Cetoacidose Diabética Flashcards
QUAL O GATILHO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAD?
DEFICIÊNCIA DE INSULINA
FISIOPATO
def insulina –> glicose ñ entra na celula, celula perde a principal fonte de energia –> hormônios contrarreguladores entram p/ tentar fornecer energia (glucagon, catecolamina, cortisol, GH) –> glicogênese, glicogenólise, proteólise –> hiperglicemia –> diurese osmótica (glicosúria) –> perda de água e eletrólitos –> desidratação e distúrbios eletrolíticos
def insulina –> aumenta lipólise (desinibida) –> graxos livres –> fígado –> corpo cetônico ou triglicerídeos –> consome bicarbonato –> CETOACIDOSE METABÓLICA
INTERPRETAÇÃO DO ÂNION GAP
CARGA NEGATIVA (Cl, HCO3, AG ) E CARGA POSITIVA (Na)
ÂNIOS GAP = cátions medidos - ânios medidos
Na - (Cl + HCO3)
cetoacidose positva ñ aferido consumem bicarbonato
–> aumenta ânion gap
(acidose metabólica hiperclorêmica -anion gap normal = houve diminuição do bicarbonato e aumento do cl)
EPIDEMIO
- principal causa de morte em cç e adolescente dm1
- 25% dos quadros de abertura de dm1
- 6-8% das çc já diagnosticadas terão
FATORES PRECPTANTES
- TTO INADEQUADO/BAIXA ADERÊNCIA
- ABERTURA DO QUADRO DE DM1
- DOENÇA AGUDA (infecção -pneumo, itu, avc, pancreatite aguda)
- DROGAS (clozapina ou olanzapina, cocaina, litio, inibidores de sglt2, terbutalina)
–> tudo que gera aumento da necessidade de insulina
QUEIXAS
- Sinais sugestivos de hiperglicemia
-Poliúria - Polidipsia
- Polifagia
- Perda de peso
- Náusea e vômitos
- Dor abdominal (ped)
- Visão embaçada
EXAME FÍSICO
- desidratação
- taquicardia
- respiração de kussmaul
- hálito cetônico
- confusão
- sonolência
- diminuição do nc
- coma
MÉTODOS DE AFEREÇÃO DOS CETOÁCIDOS
- reação do nitrosprussiato (acido acetoacético, acetona) —> URINA
- dosagem de ácido beta-hidroxibutírico –> SANGUE
QUAL EXAME UTILIZADO PARA DX E ACOMPANHAMENTO DO TTO?
dosagem de ácido b-hidroxibutírico
–> cetunúria apenas dx
CRITÉRIOS DX P/ ADULTO
C ceto = cetonemia (b-hidroxi > ou = 3) // cetonúria +
A acidose = ph arterial < ou = 7.3 // bicarbonato sérico < ou = 18
D diabética = glecemia > 250
NÍVEIS DE GRAVIDADE DA CAD - LEVE
- ph arterial = 7.25 - 7.30
- bicarbonato = 15 - 18
- NC = alerta
glicose > 250
cetonas urinária +
osmolaridade variável
NÍVEIS DE GRAVIDADE DA CAD - MODERADA
- ph arterial = 7 - 7.24
- bicarbonato = 10 - 15
- NC = alerta / sonolento
NÍVEIS DE GRAVIDADE DA CAD - GRAVE
- ph arterial = < 7
- bicarbonato = < 10
- NC = estupor / coma
CRITÉRIO DX NA INFÂNCIA
C ceto = cetonemia (b-hidroxi > ou = 3) // OU cetonúria moderada a importante > ou = 2+
A acidose = ph venoso < ou = 7.3 // OU bicarbonato sérico < 15
D diabética = glicemia > 200
OUTRAS ALTERAÇÕES LAB DA CADA
K+, Na+, PO4 = diminuídos
leucócitos, amilase, lipase, cr (hipovolemia), tg e ct (acidos graxos)= aumentados
*** leucocitose > 25.000 ou > 10% bastoes pode ser infecção
K+ X CAD
glicose na corrente sanguínea –> puxa água da célula –> deixando a célula com uma concentração alta de K+ —> K+ concentrado acaba saindo por transt passivo —> sendo eliminado pela urina junto com glicose e água
** pode ter niveis séricos normais // ñ é reserva
—> tto = hipocalemia
- entra H+ na cel p/ tamponamento
- na medida que hidrata, resolve a acidose, saindo H+, às custas de internalização K+
Na+ x CAD
hiperomolaridade –> saída de água da célula –> hiponatremia dilussional -Na fica diluido = hiponatremia
ENTÃO PRECISA FAZER O SÓDIO CORRIGIDO
diurese osmótica –> perda de Na desproporcional à perda de água hipernatremia
CÁLCULO DO SÓDIO CORRIGIDO
sódio medido + [ 1.6 x (glicemia-100/100)]
QUAIS OS PILARES DO TTO?
1º HV
2º Avaliação K+
*** [insulina faz entrar dentro da cel –> hiponatremia grave]
3º Insulina
4º Fatores precipitantes
5º Bicarbonato se indicado
RESSUCITAÇÃO VOLÊMICA NA CAD - adulto
SF 0,9%
- depende =
- choque hipovolêmica = 20-30 ml/kg em bolus
- demais = 15-20 ml/kg/h
*** até normalização da volemia
RESSUCITAÇÃO VOLÊMICA - criança
SF 0,9%
- choque hipovolêmico ou redução do nc = 20ml/kg em bolus
- demais = 10ml/kg/h
DEPOIS DA HV, QUAL O PRÓXIMO PASSO?
(2H DPS)
- FAZER O Na CORRIGIDO
< 135 = SF 0,9%
>/= 135 = SF 0,45%
- DOSAGEM DE K+
< 3.3 = K [<3.5]
3.3-5.3 = K + I [3.5-4.5]
> 5.3 = I [> 4.5]
INSULINIZAÇÃO DO PCT -adulto
Regular (BIC) IV ///se leve = pode SC -análogos ultrrrápidos
BOLUS = 0,1 UI/kg –> SEGUIDO = taxa de infusão 0,1 UI/KG/HORA
SEM BOLUS = taxa de infusão 0,14 UI/kg/h
—> a cada hora = HGT
- redução 50-70 mg/dl/h (aumenta metade se <50 ou diminui se > 70)
chegou 200 = SG 5% /// Ins. 0,02 - 0,5 UI/kg/h
manter entre 150-200 mg/d até resolução da CAD
INSULINIZAÇÃO DO PCT -criança
SEM BOLUS = 0,05 - 0,1 ui/kg/h
**bolus = risco de edema cerebral
CHEGOU 300/mg/dl OU queda >90mg/dl/h = SG 5%
CRITÉRIOS DE RESOLUÇÃ DA CAD -adulto
Glicemia < 200 + 2 critérios =
- ph venoso > 7.3
- bicarbonato >/= 15
- ânion gap </= 12
CRITÉRIO DE RESOLUÇÃO DA CAD
- Glicemia < 200
- ph > 7.3 ou bicarbonato >15
- ânion gap normal (2 +- 2) ou BOHB </= 1
CRITÉRIOS PARA DESLIGAR A BIC (insulina)
- CAD resolvida
- pct apto a se alimentar
- 1ª dose de insulina prandial aplicada há pelo menos 2 horas [pelo tempo de ação da SC)
RECOMENDAÇÕA DE OFERTA DE BICARBONATO
- ph arterial < 7 + instabilidade hemodinâmica
** contratilidae cardiaca prejudicada - hipercalemia potencialmente fatal
** lembrar do risco de edema cerebral // em cç é condenado
COMPLICAÇÕES DA CAD
- hipoglicemia
- hipocalemia
- edema cerebral
- comprometimento cognitivo
- trombosse venosa
- mucormicose rinocerebral ou pulmonar
EPIDEMIO DO EDEMA CEREBRAL
- mais comum na infância
- 20-25% morrem
- 21-26% ficam com sequelas neurológicas
FATORES DE RISCO P/ EDEMA CEREBRAL
- < 5 anos com dm de inicio recente
- utilização de bicarbonato de sódio
- acidose metabólica grave à admissão
- escórias nitrogenadas elevada à admissão
- hipocapneia
- falha no aumento do Na sérico medido durante o tto da CAD
FISIOPATO DO EDEMA CEREBRAL
hiperglicemia –> água p/ o meio extracelular = aumento da osmolaridade –> aumento dos osmóis intracelulares
HV –> diminuição da osmolaridade –> influxo de água p/ as cél cerebrais –> edema
- Entre 3 -12 h de tto da CAD
*** antes ou após 24h (raro)
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO EC
DX (um basta)
CRITÉRIOS MAIORES (2)
CRITÉRIOS MENORES (2 menor + 1 maior)
< 5 anos = 1 maior + 1 menor
CRITÉRIOS MENORES
- cefaleia
- vômitos
- irritabilidade ou letargia
- PA elevada
CRITÉRIOS MAIORES
- diminuição do NC após o início da terapia
- incontinência inapropriada p/ idade
- desaceleração inadequada da FC
CRITÉRIOS DE DX
- resposta motora ou verbal anormal à dor
- decorticação ou descerebração
- resposta pupilar anormal ou outra paralisia de nervo craniano
- padrão respiratório anormal (grunhido, taquipneia, respiração cheyne-stokes ou apneia)
MIELINÓLISE PONTINA. QUANDO OCORRE E QUIAS OS SINTOMAS?
2-6 DIAS APÓS CORREÇÃO DA NATREMIA
- DISARTRIA, DISFAGIA
- PARAPARESIA OU QUADRIPARESIA
- DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
- DISTÚRBIOS DO MOV
- CONVULSÕES E RNC
QUAL CONDUTA FRENTE UM EDEMA CEREBRAL?
INFUSÃO DE SOLUÇÃO HIPERTÔNICA (MANITOL EV DE FORMA PRECOCE)