CIR 4 - Síndrome Álgica 1: Dor Abdominal Flashcards

1
Q

Quais são os passos que devo seguir na abordagem da dor abdominal?

A

1) Avaliação da gravidade
2) Alívio sintomático
3) Excluir gravidez / Doença pélvica (mulheres)
4) Abdome clínico X cirúrgico.

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2
Q

Vínculo cerebral: dor no abdome superior que irradia para o dorso, com vômitos importantes?

A
  • Pancreatite aguda
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Q

Vínculo cerebral: dor contínua > 6 horas no hipocôndrio direito, irradiação escapular, pós alimentação gordurosa?

A
  • Colecistite
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4
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal súbita, difusa, grande intensidade, com defesa e rebote?

A
  • Ruptura visceral e peritonite
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5
Q

Vínculo cerebral: dor subesternal, em queimação, que melhora com alimentação ou antiácidos?

A
  • Úlcera duodenal
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6
Q

Vínculo cerebral: dor súbita, mesogástrica + massa pulsátil + hipotensão?

A
  • Ruptura de aneurisma de aorta abdominal
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7
Q

Vínculo cerebral: dor periumbilical que localiza na fossa ilíaca direita?

A
  • Apendicite
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8
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal no hipocrôndrio direito, febre con calafrios e icterícia?

A
  • Colangite infecciosa

- Tríade de Charcot

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9
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal difusa desproporcional ao exame físico + acidose metabólica + FA

A
  • Isquemia mesentérica aguda
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10
Q

Vínculo cerebral: dor periumbilical que localiza na fossa ilíaca esquerda?

A
  • Diverticulite
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11
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo (falar 2)?

A
  • Obstrução fase inicial

- Porfiria intermitente aguda

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12
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal difusa + distensão + hipoperistaltismo (falar 2)?

A
  • Obstrução intestinal fase tardia

- Íleo paralítico

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13
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal que piora com a contração do abdome?

A
  • Dor da parede abdominal
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14
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal + disúria + punho-percussão positiva (falar 2)?

A
  • ITU

- Nefrolitíase

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15
Q

Vínculo cerebral: desidratação + acidose + hiperglicemia + abdome agudo?

A
  • Cetoacidose diabética

- A dor abdominal é causada pela desidratação

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16
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal + doença aterosclerótica difusa + emagrecimento por “medo de comer”?

A
  • Isquemia mesentérica crônica
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17
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal em queimação/coçando/neuropática + distribuição em dermátomos?

A
  • Herpes-zóster
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18
Q

Vínculo cerebral: dor abdominal + encefalopatia + exposição ocupacional?

A
  • Intoxicação por chumbo (saturnismo)
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19
Q

Qual a via metabólica da formação da porfirina?

A
  • Ela faz parte do grupo heme da hemoglobina.
  • Succinil-CoA -> Ácido aminolevulínico (ALA) -> Protobilinogênio (PBG) -> Hidroximetilbilano (HMB) -> Uroporfirinogênio III -> Copropofirinogênio -> Protoporfirinogênio -> Porfirina (Protoporfirina IX)
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20
Q

Qual enzima da via metabólica da porfirina está reduzida na Porfiria Cutânea Tarda e qual é a clínica dessa doença?

A
  • Redução de uroporfirinogênio descarboxilase (acumula hidroximetilbilano (HMB))
  • Lesões cutâneas com a exposição solar
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21
Q

Epidemiologia e fisiopatologia da Porfiria Intermitente Aguda?

A
  • Porfir: urina arroxeada em grego
  • Adulto 20-30 anos.
  • Redução de HMB-sintase + PRECIPITANTES:
    • Álcool, tabagismo, droga, stress
  • Acúmulo de PBG (principalmente) e ALA.
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22
Q

Clínica da Porfiria Intermitente Aguda?

A
  • Surtos de:
    • Dor / distensão abdominal
    • Hiperatividade simpática (HAS, hiperperistalse)
    • Neuropatia, convulsão
    • Distúrbio psiquiátrico
    • Hiponatremia (hipotálamo)
  • Tem anemia também
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23
Q

Diagnóstico e tratamento da Porfiria Intermitente Aguda?

A
  • Dosagem de PBG urinário (inicial)
  • ALA urinário
  • PBG deaminase eritrocitária e testes genéticos
  • Tto: afastar precipitantes / hematina, arginato de heme* / soro glicosado hipertônico**.
  • Dar o heme pronto para inibir a Succinil-CoA (muito caro)
    • Desvia a Succinil-CoA para o metabolismo da glicose
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24
Q

O que significa pontilhados basofílicos na hemácia?

A
  • Restos de núcleo na hemácia (hemácia jovem)
  • Hemólise
  • Metais pesados podem causar
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25
Q

Qual a definição e quais os fatores de risco para o saturnismo?

A
  • Os gregos achavam que o chumbo era um presente do deus Saturno (usavam para adocicar o vinho)
  • Intoxicação pelo chumbo
  • Exposição:
    • Mineradores / Baterias / Indústria automobilística / Tinta / Projéteis^ / Destilados clandestinos ^^ / Frentistas antes da década de 90^^^

^ Alojados no corpo
^^ Usam chumbo para acelerar o processe
^^^ Misturavam chumbo na gasolina

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26
Q

Clínica, diagnóstico e tratamento do Saturnismo?

A
  • Dor / distensão abdominal
  • Anemia, redução de libido, disfunção erétil
  • Encefalopatia, anemia, demência
  • Distúrbio psiquiátrico
  • Linha gengival de Burton
  • Dx: dosagem de chumbo sérico
  • Tto: interromper a exposição / quelantes (dimercaprol, DMSA, EDTA)
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27
Q

O que é o sinal de Faget e com quais doenças ele está relacionado?

A
  • Febre + BRADICARDIA

- Febre amarela e tifoide; leptospirose

28
Q

Em quais condições pensar quando há timpanismo à percussão da loja hepática?

A
  • Síndrome de Chilaiditi: alça intestinal na frente do fígado (causando náusea, dispepsia e vômito)
  • Pneumoperitôneo: SINAL DE JOBERT
29
Q

Etiologia, fator de risco e diagnóstico da Febre Tifoide?

A
  • Salmonella enterica (sorotipo Typhi)
  • Fator de risco: falta de saneamento básico (fecal-oral)
  • Dx: Culturas (depende da fase)
    • Sangue: (+) 50-70% dos casos
    • Fezes: (+) 30-40% dos casos
    • Medula: (+) > 90% dos casos (mesmo com ATB por 5-6 dias)
30
Q

Fisiopatologia e clínica da Febre Tifoide?

A
  • O pH ácido do estômago mata a salmonella. Se toma IBP -> Intestino -> Placas de Peyer -> Sangue (bacteremia) -> Pele (roséola) - Encéfalo -> Intestino 2ª passagem (Imunidade intensa? Perfuração.)
  • Febre e depois que ela vai embora ela “tifoide”.
  • 1ª Semana:
    • Febre + Sinal de Faget + Dor abdominal
  • 2ª Semana:
    • Roséola, torpor (tifo é névoa em grego)
  • 3ª Semana:
    • Hepatoesplenomegalia
    • Complicações: hemorragia digestiva (+ comum) / Perfuração ileal (+ grave)
  • 4ª Semana:
    • < 5% evoluem para portador crônico (na vesícula biliar)
    • > Risco: mulher, adulta, com doença biliar
31
Q

Tratamento da Febre Tifoide?

A
  • Antibioticoterapia:
    • Agudo: Cefa 3ª (10-14 dias) / Cipro (7-10 dias) / Cloranfenicol (14-21 dias - 1ª escolha pelo MS)
    • Portadores crônicos: Cipro 4 semanas / Colecistectomia
  • Corticoide:
    • Graves: Dexametasona (2-3 dias) -> diminui resposta imune.
  • Vacina:
    • Viajantes para áreas endêmicas
    • Ruim, mas cai em prova
32
Q

Qual a principal causa de Abdome Agudo?

A
  • Apendicite aguda

- Inclusive, é a principal emergência cirúrgica não obstétrica em gestantes

33
Q

Qual é o ponto de McBurney?

A
  • Localização aproximada do apêndice
  • Ponto localizado entre os limites do terço inferior e médio da linha imaginária que vai da EIAS até a cicatriz umbilical
34
Q

Qual é a fisiopatologia da Apendicite Aguda?

A
  • Obstrução da luz:
    • Fecalito (+ comum) / hiperplasia linfoide (mais comum na infância? Não é consenso)
  • Distensão:
    • Dor periumbilical (peritônio visceral) -> 12-24 horas -> Isquemia -> Dor em FID (peritônio parietal)
35
Q

Quais são complicações relacionadas à Apendicite Aguda? Explicar o que é e o tratamento da segunda.

A
  • Infecção do sítio cirúrgico (+ comum)
  • Pileflebite (+ grave): trombose séptica da veia porta
    • Sepse abdominal de qualquer etiologia em região de drenagem da veia porta.
    • Febre + bacteremia + trombose da veia porta
    • ATB + anticoagulante
36
Q

Como é a clínica e quais são os sinais clássicos da Apendicite Aguda?

A
  • Dor periumbilical que migra para FID
  • Anorexia (divergências), vômitos, febre, disúria (contiguidade com bexiga no apêndica retro-cecal)…
  • Sinal de Blumberg: descompressão súbita dolorosa no ponto de McBurney
  • Rovsing: pressão em FIE e dor em FID
  • Dunphy: Dor que piora com tosse
  • Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1ºC
  • Markel: dor após o paciente bater o calcanhar no chão
  • Lapinsky: dor à compressão da FID enquanto o paciente eleva o MID esticado (apêndice retrocecal)
37
Q

Quais são as fases da Apendicite Aguda?

A
  • Há divergências em relação a essa classificação
  • FASE I: fase edematosa ou catarral
  • FASE II: fase úlcera flegmonosa ou flegmatosa
  • FASE III: fase gangrenosa
  • FASE IV: fase perfurativa
38
Q

Diagnóstico da Apendicite Aguda? Falar do aspecto da imagem.

A
  • Alta probabilidade (história clássica, homem): CLÍNICO
  • Probabilidade média (criança, idoso, mulher-DIP?): IMAGEM
  • Complicação?
    • Massa ou tardio > 48 horas: IMAGEM
  • Criança ou gestante:
    • USG: >= 7mm; espessamento (da parede); aumento de vascularização; não colaba quando aperta com o transdutor
    • Na gestante: se USG inconclusivo, fazer RM
  • Homem ou não gestante:
    • TC: >= 7mm, espessamento, borramento da gordura periapendicular, abscesso, apendicolito (fecalito)
39
Q

Descreva a Escala de Alvarado e explique para que serve.

A
  • Probalidade do quadro clínico ser devido a apendicite
  • Dor que migra para FID (1 ponto)
  • Anorexia (1 ponto)
  • Náuseas/vômitos (1 ponto)
  • Dor à palpação em FID (2 Pontos)
  • Descompressão brusco dolorosa (1 ponto)
  • Temperatura > 37,5ºC (1 ponto)
  • Leucocitose (2 pontos)
  • Desvio a esquerda (1 ponto) - alguns não consideram este.
  • 0-3: improvável (buscar outras causas)
  • 4-6: provável (esperar 12h e repetir)
  • > = 7: muito provável (cirurgia)
40
Q

Como é feito o tratamento da Apendicite Aguda?

A
  • Simples e precoce (<48 horas):
    • Apendicectomia + ATB profilático
  • Complicada ou imagem (>48h) - Imagem:
    • Não complicada: Igual apendicite simples
    • Abscesso: Drenagem + ATB + Colono (4-6 semanas - afastar outras causas) +- apendicectomia tardia
    • Fleimão (pré-abscesso): ATB + colono (4-6 semanas) +- apendicectomia tardia
  • Peritonite difusa:
    • Cirugia de urgência^ + antibióticoterapia

^ Pode fazer vídeo (preferência). Só instabilidade hemodinâmica indica laparotomia.

41
Q

Quais são diagnósticos diferenciais e o que fazer na apendicectomia incidental?

A
  • Ddx: Linfadenite mesentérica / Diverticulite de Meckel / Apendagite (apendicite do apêndice epiploico - gordurinha)
  • Quando opera achando que era apendicite, mas não é: tira o apêndice.
42
Q

O que é e quais os fatores de risco para a Doença Diverticular dos Cólons?

A
  • Presença de divertículos nos cólons
  • Divertículo falso: mucosa e submucosa / entrada das aa. retas
  • FR: dieta ocidental (pouca fibra); aumento de pressão nos cólons; idoso; assintomático
43
Q

Diagnóstico, local mais comum é complicações da Doença Diverticular dos Cólons?

A
  • Dx: colonoscopia; clister opaco
  • Local: sigmoide (> pressão)
  • Complicações:
    • Hemorragia - Cólon D (15%)
    • Diverticulite - Cólon E (25%)
    • O divertículo que sangra não inflama
44
Q

Fisiopatologia, clínica e diagnóstico da Diverticulite Aguda?

A
  • Obstrução -> microperfurações -> Abscesso pericólico
  • Clínica:
    • “Apendicite do lado E” / recorrente, há alguns dias e maior idade
  • Diagnóstico:
    • TC
    • Evitar colonoscopia e enema na inflamação
    • Fazer colono após 4-6 semanas (afastar ddx de CA colorretal)
45
Q

Como é a classificação de Hinchey modificada?

A
  • 0: Diverticulite leve^
  • I: Abscesso pericólico
    • Ia: Fleimão^
    • Ib: Abscesso pericólico^
  • II: Abscesso pélvico
  • III: Peritonite purulenta (generalizada)
  • IV: Peritonite fecal

^ Essas foram as modificações

46
Q

Quais são os achados tomográficos de Kaiser comparados com Hinchey modificado?

A
  • 0: Espessamento da parede colônica
  • Ia: Espessamento da parede colônica com densificação da gordura pericólica
  • Ib: Ia + abscesso pericólico ou mesocólico
  • II: Ia + abscesso à distância (geralmente pélvico)
  • III: presença de gás associado a coleções localizadas ou generalizadas e espessamento peritoneal
  • IV: igual ao III.
47
Q

Como é feito o tratamento da Diverticulite Aguda?

A
  • Sem complicação? (Hichey I)
    • Sintomas mínimos: dieta líquida + ATB VO (ambulatorial)
    • Sintomas exuberantes: Dieta zero + ATB IV (internação)
  • Com complicações? (Abscesso >= 4cm; peritonite; obstrução)
    • Abscesso >= 4cm (Hinchey I/II): DRENAGEM + ATB + Colono + Cirurgia eletiva^
    • Peritonite ou obstrução (Hinchey III/IV): ATB + Cirurgia de Urgência^^
    • Hinchey III: lavagem laparoscópica + drenagem (opção atual)

^ Anastomose primária
^^ Sigmoidectomia a Hartmann (sigmoidectomia + colostomia + fechamento retal -> reopera em 4-6 semanas)
^^^ Quando há contaminação/inflamação importante do peritônio, não é recomendado fazer anastomose primária

48
Q

Diferenças entre Isquemia Mesentérica (Aguda e Crônica) e Colite Isquêmica?

A
  • Isquemia Mesentérica:
    • Grandes vasos / Mesentérico: pensar em delgado / A. Mesentérica superior^
  • Colite isquêmica: (+ comum)
    • Pequenos vasos / Mucosa

^ Metade do duodeno, delgado, até terço proximal do Cólon Transverso.

49
Q

Causas de Isquemia Mesentérica Aguda e o que caracteriza cada uma? Falar também a incidência de cada.

A
  • Embolia (50%):
    • Cardiopatia emboligênica (FA; IAM recente)
    • Dor abdominal DESPROPORCIONAL ao exame físico
  • Vasoconstricção (20%):
    • Isquemia não oclusiva: choque, vasocinstritor, embolia
  • Trombose arterial (15%):
    • Aterosclerose - doença vascular periférica
  • Trombose venosa (5%):
    • Hipercoagulabilidade
    • Aumento da pressão do sistema arterial retrogradamente
50
Q

Clínica da Isquemia Mesentérica Aguda?

A
  • Igual IAM só que no intestino
  • Dor abdominal DESPROPORCIONAL ao exame físico
  • T retal < T axilar (“Lenander ao contrário”)
  • Metabolismo anaeróbio (lactato) -> ACIDOSE METABÓLICA -> Taquipneia
  • Irritação peritoneal -> Tardio (só quando tem necrose)
51
Q

Diagnóstico da Isquemia Mesentérica Aguda?

A
  • Laboratório:
    • Inespecífico, leucocitose, ACIDOSE, LACTATO
  • Rx (achados tardios):
    • Pneumatose intestinal
  • Angio TC:
    • Falha no enchimento de contraste (+ utilizado)
  • Angiografia mesentérica seletiva:
    • Padrão ouro.
52
Q

Tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda?

A
  • Suporte inicial:
    • HV, ATB, DHE e ácido-básico
  • Embolia ou trombose:
    • Heparinização (evitar a progressão da isquemia)
    • Laparotomia (embolectomia / trombectomia + AVALIAR ALÇA)
    • Paraverina pós-operatória (evitar vasoespasmo)
  • Vasoconstrição:
    • Papaverina intra-arterial (reestabelecer vascularização)
    • Cirurgia se refratário ou irritação peritoneal
53
Q

Causa, clínica, diagnóstico e tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica?

A
  • Causa: aterosclerose na a. mesentérica superior
  • Clínica:
    • Angina mesentérica (“comeu doeu” - pancreatite crônica também causa)
    • Emagrecimento
    • Doença aterosclerótica (em outros locais)
  • Dx: angiografia mesentérica
  • Tto: revascularização (cirurgia - jovens; stents - idoso ou comorbidades)
54
Q

Epidemiologia e clínica da Colite Isquêmica?

A
  • Isquemia intestinal mais comum
  • Idoso (microvasculatura já comprometida) + hipoperfusão
  • Clínica:
    • Colite (dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão)
  • Na prova: paciente com condição clínica grave ou que já fez cirurgia para aneurisma de aorta abdominal (hipoperfusão e clampeamento a a. mesentérica inferior)
55
Q

Diagnóstico e tratamento da Colite Isquêmica?

A
  • Diagnóstico
    • Clister opaco (impressões digitais/”Thumbprinting”)
    • Retossigmoidoscopia (mucosa inflamada)
  • Tratamento:
    • Suporte clínico
    • Cirurgia (colectomia parcial ou total) se peritonite, hemorragia, colite fulminante ou refratário.
56
Q

Causas e sinais associados à Pancreatite Aguda?

A
  • Causas:
    • Biliar - 30-60%
    • Alcoólica - 15-30% (agudização de pancreatite crônica (?); na crônica é a causa + comum)
    • Drogas, pós-CPRE, idiopática, escorpião (Tytius tinitatis)
  • Sinal de Cullen (“cu”): equimose em região periumbilical
  • Sinal de Grey-Turner: equimose em flancos
  • Sinal de Fox: equimose na base do pênis
  • Posição de prece maometana: inclinação do tronco para frente que pode ajudar a melhorar a dor.
57
Q

Como é feito o diagnóstico de Pancreatite Aguda?

A
  • Critérios de atlanta: 2 de 3
    1) Clínica típica:
    • Dor abdominal em barra, náuseas, vômitos
      2) Laboratório:
    • Amilase, LIPASE (>3x do normal)
    • Elas não tem relação com prognóstico
    • A lipase é mais específica pois permanece alta por mais tempo (7-10 dias)
    • Ambas se elevam entre 2-12 horas e amilase cai no 2º-3º dia.
      3) Imagem:
    • USG (só pra descartar colelitíase)
    • TC (escolha - fazer após 48/72h, se fizer antes tem que repetir depois)
58
Q

Como fazer a classificação entre pancreatite leve e grave? Falar características gerais, vantagens e desvantagens.

A
  • Ranson:
    • > = 3 - grave
    • Diferente para biliar e não biliar
    • Vantagem: avaliado na enfermaria
    • Desvantagem: não é imediato (pode não prever gravidade no momento da admissão)
    • Não leva em consideração: amilase, lipase, bilirrubina
  • Apache II:
    • > = 8 - grave
    • Vantagem: imediato
    • Desvantagem: paciente tem que estar em CTI

!!! PCR > 150 mg/ml > 48 horas: critério de gravidade.

59
Q

Fale os critérios de Ranson para Pancreatite não biliar na admissão e dentro de 48 horas.

A
  • > = 3 é grave, mas pode não prever gravidade na admissão
  • Na admissão hospitalar:
    • Idade > 55 anos
    • Leucocitose > 16.000/uL
    • Glicose > 200 mg/dl
    • LDH > 350 U/L
    • AST > 250 U/L
  • Dentro de 48 horas da admissão:
    • Queda do hematócrito > 10 pontos^
    • Aumento do BUN > 5 mg/dl ^^
    • Cálcio sérico < 8 mg/dl
    • PaO2 < 60 mmHg
    • Déficit de base > 4 mEql/L ^^^
    • Déficit de fluido estimado > 6 L

^ Após reposição volêmica com cristalóide e na ausência de transfusão
^^ O BUN é “ nitrogênio ureico sanguineo”. Para converter para ureia é só multiplicar por 2,14.
^^^ Excesso de base mais negativo do que -4mmol/L

60
Q

Fale os critérios de Ranson para Pancreatite não biliar na admissão e dentro de 48 horas.

A
  • > = 3 é grave, mas pode não prever gravidade na admissão
  • Na admissão hospitalar:
    • Idade > 70 anos
    • Leucocitose > 18.000/uL
    • Glicose > 220 mg/dl
    • LDH > 400 U/L
    • AST > 250 U/L
  • Dentro de 48 horas da admissão:
    • Queda do hematócrito > 10 pontos^
    • Aumento do BUN > 2 mg/dl ^^
    • Cálcio sérico < 8 mg/dl
    • Déficit de base > 5 mol/L
    • Déficit de fluido estimado > 4 L
    • PaO2: não disponível ^^^

^ Após reposição volêmica com cristalóide e na ausência de transfusão
^^ O BUN é “ nitrogênio ureico sanguineo”. Para converter para ureia é só multiplicar por 2,14.
^^^ Na pancreatite de origem biliar a PaO2 não é avaliada!!!!

61
Q

Fale sobre a revisão dos critérios de Atlanta.

A
  • Leve:
    • Sem falência orgânica ou complicações
  • Moderadamente grave:
    • Falência orgânica^ transitória (<48 horas) ou complicação local isolada
  • Grave:
    • Falência orgânica persistente (>48 horas)

^ Score de Marshall >= 2

62
Q

Como é feito o tratamento da Pancreatite Aguda?

A
  • Leve: (pode ser feito m enfermaria)
    • Suporte: dieta zero^, analgésico^^, HV, correção de DHE e ácido-básico
  • Moderadamente grave ou grave:
    • CTI
    • HV - reanimação volêmica (diurese 0,5 ml/kg/h)
    • Analgesia
    • Antibiótico? NÃO (a princípio; se precisar é Imipenem)
    • Suporte nutricional: enteral^^^ X NPT^^^^
    • Vias biliares? CPRE se Colangite ou Icterícia progressiva

^ Quadro melhora em 3-4 dias
^^ Meperidina / Morfina (não provaram que contrai mesmo o esfincter de Oddi)
^^^ Retorno precoce da alimentação (para evitar translocação bacteriana) em 3-7 dias
^^^^ O quadro demora uns 15 dias pra melhorar

63
Q

Quais são as complicações que podem surgir por causa da Pancreatite Aguda?

A
  • Coleção fluida aguda (30-50%)
  • Necrose pancreática (25-30%)
  • Pseudocisto pancreático (15%)
64
Q

O que fazer em pacientes que desenvolvem a coleção fluida aguda?

A
  • Ocorre e. 30-50% dos pacientes
  • Conduta: expectante
  • Se infectada: punção + ATB
  • A coleção fica bem delimitada na TC
  • Ela ocorre por acúmulo de secreções pancreáticas no curso da doença.
65
Q

Qual a conduta frente à Necrose Pancreática na Pancreatite aguda?

A
  • Ocorre em 25-30% dos pacientes
  • Estéril: expectante
  • Infectada*: punção** + necrosectomia + ATB (Imipenem)
  • Estava indo bem e piora muito. Geralmente nas 3-4 primeiras semanas (por translocação bacteriana
    • Drenagem. Hoje é aceito critérios tomográficos de Bathazar (gás na necrose)
66
Q

Como é e o que fazer com um pseudocisto pancreático?

A
  • Ocorre em 15% dos pacientes
  • Cisto não epitelizado (acumula necrose e secreções em uma capa de fibrose)
  • > 4-6 semanas (aumento de amilase ou massa abdominal)
  • Tratamento: SE sintomático ou complicação
    • EDA + drenagem^

^ Drenagem percutânea é melhor para coleções livres e a Drenagem endoscópica é melhor para coleções encapsuladas

67
Q

O que é o Sinal de Fothergill?

A
  • Massa palpável abdominal (hematoma do m. reto abdominal) que não atravessa a linha média e permanece palpável após contração da musculatura abdominal.
  • Se ficasse difícil a palpação, sugeriria massa da cavidade e não da parede