA (OAA TROMBÓTICA)
o que são e o que indicam?
Primeiro é sinal do cálice invertido –> OAA cardioembólica; (Não precisa de exame: diagnóstico clínico).
Segundo é sonal da ponta de lápis –> OAC descompensada.
O que é aterosclerose?
Doença crônica com inflamação e infiltração da parede arterial;
Centro necrótico de de células espumosas- macrófagos com gordura (foam cells)
+ revestimento de fibroateroma
+ leucócitos, macrófagos
Quais os fatores de risco de aterosclerose /OAC?
HAS, DM2, HIPERCOLESTEROLEMIA, OBESIDADE
TABAGISMO
envelhecimento
Sinais e sintomas de aterosclerose nos MMII
Doença sistêmica (vários territórios);
Nos MMII:
–Pode ter sintomas ou não (como é crônica tem colaterias)
–Claudicação intermitente/ limitante (dor em queimação na panturrilha desencadeada pela caminhada e cessa completamente pelo repouso, independente da distânia que andou)
–Atrofia de pele, sarcopenia, ausência de pêlos (hipóxia constante)
–Sem pulsos (com relativa simetria)
Qual o sintoma mais comum da OCLUSÃO ARTERIAL CRÔNICA ?
Muitos não tem sintoma, mas o mais comum é CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão permanecer com a claudicação estável durante toda a vida ?
80%
Geralm morrem de outros fatores, principalmente das doenças de base (AVC, IAM).
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão ter piora da claudicação ?
20%
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão ter isquemia crítica (membro tem ameaça de isquemia e risco de amputação) ?
1 a 3%
A claudicação é sinal de necessidade de revascularização?
Não, pq apenas 1 a 3% que tem risco de isquemia e amputação. Maioria (80%) ficam estáveis.
Tratamento da claudicação
Tratamento clínico:
Modificadores de mortalidade:
-AAS + ESTATINA de alta pot (atorvastatina)
-AAS + ESTATINA + RIVAROXABANA 2,5 mg 12/12h
-Cessação de tabagismo
-Controle de comorbidades
Modificadores de distância de marcha:
-Cilostazol
-Caminhada (com isquemia desenvolve circulação colateral)
O que é ITB ?
ÍNDICE TORNOZELO-BRAÇO:
Auxilia no acompanhamento ambulatorial de pacientes com aterosclerose (OAC) –> vê melhora do tt clínico;
PAS tornozelo/PAS braço
Normal =1
Alterado < 0,9
Se > 1, paciente diabético com artérias duras, ITB não é fidedigno
Ao invés de ITB qual posso usar, principalmente em DM2?
TOE PRESSURE : OLHA ARTERIAS DISTAIS QUE NÃO SAO TAO ACOMETIDAS PELA DM
Quais os dois tipos de Isquemia crítica?
Pode ocorrer por 2 fatores:
-OAC descompensada/OAA ATEROTROMBÓTICA (piora do leito vascular; placa de aterosclerose trombosou e sangue não passa)
-OAC COM LESÃO TRÓFICA (aumento da demanda metabólica do membro como ferida, lesão tecidual)
O QUE É ISQUEMIA CRÍTICA?
OAC
Situação em que membro é ameaçado de amputação;
Como é a história clínica de isquemia crítica?
Sempre teve claudicação intermitente mas agora a dor não para nem com repouso –> necrose tecidual
O QUE É?
OAC DESCOMPENSADA OU OAA ATEROTROMBÓTICA
(PLACA DE ATEROMA QUE INSTABILIZOU E GEROU TROMBO)
SINTOMAS (4) E LAB (3) DE ISQUEMIA CRÍTICA DO TIPO OAC DESCOMPENSADA/OAA TROMBOEMBÓLICA
-DOR EM REPOUSO
-MELHORA DA DOR COM PERNAS PENDENTES NA CAMA
-MEMBRO FRIO
-DÉFICIT SENSITIVO
-DÉFICIT MOTOR
-ELEVAÇÃO DE CPK
-ACIDOSE
-PIORA DE FUNÇÃO RENAL
CONDUTA DE ISQUEMIA AGUDA DO TIPO OAC DESCOMPENSADA/OAA TROMBOEMBÓLICA
INTERNAÇÃO HOSPITALAR;
ANTICOAGULAÇÃO PLENA;
AQUECIMENTO PASSIVO (COBERTOR; MEIA, CURATIVO COM ALGODÃO. NÃO COLOCAR SF QUENTE!!)
**AAS + ESTATINA
**
CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD
EXAME DE IMAGEM (ANGIO TC ATÉ JOELHO E DOPPLER ARTERIAL ABAIXO JOELHO)
REVASCULARIZAÇÃO DEPENDENTE DE RUTHERFORD
O QUE É ISQUEMIA CRÍTICA DO TIPO OAC + LESÃO TRÓFICA?
Paciente com OAC e aumento da demanda metabólica para cicatrização devido à uma lesão trófica, perda de tecido, ferida. Isso independe de ter infecção local.
FLUXOGRAMA DE ISQUEMIA CRÍTICA
TRATAMENTO DE OAC + LESÃO TRÓFICA
AAS + ESTATINA
HEPARINA PROFILÁTICA
ATB SN
EX IMAGEM + RUTHERFORD PARA PROGRAMAR REVASCULARIZAÇÃO
TEMOS QUE PEDIR EXAME DE IMAGEM EM ISQUEMIA CRÍTICA?
SIM! PARA VER A GRAVIDADE ANATÔMICA E FAZER PLANEJAMENTO CIRÚRGICO
QUAL EXAME DE IMAGEM EM ISQUEMIA CRÍTICA?
ANGIO TC (AORTO-ILÍACA OU FEMORO POPLITEA);
DOPPLER ARTERIAL (INFRAGENICULAR)
EXAME PARA PLANEJAR CIRURGIA.
PEDE EXAME DE IMAGEM PARA CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE?
NÃO! DIAGNÓSTICO E TT CLÍNICO.
NÃO VAI OPERAR