Cirurgia do intestino Flashcards

1
Q

Quando é indicado fazer Enterotomia ?

A

Corpos estranhos
Fecalomas
Exame e biópsia de úlceras e pólipos

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2
Q

Qual a técnica da enterotomia ?

A

Celiotomia mediana ventral (xifoide ao púbis)
Isolamento do intestino afetado com compressas umedecidas
Incisão em região viável, distal ao corpo estranho
Imobilização do intestino com pinças de Doyen

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3
Q

Prolapso Retal - Definição e Etiologia

A

Projeção da mucosa intestinal pelo ânus
Etiologias: Tenesmo, cálculos urogenitais, parto, problemas anorretal

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3
Q

Como é feito a técnica de enterectomia ?

A

Celiotomia mediana ventral
Exame sistemático e isolamento do intestino com compressas umedecidas
Remoção de segmento de intestino e ligadura de vasos mesentéricos
Síntese: Poliglactina, náilon ou polipropileno
Teste de vazamento e omentalização

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4
Q

Como é feito a sintese na enterotomia ?

A

Aposição Crushing (causa trauma)
Suturas: simples isoladas
Material: fio sintético absorvível 3-0 ou 4-0
Teste de vazamento com fluidoterapia

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5
Q

Quais cuidados pós operatorios na enterectomia ?

A

Jejum total de 24 horas
Jejum sólido por 72h
Possíveis complicações: Síndrome do Intestino Curto, diarreia e crescimento bacteriano

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6
Q

Prolapso Retal - Tratamento Conservador

A

Avaliação da viabilidade tecidual
Uso de edema epidural e sedação para evitar contração intestinal
Aplicação de açúcar cristal + gelo
Redução manual e sutura bolsa de tabaco

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7
Q

Como é feito o tratamento cirurgico do prolapso retal ?

A

Avaliação da viabilidade tecidual e celiotomia mediana retro-umbilical
Redução do prolapso e sutura seromuscular do cólon ao peritônio
Uso de náilon para recidivas
Sutura mantida por 2-3 semanas enquanto a fonte do tenesmo é resolvida

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8
Q

Tempo ideal para a correção cirúrgica de obstruções mecânicas

A

Preferencialmente nas primeiras 12 horas após o diagnóstico
Permite a correção parcial de anomalias fluidas, acidobásicas e eletrolíticas

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9
Q

Situações que exigem cirurgia imediata

A

Feridas abdominais penetrantes
Perfuração intestinal
Vólvulo
Peritonite

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10
Q

Fatores a considerar ao decidir a realização de cirurgia

A

Benefícios da estabilização do paciente
Risco de necrose isquêmica devido à ruptura vascular

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11
Q

Princípios da cirurgia intestinal - Diagnóstico e Técnica

A

Diagnóstico precoce e boa técnica cirúrgica previnem complicações
Realize a cirurgia logo que possível em casos de perfuração, estrangulamento ou obstrução completa

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12
Q

Fatores sistêmicos que podem retardar a cicatrização

A

Hipovolemia
Choque
Hipoproteinemia
Debilitação
Infecção

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13
Q

Princípios da cirurgia intestinal - Cicatrização

A

Requer bom suprimento sanguíneo, aposição precisa da mucosa e trauma cirúrgico mínimo

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14
Q

Tipos de suturas recomendadas para cirurgia intestinal

A

Pontos simples separados
Pontos Gambee
Pontos de esmagamento
Pontos simples contínuos
Técnicas com grampos

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15
Q

Importância da submucosa na sutura

A

Deve ser incluída em todas as suturas ou grampos para aumentar a resistência mecânica

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16
Q

Tipos de sutura recomendados

A

Suturas sintéticas absorvíveis e monofilamentares, como:
Polidioxanona
Poligliconato
Poliglecaprona 25
Glicômero 631

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17
Q

Proteção de sítios cirúrgicos em caso de risco de deiscência

A

Cubra com retalho de serosa

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18
Q

Principais vantagens da laparotomia e enterotomia

A

Acesso a todo o trato gastrointestinal.
Possibilidade de obter biópsias de espessura total.
Exame e coleta de amostras do restante do abdome.

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19
Q

Principais desvantagens da laparotomia

A

Técnica mais cara e invasiva.
Não permite a detecção de lesões na mucosa.
Menos amostras de mucosa comparado à endoscopia flexível.
Possibilidade de amostras teciduais não diagnósticas sem técnica adequada.

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20
Q

Quando realizar uma laparotomia?

A

Quando outras técnicas não forem possíveis ou não forem diagnósticas.
Coletar amostras de múltiplos segmentos do trato gastrointestinal e outros órgãos

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21
Q

Procedimento para incisão de enterotomia

A

Exteriorizar e isolar o intestino doente.
Ocluir o lúmen com pinça ou torniquete.
Fazer incisão na borda antimesentérica com lâmina de bisturi n° 11.
Obter biópsias de espessura total.

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22
Q

Tipos de incisões de enterotomia para biópsia

A

Longitudinal ou transversal.
Múltiplas biópsias de 4-5 mm de diâmetro.
Incisão paralela ou remoção de elipse da parede intestinal.

23
Q

Método para evitar contaminação cruzada durante a biópsia

A

Coletar amostras de linfonodos, fígado ou outros tecidos antes de procedimentos gástricos ou intestinais.

24
Q

Manutenção da integridade durante enterotomia

A

Aparar a mucosa evertida para nivelá-la com a borda serosa ou usar sutura de Gambee modificada.
Fazer a sucção do lúmen isolado.

25
Q

Técnicas de fechamento da incisão na enterotomia

A

Pontos simples separados.
Suturas simples contínuas ou por esmagamento.
Grampos cutâneos podem ser usados no fechamento intestinal.

26
Q

Considerações ao remover corpos estranhos

A

Substituir antes de fechar o abdome para manter a assepsia.

26
Q

Tipos de suturas recomendadas para enterotomia

A

Suturas absorvíveis monofilamentares: polidioxanona 4-0 ou 3-0, poligliconato, poliglecaprona 25.
Suturas não absorvíveis monofilamentares: polipropileno 4-0 ou 3-0, náilon, polibutéster.

26
Q

Teste de extravasamento após o fechamento da enterotomia

A

Distender o lúmen com soro fisiológico estéril.
Aplicar pressão digital suave.
Observar por extravasamento entre as suturas.

27
Q

Preparação da amostra de biópsia para exame

A

Colocar a amostra do lado seroso para baixo em papel-cartão estéril.
Evitar que a amostra enrole.

28
Q

Manejo de intestino proximal dilatado ao remover corpos estranhos

A

Fazer incisão no intestino distal, que é mais saudável.
Evitar áreas isquêmicas.

29
Q

Como utilizo o omento ou retalho de serosa na enterotomia

A

Colocar o omento sobre a linha de sutura antes de fechar o abdome.
Usar retalho de serosa se a integridade intestinal for questionável ou houver extravasamento.

30
Q

Considerações ao substituir instrumentos e luvas contaminados

A

Substituir antes de fechar o abdome para manter a assepsia.

31
Q

Fechamento da incisão transversal na enterotomia

A

Unir os extremos da incisão longitudinal em orientação transversal.
Usar pontos simples separados a 2-3 mm de distância.

31
Q

Testes adicionais para confirmar a integridade da sutura

A

Teste de extravasamento com pressão digital.
Irrigar o intestino isolado e o abdome se houver contaminação.

32
Q

O que é a ressecção e anastomose intestinais?

A

A ressecção e anastomose intestinais são procedimentos recomendados para a remoção de segmentos intestinais isquêmicos, necróticos, neoplásicos ou com infecção fúngica. As intussuscepções irredutíveis também são tratadas com ressecção e anastomose.

33
Q

O que são anastomoses terminoterminais?

A

As anastomoses terminoterminais são recomendadas após a ressecção intestinal. Elas envolvem a união das extremidades do intestino após a remoção do segmento doente.

34
Q

Quais são os passos iniciais para realizar uma anastomose suturada?

A

Primeiro, é feita uma incisão abdominal suficiente para permitir a exploração do abdome. O abdome é explorado minuciosamente e quaisquer espécimes não intestinais são coletados. Em seguida, o intestino doente é exteriorizado e isolado do abdome, usando campos ou esponjas de laparotomia.

35
Q

Como é determinada a quantidade de intestino que necessita de ressecção?

A

A viabilidade intestinal é analisada para determinar a quantidade de intestino que necessita de ressecção.

36
Q

Como é feita a oclusão e secção dos vasos mesentéricos?

A

Os vasos mesentéricos arcádicos da artéria mesentérica cranial que supre o segmento do intestino são ocluídos (por ligadura dupla, grampo ou selagem térmica) e seccionados.

37
Q

Como é feita a secção do intestino?

A

Uma pinça é colocada em cada extremidade do segmento do intestino doente e o intestino é seccionado com uma lâmina de bisturi ou uma tesoura de Metzenbaum ao longo do lado de fora da pinça.

38
Q

Como é feita a sutura da anastomose?

A

A sutura é feita com fio monofilamentar absorvível (polidioxanona, poligliconato ou poliglecaprona 25) 3-0 ou 4-0 com uma agulha de ponta afunilada ou cortante. Pontos simples separados são colocados em todas as camadas da parede intestinal.

38
Q

Como é feita a anastomose de ponta a ponta?

A

A anastomose de ponta a ponta é realizada após a sucção das extremidades intestinais e a remoção de quaisquer detritos agarrados às bordas seccionadas com gaze umedecida. A mucosa evertida é aparada com uma tesoura de Metzenbaum antes de começar a anastomose.

39
Q

O que é o prolapso retal?

A

É a projeção da mucosa intestinal pelo ânus, que pode ser parcial (a mucosa intestinal se salienta) ou total (invaginação dupla camada do reto pelo ânus).

40
Q

Quais são as indicações para a realização de uma cirurgia de colopecia em casos de prolapso retal?

A

Quando há impossibilidade de reposição manual do prolapso ou em casos de recidiva frequente.

40
Q

Como é feito o tratamento conservador do prolapso retal?

A

Inclui tratar a causa subjacente, avaliar a viabilidade tecidual, sedação para evitar contração intestinal, aplicação de açúcar cristal + gelo por 30 minutos, redução manual, e sutura bolsa de tabaco com fio não absorvível por 48h-72h. Dieta líquida ou semi-líquida é recomendada.

41
Q

Quais são as principais causas do prolapso retal?

A

Tenesmo, problemas urogenitais como cálculos e parto, e condições anorretais.

42
Q

O que é a técnica de “sutura bolsa de tabaco” no contexto do tratamento do prolapso retal?

A

É uma sutura aplicada na linha ano-cutânea com fio não absorvível e frouxo para manter o prolapso reduzido por 48h-72h.

43
Q

Como é realizada a cirurgia de colopecia para tratar o prolapso retal?

A

Envolve verificar a viabilidade tecidual, realizar uma celiotomia mediana retro-umbilical, localizar e tracionar suavemente o cólon para reduzir o prolapso, e suturar o cólon ao peritônio e à fáscia do músculo transverso do abdômen usando pontos seromusculares.

44
Q

Qual o material e a técnica usados na sutura durante a cirurgia de colopecia para tratar o prolapso retal?

A

Usam-se fio absorvível 2-0 ou 3-0 em padrão isolado simples, com espaçamento de 1-2 cm entre os pontos, que devem se manter por 2-3 semanas.

45
Q

Quando a ressecção e anastomose retal são indicadas no tratamento do prolapso retal?

A

Quando há tecido desvitalizado ou a redução manual é impossível.

46
Q

Como é realizada a ressecção e anastomose retal em pequenos animais?

A

Sob anestesia geral, com o animal em decúbito esternal inclinado. Uma sonda ou tampão de gaze umedecida é inserido no ânus, três pontos de reparo são aplicados em triângulo, e a porção prolapsada é ressecada a 1-2 cm do ânus, seguida por uma anastomose em padrão simples isolado.

47
Q

Como é realizada a ressecção e anastomose retal em grandes animais?

A

Sob sedação e anestesia epidural, com o animal em estação. Similar ao procedimento em pequenos animais, mas adaptado ao tamanho e comportamento do animal.

48
Q

Quais são os cuidados pós-operatórios após a ressecção e anastomose retal?

A

Monitorar a viabilidade do tecido, gerenciar a dieta e observar por sinais de complicações como infecção ou deiscência da sutura.

48
Q

O que deve ser feito após a ressecção e anastomose no tratamento do prolapso retal?

A

Remover os pontos de reparo, reduzir a anastomose, e retirar a gaze ou tampão inserido no ânus.

49
Q

Por que o açúcar cristal e o gelo são usados no tratamento conservador do prolapso retal?

A

O açúcar ajuda a reduzir o edema ao absorver o líquido do tecido, e o gelo reduz a inflamação e alivia a dor.