CIRURGIA GERAL Flashcards
Fases da Cicatrização: Funções.
Fase Inflamatória:
- Hemostasia (vasoconstrição para parar de sangrar, seguida de vasodilatação para receber as células inflamatórias);
- Produção de citocinas inflamatórias + ativação de fibroblastos.
Fase Proliferativa:
- Angiogênese + Fibroplasia + Reepitelização;
- Formação de tecido de granulação.
Fase de Maturação ou Remodelamento:
- Formação do tecido cicatricial: Contração da ferida + Remodelamento do colágeno (tipo III em tipo I).
Fases da Cicatrização: Principais Células.
Fase Inflamatória:
- PRINCIPAL: Macrófagos;
- Neutrófilos e plaquetas.
Fase Proliferativa:
- Fibroblastos.
Fase de Maturação/Remodelamento:
- Miofibroblastos.
Diferenças entre Queloide e Cicatriz Hipertrófica.
Queloide:
- Cresce além dos limites da ferida;
- Não regride espontaneamente;
- Maior risco de recorrência;
- Locais + acometidos: tronco, extremidades superiores, face e acima das clavículas.
Cicatriz Hipertrófica:
- Não cresce além dos limites da ferida;
- Autolimitada;
- Baixo risco de recorrência;
- Locais + acometidos: áreas de tensão: superfícies flexoras, esterno e mamas.
Cálculo da Superfície Corporal Queimada
2 x Peso x SCQ
OU
4 x Peso x SCQ
Cálculo da Superfície Corporal Queimada em crianças (< 30 kg).
(3 x peso x SCQ) + Holiday Segar
Sinais Clínicos PRECOCES de hemorragia:
Palidez cutânea;
Taquicardia;
Taquipneia;
Diminuição da P de pulso.
Sinais clínicos TARDIOS de hemorragia:
Hipotensão;
Diminuição do nível de consciência;
Oligoanúria.
Função do curativo do Enxerto (Curativo de Brown):
Imobilização e compressão.
Escala de Coma de Glasgow:
Abertura Ocular:
- Espontânea (4)
- Ao estímulo verbal (3)
- À pressão (2)
- Sem resposta (1)
- Não testado (NT).
Melhor Reposta Verbal:
- Orientado (5)
- Confuso (4)
- Palavras (3)
- Sons (2)
- Sem reposta (1)
- Não testado (NT).
Melhor Resposta Motora:
- Obediência aos comandos (6)
- Localiza (5)
- Flexão normal (retirada) (4)
- Flexão anormal (decorticação) (3)
- Extensão (descerebração) (2)
- Sem reposta (flacidez) (1)
- Não testado. (NT)
Escala de Coma de Glasgow - Pupilas
Se 2 pupilas reagentes: ECG - 0
Se 1 pupila reagente: ECG - 1
Ambas pupilas não reagentes: ECG - 2
Intervalo lúcido é quadro característico de qual tipo de hematoma cerebral?
Hematoma epidural.
Conduta Classe I e II de Choque:
Cristaloide.
Conduta Classe III e IV de Choque:
Transfusão (III);
Transfusão Maciça (IV).
Qual o principal parâmetro para avaliar perfusão tecidual no choque?
Diurese.
Parâmetros “ABC Score” para transfusão maciça:
Mecanismo de trauma penetrante;
FAST+;
FC >= 120 bpm;
PAS <= 90 mmHg.
> = 2: Transfusão maciça.
Valores Superfície Corporal Queimada (SCQ) no adulto:
Cabeça Frente: 4.5%
Tronco + Abdome Frente: 18%
MMSS D Frente: 4.5%
MMSS E Frente: 4.5%
Períneo: 1%
MMII D Frente: 9%
MMII E Frente: 9%
Valores Superfície Corporal Queimada (SCQ) na Criança:
Cabeça Frente: 9%
MMSS E Frente: 4.5%
MMSS D Frente: 4.5%
Tronco + Abdômen Frente: 18% e Dorso 13%
Cada nádega: 2,5%
MMII E Frente: 7%
MMII D Frente: 7%
Parâmetros Manejo Clínico TCE Grave:
PAS > 100-110;
PAD > 20;
PAM > 80-90;
T entre 36-38°C;
PaCO2 = 35;
PaO2 》100;
SatO2 > 95%;
Glicemia 140-180;
Hb 》7 mg/dL;
Correção de anticoagulação e antiagregação;
Combater febre / hipotermia;
Cabeceira elevada 30°;
PIC 5-15;
PPC 60-65.
Hard-Signs para tratamento OPERATÓRIO no Trauma Cervical:
Instabilidade hemodinâmica;
Hematoma em expansão;
Sangramento ativo;
Vazamento de ar por ferida cervical;
Enfisema cervical progressivo.
Quando não se realiza cricocirúrgica e opta-se por traqueostomia?
Se < 12 anos ou fraturas de laringe.
Quando suspeitar de morte encefálica?
Observação > 6h e Glasgow 3 por causa conhecida;
T > 35°C;
SatO2 > 94%;
PAS 》100 ou PAM 》65;
Sem fatores confundidores (DHE, ácido-básico, drogas);
Sem sedativos, BNM e hipnóticos.
Quando pedir TC de crânio no TCE leve?
Glasgow < 15 por > 2h;
Suspeita de fratura;
Vômitos 》2 episódios;
> 65 anos;
Uso de anticoagulante;
Perda da consciência > 5 min;
Amnésia retrógrada (> 30 min antes do trauma);
Mecanismo de alta energia (queda > 1m, ejeção do veículo, atropelamento).
Critérios de retirada de dreno de tórax:
- Melhora clínica do paciente;
- Pulmões totalmente expandidos e sem presença de pneumotórax residual no Rx;
- Débito < 200-300 mL/24h para casos de derrame pleural, e para casos de pneumotórax, ausência de fuga aérea por > 24h.
Escore de Alvarado para Apendicite Aguda:
SINTOMAS:
- Migração da dor para FID (1 PT);
- Anorexia (1 PT);
- Náuseas e/ou vômitos (1 PT).
SINAIS:
- Descompressão brusca dolorosa em FID (1 PT);
- Temperatura > 37,5 (1 PT);
- Defesa do QID do abdome (2 PTS).
EXAMES:
- Leucocitose (2 PTS);
- Desvio à E (1 PT).
1-4 PTS: Não deve ser apendicite - Alta com sinais de alerta e investigar DD;
5-6 PTS: Será que é? Internar, solicitar exames (TC com contraste, RNM ou USG) e manter em observação;
>= 7 PTS: Apendicite = Apendicectomia DIRETO.
Guideline de Tokyo para diagnóstico de Colecistite Aguda:
A) Sinais locais de inflamação:
- Sinal de Murphy;
- Sensibilidade local / massa palpável em QSD.
B) Sinais sistêmicos de inflamação:
- Febre;
- Aumento de PCR;
- Leucocitose.
C) Achados radiológicos (USG).
A + B + C = Colecistite Aguda.
A + B ou A + C = Diagnóstico suspeito.
Critérios de Tokyo para gravidade e tratamento:
TOKYO I: Só colecistite;
- Tratamento: Cirurgia; se paciente não aguentar: conservador e colecistite posterior;
TOKYO II: “Resto”;
- Tratamento: Cirurgia; se paciente não aguentar: conservador e colecistite posterior ou drenagem de vesícula biliar.
TOKYO III: Sepse.
- Tratamento: Suporte e estabilização; considerar drenagem; colecistectomia posterior.
Classificação de Hinchey para Diverticulite e Tratamento:
Tem peritonite?
NÃO: Realizar TC:
- Hinchey I: Abscesso pericólico;
- Hinchey II: Abscesso pélvico ou à distância.
– Se abscesso: < 4 cm = ATBTerapia + reavaliação clínica radiológica; Se >= 4 cm: drenagem percutânea + ATBTerapia (Hinchey II).
SIM: Cirurgia:
- Hinchey III: Purulenta;
- Hinchey IV: Conteúdo fecal.
– Cirurgia de Hartmann: sigmoidectomia + fechamento do coto distal + exteriorização do coto proximal em colostomia.
Necrose Pancreática Infectada - O que fazer?
Drenagem + Laparotomia exploradora + ATB.
Diagnóstico de Pancreatite - 2 dos 3 achados:
Dor abdominal típica no epigástrio que pode irradiar para o dorso;
Elevação de 3x ou mais nos níveis séricos de amilase e/ou lipase;
Imagem compatível.
Diagnóstico de Pancreatite - 2 dos 3 achados:
Dor abdominal típica no epigástrio que pode irradiar para o dorso;
Elevação de 3x ou mais nos níveis séricos de amilase e/ou lipase;
Imagem compatível.
Suspeita de necrose pancreática infectada - qual exame solicitar?
TC de abdome.
Classificação de Atlanta para Avaliação de Gravidade na PANCREATITE AGUDA:
Avalia clínica, laboratoriais e imagem;
Falência Orgânica:
- PaO2 < 60/FiO2;
- Creatinina > 2 mg/dL após hidratação;
- PAS < 90;
- Sangr. TGI > 500 mL/24 horas.
Complicações Locais:
- Necrose;
- Pseudocisto;
- Abscesso;
- Coleções fluídas.
LEVE: Sem falência orgânica ou complicações normais;
MOD: falência orgânica transitória < 48 horas; pode ou não ter complicações locais;
GRAVE: falência orgânica persistente > 48 horas; pode ou não ter complicações locais.
Classificação de Atlanta para Avaliação de Gravidade na PANCREATITE AGUDA:
Avalia clínica, laboratoriais e imagem;
Falência Orgânica:
- PaO2 < 60/FiO2;
- Creatinina > 2 mg/dL após hidratação;
- PAS < 90;
- Sangr. TGI > 500 mL/24 horas.
Complicações Locais:
- Necrose;
- Pseudocisto;
- Abscesso;
- Coleções fluídas.
LEVE: Sem falência orgânica ou complicações normais;
MOD: falência orgânica transitória < 48 horas; pode ou não ter complicações locais;
GRAVE: falência orgânica persistente > 48 horas; pode ou não ter complicações locais.
Principais indicações de cirurgia em caso de pancreatite crônica:
Dor grave e incapacitante;
Suspeita de neoplasia de pâncreas;
Icterícia obstrutiva;
Pseudocisto sintomáticos;
Fístulas pancreáticas.
Qual hérnia pode causar DRGE?
Hérnia Hiatal Tipo I (de deslizamento).
Principal manifestação clínica da acalasia:
Disfagia.
Principais sinais de alerta para solicitar EDA em Síndrome Dispéptica:
Anemia A/E;
Perda ponderal;
Idade avançada;
Não melhora após manejo clínico;
> 40 anos.
Quando fazer EDA em casos de ingestão de corpo estranho?
- Suspeita de impactação alimentar;
- Persistência de sintomas após RX normal;
- Remoção de emergência:
– Necessária realização de imagem antes da cirurgia;
– em até 2h;
– Obstrução esofágica;
– Bateria: isquemia, descarga elétrica, lesão química;
– Objetos perfurantes no esôfago. - Remoção de urgência;
– Até 24h;
– Outros corpos estranhos esofágicos com obstrução;
– Objetos perfurantes e bateria no estômago ou duodeno proximal;
– Ímãs no alcance da EDA (esôfago, estômago ou duodeno);
– Objetos > 6 cm de comprimento.
Quais exames solicitar na ACALASIA?
- Padrão-ouro: MANOMETRIA;
– Aferição da pressão EEI - > 35 mmHg;
– Aperistalse;
– Ausência de relaxamento do EEI. - Esofagografia contrastada (EDD);
– Dilatação esofágica;
– Ondas terciárias;
– “Bico de pássaro”. - EDA para descartar neoplasias.
Quais exames solicitar na DRGE?
- Padrão-ouro: IMPEDÂNCIO-pH METRIA DE 24HS;
– Detecta refluxo ácido e alcalino;
– Apenas em casos obscuros: candidatos a cirurgia, atípicos refratários, refratários ao tto clínico com EDA NL. - Manometria esofágica;
– Deve ser solicitada no pré-op de cirurgia antirrefluxo. - EDA, se sinais de alerta.
Qual medicação interfere no resultado da EDA?
IBP.
Tratamento úlcera perfurada:
Rafia da úlcera com epiploplastia (patch de Graham).
Classificação de Los Angeles para DRGE:
A: Erosão/erosões <= 5mm;
B: Erosão > 5mm, pregas isoladas;
C: de contíguas; erosões que acometem mais de uma prega, contíguas;
D: Erosões com acometimento circunferencial (>= 75%.
Classificação de Johnson para Doença Ulcerosa Péptica (DUP) - Localização da úlcera e se há hipersecreção ácida:
TIPO I:
- + comum;
- Pequena curvatura;
- Não está relacionada a hipersecreção ácida.
TIPO II:
- 2 úlceras: pequena curvatura e bulbo duodenal;
- Está relacionada a hipersecreção ácida.
TIPO III:
- Pré pilórica;
- Relac. a hipersecreção ácida.
TIPO IV:
- Pequena ou grande curvatura;
- Não está relacionada a hipersecreção ácida.
TIPO V: em qualquer lugar.
Classificação de Forrest para risco de sangramento na doença ulcerosa péptica:
Forrest I: hemorragia ativa;
- IA: ativo (pulsátil);
- IB: babação (não pulsátil).
Forrest II: hemorragia recente;
- IIA: vaso visível não sangrante;
- IIB: coágulo aderido;
- IIC: hematina na base da úlcera.
Forrest III: sem sinais de sangramento;
LEMBRAR QUE forrest IA, IB, IIA precisam de TTO endoscópico.
Principal sintoma relacionada a Divertículo de Zenker
Halitose.
Vômitos pouco tempo após o nascimento;
Hipersalivação;
Engasgos;
Desconforto respiratório;
Sonda nasogástrica não progride.
Qual a HD?
Atresia Esofágica.
Criança com baixo ganho ponderal;
Vômitos em jato recorrentes (após refeição, não biliosos);
Oliva palpável em região epigástrica;
Ocorre +/- 6 meses de vida.
Qual a HD?
Estenose Hipertrófica do Piloro.
Qual o exame confirmatório de Estenose Hipertrófica de Piloro?
Ultrassonografia - visualização do piloro espessado (Sinal do trilho do Trem).
Vômitos biliosos;
História de polidrâmnio;
Sinal da dupla bolha;
Pode ou não haver eliminação do mecônio.
Qual a HD?
Atresia Duodenal.
Pico entre 4 e 9 meses;
Dor abdominal;
Vômitos;
Massa abdominal;
Sangramento via retal (“geleia de morango”);
Pode ter peritonite, distensão abdominal;
Sinal de Dance (fossa ilíaca D vazia);
Ao USG: Sinal do Alvo / Sinal do Pseudo-Rim.
Qual a HD?
Intussuscepção Intestinal.
Não elimina mecônio com > 48 horas;
Toque retal explosivo;
Vômitos biliosos.
Qual a HD?
Doença de Hirschprung.
Qual exame solicitar se suspeita de Doença de Hirschprung?
Rx e enema.
Qual exame solicitar para confirmação de Doença de Hirschprung?
Biópsia retal.
Defina ONFALOCELE:
É a falha do retorno de vísceras à cavidade abdominal. Pode conter delgado, estômago e vísceras maciças.
Sai pelo umbigo e é recoberta.
Assoc. com outras malformações.
Defina GASTROSQUISE:
Falha no desenvolvimento da parede abdominal –> + comumente à D da cicatriz umbilical. Ausência de membranas recobrindo as estruturas.
Baixa assoc. com cromossomopatias.
Em casos de criptorquidia até qual idade pode ser esperada para realizar orquidopexia?
12 meses.
Dor, distensão abdominal, vômitos, diarreia e enterorragia;
Ocorre dias após nascimento;
Ao rx: líquido na cavidade peritoneal, pneumoperitôneo e PNEUMATOSE INTESTINAL.
Qual a HD?
Enterocolite necrotizante.
Acomete “da boca ao ânus” (e adora o ânus);
Acometimento salteado/descontínuo;
80% intestino delgado –> 90% íleo terminal;
Sintomas:
- dor abdominal em cólica;
- diarreia;
- perda de peso;
- astenia.
Pode ter lesões de pele, fissuras e fístulas.
QUAL A DOENÇA?
Doença de Crohn.
Inflamação superficial, restrita à mucosa;
Acomete reto e cólon;
Ascendente de contínua;
50% proctosigmoidite;
Sintomas:
- Diarreia invasiva (mucossanguinolenta);
- Dor abdominal, retal e tenesmo.
QUAL A DOENÇA?
Retocolite Ulcerativa.
Qual o TTO cirúrgico em casos de megacólon tóxico?
Colectomia total com ileostomia e preservação do reto.
Todo paciente com retocolite ulcerativa + síndrome colestática DEVE ser investigado para…
E com qual exame?
Colangite Esclerosante Primária;
Fazer CPRE.
Mucosa eritematosa com superfície granulosa –> ulcerada, edematosa, aspecto hemorrágico;
Contínua;
Pseudopólipos;
Invasão de neutrófilos no epitélio.
Esses achados de COLONOSCOPIA são de qual doença?
RCU.
Úlceras intercaladas com mucosa normal –> “pedras em calçamento”;
úlceras aftoides e infiltrados frouxos;
Inclui todas as camadas de céls da parede intestinal.
Esses achados de COLONOSCOPIA são de qual doença?
Doença de Crohn.
Qual a ordem de TTO para Retocolite Ulcerativa?
Sulfassalazina (5-ASA) –> Corticoide –> Azatioprina (imunomodulador) –> Agentes imunobiológicos.
Qual o TTO para RCU grave-fulminante?
1º Internar, hidratar, corrigir DHE, ATB e CORTICOIDE EV;
Se não tiver resposta: Ciclosporina ou Anti-TNF;
Se não tiver resposta novamente: COLECTOMIA.
Indicação Cirurgia para Colelitiase Assintomática:
Vesícula em porcelana (calcificada);
Cálculo > 2,5-3cm;
Microcálculos;
Cálculo + pólipo;
Anemia hemolitica;
Antes de transplante;
Gestantes.
Hérnia encarcerada em meninas, qual a principal estrutura presente no abaulamento?
Ovário.