Cirurgia Vascular Flashcards
Qual o tema mais prevalente de cirurgia vascular no PS?
Isquemia de mmii
Para que serve a Classificação de Rutherford?
Classificar a viabilidade de um membro: se é salvável ou não.
Classificação de Rutherford
Para que serve a Classificação de Rutherford?
Baseada em critérios clínicos ou de imagem?
Quais graus?
Define conduta?
-Avaliar a viabilidade de um membro em uma isquemia aguda (independente da causa).
-Critérios clínicos (parestesia e motricidade).
-Grau I, Grau II A, IIB, III.
-Não define conduta.
Rutherford I
Sem alterações sensitivas e motoras.
Membro frio, pálido, dor.
USG: sem fluxo arterial, com fluxo venoso.
Membro viável.
Rutherford II A
Membro viável
Redução de sensibilidade, sem alteração de movimento.
Rutherford II B
-Redução de sensibilidade e motricidade: Dificuldade de mecher dedos, fletir joelho, tornozelo.
-Membro com ameaça iminente.
-Revascularização o mais rápido possível.
Rutherford III
PERDA DE SENSIBILIDADE E MOTRICIDADE. Membro inviável –> independente se revascularizar, vai evoluir com amputação.
CIANOSE É PARÂMETRO DE CLASSIFICAÇÃO DE VIABILIDADE DE UM MEMBRO?
NÃO
QUEM PRECISA DE REVASCULARIZAÇÃO NOS PRÓXIMOS MIN/HORAS, POIS VAI EVOLUIR COM INVIABILIDADE DO MEMBRO?
RUTHERFORD IIB
A ISQUEMIA AFETA TODO O MEMBRO DE FORMA HOMOGÊNEA?
NÃO, POR ISSO A AVALIAÇÃO DEVE SER SEGMENTAR
O QUE É OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA/CARDIOEMBÓLICA? OAA
QUAIS ÁREAS MAIS AFETADAS?
–EMBOLIZAÇÃO DE TROMBOS QUE IMPACTAM ARTÉRIAS DE MEMBROS E VÍSCERAS.
–AFETA MAIS MMII (ÁREAS DE BIFURCAÇÃO E MUDANÇAS DE CALIBRE), PRINCIPALM BIFURCAÇÃO DA FEMORAL.
QUAIS AS FONTES MAIS COMUNS DE TROMBOS EM OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA?
***FIBRILAÇÃO ATRIAL **MAIS COMUM,
FLUTTER,
ENDOCARDITE,
IAM PRÉVIO,
ANEURISMA VENTRICULAR,
ANEURISMA DE AORTA, POPLÍTEA
QUADRO CLÍNICO DE OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA? OAA
-DOR HIPERAGUDA
-CHEGA EM PS EM MIN/HORAS
-NÃO CARDIOPATA PRÉVIO (SEM ATEROSCLEROSE),
-SEM HIST. DE CLAUDICAÇÃO
-SEM CIRCULAÇÃO COLATERAL
-ASSIMETRIA GROSSEIRA
-EX FÍSICO OU COMPL É POSSÍVEL ACHAR FONTE EMBOLIGÊNICA
-DIAGNÓSTICO É CLÍNICO (IMAGEM ATRASA TT), PALPANDO OS PULSOS ACHADOS SUA TOPOGRAFIA
TEMPO DE ISQUEMIA DE CADA TECIDO (MUSCULO, NERVO, GORDURA, PELE, OSSO)
SINAIS DE ISQUEMIA DOS TECIDOS NOS TEMPOS:
-MÚSCULO E NERVO: 4 A 8H
-GORDURA: 12H
-PELE: 24H
-OSSOS: 4 DIAS
TRATAMENTO DE OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA (OAA)
–ANTICOAGULAÇÃO PLENA: HEPARINA 5000 UI EV (tratar doença de base -arritmia cardíaca- trombos podem impactar em outros lugares)
e vai direto pra cirurgia…
–EMBOLECTOMIA COM CATETER DE FOGARTY (lê fôgasrty) (por acesso na pele, ex inguinotomia, achar artéria e controla arteria femoral; arteriotomia transversa com menos chance de estenose; introdução de cateter de Fogarty desinsuflado até antes do trombo, insufla o cuff, puxa cateter exteriorizante o êmbolo, heparinização local, fechamento primário da arteriotomia).
O QUE É SÍNDROME DE REPERFUSÃO? QUANDO OCORRE? QUAIS ALTERAÇÕES ? O QUE FAZER PARA EVITAR?
SÍNDROME DE REPERFUSÃO:
-COMPLICAÇÃO da revascularização de OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA
-Quadro de acidose, hipercalemia, mioglobinúria; Pensar em bicarbonato, tratar K
-Geralmente >6h
-Para evitar isso pensar em amputar algum segmento antes da revascularização para evitar reperfundir um membro inviável (pensando em grandes segmentos como coxa e perna, para dedos não)
COMPLICAÇÕES das revascularizações de OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA EMBÓLICA?
-Síndrome de reperfusão;
-Síndrome compartimental
Síndrome compartimental: o que é e quando ocorre?
Edema e expansão muscular secundário à reperfusão –> aumento da pressão do compartimento –> diminui pressão arteriovenosa e condução neurológica –> isquemia e parestesia.
Raramente evolui com trombose
Qual o sinal mais precoce de Síndrome compartimental?
Dor à mobilização passiva.
Qual o tratamento da Síndrome compartimental?
Fasciotomia lateral e medial (medial/inf à tíbia e lateral) para abrir os 4 compartimentos–> **faz de maneira profilática se reperfusão mais de 6h. **Não precisa esperar ter dor!
Dias depois fecha ou por segunda intensão.
Diferenciação de OAA EMBÓLICA DE OAC DESCOMPENSADA (OAA TROMBÓTICA)
o que são e o que indicam?
Primeiro é sinal do cálice invertido –> OAA cardioembólica; (Não precisa de exame: diagnóstico clínico).
Segundo é sonal da ponta de lápis –> OAC descompensada.
O que é aterosclerose?
Doença crônica com inflamação e infiltração da parede arterial;
Centro necrótico de de células espumosas- macrófagos com gordura (foam cells)
+ revestimento de fibroateroma
+ leucócitos, macrófagos
Quais os fatores de risco de aterosclerose /OAC?
HAS, DM2, HIPERCOLESTEROLEMIA, OBESIDADE
TABAGISMO
envelhecimento
Sinais e sintomas de aterosclerose nos MMII
Doença sistêmica (vários territórios);
Nos MMII:
–Pode ter sintomas ou não (como é crônica tem colaterias)
–Claudicação intermitente/ limitante (dor em queimação na panturrilha desencadeada pela caminhada e cessa completamente pelo repouso, independente da distânia que andou)
–Atrofia de pele, sarcopenia, ausência de pêlos (hipóxia constante)
–Sem pulsos (com relativa simetria)
Qual o sintoma mais comum da OCLUSÃO ARTERIAL CRÔNICA ?
Muitos não tem sintoma, mas o mais comum é CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão permanecer com a claudicação estável durante toda a vida ?
80%
Geralm morrem de outros fatores, principalmente das doenças de base (AVC, IAM).
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão ter piora da claudicação ?
20%
Dos paciente OAC com claudicação intermitente, quantos % vão ter isquemia crítica (membro tem ameaça de isquemia e risco de amputação) ?
1 a 3%
A claudicação é sinal de necessidade de revascularização?
Não, pq apenas 1 a 3% que tem risco de isquemia e amputação. Maioria (80%) ficam estáveis.
Tratamento da claudicação
Tratamento clínico:
Modificadores de mortalidade:
-AAS + ESTATINA de alta pot (atorvastatina)
-AAS + ESTATINA + RIVAROXABANA 2,5 mg 12/12h
-Cessação de tabagismo
-Controle de comorbidades
Modificadores de distância de marcha:
-Cilostazol
-Caminhada (com isquemia desenvolve circulação colateral)
O que é ITB ?
ÍNDICE TORNOZELO-BRAÇO:
Auxilia no acompanhamento ambulatorial de pacientes com aterosclerose (OAC) –> vê melhora do tt clínico;
PAS tornozelo/PAS braço
Normal =1
Alterado < 0,9
Se > 1, paciente diabético com artérias duras, ITB não é fidedigno
Ao invés de ITB qual posso usar, principalmente em DM2?
TOE PRESSURE : OLHA ARTERIAS DISTAIS QUE NÃO SAO TAO ACOMETIDAS PELA DM
Quais os dois tipos de Isquemia crítica?
Pode ocorrer por 2 fatores:
-OAC descompensada/OAA ATEROTROMBÓTICA (piora do leito vascular; placa de aterosclerose trombosou e sangue não passa)
-OAC COM LESÃO TRÓFICA (aumento da demanda metabólica do membro como ferida, lesão tecidual)
O QUE É ISQUEMIA CRÍTICA?
OAC
Situação em que membro é ameaçado de amputação;
Como é a história clínica de isquemia crítica?
Sempre teve claudicação intermitente mas agora a dor não para nem com repouso –> necrose tecidual
O QUE É?
OAC DESCOMPENSADA OU OAA ATEROTROMBÓTICA
(PLACA DE ATEROMA QUE INSTABILIZOU E GEROU TROMBO)
SINTOMAS (4) E LAB (3) DE ISQUEMIA CRÍTICA DO TIPO OAC DESCOMPENSADA/OAA TROMBOEMBÓLICA
-DOR EM REPOUSO
-MELHORA DA DOR COM PERNAS PENDENTES NA CAMA
-MEMBRO FRIO
-DÉFICIT SENSITIVO
-DÉFICIT MOTOR
-ELEVAÇÃO DE CPK
-ACIDOSE
-PIORA DE FUNÇÃO RENAL
CONDUTA DE ISQUEMIA AGUDA DO TIPO OAC DESCOMPENSADA/OAA TROMBOEMBÓLICA
INTERNAÇÃO HOSPITALAR;
ANTICOAGULAÇÃO PLENA;
AQUECIMENTO PASSIVO (COBERTOR; MEIA, CURATIVO COM ALGODÃO. NÃO COLOCAR SF QUENTE!!)
**AAS + ESTATINA
**
CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD
EXAME DE IMAGEM (ANGIO TC ATÉ JOELHO E DOPPLER ARTERIAL ABAIXO JOELHO)
REVASCULARIZAÇÃO DEPENDENTE DE RUTHERFORD
O QUE É ISQUEMIA CRÍTICA DO TIPO OAC + LESÃO TRÓFICA?
Paciente com OAC e aumento da demanda metabólica para cicatrização devido à uma lesão trófica, perda de tecido, ferida. Isso independe de ter infecção local.
FLUXOGRAMA DE ISQUEMIA CRÍTICA
TRATAMENTO DE OAC + LESÃO TRÓFICA
AAS + ESTATINA
HEPARINA PROFILÁTICA
ATB SN
EX IMAGEM + RUTHERFORD PARA PROGRAMAR REVASCULARIZAÇÃO
TEMOS QUE PEDIR EXAME DE IMAGEM EM ISQUEMIA CRÍTICA?
SIM! PARA VER A GRAVIDADE ANATÔMICA E FAZER PLANEJAMENTO CIRÚRGICO
QUAL EXAME DE IMAGEM EM ISQUEMIA CRÍTICA?
ANGIO TC (AORTO-ILÍACA OU FEMORO POPLITEA);
DOPPLER ARTERIAL (INFRAGENICULAR)
EXAME PARA PLANEJAR CIRURGIA.
PEDE EXAME DE IMAGEM PARA CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE?
NÃO! DIAGNÓSTICO E TT CLÍNICO.
NÃO VAI OPERAR
COMO FAZER PLANEJAMENTO DA REVASCULARIZAÇÃO DA ISQUEMIA CRÍTICA?
WIFI e GLASS
O QUE É WIfI?
ESCORE DE GRAVIDADE CLÍNICA –> risco de amputação em 1 ano
Faço em isquemia crítica para saber se vou revascularizar!!
AVALIA INDIRETAMENTE GRAVIDADE ANATÔMICA PELO ITB E TOE PRESSURE
W WOUND =FERIDA
I =ISQUEMIA
Fi: FOOT INFECTION =FERIDA É OU NÃO INFECTADA
Varia de 1 a 5 :
1: muito pequeno risco de amputação em 1 ano (ferida pequena, ferida não infectada)
2: baixo risco
3: moderado risco de amputação, precisa de revascularizar para não amputar
4: alto risco (muito isquêmica, muito extenso com pouca isquemia, ferida infectada)
5: mesmo revascularizando não reverte e amputação
Quais são as estratégias de revascularização de isquemia crítica?
-enxerto
-angioplastia
-híbrido
escolhe de acordo com critérios anatômicos e clínicos
Como é feito a angioplastia?
Cirurgia rápida, pode ser feita com anetesia local, dupla antiagragação no pós-op.
sobre enxerto:
duração, medicação pós-op
Cirurgia longa, grande porte, 5h, anestesia geral
aas + estatina no pós-op
Anastomose térmico-lateral
Escore de GlAss: é anatômico ou clínico? o QUE AVALIA?
gravidade AnatômicA
Precisa de exame de imagem
Avalia se precisa revascularizar; QUAL A MELHOR ESTRATÉGIA DE REVASCULARIZAÇÃO; chance de sucesso de revascularização
Ele estima a chance de fazer angioplastia (falha técnica) e taxa de perviedade em 1 ano.
–Glass I: angioplastia indicada. Taxa de falha <10%
–Glass II: Pode tentar. taxa de falha <20%
–Glass III: CI angioplastia, tenta enxerto ou amputação. Falha de angioplastia >20%
Qual o aneurisma periférico mais comum?
Aneurisma de poplítea
Qual o segundo aneurisma periférico mais comum e onde encontra mais ?
Aneurisma de esplênica.
Gestantes e multíparas.
Quais os aneurismas mais comuns?
Aorta e ilíaca
Quais os fatores de risco de aneurisma de poplítea? (4)
HAS
Tabagismo
Masculino (9:1)
Aneurisma de aorta
Quantos % dos paciente com aneurisma de poplítea tem aneurisma de aorta?
40% tem aneurisma de aorta e poplítea. Se tem aneurisma de poplítea, faze screning de aneursma de aorta –> USG DE ABDOME (aneurisma de aorta e poplíeta)
Quantos % tem aneurisma de poplíeta bilateral?
50%
Sempre faz screning bilateral
Aneurisma de poplítea é mais comum em homens ou mulheres e proporção?
Homens (9:1) mulheres
Sintoma de aneurisma poplítea
Massa poplítea hiperpulsátil
Principal complicação do aneurisma de poplítea
Trombose e ateroembolismo; -> Embolizar vasos da perna
Raramente tem rotura
Indicação de cirurgia eletiva para pacientes com aneurisma de poplítea
-Pacientes assintomáticos;
-Diâmetro > 2cm OU
-Diâmetro > 1,5 cm com trombos
p
QUAL A DEFINIÇÃO DE ANEURISMA?
ARTÉRIA COM 1,5X O SEU DIÂMETRO ESPERADO
Tratamento **cirúrgico eletivo **do aneurisma de poplíeta
Desligar o aneurisma da circulação:
ENXERTO COM VEIA SAFENA IPSILATERAL é o melhor DEVALVULADA OU INVERTIDA:
-ligadura do aneurisma + enxerto término lateral
-exérese do aneurisma + enxerto término-terminal
-ANGIOPLASTIA com stent revestido EXCEÇÃO para pacientes moribundos (em região de dobra não é bom, dura pouco)
Acesso face medial da perna ou posterior
Sintomas de urgência do aneurisma de poplítea? DD OAA
Oclusão aguda do aneurisma de poplítea (DOR, CIANOSE, EDEMA) –BLUE TOE
Trombose com microembolização de fragmentos para leito distal
t
PACIENTE COM GRANDE PERÍODOS DE IMOBILIDADE COMO VIAGEM DE LONGA DISTÂNCIA, EVOLUINDO COM CIANOSE/ISQUEMIA DA PERNA. QUAIS DD POSSÍVEIS?
-TROMBOSE DE ANEURISMA DE POPLÍTEA;
-TVP;
-FLEGMASE
A REVASCULARIZAÇÃO DE CIRUGIA DE URGÊNCIA DE ANEURISMA DE POPLÍTEA COM TROMBOSE É BOA?
DIFÍCIL, RUIM PQ NÃO TEM ARTÉRIA ALVO (MICROÊMBOLOS)
ALTA TAXA DE AMPUTAÇÃO
COMO É A CIRURGIA DE URGÊNCIA DE TROMBOSE DE ANEURISMA DE POPLÍTEA?
TROMBÓLISE LOCAL COM CATETER MICROPERFURADO (introduz cateter na poplítea, vai até trombo e joga fibrinolítico local);
DEPOIS DE 12 A 24H FAZ ARTERIOGRAFIA.
-SE LEITO DISTAL PÉRVIO (ARTÉRIAS ABRIRAM COM FIBRINÓLISE), FAZ ENXERTO
-SE LEITO DISTAL OCLUÍDO, MANTEM TROMBÓLISE OU AMPUTAÇÃO
Como é anatomia aorta, subclávia, carotida
Ao dissecar artéria carótida cervical, como sei qual é a interna e qual é a externa ?
Carótida INTERNA NÃO tem ramos cervicais.
Carótida Externa emite ramos para face.
Quais os ramos da artéria carótida interna intra-craniana ?
Ramos colaterias:
-Art. oftálmica ==> retina
-Art. corióidea ant
-Art. comunicante post
Ramos terminais
-A. cerebral anterior
-A. cerebral média (polígono de Willis)
o que é estenose carótida ?
Manifestação da aterosclerose em território cerebrovascular
Estenose carotídea:
-Prevalência?
-BAIXA PREVALÊNICA NA POPULAÇÃO
-MAIS PREVALENTE EM HOMENS E > 80 ANOS
Estenose carotídea pode produzir infarto cerebral ? Quais mecanismo ?
-Estenose carotídea pode produzir infarto cerebral.
-Dois mecanismos: Hipofluxo e ateroembolismo.
Qual mecanismo de infarto cerebral mais comum da estenose carotídea ? Por que ?
Ateroembolismo é mais comum. Paciente com doença aterosclerótica e placa instabiliza. O hipofluxo é pouco comum porque como deonça crônica, desenvolveu colaterais.
Recomendação de screening de estenose carotídea para a população
Não há essa recomendação para a população geral devido à baixa prevalência.
Em pessoas com aterosclerose e manifestações em outros territórios pode pesquisar para ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO (não para tratar a estenose carotídea).
Qual sinal de estenose carotídea ?
**Sopro cervical **(ausculta)
Qual exame para diagnóstico de estenose carotídea/ 1º exame? O que ele vê ?
Ultrassonografia com doppler arterial cervical.
Identifica e quantifica a estenose carotídea.
Qual exame para planejamento cirúrgico de estenose carotídea ? Por que não o uso para diagnóstico ?
-Angio TC
-Mais caro, envolve radiação, envolve contraste
Quais as maneiras de medir/quantificar a estenose carotídea no ultrassom com doppler ?
**NASCET: **mais usado, usado medidas reais de diâmetro da carótida
**ECST: **usa medidas estimadas
O laudo pode ter velocidade ou porcentagem
A partir de qual valor a estenose carotídea é hemodinamicamente significativa ?
> 50% de estenose, com velocidade >=125cm/s (sintomáticos, placa grande)
> 70% de estenose, com velocidade >=230 cm/s (assintomáticos)
Qual tratamento clínico para estenose carotídea ?
-Controle de comorbidades
-Cessação de tabagismo
-AAS, estatina
Indicação de cirurgia em pacientes assintomáticos com estenose de carótida
-Indica para estenose >70% no assintomáticos (ou vel >=230 min/s)
-Pacientes de alto risco de AVC
Obs.: Com melhora do tratamento clínico, a tendência é operar cada vez menos
Qual a principal complicação intra-operatória da cirurgia de estenose carotídea ?
**AVC **, devido a hipofluxo (clampeamento) e **embolização **de fragemento
Qual a cirurgia para estenose de carótida ASSINTOMÁTICA?
Angioplastia
Endarterectomia
Mista
Como é realizada a endarterectomia convencional em estenose de carótida ?
Clampea proximal e distal à placa. Incisão longitudinal da carótida interna e bulbo (onde mais tem placa) para pegar segmento grande e a placa de ateroma toda. Não fecha primário pois gera AVC por oclusão aguda da artéria, oclusão aguda, trombo, estenose.* Fechamento secundário com pet* (veia, pericárdio bovino, PTFE, prefere sintético).
Qual a principal complicação durante endarterectomia de estenose de carótida ? Como evitar ?
-AVC por hipofluxo (clampeamento da artéria para realização do procedimento).
obs.: Quem tem polígono de Willis competente raramente de hipofluxo, mas pode acontecer
-Usar shunt intraoperatório (entre carótida comum e carótida interna mais distal. Não tem consenso sobre sua utilização.
Quais complicações da endarterectomia convencional?
-AVC por hipofluxo
-Lesão do **nervo hipoglosso XII **(desvio da língua para o lado da cirurgia), podendo ser transitório se manipulo bastante ou definitivo.
-Se a bifurcação da carótida for mais alta (perto da mandíbula), pode ser necessário subluxar a mandíbula e seccionar músculo digástrico. Pode ver o nervo glossofaríngeo (coordena deglutição), que se lesado, incoordena deglutição e broncoaspiração.
Reparos anatômicos da endarterectomia estenose de carótida
-Veia facial: passa anteriormente à bifurcação, geralmente liga.
-Nervo hipoglosso: ao afastar ou lesar pode ter desvio da língua ipsilateral
-Nervo vago: entre a carótida e veia jugular interna. Se lesado, paralisia diafragma e prega vocal.
-Veia jugular interna: lateral à carótida
Como ocorre a endarterectomia por eversão ?
O que é kinking?
Tortuosidades na artéria carótida interna
Contra-indicação à endarterectomia
-Pescoço hostil: irradiado, cirurgia prévia, tqt
-Performance clínica ruim (não é consenso)
Qual alternativa se paciente CI a realizar endarterectomia na estenose de carótida ?
Angioplastia
Do ponto de vista neurológico, qual cirurgia é mais segura: endarterectomia ou angioplastia ? (tratamento de estenose de carótida)
Endarterectomia, porque clampea a carótida distal e proximal evitando despreendimento de embôlos para a ciruculação e AVC. Já a angioplastia pode haver risco de embolização.
Qual a indicação melhor para angioplastia na estenose de carótida ?
Baixa performance clínica (CI enderterectomia, que demora mais e anestesia geral) + placa estável (menos risco de tromboembolismo durante procedimento).
Qual mecanismo exite para tentar evitar embolizações durante angioplastia de estenose de carótida ?
Ele previne 100 % das embolizações ?
Filtro, mas ele não previne 100 % das embolizações.
Contraindicações à angioplastia na estenose carótida
-Calcificação de arco aórtico, carótida comum : mais chance de embolização de fragemtnos de placa durante procedimento
-**Variações anatômicas como arco bovino (dificulta cateterização da carótida)
-Oclusão **aortoílíaca ou ilíaco femoral (não tem como acessar )
Vantagens da angioplastia na estenose de carótida
-Mais rápido,
-Anestesia local –> pode fazer em paciente clínico ruim
-Pode fazer com pescoço hostil (acesso femoral)
O que define a técnica cirúrgica na estenose carotídea nos paciente assintomáticos ?
As contra-indicações ao outro procedimento e não a superioridade de um procedimento em detrimento ao outro. Endarterectomia é mais segura.
Quais medicações no pós-op de estenose de carótida assintomática ?
(Endarterectomia e angioplastia)
-Endarterectomia: AAS+ estatina (doença aterosclerótica sistêmica)
-Angioplastia: AAS+ estatina + clopidogrel (por conta do stent)
Na angioplastia da estenose de carótida assintomática sempre coloca stent ?
Sim. Porque o objetivo não é balonar e aumentar o diâmetro do vaso (como nos MMII). O objetivo é resvestir a placa com stent para estabilizar a placa e evitar embolia da mesma.
Qual a cirurgia de oclusão completa da carótida ?
Não se opera!
Pq é crônica e paciente tem circulação colateral no polígono
Qual a conduta no paciente com oclusão carótida completa ? Qual risco de ateroembolismo ?
-AAS + estatina + acompanha a carótica contralateral
-Não produz ateroembolismo porque não tem fluxo (não tem hipofluxo, que é mecanismo de AVC)
O que é AIT?
-Ataque isquêmico transitório.
-Déficit neurológico agudo com reversão completa em até 24h
-Sem área de infarto
correspondente ao défict em TC e RM
O que é AMAUROSE FUGAX ?
Qual a causa ?
Ipsilateral ou contralateral ?
-Escurecimento súbito da visão unilateral com recuperação completa do déficit.
-Isquemia da retina devido a ateroembolismo da artéria oftálmica (trombo veio ramo carótida interna). Mas coleteral depois compensou e recuperou a visão.
-Sempre ipsilateral à lesão cortical
AIT/AVC o déficit sensitivo e motor nos membros é ipsilateral ou contralateral ?
Contralateral
O que é AVC isquêmico ?
-Déficit neurológico agudo que persiste por > 24h
-Área correspondente de **infarto cerebral **em TC ou RM
A artéria carótida interna vira qual artéria intracraniana (última)?
Artéria cerebral média
Qual déficits de território carotídeo no AVC ?
DA CEREBRAL MÉDIA:
-Déficit sensitivo e motor contralateral (+braço)
-Hemiplegia completa contralateral
-Heminegligência contralateral
-Desvio do olhar conjugado ipsilateral
-Amaurose fugaz ipsilateral
-Anosognosia (negação da própria doença)
-**Afasia esq **(dificuldade de comunicar, compreender imagens, sons, expressões)
Quais as causas de AVC e porcentagem ?
25% estenose carotídea (1/4)
25% doença intracraniana
20% cardioembolismo
30% desconhecido
MANEJO inicial do AVC ?
-Estabilização clínica
-TC isquêmico ou hemorrágico
-Avaliar se indicação de trombólise/trombectomia
-Investigar causa (angioTC, doppler, ecocardio)
Mecanismo de AVC da carótida sintomática
Tratamento medicamentoso
-Instabilização da placa, com trombo secundário e embolização do mesmo
-Dupla antiagragação: AAS + Clopidogrel
Na estenose carotídea sintomática:
-Qual período mais crítico de novo evento ?
-Esse risco se mantêm mais alto do que na população geral até quando ?
-Qual perídodo ideal para intervenção cirúrgica ?
-primeiros 14 dias
-primeiros 6 meses (tempo de estabilização da placa)
-entre 7º e 14º dia
Qual melhor cirurgia na estenose carotídea sintomática (avc) ? pq ?
-Endarterectomia
-Pq consegue prevenir 100% das embolizações e garantir fluxo com o shunt.
Obs: Uso do shunt mais frequente para evitar piora da perfusão da área de penumbra. Mas não é recomendação formal.
-Se kinking, pode fazer endarterectomia por eversão, mas dificulta mais o uso do shunt
Indicação de angioplastia em paciente sintomático (AVC) de estenose de carótida
Contra-indicações de angioplastia em estenose carotídea sintomática
Indicações de angioplastia é se tiver Contra-indicação à endarterectomia:
-pescoço hostil (irradiação, tqt, cirurgia prévia)
-gravidade clínica
CI DE ANGIOPLASTIA :
-Calcificação de arco aórtico, carótida comum
-Variações anatômicas (arco bovino)
-Oclusão aorto-ilíaca oi ulíaco-femoral (acesso)