Cirurgia Flashcards

1
Q

Hérnias geral - hérnia umbilical

A

Protusão de um órgão ou seu revestimento através da parede da cavidade que deveria conte-lo

Umbilical: persistencia do anel umbilical sem fechamento da camada aponeurótica- herniação do peritonio, da gordura pré-peritonial e da pele - pode conter grande omento e intestino.

Peritonio parietal > dor difusa - raramente encarcera
Peritonio visceral> não dói - estrangula um quadro de obstrução intestinal

Crianças - congenitas; RN prematuros, mulheres, negros, sindrômicos com defeitos do colágeno
Adultos- congenitas não tratados ou adquiridas (aumento da PIA, obesidade, gravidez, ascite)

Adultos: cirurgia sempre, nao se usa telas - somente em grande defeito. Cirurgia de Mayo
Crianças
anel herniário <1,5cm fecha espontaneamente até os 6 anos
Anel herniário > 1,5cm opera
defeito que não fechou aré os 6 anos: opera

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2
Q

Hérnia epigástrica

A

Ao longo da linha alba; homens com aumento da PIA por atividade laboral, portal epigástrico de CCT VLP
Pele: monocryl ou nylon
Parede: vicryl ou prolene (inabsorbível / grosso / boa reação inflamatória)

Quanto mais baixo se está no abdomem, maior a coluna de líquido e maior a PIA em ortostatismo.
inguinal > umbilical > epigástricas (geralmente assintomáticas)

Diátese dos retos abdominais: afastamento lateral - diagnóstico diferencial - eco (infraumbilical/periumbilical/supraumbilical/fusiforme)

Contempla telas e drenos para evitar seromas por grandes descolamentos

Posição da tela: onlay: grande descolamento- requer drenos
in lay: não se usa muito, faz rafia da musculatura
sublay: imediatamente abaixo da fascia muscular: entre músculo e peritônio
underlay: entre o peritonio e a fascia muscular
intraperitonial: tratada quimicamente para não adeir alças abdominais

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3
Q

Hérnias atípicas

A

Spiegel- pararetal externa: linha semilunar a nível da linha arqueada de douglas
Incisional: desntruição/DM/imunosupressão/tosse crônica/obesidade/ascite/ileo prolongado

Não solicitar suspensão do tabagismo 4-8 semanas antes de cx; solicitar 12 semanas (batimento ciliar- tosse crônica - valsalva - aumento da PIA).

Hérnias volumosas: restrição respiratória, síndrome compartimental abdominal.
Perda de domicílio: o conteúdo já está há tanto tempo extrabdominal que a redução não comporta: causa isquemia de alças, disfunção diafragmática, deiscência de parede.

Hérnias obturatórias: mulheres longilíneas, unilaterais. Mulher >60 anos

Hérnias lombares: Grinfiedl (infracostal) ou Petite (suprailíaca) - mais comuns à esquerda e unilateral (trígonos lombares). Idosos masculinos

Richter: parede antimesentérica
Littré: divertículo de Meckel no conteúdo de herniário
Amyand: apêndice cecal no conteúdo herniário+apendicite.

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4
Q

Hérnias inguinais

A

Mais comuns
75% das hérnias abdominais; mais comum unilateral à direita, mais comuns em homens; a indireta é mais comum.
Direta: fraqueza da parede > trígono de Hasselbach> medial aos vasos epigástricos
Indireta: persistência do conduto peritoniovaginal > lateral > trígono de Hessed
Exame físico em ortostatismo com pernas com o afastamento dos ombros
PAdrão ouro (recidiva 1%) Lienchnstein (tela/tension free)
VLP: TEP e TAAP - TEP disseca o peritonio e musculo com agulha de Veri e lança a tela; TAAP é transabdominal: pneumoperitôneio, incisão no peritônio e lança tela

Trígono de Doom (desastre): entre os vasos gonadais e ducto deferente - transita a veia circunflexa profunda, o nervo femural e ramo genital do genitofemoral

Trígono da dor: nervos cutâneos femoral lateral e femoral anterior da coxa - se lesionados causam inguinodinia.

Recidivas são indicações inequívocas de TEP e TAAP
Relativas: hérnia bilateral em mesmo tempo cirúrgico
Contra-indicações: intervenções prévias na área (aderências etc)

Femoral: no trígono femoral, abaixo do ligamento inguinal. Sexo feminino, unilateral, técnica de McVay
padrão-ouro Técnica de Gilbert com tela PHS

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5
Q

Trauma - geral

A

Distribuição trimodal (clássica) da morte -> modificou para bimodal com a melhoria nos cuidados de UTI

Inevitáveis: cardíacas | SNC | IRp
Recentes: Golden hour
Tardias: Sepse/TEP -> cuidados de UTI

Segurança 
A: cervical primeiro; via área depois
B: O2 e pulmão
C: volume e de onde sangra
D:
E: exposição, hipotermia
A
Observar via área pervea
Via area definitiva (tubo fixo, balonete inflado e fonte de oxigênio)
** incapacidade de manter VA pervea
** comprometimento potencial
** Glasgow <8
** Apnéia
** Oxigenação inadequada

Orotraqueal: contraindicada no trauma maxilofacial
Nasotraqueal: em apnéia e no trauma de face
Cricotireoidostomia cirurgica: contra em menor de 12 anos por estenose
Traqueostomia

Desespero: crico por punção em qualquer idade; dura 30-45 minutos com retenção de CO2; inspiração 1:4

C
Dois acessos periféricos calibrosos - maior aporte e fluxo. Não requer aceso central. Pode ser em fossa cubital
Menos cristalóide,mais hemoderivados
Permitido torniquete pré-hospitalar
Transfusão macicça 1:1:1:
4 U em 1h; 10 U em 24 h
Acesso intraósseo: tuberosidade tibial; crianças menos de 6 anos

Perda estimada de sangue
Monitorada por PA e débito urinário
Classe IV: FC > 140
Necessidade de sangue

Débito urinário
Adultos 0,5 mL/Kg/h
Crianças 1 mL/Kg/h
Crianças <1ano 2 mL/Kg/h
Sondagem vesical

Trauma de uretra: sangue no meato, incapacidade de urinar, bexigoma

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6
Q

Trauma torácico

A

Não se faz exploração digital no tórax
Pneumotórax - drenagem de tórax: raumático (aumenta 20% do total), aumentando, VM, transporte áreo)
Simples - sem repercussão hipertensiva

Pneumotórax hiptertensivo: reduz o retorno venoso, causa repercussão hemodinâmica. Desvio do mediastino e traqueia. Redução do MV, hipertimpanismo, enfisema subcutâneo, turgência jugular.
Não se pede RX
2º RIC na linha hemiclavicular | 5º EIC entre linha axilar média e anterior em obesos.

Toracostomia: dreangem de tórax 5º EIC, pela parte superior da costela.

Pneumotórax aberto: é >2/3 da traqueia > fazer curativo de 3 pontos. Vira pneumotórax simples após o curativo.

Lesão de bronquio fonte: o pulmão não expande ao RX
Dispneía
Borbulhamento intenso no dreno
* Intubar seletivamente a aguardar
* Toracotomia e rafia 

Hemotórax: macicez à percussão | redução do MV | colpapso jugular | drenagem de tórax | o tórax pode represar 2-3l de sangue > autohemotransfusão.
Macicço: 1500 mL direto ou mais de 200 mL nas 2 a 4 h iniciais
Dreno > toracotomia

Tórax instável
Fratura de arcos costais: multiplas ou com separação costocondral
Respiração paradoxal
Contusão pulmonar associada -> analgesia+O2+ IOT se SpO2<90% pO2 < 65 mmHg

Tamponamento cardíaco: melhora com drenagemd e 20 mL
Tríade de Beck: hipotensão | hipofonese de bulhas | turgencia jugular
VD- ferimento penetrante: 10º costela, linha axilar anterior-linha esternal área perigosa de Ziegler

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7
Q

Trauma abdominal

A
Contuso - baço
Penetrante - fígado
FAF - delgado
FAB - fígado
sinal do cinto de segurança - delgado

TC para pacientes estáveis
LPD: lavado peritonial diagnóstico (LPD)
FAST (ecografia) -> instáveis em trauma contuso (principal indicação) - 4 janelas subxifóide, hepatorrenal, esplenorrenal, pelve. Líquido -> sangue

Contuso
Paciente estável: TC + sem dor
Irritação peritonial - dor, peritonismo- cx
Paciente instável - cx
FAST/LPD positivo - cx
negativo - continuar investigação

Penetrante
FAF paciente instável - laparotomia
FAF paciente estável - laparotomia

FAB
estável com irritação - laparotomia
estável sem irritação
a) exploração digital - conservador
b) violou ou dúvida - observar
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8
Q

Disability no trauma

A

Abertura ocular

  • espontanea
  • ao chamado
  • ao estímulo doloroso
  • ausente

Melhor resposta verbal

  • Orientado
  • Confuso
  • Palavras inapropriadas
  • Sons
  • Ausente

Melhor resposta motora

  • Obedece a comandos
  • Localiza estímulo doloroso
  • Retirada
  • Decorticação
  • Decerebração
  • Ausente

Trauma moderado: GCS 13-15: não voltou a 15 após 2 h -> fazer TC
Menor que 12, fazer TC sempre

Hematoma extradural x subdural
biconvexo em crescente
intervalo lúcido venoso (veias ponte)
arteria meníngea média

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9
Q

Tríade letal

A

coagulabilidade - acidose - hipotermia

Cirurgia para controle de danos: paciente muito graves | controlar sangramento | limitar contaminação entérica | menor tempo cirurgico possível

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10
Q

Trauma cervical

A

Hematoma em expansão = VA definitiva
instabilidade -> exploração cirurgica

Inspecionar platisma -> se não penetrou, conservador
Penetrou com hematoma, enfisema ou obstrução - cx
Penetrou sem sinais de alarme - TC

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11
Q

Queimaduras

A

o objetivo é salvar a zona de estase

1º grau: epiderme. Eritema e dor. Palidez à descompressão
2º grau superficial: bolhas
2º grau produndo: mosqueada; sem palidez à compressão
3º grau: endurecida, indolor, couro
4º: ossos, tendão, músculo

Regra dos 9

  • indicações para transferência para centro de grande queimado
  • Formula de Parkland: só para 2º e 3º graus; 4 mL x peso x superfície = total de mL. Metade nas primeiros 8 horas do acidente.
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12
Q

Trauma subpopulações

A

Crianças: grande reserva fisiológica. Apresenta sinais já com uma volemia perdida 25-35%, mas só fica hipotensa com 45%;
Gestante: ht alterado com Hb normal (anemia fisiológica da gestação). BCF e cardiotocografia
Idoso: betabloqueador pode mascarar sinais de hipoperfusao; anticoagulantes.

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