Cirurgia do intestino Flashcards
Quando é indicado fazer Enterotomia ?
Corpos estranhos
Fecalomas
Exame e biópsia de úlceras e pólipos
Qual a técnica da enterotomia ?
Celiotomia mediana ventral (xifoide ao púbis)
Isolamento do intestino afetado com compressas umedecidas
Incisão em região viável, distal ao corpo estranho
Imobilização do intestino com pinças de Doyen
Prolapso Retal - Definição e Etiologia
Projeção da mucosa intestinal pelo ânus
Etiologias: Tenesmo, cálculos urogenitais, parto, problemas anorretal
Como é feito a técnica de enterectomia ?
Celiotomia mediana ventral
Exame sistemático e isolamento do intestino com compressas umedecidas
Remoção de segmento de intestino e ligadura de vasos mesentéricos
Síntese: Poliglactina, náilon ou polipropileno
Teste de vazamento e omentalização
Como é feito a sintese na enterotomia ?
Aposição Crushing (causa trauma)
Suturas: simples isoladas
Material: fio sintético absorvível 3-0 ou 4-0
Teste de vazamento com fluidoterapia
Quais cuidados pós operatorios na enterectomia ?
Jejum total de 24 horas
Jejum sólido por 72h
Possíveis complicações: Síndrome do Intestino Curto, diarreia e crescimento bacteriano
Prolapso Retal - Tratamento Conservador
Avaliação da viabilidade tecidual
Uso de edema epidural e sedação para evitar contração intestinal
Aplicação de açúcar cristal + gelo
Redução manual e sutura bolsa de tabaco
Como é feito o tratamento cirurgico do prolapso retal ?
Avaliação da viabilidade tecidual e celiotomia mediana retro-umbilical
Redução do prolapso e sutura seromuscular do cólon ao peritônio
Uso de náilon para recidivas
Sutura mantida por 2-3 semanas enquanto a fonte do tenesmo é resolvida
Tempo ideal para a correção cirúrgica de obstruções mecânicas
Preferencialmente nas primeiras 12 horas após o diagnóstico
Permite a correção parcial de anomalias fluidas, acidobásicas e eletrolíticas
Situações que exigem cirurgia imediata
Feridas abdominais penetrantes
Perfuração intestinal
Vólvulo
Peritonite
Fatores a considerar ao decidir a realização de cirurgia
Benefícios da estabilização do paciente
Risco de necrose isquêmica devido à ruptura vascular
Princípios da cirurgia intestinal - Diagnóstico e Técnica
Diagnóstico precoce e boa técnica cirúrgica previnem complicações
Realize a cirurgia logo que possível em casos de perfuração, estrangulamento ou obstrução completa
Fatores sistêmicos que podem retardar a cicatrização
Hipovolemia
Choque
Hipoproteinemia
Debilitação
Infecção
Princípios da cirurgia intestinal - Cicatrização
Requer bom suprimento sanguíneo, aposição precisa da mucosa e trauma cirúrgico mínimo
Tipos de suturas recomendadas para cirurgia intestinal
Pontos simples separados
Pontos Gambee
Pontos de esmagamento
Pontos simples contínuos
Técnicas com grampos
Importância da submucosa na sutura
Deve ser incluída em todas as suturas ou grampos para aumentar a resistência mecânica
Tipos de sutura recomendados
Suturas sintéticas absorvíveis e monofilamentares, como:
Polidioxanona
Poligliconato
Poliglecaprona 25
Glicômero 631
Proteção de sítios cirúrgicos em caso de risco de deiscência
Cubra com retalho de serosa
Principais vantagens da laparotomia e enterotomia
Acesso a todo o trato gastrointestinal.
Possibilidade de obter biópsias de espessura total.
Exame e coleta de amostras do restante do abdome.
Principais desvantagens da laparotomia
Técnica mais cara e invasiva.
Não permite a detecção de lesões na mucosa.
Menos amostras de mucosa comparado à endoscopia flexível.
Possibilidade de amostras teciduais não diagnósticas sem técnica adequada.
Quando realizar uma laparotomia?
Quando outras técnicas não forem possíveis ou não forem diagnósticas.
Coletar amostras de múltiplos segmentos do trato gastrointestinal e outros órgãos
Procedimento para incisão de enterotomia
Exteriorizar e isolar o intestino doente.
Ocluir o lúmen com pinça ou torniquete.
Fazer incisão na borda antimesentérica com lâmina de bisturi n° 11.
Obter biópsias de espessura total.
Tipos de incisões de enterotomia para biópsia
Longitudinal ou transversal.
Múltiplas biópsias de 4-5 mm de diâmetro.
Incisão paralela ou remoção de elipse da parede intestinal.
Método para evitar contaminação cruzada durante a biópsia
Coletar amostras de linfonodos, fígado ou outros tecidos antes de procedimentos gástricos ou intestinais.
Manutenção da integridade durante enterotomia
Aparar a mucosa evertida para nivelá-la com a borda serosa ou usar sutura de Gambee modificada.
Fazer a sucção do lúmen isolado.
Técnicas de fechamento da incisão na enterotomia
Pontos simples separados.
Suturas simples contínuas ou por esmagamento.
Grampos cutâneos podem ser usados no fechamento intestinal.
Considerações ao remover corpos estranhos
Substituir antes de fechar o abdome para manter a assepsia.
Tipos de suturas recomendadas para enterotomia
Suturas absorvíveis monofilamentares: polidioxanona 4-0 ou 3-0, poligliconato, poliglecaprona 25.
Suturas não absorvíveis monofilamentares: polipropileno 4-0 ou 3-0, náilon, polibutéster.
Teste de extravasamento após o fechamento da enterotomia
Distender o lúmen com soro fisiológico estéril.
Aplicar pressão digital suave.
Observar por extravasamento entre as suturas.
Preparação da amostra de biópsia para exame
Colocar a amostra do lado seroso para baixo em papel-cartão estéril.
Evitar que a amostra enrole.
Manejo de intestino proximal dilatado ao remover corpos estranhos
Fazer incisão no intestino distal, que é mais saudável.
Evitar áreas isquêmicas.
Como utilizo o omento ou retalho de serosa na enterotomia
Colocar o omento sobre a linha de sutura antes de fechar o abdome.
Usar retalho de serosa se a integridade intestinal for questionável ou houver extravasamento.
Considerações ao substituir instrumentos e luvas contaminados
Substituir antes de fechar o abdome para manter a assepsia.
Fechamento da incisão transversal na enterotomia
Unir os extremos da incisão longitudinal em orientação transversal.
Usar pontos simples separados a 2-3 mm de distância.
Testes adicionais para confirmar a integridade da sutura
Teste de extravasamento com pressão digital.
Irrigar o intestino isolado e o abdome se houver contaminação.
O que é a ressecção e anastomose intestinais?
A ressecção e anastomose intestinais são procedimentos recomendados para a remoção de segmentos intestinais isquêmicos, necróticos, neoplásicos ou com infecção fúngica. As intussuscepções irredutíveis também são tratadas com ressecção e anastomose.
O que são anastomoses terminoterminais?
As anastomoses terminoterminais são recomendadas após a ressecção intestinal. Elas envolvem a união das extremidades do intestino após a remoção do segmento doente.
Quais são os passos iniciais para realizar uma anastomose suturada?
Primeiro, é feita uma incisão abdominal suficiente para permitir a exploração do abdome. O abdome é explorado minuciosamente e quaisquer espécimes não intestinais são coletados. Em seguida, o intestino doente é exteriorizado e isolado do abdome, usando campos ou esponjas de laparotomia.
Como é determinada a quantidade de intestino que necessita de ressecção?
A viabilidade intestinal é analisada para determinar a quantidade de intestino que necessita de ressecção.
Como é feita a oclusão e secção dos vasos mesentéricos?
Os vasos mesentéricos arcádicos da artéria mesentérica cranial que supre o segmento do intestino são ocluídos (por ligadura dupla, grampo ou selagem térmica) e seccionados.
Como é feita a secção do intestino?
Uma pinça é colocada em cada extremidade do segmento do intestino doente e o intestino é seccionado com uma lâmina de bisturi ou uma tesoura de Metzenbaum ao longo do lado de fora da pinça.
Como é feita a sutura da anastomose?
A sutura é feita com fio monofilamentar absorvível (polidioxanona, poligliconato ou poliglecaprona 25) 3-0 ou 4-0 com uma agulha de ponta afunilada ou cortante. Pontos simples separados são colocados em todas as camadas da parede intestinal.
Como é feita a anastomose de ponta a ponta?
A anastomose de ponta a ponta é realizada após a sucção das extremidades intestinais e a remoção de quaisquer detritos agarrados às bordas seccionadas com gaze umedecida. A mucosa evertida é aparada com uma tesoura de Metzenbaum antes de começar a anastomose.
O que é o prolapso retal?
É a projeção da mucosa intestinal pelo ânus, que pode ser parcial (a mucosa intestinal se salienta) ou total (invaginação dupla camada do reto pelo ânus).
Quais são as indicações para a realização de uma cirurgia de colopecia em casos de prolapso retal?
Quando há impossibilidade de reposição manual do prolapso ou em casos de recidiva frequente.
Como é feito o tratamento conservador do prolapso retal?
Inclui tratar a causa subjacente, avaliar a viabilidade tecidual, sedação para evitar contração intestinal, aplicação de açúcar cristal + gelo por 30 minutos, redução manual, e sutura bolsa de tabaco com fio não absorvível por 48h-72h. Dieta líquida ou semi-líquida é recomendada.
Quais são as principais causas do prolapso retal?
Tenesmo, problemas urogenitais como cálculos e parto, e condições anorretais.
O que é a técnica de “sutura bolsa de tabaco” no contexto do tratamento do prolapso retal?
É uma sutura aplicada na linha ano-cutânea com fio não absorvível e frouxo para manter o prolapso reduzido por 48h-72h.
Como é realizada a cirurgia de colopecia para tratar o prolapso retal?
Envolve verificar a viabilidade tecidual, realizar uma celiotomia mediana retro-umbilical, localizar e tracionar suavemente o cólon para reduzir o prolapso, e suturar o cólon ao peritônio e à fáscia do músculo transverso do abdômen usando pontos seromusculares.
Qual o material e a técnica usados na sutura durante a cirurgia de colopecia para tratar o prolapso retal?
Usam-se fio absorvível 2-0 ou 3-0 em padrão isolado simples, com espaçamento de 1-2 cm entre os pontos, que devem se manter por 2-3 semanas.
Quando a ressecção e anastomose retal são indicadas no tratamento do prolapso retal?
Quando há tecido desvitalizado ou a redução manual é impossível.
Como é realizada a ressecção e anastomose retal em pequenos animais?
Sob anestesia geral, com o animal em decúbito esternal inclinado. Uma sonda ou tampão de gaze umedecida é inserido no ânus, três pontos de reparo são aplicados em triângulo, e a porção prolapsada é ressecada a 1-2 cm do ânus, seguida por uma anastomose em padrão simples isolado.
Como é realizada a ressecção e anastomose retal em grandes animais?
Sob sedação e anestesia epidural, com o animal em estação. Similar ao procedimento em pequenos animais, mas adaptado ao tamanho e comportamento do animal.
Quais são os cuidados pós-operatórios após a ressecção e anastomose retal?
Monitorar a viabilidade do tecido, gerenciar a dieta e observar por sinais de complicações como infecção ou deiscência da sutura.
O que deve ser feito após a ressecção e anastomose no tratamento do prolapso retal?
Remover os pontos de reparo, reduzir a anastomose, e retirar a gaze ou tampão inserido no ânus.
Por que o açúcar cristal e o gelo são usados no tratamento conservador do prolapso retal?
O açúcar ajuda a reduzir o edema ao absorver o líquido do tecido, e o gelo reduz a inflamação e alivia a dor.