Cirurgia Flashcards
Descreva o protocolo ACERTO
◦ Adequada informação pré-operatória;
◦ Avaliação perioperatória do status nutricional: recomenda-se realização de triagem nutricional rotineira com adequado suporte nutricional nos pacientes de alto risco, considerando-se estratégias nutricionais multimodais com suplemento protéico-calórico. nutrição enteral, parenteral e dietas imunomoduladoras;
◦ Abreviação do jejum pré-operatório: idealmente com jejum para dieta leve de 6 horas e uso de estratégias de abreviação com soluções de carboidrato até 2 horas da cirurgia em pacientes sem fatores de risco para gastroparesia. - Prática de videolaparoscopia;
◦ Abreviação do jejum pós operatório com realimentação precoce no pós-operatório: em cirurgias tais como colecistectomias, herniorrafias, cirurgias ano-oficiais e outras abordagens sem anastomose, recomenda-se dieta oral branda 3- 12 h após procedimento.
◦ Na realização de anastomose gastrointestinal, advoga-se por dieta líquida em até 24h do pós-operatório,
◦ Redução de fluidos endovenosos: principalmente no intuito de reduzir sobrecarga hídrica;
◦ Prevenção de náuseas e vômitos no pós-operatório: idealmente com uso de procinéticos (como metoclopramida) e antieméticos de resgate (ondansetrona);
◦ Evitar uso de opióides no pós-operatório: uso de opióides se associa com retenção urinária, depressão respiratória e íleo metabólico. O controle analgésico deverá ser feito de maneira escalonada, multimodal e com uso de adjuvantes.
◦ Uso racional de drenos e sondas apenas em cirurgias com > risco de dilatação gástrica ou íleo prolongado:
◦ Estímulo à deambulação ultraprecoce: sempre que possível, tendo em vista que se associa com menor risco de atelectasia, trombose venosa profunda e íleo adinâmico;
◦ Evidência contrária ao preparo mecânico do cólon para operações colônicas convencionais: preparo é responsável pela espoliação dos pacientes, predispondo a desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos com maior necessidade de terapia hídrica no pré e no intraoperatório;
◦ Auditoria e reavaliação rotineira dos principais resultados.
Cacacterize os calculos na colelitiase
A colelitíase corresponde à presença de cálculos no interior da via biliar, sendo que estes podem ser amarelos (colesterol), correspondendo a 80%,
pretos (hemólise)
marrons (secundários à colonização bacteriana)
Quais os fatores de risco para colelitiase (6F)
Feminino
Multiparidade (fertile)
Idade >= 40 (Forty)
Obesidade (Fat)
Caucasiana (Fair)
Historia Familiar
Em que pacientes está indicado a colecitectomia eletiva
• Sintomáticos;
◦ Associação com pólipos;
•> 2,5-3 cm;
◦ Vesícula em porcelana;
◦ Anemia hemolítica;
◦ Decisão do paciente.
- DM2
Defina acalasia e seu quadro clinico
A acalásia corresponde a uma patologia em que há perda do peristaltismo esofágico, secundária à destruição do plexo de Auerbach. A causa na maioria das vezes é idiopática, porém sempre deve ser afastado o diagnóstico de megaesôfago chagásico. Observa-se o mecanismo de paralisía flácida do corpo esofágico, associada a hipertonia do esfincter esofágico inferior (EEI) e peristalse aberrante.
Clinicamente paciente pode apresentar disfagia de condução com sólidos e líquidos, regurgitação de alimentos não digeridos, dor torácica (acalásia vigorosa) e pirose, halitose, perda de peso e tosse crônica.
Qual o exame padra ouro para diagnosticos de acalasia
Esofagometria
Descreva a classificação de Chicago para Acalasia
◦ Tipo I (clássica): deglutição não altera a pressão esofágica;
• Tipo ll: deglutição resulta em aumento da pressão que atinge todo corpo esofágico;
◦ Tipo lll (espástica): deglutição desencadeia contrações e espasmos esofágicos precoces e que obliteram a luz do esôfago.
Que estruturas estão contidas no canal inguinal
No homem contém o funículo espermático (artéria do duscto deferente, artéria creamastérica e artéria testicular, plexo v venoso pampiniforme, nervos genitofemoral, simpáticos e parassimpáticos, vasos linfáticos e o ducto deferente) e na mulher o ligamento redondo.
Delimite o canal inguinal
Anterior: Aponeurose do musculo obliquo externo
Posterio: Fascia transversal
Teto: Fascia do trasnversal + musculo obliquo + musculo transverso
Paviemento: ligamento inguinal
Resuma o quadro clinico de Abdome aguda inflamatório, cite exemplos e qual o metodo diagnostico
QD: Insidioso, frequentemente com peritonismo localizado ou difuso.
Exemplos: pendicite, colecistite, diverticulite, pancreatite
Diagnóstico: USG ou TC de ABD
Resuma o quadro clinico de Abdome aguda obstrutivo, cite exemplos e qual o metodo diagnostico
QD: Quadro mais insidioso, com vômitos, distensão, parada de eliminação de flatos e fezes
Ex: Hérnia encarcerada, volvo, neoplasia, bridas, fecaloma
Diag: Rx ou TC
Resuma o quadro clinico de Abdome agudo perfurativo , cite exemplos e qual o metodo diagnostico
Ex: ÚIcera péptica. neoplasia de cólon
QD: Súbito, com peritonismo difuso e pneumoperitônio
D: Rx ou TC
Resuma o quadro clinico de Abdome agudo vascular , cite exemplos e qual o metodo diagnostico
Ex: Embolia arterial ou trombose da artéria mesentérica superior
QD: Dor desproporcional ao exame clínico, com poucos achados
D: AngioTC
Resuma o quadro clinico de Abdome agudo hemorrágico, cite exemplos e qual o metodo diagnostico
Ex: Trauma abdominal contuso, hemangiomas, gravidez ectópica
QD: Súbito, acompanhado de sinais de choque hemorrágico
D: USG ou AngioTC
Medidas preconizadas no Protocolo ERAS para pre-operatório
◦ Orientação do paciente quanto ao procedimento;
◦ Otimização das medicações para comorbidades,
◦ Preparo intestinal para procedimentos intestinais;
◦ Jejum para alimentos pesados de 8 horas;
◦ Jejum para alimentos lever e líquidos são claros de 6 horas;
◦ Jejum para líquidos claros de 2 horas;
◦ Bebida rica em carboidratos (dextromaltose) 2 horas antes do procedimento (opicional)
Medidas preconizadas no Protocolo ERAS para intra-operatório
◦ Profilaxia para tromboembolismo venoso;
◦ Antibioticoprofilaxia;
• Normotermia;
◦ Otimização de fluidos;
◦ Abordagem minimamente invasiva;
◦ Evitar sonda nasogástrica;
• Evitar drenos abdominais ou perineais.
Medidas preconizadas no Protocolo ERAS para pos-operatório
◦ Nutrição enteral se iniciando no 1° PO;
◦ Suplemento calórico 2x/dia;
• Analgesia multimodal;
◦ Regime de antieméticos multimodal;
◦ Retirada precoce de sonda vesical (tipicamente no 1° PO);
• Movimentação precoce.
Quais as fases de cicatrização
1 - Inflamatória
2 - Fibroproliferativa
3 - Maturação
Descreva a fase inflamatória da cicatrização
Fase Inflamatória: Fase que dura do 1 ao 6 dia, sendo caracterizada pelos processos de hemostasia e migração celular. Do 1 ao 2 dia há inicialmente a migração de neutrófilos, enquanto do 3 ao 5 dia há migração de macrófagos, a principal célula desta etapa.
Descreva a fase fibroproliferativa da cictrização
Fase que dura do 7° ao 21° dia, tendo como principal agente OS fibroblastos. Nesta etapa, há formação do tecido de granulação e reepitelização, promovida pelos anexos cutâneos adjacentes; Predomina o colágeno do tipo 3, que posteriormente é reabsorvido.
Descreva a fase de maturação do processo de cicatrização
Fase de maturação ou remodelamento: Fase que dura do 21 dia até o final do 1 ano, sendo caracterizada pelo equilíbrio do colágeno e contração da ferida pela ação dos miofibroblastos. Nesta etapa há uma reorganização das fibras, de forma que a taxa de síntese é a mesma da de degradação, ocorrendo a troca colágeno tipo Ill pelo colágeno tipo I.
QUAL O QUADRO CLINICO SUGESTIVO DE COLELITIASE
DOR ABDOMINAL PÓS ALIMENTAR, EPSÓDICA, COM DURAÇÃO < QUE 6H, ESPECIAMENTE ASSOCIADO A ALIMENTOS GORDUROSOS
QUAL A TRIADE DA FISIOPATOLOGIA DA COLELITIASE
SAIS BILIARES X LECTINA X COLESTEROL, O DESBALANÇO EM QUALQUER UM DESSES COMPONENTES FAVORECE A FORMAÇÃO DE CALCULO
INDICAÇÃO DE CIRURGIA NA COLELITIASE (COLECISTECTOMIA)
• Sintomáticos
• Assintomáticos :
- Drenagem anômala
- Vesícula em porcelana
- Adenoma, pólipos
- Cálculos grandes > 3 cm (pode evoluir para colecistite aguda), micro cálculos (lama biliar pode preceder evolução de pancreatite)
- Doenças hemolíticas, anemia falciforme
-Bypass gástrico
- Jovens (< 50 anos)
- DM, NPT prolongada